2T2021 L13 esboço caramuru PDF

Title 2T2021 L13 esboço caramuru
Author Magno Carvalho
Course social
Institution Anhanguera Educational
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Boa Leitura...


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1º Trim. de 2021: DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS: Servindo a Deus e aos Homens com poder extraordinário

PORTAL ESCOLA DOMINICAL 2º Trimestre de 2021 - CPAD

DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS: Servindo a Deus e aos Homens com poder extraordinário Comentários da revista da CPAD: Elinaldo Renovato Comentário: Ev. Caramuru Afonso Francisco ESBOÇO Nº 13 LIÇÃO Nº 13 – A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS Os dons espirituais e ministeriais revelam que Deus tem muitas maneiras de agir e que a unidade da Igreja é construída em meio à diversidade. INTRODUÇÃO - Na conclusão do estudo dos dons espirituais e ministeriais, analisaremos a multiforme sabedoria de Deus. - Os dons espirituais e ministeriais revelam que Deus tem várias maneiras de agir e que a unidade da Igreja é construída em meio à diversidade. I – O MISTÉRIO DA IGREJA - Estamos concluindo este trimestre letivo em que estudamos os dons espirituais e ministeriais. A última lição, consoante a proposta da Casa Publicadora das Assembleias de Deus, é uma lição conclusiva, em que se repisam alguns aspectos estudados durante o trimestre. - Como o título da lição é “a multiforme sabedoria de Deus”, expressão retirada de Ef.3:10, partiremos do contexto em que esta expressão aparece para, a partir de uma sucinta análise desta passagem bíblica, fazermos a referida conclusão. - Um dos principais temas da carta de Paulo aos efésios é, precisamente, a Igreja, este povo de Deus surgido na “dispensação da graça de Deus” (Ef.3:1), este povo espiritual que o Senhor levantou para levar a todo o mundo as boas novas da salvação na pessoa de Jesus Cristo, o cumprimento da promessa divina de redenção feita ao primeiro casal no próprio dia da queda, ainda no jardim do Éden (Gn.3:15). - A Igreja era um mistério de Deus. O Senhor, na Sua presciência, já havia determinado que, em Cristo, todas as nações seriam reunidas e novamente entrariam em comunhão com o Senhor. - Este plano divino, porém, somente começou a ser revelado pelo próprio Jesus na chamada “declaração de Cesareia”, onde, após Pedro ter tido a revelação de que Ele era o Cristo, o Filho de Deus vivo, o Senhor, então, anunciou que edificaria a Sua Igreja e as portas do inferno não prevaleceriam contra ela, bem como que a Igreja teria o “poder das chaves” (Mt.16:17-19). - Como diz o apóstolo Paulo, através da revelação deste mistério, ficou patente que os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus fosse conhecida dos principados e potestades dos nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor (Ef.3:6,10).

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- Mas esta realidade universal da Igreja demorou, inclusive, a ser entendida pelos próprios discípulos que relutaram, num primeiro instante, em pregar o Evangelho a quem não fosse judeu (At.11:19), prova de que esta revelação não foi de pronto apreendida pelos crentes da igreja primitiva, compreensão esta que se estabeleceu, de forma perene, após o ministério de Paulo e a conclusão do concílio de Jerusalém (At.15). - A Igreja, então, foi criada para que Deus entrasse em paz com os homens, por meio de Cristo Jesus que, pelo derramamento de Seu sangue, tirou o pecado do mundo e fez de judeus e de gentios um só povo, derribando a parede de separação que estava no meio, desfazendo a inimizade que havia entre Deus e o homem, fazendo a paz, paz que é aqui a noção hebraica de “shalom”, que significa integração, completude, comunhão entre Deus e os homens. - Vemos, portanto, que a Igreja é o ambiente criado por Deus para nela se dar a reunião entre Deus e os homens, para que houvesse o restabelecimento da amizade, da comunhão que o pecado havia desfeito quando da entrada do pecado no mundo. - A Igreja, portanto, é o ambiente em que há a comunhão, em que se estabelece a unidade entre Deus e os homens. Não é por outro motivo que o Senhor Jesus, em Sua oração sacerdotal, diz que a finalidade de Sua missão era fazer com que nós fôssemos um em Deus, assim como o Pai e o Filho são um (Jo.17:21). - Este mistério de Deus, revelado por Cristo e pelo Espírito Santo, tinha por finalidade estabelecer a comunhão e integração entre Deus e os homens, bem como entre os próprios homens entre si, pois o pecado, além de ter separado o homem de Deus, promoveu também a separação dos homens entre si. - A cruz de Cristo não apenas restabeleceu a comunhão entre Deus e os homens, mas, também, entre os homens entre si, e isto o apóstolo Paulo deixou bem claro ao dizer que a cruz reconciliou ambos os povos, judeus e gentios, com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades (Ef.2:16). - Por isso, os homens, seja judeus, seja gentios, não são mais “estrangeiros”, nem “forasteiros”, mas “concidadãos dos santos e da família de Deus” (Ef.2:19), irmãos, como afirmou o Senhor Jesus em Mt.23:8, visto que, pela salvação, todos se tornaram herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Rm.8:17). - A Igreja surgiu como resultado da obra salvadora de Cristo Jesus, sendo a “reunião” daqueles que, pelo sangue de Cristo, chegam perto de Deus e, por estarem reunidos, estão em comunhão, fazem parte de uma unidade, que é denominada de “o corpo de Cristo” (I Co.12:27). - Ora, ao chamar a Igreja de “o corpo de Cristo”, as Escrituras mostram, claramente, que a Igreja é formada por pessoas que foram vivificadas, ou seja, que passaram da morte para a vida (Jo.5:24), visto que estavam separadas de Deus e, agora, se encontram unidas a Ele, através de Jesus Cristo. - Ao chamar a Igreja de “o corpo de Cristo”, as Escrituras mostram que cada uma destas pessoas vivificadas que fazem parte do corpo, os “seus membros em particular” (I Co.12:27), exercem uma determinada função, pois, em um corpo, cada membro tem uma determinada função, que contribui para a manutenção da vida do corpo e para o seu desenvolvimento e saúde. - Ao chamar a Igreja de “o corpo de Cristo”, as Escrituras mostram que cada um destes membros precisa agir em harmonia com os demais, visto que a ação de cada um é complementada pela ação do outro, sem o que não se terá a manutenção da vida do corpo, nem tampouco seu desenvolvimento e saúde. - Neste ponto, portanto, a Igreja tem de ter consciência de que é uma unidade, que depende da harmonia e sintonia de todos os seus membros, que não podem viver isoladamente, mas que dependem uns dos outros. - É por isso que cada membro da Igreja deve sempre se portar como uma “parte”, como alguém que é “participante do corpo” e que, portanto, depende dos demais, jamais se arrogando uma autossuficiência ou Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4

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uma superioridade que ou lhe faça achar que não precisa pertencer a igreja local alguma, ser um “desigrejado” ou “sem igreja”, comportamento que tem crescido sobremaneira nos últimos dias; ou, então, que entenda que os demais é que dependem dele e ele de ninguém, ser um “supercrente”, um “crente especial”, outra conduta que tem proliferado nestes dias de apostasia espiritual. - Não é à toa que, na celebração da ceia do Senhor, devemos participar do pão que, antes de ser entregue aos crentes para consumo, é partido, num gesto que nos faz recordar que somos “partes do corpo”, que precisamos uns dos outros e que, portanto, não podemos querer servir a Deus isoladamente, pois a igreja é “o corpo de Cristo”, que, por isso mesmo, é formado de vários membros em particular, de várias partes que, se separadas do corpo, não terão vida alguma, não poderão subsistir. - Por isso, os crentes em Jerusalém estavam juntos e tinham tudo em comum, dedicando-se em perseverar na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At.2:42,44), pois sabiam que uns dependiam dos outros e que sem esta união jamais conseguiriam realizar a tarefa que lhes fora confiada pelo Senhor Jesus como também alcançar a glorificação. - É esta consciência que precisa estar presente para que se tenha o real significado dos dons que o Senhor dá à Igreja. Os dons são dados à Igreja e, portanto, precisamos antes saber o que é a Igreja para que, então, entendamos o papel dos dons na Igreja. - A Igreja é o resultado do grande amor de Deus que, pela Sua infinita graça, deu-nos Seu Filho Jesus Cristo para que, morrendo por nós, pudesse nos ressuscitar juntamente com Ele e nos fazer assentar nos lugares celestiais em Cristo, para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus (Ef.2:5-7). - Deste modo, ficamos a saber que, como membros em particular da Igreja, este mistério de Deus que se revela pelo Espírito Santo aos apóstolos e profetas (Ef.3:5), somos alvos da graça de Deus, por esta graça somos salvos, para viver em comunhão com o Senhor Jesus, estando já espiritualmente nos lugares celestiais em Cristo, a fim de mostrar as abundantes riquezas desta mesma graça. - Por primeiro, portanto, temos a consciência que o que é a Igreja é aquilo que foi revelado pelo Espírito Santo aos apóstolos e profetas, ou seja, àqueles que foram, primeiramente constituídos na Igreja, para completar o alicerce deste “edifício de Deus”, que é a Igreja (Ef.2:20; I Co.12:28). Isto nos mostra, claramente, que não há que se falar em ação da Igreja fora do que se encontram nas Escrituras, na Bíblia Sagrada, que é onde está registrada esta revelação do Espírito Santo aos apóstolos e profetas. - Não há, portanto, dom que não esteja previsto nas Escrituras. Isto é importantíssimo, porquanto, nos dias em que vivemos, não faltam “invencionices”, que são consideradas como “dons”, mas que não estão previstos nas Escrituras e que, portanto, devem ser repudiados, rechaçados pelos servos de Deus. A Igreja, e os dons são dados à Igreja, é edificada sobre os fundamentos dos apóstolos e dos profetas, e é um mistério que foi revelado a estes. - Por segundo, a Igreja é resultado da graça de Deus. “Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef..2:8-10). - Ninguém, portanto, se encontra na Igreja por mérito. Ninguém merece pertencer ao corpo de Cristo. Somos todos homens maus (Mt.7:11) e, deste modo, tudo que venhamos a receber da parte do Senhor é um favor imerecido, é fruto da Sua graça. - Paulo, mesmo, afirma, em Ef.3:7, que era ministro do Evangelho pela graça de Deus, pois ele era o mínimo de todos os santos, mas fora escolhido para anunciar entre os gentios, por meio do Evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo (Ef.3:8). Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4

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- Ora, se Paulo, este grande homem de Deus, que, muito possivelmente, era portador de todos os dons espirituais e de quase todos os dons ministeriais (Paulo só não era pastor, como afirma em I Co.1:17), faz questão de dizer que, com todos os dons que possuía, era “o mínimo de todos os santos” e que tudo lhe tinha sido dado “pelo dom da graça de Deus”, como podemos achar que somos merecedores daquilo que Deus nos tem concedido? - Ninguém entra na Igreja por mérito e, portanto, não pode receber dom algum por mérito, por merecimento. Esta mentalidade de que alguém que tem algum dom é superior aos demais crentes é, pois, uma excrescência, algo que é antibíblico, que não corresponde ao que nos ensina a Bíblia Sagrada. - Por terceiro, a Igreja, como já dissemos supra, é um corpo vivo, que ressuscitou juntamente com Cristo. Se ressuscitamos com Cristo, não pensamos mais nas coisas desta vida, mas, sim, buscamos as coisas que são de cima, pois nossa vida está escondida com Cristo em Deus (Cl.3:1-3). - Se assim é, nossa vida tem como meta e objetivo buscar o reino de Deus e a sua justiça (Mt.6:33), reino de Deus que não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm.14:17). - Por isso mesmo, quem tem um dom na Igreja não o utilizará para seu proveito próprio, para, com isso, angariar poder, dinheiro ou posição social, mesmo que na igreja local. A Igreja está ressuscitada com Cristo e, por isso, não pensa nas coisas da terra, mas nas coisas de cima. Querer usar daquilo que Deus nos dá para ser meio para ter vantagens terrenas é seguir o caminho de Balaão, ou seja, deixar o caminho direito e amar o prêmio da injustiça (II Pe.2:15). OBS: “…O Espírito Santo age “para que não haja divisão no corpo” somente quando todos os dons são confirmados e operam juntamente.

Citando David Mains mais uma vez: ‘Todo verdadeiro membro da igreja local tem no mínimo um dom e a maioria das pessoas tem vários. Sendo que ninguém tem todos os dons, e todo mundo tem no mínimo um, há uma interdependência entre os membros da igreja. As Escrituras ensinam (1 Co 12:22-25) que os dons menos espetaculares são mais necessários do que os sobresselentes. Em outras palavras, a igreja pode prosseguir por muito tempo sem um milagre, mas deixe-a tentar existir sem atos de misericórdia ou contribuições!... Quão in capacitado o corpo de Cristo tem se tornado por causa do propósito principal nas reuniões da igreja ter sido ouvir um homem exercer seus dons, ao invés de preparar todas as pessoas para desenvolver seus dons de ministério, não somente dentro da igreja mas também na sociedade.’…(SNYDER, Howard A. A Igreja e os dons espirituais. Disponível em: http://www.ruach.com.br/livretos/a_igreja_e_os_dons_espirituais.pdf Acesso em 10 abr. 2014).

- Ser seguidor do caminho de Balaão é trágico, pois, como diz o tratado da Ética dos Pais ( Pirke Avot”), do Talmude, o segundo livro sagrado do judaísmo, há uma oposição entre os discípulos de Abraão e os discípulos de Balaão. Ora, todo salvo é descendência de Abraão (Gl.3:29) e, portanto, comportar-se como discípulo de Balaão é simplesmente ter apostatado da fé, o que o texto de II Pe.2:15 deixa claro ao dizer que o caminho de Balaão é o caminho errado, não o caminho direito. OBS: Transcrevemos, aqui, o trecho da Ética dos Pais a este respeito: “Todo aquele que possui as três características seguintes é dos discípulos de Avraham[Abraão, observação nossa], nosso patriarca; e as três características opostas, é dos discípulos do perverso Bilam[ Balaão, observação nossa]. Os discípulos de Avraham Avinu [nosso pai Abraã, observação nossa], possuem bom olhar, espírito humilde e alma dócil. Os discípulos do perverso Bilam possuem mau olhado, espírito arrogante e alma ambiciosa. Qual é a diferença entre os discípulos da Avraham Avinu, e os discípulos do perverso Bilam? Os discípulos de Avraham Avinu, comem [gozam dos frutos de suas boas ações] neste mundo e herdam o Mundo Vindouro, conforme foi dito: Para fazer com que os que Me amam herdem um bem eterno [o Mundo Vindouro], e seus depósitos Encherei [neste mundo][Pv.8:21, observação nossa]. Mas os discípulos do perverso Bilam herdam o Guehinom [lugar de tomentos] e descem ao abismo mais profundo, conforme foi dito: E Tu, Deus, os atirarás ao abismo mais profundo; os homens sanguinários e traiçoeiros não viverão a metade de seus dias; mas eu confiarei em Ti. [Sl.55:24, observação nossa]” (5:19) (Pirke Avot – Ética dos Pais completa em português. Disponível em: http://judaismohumanista.ning.com/group/tmuratheinstitutefortrainingsecularhumanisticrabbi/forum/topics/pirke-avot-etica-dos-pais-completaem-portugues Acesso em 10 abr. 2014).

- Por quarto, a Igreja está assentada nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Tal afirmação deixa alguns perplexos, pois o próprio Cristo disse que estamos no mundo, embora dele não sejamos (Jo.17:11,14). Como, portanto, podemos estar assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus? - Ora, somos um com Cristo, somos “o Seu corpo” e, portanto, desde o momento em que entramos em comunhão com Deus por meio de Cristo, espiritualmente ficamos unidos a Cristo e, por isso mesmo, diante desta união com o Senhor, encontramo-nos “assentados nos lugares celestiais”.

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- Já desfrutamos da comunhão com Deus e, por isso, temos acesso ao trono da graça e é este acesso que nos permite alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hb.3:16). - Desde que recebemos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, podemos entrar neste novo e vivo caminho que o Senhor nos consagrou e podemos chegar com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água limpa (Hb.10:19-22). - Por isso, Estêvão pôde ver, no instante mesmo em que morria por causa da fé, os céus abertos diante dele (At.7:56), pois Jesus veio abrir os céus para nós (Jo.1:51), como ficou demonstrado desde o instante do Seu batismo por João (Mc.1:10). - Portanto, a Igreja é um povo que tem contato direto com os céus, que vive espiritualmente nos lugares celestiais, porque se encontra em Cristo, que está à direita do Pai, intercedendo por nós. - Não é à toa, portanto, que as Escrituras indiquem que o Senhor deu dons aos homens a partir do momento que subiu aos céus, levando cativo o cativeiro (Ef.4:8). Após ter subido acima de todos os céus, dá à Igreja os dons, para cumprir todas as coisas (Ef.4:10). - Se assim é, os dons somente podem vir do céu, são dádivas concedidas diretamente dos céus, algo que independe da natureza humana, tampouco de circunstâncias terrenas. Por ser algo que provém dos céus, é algo que atende aos propósitos divinos, é algo que tem como finalidade nos aproximar dos céus, da glória de Deus. É como que uma fagulha da glória divina que se manda do trono da graça para o povo de Deus e que, portanto, somente poderá enaltecer o próprio Deus, glorificar-Lhe. - Por quinto, a Igreja está na terra para mostrar, nos séculos vindouros, as abundantes riquezas da graça de Deus, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. - Ora, se a Igreja existe para mostrar as abundantes riquezas da graça de Deus, tem-se que é indispensável que a Igreja tenha dons espirituais, pois somente assim poderá mostrar ao mundo os tesouros que Deus mandou dos céus para os homens. - Os dons são absolutamente necessários para que tenhamos como mostrar as abundantes riquezas da graça de Deus e, por intermédio dos dons, comprovamos que a salvação em Cristo Jesus nos faz novas criaturas e, como tal, nós praticamos boas obras, pois Deus nos preparou para que andássemos nelas. - Os dons, portanto, são instrumentos, ferramentas que Deus põe na Igreja para que tenhamos condição de que mostrarmos aos homens que somos novas criaturas, cada vez mais semelhantes a Cristo, “pequenos Cristos”, ou seja, “cristãos”, e que, por isso mesmo, fazemos bem e curamos a todos os oprimidos do diabo, exatamente como fez Cristo em Seu ministério terreno (At.10:38). - Observemos, pois, que os dons não se confundem com as boas obras que praticamos, com os frutos que produzimos por estarmos em comunhão com o Senhor Jesus. São apenas ferramentas que o Senhor põe na Igreja para que, na interdependência criada no seio da Igreja, todos cresçamos espiritualmente e produzamos, assim, os frutos pelos quais seremos conhecidos como servos do Senhor (Mt.7:20). II – OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO - É neste ponto que se deve distinguir bem entre os dons e o f...


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