Title | 497738949-Resumos-Exame-Nacional-de-Portugues-12º-ano abcdpdf pdf para docx |
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Author | Juliana Gonçalves |
Course | portugues |
Institution | Universidade do Porto |
Pages | 12 |
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Poesia trovadorescaExpressões galego- portuguesas frequentes nas cantigas:Ca – porque; Leda – Alegre; Mais – mas; Coita – Dor, sofrimento; Al – outra (coisa); Aquestas – Este/a; U – Onde;Cantigas de amigo – São composições poéticas nas quais o emissor é uma donzelaapaixonada, saudosa, inocente e mui...
Poesia trovadoresca Expressões galego- portuguesas frequentes nas cantigas: Ca – porque; Leda – Alegre; Mais – mas; Coita – Dor, sofrimento; Al – outra (coisa); Aquestas – Este/a; U – Onde;
Cantigas de amigo – São composições poéticas nas quais o emissor é uma donzela apaixonada, saudosa, inocente e muitas vezes, ingénua, que dirigindo-se à mãe, às amigas ou à natureza como confidentes, exprime os seus sentimentos face à ausência do seu amado Principais sentimentos/desejos da donzela, “meninha”:
Inquietação Saudade Preocupação Sofrimento Agitação Reencontro
Nota: Normalmente, a natureza, o sonho ou outra representação que seja mencionada nas cantigas, representa simbolicamente a alegria, a felicidade, a esperança e o desejo nutrido pela donzela para com o amigo, enfatizando assim, os sentimentos da apaixonada.
Cantigas de amor – São composições poéticas em que o trovador apaixonado presta vassalagem amorosa à mulher como ser superior, a quem chama a sua “senhor”. Produto da inteligência e imaginação, o amor é, geralmente, “fingido”, o que caracteriza estas cantigas como aristocráticas, convencionais e cultas. De ambiente palaciano (cortês), estas composições são originárias da Provença (França). Causas do sofrimento do sujeito poético: Amor não correspondido (coita – estado de sofrimento e tensão que invade o trovador, devido à não correspondência amorosa) Enganado Rejeição Relação distante entre o “eu” e a “senhor”
Cantigas de escárnio – São cantigas em que o trovador troça de uma determinada pessoa indiretamente, recorrendo ao duplo sentido e ambiguidade das palavras, à ironia, à alusão e à sugestão jocos (divertido), à sátira e ao ridículo. Ao contrário das cantigas de amor, em vez de se louvar, vai-se denegrir a imagem da “senhor” (escárnio de amor).
Cantigas de maldizer – São cantigas em que o trovador ridiculariza determinada pessoa de forma direta, criticando situações de adultério, amores interesseiros ou ilícitos, entre outros. Identifica-se pelo nome a pessoa visada na sátira.
Crónica de D. João I – Fernão Lopes Estilo:
Uso do discurso direto (falas personagens) Dinamismo Pormenorização das ações Emoção e intensidade da narrativa
Descrição visualista e realista, com registo de várias sensações Títulos longos que se aproximam a um resumo
Porquê o mestre de Avis? Segundo o povo, o Mestre de Avis era a escolha mais viável para assegurar a independência do Reino, ao contrário da herdeira de D. Capítulos de destaque: Fernando casada com o rei de Castela ou Capítulo 11 os filhos de D. Pedro com D. Inês de 1ª parte - É apresentado o pajem do Mestre, a deixar o Paço da Rainha e cavalgado a grande velocidade em direção à casa de Álvaro Pais ao mesmo tempo que lança o boato/pregão combinado; 2ª parte - É mostrada a incorporação de Álvaro Pais e das gentes de Lisboa, em obediência ao grito; 3ª parte - O povo em fúria e unido junto ao paço, na impaciência de Resumo saber o que aconteceu realmente ao Mestre; 4ª parte - Revela-se o aparecimento do Mestre numa janela do Paço, para confirmar de que este estava vivo e tranquilizando o povo; 5ª parte - É registada a atitude de subordinação e disponibilidade do povo, a quem o Mestre se junta agradecendo e despedindo-se;
Capítulo 115 Comunicação entre o narrador e o narratário - Apelo à leitura de outros capítulos (“na maneira que já ouvistes”; “como acerca ouvirees”); Aproximação do leitor com a situação descrita (“Ora esguardae (vede) como se fosses presente”; “Como nom querees”); Convite à reflexão e à consciência coletiva (“Ó geração que depois veio, povo bem aventurado, que nom soube parte de tantos males, nem foi participante de tais padecimentos!”) A afirmação do povo como identidade coletiva - Unido, corajoso e com capacidade de organização e resistência (“leixavam o sono, e tomavam as armas e saía muita gente, e defendiam-nos as bestas “); Fragilizado e vulnerável (“Pera que é dizer
Resumo
mais de tais falecimentos?”); Resiliente e forte perante o sofrimento (“nenhum mostrava que era faminto, mas forte e rijo contra seus inimigos”); Com espírito de compaixão e entreajuda (“Esforçavam-se uns por consolar os outros, por dar remedio à sua tristeza”); Povo religioso (“bradavam a Deus que lhes acorresse”; “rogassem a Deus devotadamente por o estado da cidade”) A visão do Mestre de Avis - Figura de realeza, mas acarinhado e apoiado pelo povo, que o aclama “Regedor e defensor do Reino”; Líder e estratega político; atento e solidário com a situação do povo, tomando medidas para a resolução
de problemas, mas incapaz de os solucionar, mostrando-se frio e distante perante o sofrimento geral;
Farsa de Inês Pereira – Gil Vicente Estrutura interna: Exposição – O monólogo de Inês e o seu diálogo inicial com a mãe, em que se apresentam as características da jovem e os seus objetivos. Desejo de Inês se libertar (pelo casamento). Conflito – Desde a proposta e recusa de casamento com Pero Marques e futuramente do casamento falhado com o Escudeiro, até ao casamento com Pero Marques. Desenlace – Concretização do desejo de Inês (Inês põe-se às costas do marido que o leva a Ermitão).
Representação quotidiano:
Não faltam exemplos, ao longo da farsa, de hábitos de vida e de costumes do dia a dia da época, e Gil Vicente soube dar-lhes uma segunda dimensão, ao associá-los a personagens-tipo (estas sintetizam em si funções sociais, estilos de vida, trejeitos… típicos de um grupo social, profissional ou outro), concretizando assim também a intenção satírica da obra. Assim a representação do quotidiano está presente…. No modo de vida popular (Pêro Marques) vs. Modo de vida cortês (Escudeiro); Cerimónia do casamento e o hábito de recorrer a casamenteiros; Nas conceções de vida e de casamento (Mãe e Lianor Vaz vs. Inês Pereira); No episódio relatado por Lianor Vaz (depravação do clero); Na falta de liberdade da rapariga solteira, confinada à casa da mãe; Na ocupação da mulher solteira em tarefas domésticas (coser, bordar, …); No adultério, infidelidade… ;
A dimensão satírica e os cómicos O que Gil Vicente pretende criticar através das personagens-tipo?
a mentalidade das jovens raparigas; jovens da pequena burguesia, ambiciosas e levianas, que usam o casamento para ascender – Inês; os escudeiros fanfarrões, galantes e pelintras; a baixa nobreza decadente e faminta que vê no casamento a solução para a sua ruína económica – Escudeiro; a ignorância, simplicidade, provincianismo e ingenuidade de Pero Marques; maridos ingénuos que se deixam enganar pelas mulheres e que aceitam a sua traição (o marido enganado é um tipo muito recorrente em Vicente) – Pero Marques; judeus casamenteiros (desonestos ,falsos, materialistas…); casamenteiros típicos da sociedade renascentista; os casamentos por conveniência; mães materialistas, confidentes e conselheiras, que, embora amigas, querem casar as filhas para terem sustentabilidade económica; os clérigos e os Ermitões; clero que desrespeita os preceitos da Igreja e a moral, dado o comportamento leviano dos membros que se envolvem amorosamente com mulheres; serviçais explorados e enganados que passam fome e frio, não sendo pagos pelos seus patrões – Pajem Fernando;
Na farsa o riso está ao serviço da crítica, criticando-se os costumes, mas também para demarcar as personagens e as suas situações vividas
“Mais quero asno que me leve, do que cavalo que me derrube” Pero Marques (que lhe faz as vontades)
Escudeiro (que lhe retire a liberdade…)
A medida velha e a medida nova – Luís de Camões Muito facilmente conseguimos distinguir composições de corrente tradicional (medida velha) da corrente renascentista (medida nova), principalmente através do verso mas também através da forma e dos temas: Medida velha Medida nova 5 sílabas métricas - redondilha menor; 7 10 sílabas métricas - decassílabo verso sílabas métricas - redondilha maior; Forma Soneto, canção, Ode Vilancete, cantigas, esparsa, trova s Cenário bucólico; a jovem bela que vai Classicismo e humanismo europeus à fonte ou pastar os gados; o verde dos as complexidades do amor, a beleza e a campos e dos olhos da pastora; o amor psicologia femininas, e as questões simples e natural; a saudade; a mágoa; filosóficas do tempo, da mudança, do Temas o ambiente cortesão com as suas destino; mulher inalcançável, divina de futilidades e gracejos; os perigos do pele alva, cabelos e olhos claros (visão amor; plano de igualdade entre o petrarquista) sujeito poético e a amada; visão realista mulher Rimas- Temáticas Representação da amada; A experiência amorosa e a reflexão sobre o mor; A representação da natureza; A reflexão sobre a vida pessoal; O desconcerto do mundo – premiar os maus e castigar os bons; A mudança – a vida sempre muda para pior; traz tristeza e elimina a felicidade;
Os Lusíadas – Luís de Camões Reflexões do poeta (Aprendizagens essenciais) Canto I 105 O recado que trazem é de amigos, Mas debaixo o veneno vem coberto; Que os pensamentos eram de inimigos, Segundo foi o engano descoberto. Ó grandes e gravíssimos perigos, Ó caminho de vida nunca certo, Que aonde a gente põe sua esperança, Tenha a vida tão pouca segurança!
106 No mar tanta tormenta e tanto dano, Tantas vezes a morte apercebida! Na terra tanta guerra, tanto engano, Tanta necessidade avorrecida! Onde pode acolher-se um fraco humano, Onde terá segura a curta vida, Que não se arme, e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno?
Breve resumo: As traições e os perigos a que os navegadores estão sujeitos justificam o desabafo do poeta sobre a fragilidade da condição humana que submete o homem a inúmeros e permanentes perigos. Quando o poeta refere o Homem como “um bicho da terra tão pequeno”, pretende salientar a sua condição mortal e frágil. Conclusão: Apesar do tom disfórico com que termina esta reflexão, não há uma contradição total com o tom épico inicial. Apesar dos portugueses terem condição mortal e frágil, conseguiram superar os seus objetivos. Desta forma, acaba-se por salientar a sua coragem e ousadia.
Canto V (92 – 100) – Partida de Vasco da Gama
Dirige-se ao povo português criticando-os pela sua falta de cultura e atitude de desprezo face à literatura/arte; Incentiva os portugueses a mudarem a sua mentalidade; Afirma que apesar dos defeitos dos portugueses, continua a ter um enorme amor à Pátria Portuguesa. Dá superioridade a Vasco da Gama, nas suas navegações; Necessidade de conciliação entre as armas e as letras!
Canto VII (78-87) – Ninfas do Tejo e do Mondego
Através da súplica às ninfas do Tejo e do Mondego, o Poeta lamenta pelo facto de não ver reconhecido o seu valor, o seu mérito. De facto, o Poeta, acentua a indiferença e a insensibilização do povo português perante a literatura e a cultura em geral, o que os poderá levar à decadência. Em geral, podemos encarar o episódio como uma reflexão crítica acerca da atitude dos portugueses perante a sua obra.
Canto VIII (96-99) – O poder corrupto do dinheiro
No final deste canto, o poeta reflete sobre o poder vil do dinheiro. Ele acredita que o dinheiro corrompe a alma humana, sendo capaz de tornar homens bons em homens cruéis e injustos, “poluindo” até o Homem mais puro.
Canto IX (88-95) – A ilha dos amores e a imortalidade Este episódio funciona como reflexão sobre a imortalidade porque o poeta refere o modo de a atingir: deixando a preguiça, a ambição e a cobiça. Inclui ainda nesta reflexão vários aspetos de matéria épica: feitos históricos, a viagem e a nomeação dos heróis como deuses. (“impossibilidades não façais”) Canto X (145-156) – Lamentações e profecias de futuras glórias nacionais Camões aconselha D. Sebastião através de algumas recomendações, para que valorize os súbditos : Favorecê-los e alegrá-los Aliviá-los das leis rigorosas Promover os mais experimentados Apoiar todos, desde os religiosos aos cavaleiros Garantir que outros povos (alemães, Franceses. Ítalos e Ingleses) não afirmem que os portugueses são para serem mandados, mas sim para mandar
Fernando Pessoa – Ortónimo Perfil poético de Fernando Pessoa: Imagem clássica, de seriedade, intelectual, culto… Autor introspetivo, virado para o mundo interior (pensamento, ideias…); Espaço poético aberto, associado à imaginação Temas e símbolos da sua poesia: mar, Descobrimentos, viagem… Sugestão de se solidão, sentimentos melancólicos Mistura de realidade exterior com interior Tendência para divagação Principais temáticas:
Dor fingida A dor real, para se elevar ao plano da arte, tem de ser fingida; Não há poesia, sem que o real seja imaginado de forma a exprimir-se artisticamente; O leitor sente com a imaginação (intelectualização dos sentimentos) Contraste entre o sonho e realidade Valorização dos sonhos; O mundo dos sonhos permite a eternidade e a felicidade, transmitindo tranquilidade, paz, suavidade, harmonia… O sonho chega a trazer sofrimento, devido à ilusão; A realidade estará associada ao sentimento de frustração e desilusão; Nostalgia da infância Passado irremediavelmente perdido; Tempo longínquo em que era feliz sem saber que o era, devido à inconsciência. Enquanto adulto, é consciente das coisas (dor de pensar); Dor de pensar Ser consciente
Fernando Pessoa – heterónimos Alberto Caeiro (poeta bucólico) Poeta bucólico – ambiente natural, harmonioso e calmo Mestre de todos os heterónimos, que transmite ensinamentos e pensamentos: Caeiro aponta soluções para os problemas existenciais e filosóficos que atormentam quer o ortónimo quer os outros heterónimos. Guardador de rebanhos Valoriza a comunhão com a natureza, vida bucólica, valorização dos sentidos (defesa do realismo sensorial) Poesia demarcada pela sua simplicidade Defesa do conhecimento empírico: nega o pensamento, o ato de pensar, sendo o importante a sensação/ observação das coisas tais como elas são (afastamento do ato de intelectualização) Relação de harmonia com a natureza Ricardo Reis (poeta clássico) Apatia – ser indiferente às paixões Desejo de viver de forma tranquila (ataraxia), equilibrada e sem preocupações (carpe diem), aceitado a efemeridade da vida e a consciência da morte que lhe está associada. A razão é entendida como o caminho para alcançarmos este modo sereno, de encarar a vida; Influenciado pelo epicurismo (procura de prazer moderado) e estoicismo (aceitar o destino, contenção das emoções, indiferença), dois sistemas filosóficos que ganharam forma na antiguidade clássica, o poeta defende uma atitude serena diante dos prazeres e imperturbável perante o sofrimento O sujeito poético propõe uma visão pagã da existência e defende a integração do Homem na Natureza, constatando a brevidade, a efemeridade da vida humana e a aceitação do destino e da morte. A renúncia à ação, pelo reconhecimento da inutilidade da mesma (influência das filosofias epicurista e estoica) surge como a única atitude que conduz à tranquilidade. Apaixonado pela cultura clássica Obsessão com a passagem inexorável do tempo e fugacidade da vida
Álvaro Campos (poeta moderno) Homem viajado, moderno e cosmopolita (atento às inovações do mundo) Fases: Decadentista (marcado pelo tédio profundo), futurista (enaltece a civilização moderna), intimista (reflete sobre o seu mundo interior, revisita a infância…); Sente de forma amargurada a passagem do tempo, desalento, Ceticismo e ausência de sentido marcam os seus poemas
Padre António Vieira – Sermão de Santo António Resumo: Vieira prega aos peixes com o intuito de censurar alegoricamente o comportamento dos homens (destinatários reais do sermão). Ao elogiar as virtudes dos peixes, critica, por contraste, a ausência dessas mesmas virtudes no homem.
Capítulo I - Exórdio Conceito predicável – “vós sois o sal da Terra” diz Deus aos pregadores Qual a função do sal? Impedir a corrupção A Terra encontra-se corrupta de quem é a causa? “Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar” Ou o sal não salga porque… Os pregadores não pregam a verdadeira doutrina Os pregadores dizem uma coisa e fazem outra Os pregadores se pregam a si e não a Cristo Ou a Terra não se deixa salgar porque… Os ouvintes não querem receber a verdadeira doutrina Os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem que fazer o que dizem Os ouvintes em vez de servir Cristo, servem os seus apetites “Se o pregador faltar à doutrina e ao exemplo, o que se lhe há de fazer é lançá-lo como inútil, para que seja pisado por todos” Exemplo de santo António: Santo António pregava contra os hereges, mas o povo chegou a virar-se contra ele. Por isso mudou de púlpito e o auditório, mas não desistiu da doutrina; Tal como fez Santo António, Vieira vai pregar aos peixes, já que os homens não se aproveitam; Viera invoca a Virgem Maria pedindo-lhe inspiração para o seu sermão; Capítulo II – Louvor das virtudes dos peixes, em geral Os peixes são os mais e os maiores (comparação de baleia e elefante) Não se domam nem se deixam domesticar “Peixes, quanto mais longe dos homens melhor” Indomáveis, isolados, bons ouvintes, 1ª criação de Deus Estas virtudes, contrastam com a atitude do homem, criticando a ausência destas virtudes Capítulo III – Louvor das virtudes dos peixes em particular Tobias – O fel sara a cegueira; o coração expulsa os demónios; Rémora – Tão pequeno no corpo e tão grande na força e no poder Torpedo – Descarga elétrica que faz tremer o braço do pescador Quatro-olhos – tem 4 olhos, dois que olham para cima e dois que olham para baixo
Capitulo IV – Repreensão dos vícios dos peixes, em geral Comem-se uns aos outros – os grandes comem os pequenos Capítulo V - Repreensão dos vícios dos peixes, em particular Roncador - (presunção, gabar, vangloriar…; diz que faz muito, mas é o 1º a falhar nas ações Pegador – (oportunismo, parasitismo, ignorância) Voador – ambição (sendo peixe, não deveria voar), vaidade de voar Polvo – hipócrita (muda de cor), traidor do mar Capítulo VI – Peroração Reconhece vantagens nos peixes – bruteza e instinto; os peixes são superiores ao pregador e aos homens devido à sua irracionalidade e não possuidores de livre-arbítrio Afirmação de humildade do pregador, que se assume por pecador
Antero de Quental Foi um poeta sem se esquecer de ser um homem comprometido com o seu tempo e projetou na sua poesia o seu desejo: o desejo (impossível) de aliar a vida ao Ideal.
O panorama geral que se nos oferece é, acima de tudo, o de uma incessante inquietação espiritual, a infinita procura de qualquer coisa capaz de conceder um sentido ou uma finalidade à existência humana. Tal entidade aparece quase sempre sob contornos vagos ou indefinidos e pode assumir o nome de Deus – um Deus que infunde nos homens a aspiração de um ideal sempre mais alto
Insatisfação perante um real sentido como demasiado frustrante ou limitado inquietação que assolava o poeta de tentar dar sentido à existência humana e de conciliar, o Ideal e o Real Infinita procura de qualquer coisa capaz de conceder um sentido Projeção do “eu” num ideal mais ou menos onírico (mundo dos sonhos) ou imaginário Irreprimível desejo de sonhar...