Creatina Quinase PDF

Title Creatina Quinase
Author sópodiaser !
Course Bioquímica
Institution Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
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Summary

A creatina quinase catalisa a reação de formação da fosfocreatina, composto de
alta energia para a célula muscular....


Description

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CREATINA QUINASE (CK) Creatina + ATP

CK pH=9,0

ADP + fosfocreatina

pH= 6,7 A creatina quinase catalisa a reação de formação da fosfocreatina, composto de alta energia para a célula muscular. Ativação: por Mg+2 e tem atividade restaurada por agentes sulfidrílicos (N-acetilcisteína, tioglicerol, ditiotreitol, ácido tioglicólico, mercaptoetanol, e cistéina). Inibição: Excesso de Mg+2 , ADP,, urato e cistina, agentes que se ligam a grupos sulfidrilas (Zn+2 , Cu+2, Ca+2 e Mn+2 ) Atividade: Maior no músculo estriado, cérebro e tecidos cardíacos. Menor no diafragma e rins Estrutura: dimérica, com 2 subunidades de PM 40.000 Subunidade B (brain) Subunidade M( muscle) Citosólica e tem um tipo mitocondrial (CKMt) Isoenzimas - CK1 ou BB- predomina no cérebro, próstata, intestino, pulmão, útero, placenta e tireóide. CK2 ou MB – Predomina no músculo cardíaco (25-46%) e em menor percentual nos músculos esqueléticos (5%). CK3 ou MM- músculo esquelético e cardíaco. CKMt- Oligomérica, localizada entre a membrana interna e externa da mitocôndria- No coração (15% da CK total). A Creatina quinase pode associar-se à imunoglobulinas formando 2 tipos de complexos: -Macro CK tipo 1 = CK + IgG ou CK3 + IgA - Macro CK tipo 2 = CKMt + imunoglobulinas. Está aumentado em pacientes adultos com malignidades ou doença hepática e em crianças com doença miocárdica. Valores de referência: No indivíduo sadio, a atividade da CK no soro é influenciada pela idade, sexo, raça, gordura corporal e atividade física. Há muitas distorções nos valores de referência entre populações distintas. Três generalizações são feitas: 1- As crianças tem valores de CK total maiores do que os adultos 2- Os homens tem valores de CK total maiores do que as mulheres 3- Os negros tem valores de CK total maiores do que os não- negros

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VALORES DE REFERÊNCIA É recomendado que cada laboratório estabeleça sua própria faixa de valores de referência na população atendida. Como orientação, sugerimos os seguintes valores: 0 - 30 U.I. /L SIGNIFICADO CLÍNICO A creatina fosfotransferase é uma enzima, predominantemente, da musculatura estriada. Aumenta secundariamente no soro, nas patologias que comprometem a musculatura estriada. A CPK é um sensível indicador, com aumentos precoces e elevados, nos casos de infarto do miocárdio e distrofia muscular progressiva. Atividades aumentadas de CPK são encontradas, ocasionalmente, em patologias do sistema nervoso central, bem como em casos de acidente vascular cerebral. Em pacientes portadores de hipotiroidismo, podem ser detectados níveis elevados de CPK. A creatina quinase é um dímero composto de subunidades B e M, e ocorre em três formas de isoenzimas: MM (CK3), MB (CK2) e BB (CK1). A enzima é encontrada em concentrações elevadas no músculo esquelético, músculo cardíaco, cérebro e trato gastrointestinal. Estudos de distribuição tissular indicam que o músculo esquelético é quase que completamente composto da isoenzima MM com quantidades mínimas da isoenzima MB. O cérebro e o trato gastrointestinal contém primariamente a isoenzima BB enquanto que o músculo cardíaco consiste aproximadamente de 80% da isoenzima MM e 20% da MB. SIGNIFICADO CLÍNICO - Está elevada em doenças do músculo esquelético- Distrofia muscular progressiva - Doenças cardíacas- Infarto do miocárdio em transplantes cardíacos há aumento da CK total e CK2. O aumento de CK2 é maior do que 6% da CK total. - Doenças do sistema nervoso central- Isquemia cerebral, doença cérebro vascular, traumatismo craniano e encefalopatias- aumento de CK. - Doença da tireóide- Hipotireoidismo- aumento de CK3 e CK2. Elevações de CK1 no soro - Parto normal- elevação de 6 vezes. - Em recém-nascidos com lesão cerebral - Adenocarcinoma, tumores pulmonares, da próstata, rim, bexiga, mama e ovário. Elevações de CK1 no líquor Aumento de CK1 de 6-24h após lesões cerebrais (encefalopatia com anóxia aguda e parada cardíaca. Acidente vascular cerebral agudo (AVC). A CK total começa a se elevar 6 horas após o início do infarto agudo do miocárdio (IAM) e chega a um pico máximo após 12 a 24 horas, permanecendo elevada até 72 horas quando não ocorre um novo infarto. Os valores no pico máximo podem

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chegar a mais de 10 vezes o limite superior dos valores de referência. Em pacientes submetidos à terapêutica trombolítica a elevação da CK pode ocorrer mais precocemente por aumento da isoenzima MB consequente à reperfusão do miocárdio isquêmico. Além do IAM a CK está elevada nos casos de necrose do músculo cardíaco produzidas por miocardite grave. As causas de elevação da CK consequentes a necrose ou atrofia aguda do músculo estriado são: cirurgia torácica ou cardíaca (os valores retornam à linha basal em 24-48 horas), cardioversão, distrofia muscular progressiva, esclerose lateral amniotrófica, poliomiosite, distrofia miotônica, traumas e queimaduras, rabdomiólise extensa, hipertermia maligna, hipotermia, status epilético, miopatia endócrina (hipotireoidismo, acromegalia, miopatia do hipoparatireoidismo) e uso de cocaina. O exercício físico pode elevar os valores da CK em até 3 vezes os valores de referência, havendo redução dos valores após 24 horas. Nos casos de exercício prolongado os valores podem aumentar em até 24 vezes.

A CK total é maior que 200 U/L?

Não 

Sim Medir a CK-MB A CK-MB é maior que 24 U/L a 37 °C?

Não 

Sim

Mais provável: não ocorreu IAM, ausência de dano muscular Outras possibilidades: IAM recente com menos de 6 horas Mais provável: não ocorreu IAM Possibilidades: IAM recente com menos de 6 horas ou com mais de 48 horas, lesão de músculo esquelético, CK atípica, CK-BB elevada

Calcular CK-MB (%) = CK-MB (U/L)x100/CK total (U/L) CK-MB (%) é maior que 6,0%? Sim  A CK-MB está entre 6,0 e 20 %? Não  A CK-MB é maior que 20 %?

Mais provável: Não ocorreu IAM Possibilidades: IAM recente com menos de 6 horas Não ou com mais de 48 horas, lesão de músculo esquelético, CK atípica, CK-BB elevada Causa mais provável: ocorreu IAM Outras possibilidades: outras doenças ou lesões do Sim miocárdio, lesão de músculo esquelético, CK atípica, CK-BB elevada Causa mais provável: CK atípica, macro CK Outras possibilidades: CK-BB elevada. Elevação persistente da CK-MB por 48 horas é característica de Sim CK atípica. Persistência de atividade elevada após incubação do soro a 45 °C por 20 minutos também sugere CK atípica.

A CK atípica ou macro CK tipo 1 é um complexo de CK-BB ligada a IgG e a macro CK tipo 2 é um complexo polimérico de CK mitocondrial. Estas duas formas não são inibidas pelo anticorpo CK-M e são medidas como CK-B, podendo simular um aparente aumento da CK-MB. Podemos distinguir entre a CK-MB e macro CK porque a primeira se eleva e se reduz em um intervalo de 30 horas, enquanto a segunda permanece constante. Além disto a macro CK pode ser reconhecida por: apresentar atividade maior que 20% de CK total e estabilidade ao calor (resiste 20 minutos a 45 °C). Além do IAM as seguintes lesões do miocárdio podem produzir aumento da CKMB: contusão cardíaca, procedimentos cirúrgicos cardíacos, cardioversão, angioplastia

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coronariana transluminal, pericardite, miocardite, taquicardia supraventricular prolongada, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca congestiva, angiografia coronariana. O exercício vigoroso, sem ocorrência concomitante de IAM, produz uma elevação da CK-MM e também uma elevação da CK-MB. Nestes casos a CK-MM mostra um pico 8 horas depois e a CK-MB 12 horas depois com um valor absoluto claramente elevado da CK-MB. Entretanto, se a CK-MB for expressa em como percentual da CK total verifica-se que a atividade da CK-MB não ultrapassa 6,0%. Consequentemente, a prática de expressar a atividade da CK-MB como percentual da atividade da CK total ajuda a maximizar o valor preditivo do teste positivo no procedimento de medição da CK-MB por imunoinibição. As causas não cardíacas de aumento da CK-MB são: traumatismo e doenças do músculo esquelético, rabdomiólise extensa, mioglobinuria, queimaduras e traumatismos, hipertermia maligna, hipotermia, colelitíase aguda, cetoacidose diabética, choque séptico, acutização de doença pulmonar obstrutiva. As seguintes doenças não produzem aumento da CK-MB: angina pectoris ou insuficiência coronariana (uma elevação da CK-MB nestas doenças significa alguma necrose do músculo cardíaco mesmo que um infarto discreto não seja identificado), parada cardíaca ou cardioversão não devida a IAM, marcapasso cardíaco, injeções intramusculares, infarto cerebral e embolia pulmonar....


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