Title | Câncer gástrico |
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Course | Cirurgia digestiva |
Institution | Universidade de Santa Cruz do Sul |
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Resumão de cirurgia digestiva...
CÂNCER GÁSTRICO
Estômago e ID são partes do aparelho digestivo que os tumores vão ter um diagnóstico mais tardio. Estômago é um órgão que consegue distender, os sintomas de tumor se confundem com outros tipos de patologia do estômago. Alguns autores consideram que o tumor na cárdia já seria considerado um tumor no estômago. Tumores de estômago: o estômago é sede de tumores malignos e menos frequentes de neoplasias benignas. Tumores benignos (exemplos): achados ocasionais da EDA São lesões precursoras de um tumor maligno. Nas EDA feitas para quando o paciente tem refluxo, azia, queixas de gastrite pode-se encontrar um tumor benigno de estômago. Pólipo adenomatoso: mais comum e pode vir associado com infecção pelo H. pylori (tem relação com o câncer em estômago). Mais chance de evoluir para malignidade. Pâncreas aberrante: caso raro de tumor, onde cresce tecido pancreático ectópico no estômago. Isso também pode acontecer em tumores no duodeno. Hamartomas: raro Tumores malignos (exemplos): Adenocarcinoma (94% dos casos): No estômago, cólon características macroscópicas semelhantes, sendo mais delimitado. Linfomas: tumor mais infiltrativo, baixa delimitação Leio miossarcoma Sarcoma de Kaposi, etc. Tumor estromal (GIST maligno) O câncer de estômago é uma doença linfonodal, então é necessário avaliar bem os glânglios linfáticos para ser avaliado pelo patologista posteriormente. Tumores de estômago: A incidência de CA gástrico vem diminuindo ao longo dos anos. Permanece elevado na Ásia, Japão, Coreia e também Brasil. No Brasil: 3 primeiras causas de morte homens 5 primeiras causas de morte mulheres Variação regional: São Paulo e Pará RS: incidência maior de CA de esôfago, enquanto SP e Pará de estômago. Quanto mais jovem mais agressivo o tumor. Quadro clínico: Confundem-se os sintomas com doenças pépticas. HC-FMUSP (hospital da USP):62% eram assintomáticas quando do diagnóstico (câncer gástrico precoce). Câncer avançado: Japão 50% dos pacientes com sintomas. Sintomas observados: dor epigástrica; emagrecimento. (sintomas inespecíficos) Estadiamento: O estadiamento pré-operatório consiste das observações clínicas e da utilização de métodos de imagem: TC de tórax, abdômen e pélvico. Ecoendoscopia não é exame de rotina, por falta de disponibilidade. Permite avaliar o nível de invasão do tumor (mucosa, submucosa). Como se dissemina o CA gástrico: linfática, hematológica, invasão local. Estadiamento é importante para avaliar o tipo de cirurgia que deverá ser realizada (QMT, pré-operatório) realizar avaliação clínica + métodos de imagem. Sinais de doença avançada: Hepatomegalia: por exame físico Ascite: abdômen globoso (piparote), líquido livre (no exame de imagem) Aumento de linfonodo de Virchow (sinal de Troisier) Nódulos umbilicais (sinal de Sister Mary Josefer) Aumento do linfonodo axilar esquerdo (sinal de Irish) Nodulações do fundo do saco de Douglas (sinal de prateleiras de Blumer)
Não precisa saber o nome dos sinais! Estadiamento: Avaliação clínica sistêmica Exames de imagem: (estadiamento) Tomografia de tórax e abdômen Ecoendoscopia Sistema de estadiamento ( UICC, AJCC e Japonese Gastric Câncer) Quando a invasão da parede gástrica Paciente com carcinoma in situs: não precisa fazer linfadenectomia D2 (retira linfonodos próximo a art.gástrica E; art. Hepática, tronco celíaco), faz só na região D1, pois na D2 aumenta o risco de morbimortalidade. Se ocorre invasão tumoral além da submucosarequer linfadenectomia D2 CLASSIFICAÇÃO JCC – Quando ao sítio metástases linfonodal. NO: sem metástases linfonodal N1: metástases linfonodal presente N2: metástase linfonodal presente no compartimento N2 (na pequena curvatura do estômago, perto do tronco celíaco) N3: metástase linfonodal presente no compartimento N3 NX: metástase linfonodal não pode ser classificada Quando a invasão da parede gástrica são divididos em T1: invasão da mucosa ou submucosa T2: invasão de muscular própria ou subserosa T3: invasão da serosa sem invasão de órgãos adjacentes T4: invasão de órgãos vizinhos (não inclui esôfago e duodeno) Métodos de imagem e análise anatomopatológica: MO: ausência de metástases à distância M1: metástase à distância presente MX: sem dados suficientes para classificação TRATAMENTO Cirúrgico Ressecção gástrica radical Linfadenectomia D2 (Japão): já é definida como padrão ouro para tratar CA gástrico.
A gastrectomia inicia-se no grande epiplon, onde se retiram os glânglios, sendo os linfonodos da D2 mais difícil de retirar porque fica perto de grandes vasos, em alguns casos pode-se fazer esplenectomia junto (esplenectomia é feita mais para facilitar a cirurgia ou quando tem invasão desse órgão). Antes se fazia bastante a retirada da cápsula que reveste o pâncreas, mas hoje isso diminui a sobrevida do paciente. Tumor de antro de estômago, já estadiado. Deve ser preparado o paciente nutricionalmente 15 dias antes do procedimento cirúrgico, isso para se saber qual via irá nutrir o paciente para prepará-lo para a cirurgia. Se o paciente está vomitando, a opção a ser usada é a via nasoentérica ou suplemente via oral.
Ligamento gastro-hepático: une estômago ao fígado, embaixo desse ligamento encontra-se o tronco celíaco, art. Gástrica esquerda, gastroduodenal. Como iniciar uma cirurgia: faz um inventário na cavidade. (inventário é quando se avalia uma região para ver as coisas que têm ali). Caso seja encontrado líquido na região mandar o mesmo para avaliação. Lavado gástrico: soro na cavidade em contato com as vísceras, depois aspira e manda para anatomopatológico para ser avaliado se há células neoplásicas. Feito o inventário e sem presença de células neoplásicas, paciente T3 (invade serosa, mas não órgãos adjacentes) inicia cirurgia. Ressecar primeiro o local da cirurgia, após usar grampeadores Liberação do omento, acesso à retrocavidade dos epíplons atrás do estômago para liberar ele e depois realizar o grampeamento do estômago. B2: anastomose do estômago com ID (pode ser feita pela frente do colo transverso ou detrás do colo transverso, no mesocolo transverso- isso depende do cirurgião.). Professora prefere pela frente. Linfadenectomia: D2 – padrão ouro. Realizado pontos para evitar herniação Fístulas de duodeno são difíceis de manejar. O coto duodenal tem que ter uma vascularização boa, sutura adequada para evitar fístulas. Y de Roux é melhor do que B2 por causa do refluxo biliar CA de estômago: deixa em média 30cm de alça de ID (mínimo para se evitar refluxo), em cirurgia bariátrica oscila entre 50-100cm. Anastomose estômago-ID vai acontecer no ângulo de Treitz CA gástrico é uma doença linfonodal, quando realiza a linfadenectomia vai ver quantos glânglios linfáticos estarão acometidos. Conclusão O conjunto de fatores de maior valor prognóstico no adenocarcinoma gástrico em várias séries foi determinado pelas seguintes variáveis: estadiamento, diâmetro do tumor, número de linfonodos comprometidos e invasão de serosa. CA gástrico tem relação com alimentação, produtos industrializados, defumados têm fatores que propiciam câncer gástrico. Os fatores genéticos também podem propiciar o desenvolvimento de CA gástrico, assim como metais no solo. Quimioterapia: existem protocolos diferentes que se faz a partir do B2, carcinoma in situs não se faz. A escola Japonesa de Endoscopia Gastroenterológica criou o conceito de Câncer Gástrico precoce em 1962 O CGP é um tumor limitado às camadas mucosa e/ou submucosa independente de sua forma, extensão, bem como a presença de linfonodos metastáticos. REVISÃO: O que tem de diagnóstico de tumor gástrico: quadro clínico inespecífico (dor epigástrica, emagrecimento, saciedade precoce) Estadiamento: TC tórax, abd. Em algumas situações: ecoendoscopia Classificações T1,T2,T3 e T4 Linfadenectomia D1 e D2 Síndrome de Dumping: paciente que apresenta diarreia explosiva Síndrome de alça aferente: muito longa ou muito curta Complicações precoces: ocorrem em qualquer cirurgia do sistema digestivo, como febre, atelectasia, risco de infecção de ferida operatória, fístulas *quando o paciente começa a se alimentar. Como faz diagnóstico de fístula de duodeno: comunicação ou continuidade de um órgão que pode ser com o meio interno ou externo. Algumas suturas não tem grampeamento, outras que tem podem desenvolver fístulas por causa do grampeamento e sair conteúdo do estômago. No duodeno é mais comum ter
fístula. Saí secreção esverdeada no dreno quando houver fístula do duodeno, pode-se dosar a amilase para ver se tem também. Como saber se a fístula irá fechar: estado nutricional do paciente, o débito da fístula. Conteúdo abaixo não foi dado em aula. Introdução: Acomete 2X mais homens que mulheres. Aumento na incidência de tumores de cárdia. Diminui a mortalidade em ambos os sexos. Fatores de risco: Consumo de alimentos preservados com sal ou defumados. Tabagismo. Baixa ingestão de frutas frescas, vegetais, vit C e antioxidantes. H. pylori: gastrite crônica atrofia metaplasia intestinal displasia câncer. Etiopatogenia: Fatores ambientais. Fatores genéticos. Fatores hereditários. Influências ambientais; Dieta. Classe socioeconômica. Vida urbana. Traços metálicos no solo. Incidência ↓diminuindo nos EUA e Inglaterra. Incidência ↑ aumentando no Japão e Chile. Patologia: Adenocarcinoma 95%. Linfomas, tumores carcinoides, carcinomas escamosos e sarcomas 5%. Manifestações Clínicas; Não há especificidade quanto a sintomatologia. Não tem perda de peso, continua se alimentando. Sinais e sintomas, geralmente em doenças mais avançadas: o Dor. o Vômitos. o Náusea. o Melena. o Anemia. o Transtornos apetite. o Perda ponderal, etc. DOR → Principal sintoma descrito. Principais sintomas (mais frequentes); Dor epigástrica 71,4%. o Principal sintoma descrito, porém é inespecífica. Disfagia 9,1% - tumor de estomago alto – cárdia. Vômitos 7,1%. Plenitude pós – prandial 5,1%. Emagrecimento 4,5%. Tumor epigástrico 3,9%. Exame físico: Maioria normal (57,8%) → não tem sintoma específico. Dor epigástrica (mais comum). Massa epigástrica (33,1%). Linfonodo de fossa supraclavicular (7,1%) – Sempre lembrar de cadeias linfonodais. Icterícia (2,5). Prateleira pélvica (2,5): metástases na pele. Nódulo umbilical (1,9%). Linfonodo axilar (1,9%). Ascite (1,9%).
Linfonodo cervical alto (0,6%). Metástases; Disseminação direta. Disseminação linfática. Disseminação sanguínea. Disseminação transperitoneal. Prognóstico; Sobrevida 5 anos → 20% a 30%. Japão → Cirurgia e diagnóstico precoce → Taxa de sobrevida de 90% - por causa do diagnóstico precoce. Prognóstico → É determinado pela Presença ou não de linfonodos comprometidos. Diagnóstico; Endoscopia. o É o melhor exame. Toda ulcera deve ser biopsiada. Estudo contrastado. US (ultra-sonográfico). US endoscópica Ressonância magnética. Tomografia computadorizada (TC). Indicação Cirúrgica e Critérios de Irressecabilidade: Tratamento cirúrgica do estomago e linfonodos adjacentes Único tratamento efetivo. Tipos de Cirurgia (INCA): de acordo com o instituto nacional do câncer. Tumor proximal. o Gastrectomia total com esofagectomia distal e reconstrução em Y de Roux. Tumor de terço médio. o Gastrectomia total com esofagectomia distal e em Y de Roux. Tumor distal. o Gastrectomia subtotal distal. Linfadenectomia: Japão → 39% taxa de sobrevida em 5 anos. Estudos ocidentais não conseguem reproduzir → Permanece controverso. Fatores prognósticos mais importantes: o Invasão do tumor na parede gástrica. o Comprometimento linfonodal (prognóstico independente). Há controvérsias. Terapia adjuvante e neoadjuvante: Quimioterapia. Radioterapia. Recomendações e acompanhamento: Nos primeiros três anos após a cirurgia os pacientes devem ser acompanhados a cada 3 a 6 meses e de 6 em 6 meses por 3 a 5 anos e anualmente a partir de então. Exames laboratoriais e de imagem devem ser feitos de acordo com a avaliação clínica. Pacientes gastrectomizados devem ser monitorados para deficiência de ferro e B12. Resumo: Câncer Gástrico; Exame físico normal (INCA);
Sintoma mais frequente: dor epigástrica. Sintomas atípicos. Importância da endoscopia (diagnóstico precoce). SINTOMAS INESPECÍFICOS. Invasão do tumor na parede gástrica. Comprometimento linfonodal. Úlcera → biópsia → risco de CA gástrico.
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