Degeneração hialina - PDF

Title Degeneração hialina -
Course Patologia Geral Veterinária
Institution Universidade Estadual do Ceará
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Summary

Estudo das degenerações hialinas....


Description

Degeneração Hialina Conceito: (gr. hyalinos = vidro). Qualquer material ao microscópio de luz que se apresente corado em rosa pelo H&E. Existem diversas lesões denominadas hialinoses – nada têm em comum  Tipos de hialina 1. EXTRACELULAR: Degeneração hialina propriamente dita; Ex: amiloidose. 2. INTRACELULAR: corpúsculo de Russel; CouncilmanRocha Lima; Mallory; cérea de Zencker.

Degeneração Hialina propriamente dita Conceito: Deposição extracelular ou intersticial de material hialino (vítreo, claro, homogêneo, translúcido, amorfo, denso, eosinofílico e refringente) no tecido conjuntivo e nas membranas basais, de modo a alterar a proporção núcleo/colágeno e aumentar a eosinofilia do tecido. Sinonímia: “colagenoses”. Características microscópicas: Condensação das fibras colágenas com aumento da sua espessura e rigidez, assumindo um aspecto hialino, vítreo, homogêneo e irregular. Ocorrência: É comum nos quelóides, nas cicatrizes extensas, nas esclerodermias e nos folículos ovarianos em atresia.

Esclerodérmia Doença inflamatória e crônica que acomete o tecido conjuntivo. Sua principal característica é o endurecimento (esclero) da pele (dermia), que se torna mais espessa, brilhante e escura nas áreas afetadas.

Mecanismo: Fibroplasia excessiva + desidratação e fragmentação das fibras, estimula mais fibroplasia resultando no aumento da densidade dos componentes intersticiais (aproximação e espessamento das fibras colágenas).

Amiloidose Sinonímia: Deposição, Infiltração ou “Degeneração” amiloide. Conceito: Deposição intersticial de material fibrilar glicoproteico, de composição química variável, de aspecto hialino, eosinofílico, amorfo, homogêneo, birrefringente, metacromático, especialmente nas membranas basais, com reações tintoriais específicas. Histórico: Rudolf Virchow, ao verificar reação de metacromasia do iodo, batizou de amiloide, acreditando ser o material depositado de natureza glicídica. Características macroscópicas:  Aumento de volume e da consistência;  Palidez (isquemia pela compressão vascular, associada à própria natureza da substância amiloide);  Tensão capsular e friabilidade;  Superfície de corte pálida, translúcida, homogênea, lardácea (espessamento, perda da elasticidade) tipo toucinho (quando a

deposição amiloide é difusa) ou “em Sagú” (se focal, perifolicular);  Reação de metacromasia característica com o iodo. Características microscópicas  Histoquímica: coloração rosa utilizando H&E; Vermelho Congo (coloração alaranjado). Sítios de predileção: Glomérulos renais, sinusoides hepáticos, e em volta dos folículos esplênicos, sempre diminuindo o espaço e comprimindo as células. Composição física  Proteínas: Principalmente com aminoácidos acidificantes;  Carboidratos: Principalmente galactose, glicose e manose;  Lipídios: Principalmente colesterol, ésteres do colesterol, triglicerídeos, ácidos graxos e fosfolípedes/fosfolipídios. Origem: Fagocitose de imunocomplexos e proteínas pelos monócitos – exocitose de cadeias leves de globulinas, precursoras do amiloide. Classificação

Amiloidose de origem imunológica: 1. AMILOIDOSE PRIMÁRIA Descontrole da resposta imunológica – Plasmocitoma. Sítios: coração, pulmões, músculos, vasos, pele, o trato gastrointestinal e os nervos. 2. AMILOIDOSE SECUNDÁRIA

Definição: Exaustão por superestimulação do sistema imunológico; Ocorrência: Doenças crônicas caquetizantes e em animais utilizados na produção de soro hiperimune. Sítios: fígado, baço, rins, adrenal, pâncreas e os linfonodos.

Amiloidose de origem endócrina Concomitância à ocorrência de neoplasias como no carcinoma medular da tireoide, no gastrinoma e no insulinoma. Consequências: atrofia compressiva do parênquima adjacente.  Rins: “Síndrome nefrótica”;  Coração: “Insuficiência cardíaca refratária aos digitálicos”;  Fígado e baço: Compressão + Friabilidade = Predisposição à rupturas hemorragia grave e letal em virtude da diminuição dos fatores de coagulação.

Hialinose intracelular Sinonímia: Transformação hialina intracelular ou Degeneração hialina intracelular. Conceito: Acúmulo intracelular de material de natureza proteica, conferindo às células e tecidos afetados um aspecto hialino. Mecanismo: Coagulação focal de proteínas celulares.  Corpúsculos de inclusão;  Absorção ou pinocitose de proteínas complexas;

 Células dos túbulos contorcidos proximais, nas proteinúrias;  Células das vilosidades intestinais do intestino delgado no recém-nascido aleitado com colostro.

Etiologia: miopatias por excesso de exercício físico; deficiência de vitamina E e selênio (“Doença do músculo branco").

Corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos. Corpúsculos de Russel em plasmócitos: 

 Figura 1: Arteríolas normais.



Figura 2: Hialinose arteriolar.

Degeneração CÉREA DE ZENKER, em músculos esqueléticos (gastrocnemio e diafragma) e de MAGARINOS-TORRES (no miocárdio). o

o

Macroscopia: “listras” e máculas amareloesbranquiçadas (Coração tigrado); Microscopia: Perda de estriação (desagregação dos miofilamentos à microscopia eletrônica) e homogeneização vítrea eosinofílica das fibras.

Agregação de globulinas, tipo “colar de pérolas”, distendendo as cisternas do retículo endoplasmático rugoso. Em indivíduos com proteinúria, é encontrada degeneração hialina no endotélio tubular renal por endocitose excessiva de proteínas; Visto com frequência em inflamações agudas (p. ex., salmoneloses) e crônicas (especialmente leishmaniose tegumentar e osteomielite);      

Características: Esférico; Vítreo; Homogêneo; Acidófilo; Birrefringente.

Figura 3: Corpúsculo de Russel no citoplasma de um plasmócito.

Corpúsculo de Mallory: 



Complexo insolúvel de fosfolípides/fosfolipídios e lipoproteínas. Alcoolismo crônico, hepatite viral tipo A ou B e na intoxicação com griseofulvina (substância antifúngica).

Figura 4: Corpúsculo de Mallory em um hepatócito.

Hialinose intracelular 

    

Acúmulo de nucleoproteínas virais e/ou de produtos da reação à infecção viral no citoplasma (vírus RNA) ou no nucleoplasma (vírus DNA ou RNA). Exemplos: NEGRI (Raiva); GUARNIERI (Varíola); COUNCILMAN- ROCHA LIMA (Febre amarela); LENTZ (Cinomose)....


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