Exercícios Análise PDF

Title Exercícios Análise
Course Análise Financeira II
Institution Instituto Politécnico de Setúbal
Pages 23
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Summary

Exercício 1Da sociedade ESCE 1, Lda., com sede em Setúbal, e que fabrica e comercializa produtos alimentares congelados, obtivemos as seguintes informações: Calcule o valor de Recebimentos de Clientes, tendo em conta a seguinte informação: a. Vendas 2020: 1.050€;b. Saldo Clientes 2020: 500€;c. Saldo...


Description

Exercício 1 Da sociedade ESCE 1, Lda., com sede em Setúbal, e que fabrica e comercializa produtos alimentares congelados, obtivemos as seguintes informações: 1. Calcule o valor de Recebimentos de Clientes, tendo em conta a seguinte informação: a. Vendas 2020: 1.050.000€; b. Saldo Clientes 2020: 500.000€; c. Saldo Clientes 2019: 300.000€. Recebimentos de Clientes = Vendas - Variação de Clientes = = 1 050 000 - (500 000 300 000) = 850 000€ 2. Calcule o valor de Pagamentos a Fornecedores, tendo em conta a seguinte informação: a. CMVMC 2020: 600.000€; b. FSE 2020: 400.000€; c. Saldo Inventários 2020: 350.000€; Saldo Inventários 2019: 300.000€; d. Saldo Fornecedores 2020: 250.000€; Saldo Fornecedores 2019: 175.000€. Pagamentos a Fornecedores = CMVMC + FSE + Variação de Inventários - Variação de Fornecedores = 600 000 + 400 000 + (350 000 - 300 000) - (250 000 - 175 000) = 975 000€ 3. Outras informações: a. Pagamentos ao Pessoal: 50.000€; b. Outros Pagamentos operacionais: 15.000€; c. Alienação de um armazém por 400.000€ (recebido pronto) cujo valor contabilístico bruto era de 450.000€, com liquidação do empréstimo de Médio Longo prazo existente (com hipoteca do imóvel) no montante de 250.000€; d. Aquisição e pagamento de uma viatura de distribuição por 50.000€; e. Aquisição e pagamento de uma participação financeira de controlo numa empresa concorrente por 100.000€; f. Aumento do Capital Realizado: 50.000€; g. Juros pagos de Empréstimos bancários: 25.000€; h. Utilização adicional de linhas de Financiamento Bancário de Curto Prazo: 100.000€; i. Saldo de “Caixa e equivalentes” no início de 2020: 100.000€.

I. Elabore a Demonstração de Fluxos de Caixa de 2020, com base nas informações dadas.

II. Comente os valores obtidos nos respetivos ciclos (Operacional, Investimento, Financiamento). O ciclo operacional é o indicador chave da capacidade do negócio da empresa gerar fluxos de caixa que sejam depois suficientes para a empresa pagar empréstimos,

manter a capacidade operacional, fazer novos investimentos, etc. É deste ciclo operacional que provém a capacidade de autofinanciamento da empresa. No caso desta empresa, o ciclo é negativo em 190 000€ (os pagamentos superam os recebimentos), o que é um indicador de alarme. É uma situação que não é sustentável no médio prazo. A manter-se poderá colocar em questão a sobrevivência da empresa dado que o seu negócio não gera liquidez. Assim, possíveis soluções poderiam passar por melhorar as margens de comercialização, reduzir o PMR e o valor dos inventários. O ciclo de investimento foi positivo em 250 000€, resultado da venda de um armazém por 400 000€ apesar dos investimentos que a empresa efetuou em equipamento e noutra empresa. No entanto, é de realçar que a empresa conseguiu liquidez de 150 000€ com a venda, que necessita uma vez que tem um ciclo operacional negativo, apesar do pagamento do empréstimo associado ao armazém. O ciclo de financiamento foi negativo em 125 000€ apesar da empresa ter recorrido a aumento do capital e novos empréstimos de curto prazo, dado o pagamento obrigatório do empréstimo de 250 000€ referente à hipoteca do armazém vendido.

III. Apresente em síntese quais as principais conclusões que pode retirar pela análise dos valores obtidos. A empresa diminuiu a tesouraria de 100 000€ para 35 000€ embora ainda mantenha um saldo razoável. Pela análise da DFC constata-se uma situação que é sinal de alguma preocupação futura, pois o seu ciclo operacional é negativo. Numa empresa saudável e numa velocidade de cruzeiro, este ciclo tem de ser positivo. A empresa não liberta liquidez e recorreu à venda de ativos (põe em causa o crescimento da empresa e não é uma situação que possa ser recorrente) e também ao aumento da dívida bancária de curto prazo e ao apoio dos sócios. O problema está identificado, não gera liquidez e as soluções do ponto anterior terão de ser implementadas sobre pena da sustentabilidade da empresa estar em causa (os credores e sócios poderão deixar de querer financiar).

Exercício 2 Da sociedade ESCE 2, Lda., com sede em Setúbal, que comercializa peixe e marisco, obtivemos as seguintes informações: 1. Calcule o valor de Recebimentos de Clientes, tendo em conta a seguinte informação: a. Vendas 2020: 1.700.000€; b. Saldo Clientes 2020: 500.000€; c. Saldo Clientes 2019: 800.000€. Recebimentos de Clientes = 1 700 000 - (500 000 - 800 000) = 2 000 000€ 2. Calcule o valor de Pagamentos a Fornecedores, tendo em conta a seguinte informação:

a. CMVMC 2020: 500.000€; b. FSE 2020: 300.000€; c. Saldo Inventários 2020: 400.000€; Saldo Inventários 2019: 300.000€; d. Saldo Fornecedores 2020: 250.000€; Saldo Fornecedores 2019: 350.000€ Pagamentos de Fornecedores = 500 000 + 300 000 + (400 000 - 300 000) - (250 000 350 000) = 1 000 000€ 3. Outras informações: a. Pagamentos ao Pessoal: 500.000€; b. Outros Pagamentos operacionais: 250.000€; c. Compra de equipamento de transformação de peixe por 500.000€; d. Aumento do Capital Realizado: 55.000€; e. Juros pagos de Empréstimos bancários: 15.000€; f. Formalização de um empréstimo com prazo de 5 anos: 145.000€; g. Saldo de “Caixa e equivalentes” no início de 2020: 100.000€. I. Elabore a Demonstração de Fluxos de Caixa de 2020, com base nas informações dadas.

II. Comente os valores obtidos nos respetivos ciclos (Operacional, Investimento, Financiamento).

No caso da sociedade ESCE 2, Lda. o FCAO é positivo em 250 000€, o que significa que os recebimentos superam os pagamentos. Esta situação é o expectável para todas as empresas, dado que o seu negócio tem liquidez suficiente para gerar fundos monetários para o seu autofinanciamento, proporcionando assim condições para a empresa crescer e ser sustentável a prazo. No caso da ESCE 2, Lda. verifica-se que a empresa de um ano para o outro conseguiu reduzir a sua dívida de clientes, o que no pressuposto de vendas equivalentes pode ocorrer devido a políticas de crédito mais rígidas e redução do PMR. Teve um efeito muito positivo nos níveis de recebimento obtidos. O FCAI foi negativo em 500 000€, resultante do investimento em AFT, pelo que se pode deduzir que esta empresa está em fase de investimento produtivo que irá ter consequências a prazo no aumento da sua capacidade em gerar rendimento e consequentemente liquidez adicional. O FCAF foi positivo em 185 000€, situação ligada diretamente ao esforço de investimento. Para financiar o seu forte investimento, para além do seu excedente operacional, a empresa recorreu a um aumento de capital (55 000€) e um novo empréstimo de médio-longo prazo (145 000€). Esta situação é normal em empresas em fase de forte investimento, pois por norma não são suficientes os fundos gerados tendo a empresa que recorrer ao apoio dos sócios e apoio bancário. III. Apresente em síntese quais as principais conclusões que pode retirar pela análise dos valores obtidos. A empresa diminuiu a tesouraria de 100 000€ para 35 000€, embora ainda mantenha um saldo razoável. Nota: A redução do saldo de tesouraria foi igual ao da ESCE 1, mas as causas são muito diferentes, estando a ESCE 2 numa situação melhor. Pela análise da DFC, verifica-se que essa redução de saldo não é preocupante dado que as causas estão relacionadas com o esforço de investimento (500 000€) e não há sinais de preocupação no seu ciclo de exploração. Em resumo, a empresa tem um ciclo de exploração muito interessante (250 000€) e decidiu efetuar neste ano um forte investimento produtivo cujo financiamento foi suportado em parte pelo autofinanciamento, mas também por outras fontes de financiamento.

Exercício 3 Da sociedade ESCE 3, Lda., com sede em Setúbal, que comercializa materiais de construção, obtivemos as seguintes informações: 1. Calcule o valor de Recebimentos de Clientes, tendo em conta a seguinte informação: a. Vendas 2020: 3.000.000€; b. Saldo Clientes 2020: 1.300.000€;

c. Saldo Clientes 2019: 500.000€. 2. Outras informações: a. Pagamentos a Fornecedores e FSE: 2.000.000€; b. Pagamentos ao Pessoal: 500.000€; c. Compra de equipamento de transporte por 50.000€; d. Dividendos obtidos de investimento financeiro numa empresa imobiliária: 20.000€; e. Pagamento das rendas de empréstimo (capital) de MLP: 40.000€; f. Juros pagos de empréstimos bancários: 10.000€; g. Formalização e utilização de vários empréstimos de curto prazo, num montante de 250.000€; h. Saldo de “Caixa e equivalentes” no início de 2020: 150.000€

I. Elabore a Demonstração de Fluxos de Caixa de 2020, com base nas informações dadas.

II. Comente os valores obtidos nos respetivos ciclos (Operacional, Investimento, Financiamento). No caso da empresa ESCE 3, Lda. o FCAO é muito negativo em 300 000€, ou seja, os pagamentos superam os recebimentos, o que é um indicador de alarme e que terá um impacto muito negativo na tesouraria da empresa. É uma situação que não é

sustentável a médio prazo e a manter-se poderá colocar em questão a sobrevivência da empresa, visto que o seu negócio não gera liquidez. Pelos dados desta empresa podemos deduzir que uma das razões desta situação poderá estar relacionada com o grande aumento do saldo de clientes, o que indica que algo está mal nas cobranças (aumento PMR por dificuldades de cobrança ou mesmo alguns clientes relevantes que tenham entrado em situações de insolvência). Assim, as possíveis soluções neste caso passariam essencialmente por rever a política de concessão de crédito a clientes e a concentrar esforços também numa cobrança mais eficaz. O FCAI também foi negativo em 30 000€, situação normal dado que é explicado essencialmente pelo pequeno investimento de substituição para a empresa manter a sua atividade. O FCAF foi positivo em 200 000€ que é explicado em grande parte pelo facto da empresa ter recorrido a empréstimos de curto prazo para financiar essencialmente o défice de exploração e também para amortizar o empréstimo de médio-longo prazo existente. III. Apresente em síntese quais as principais conclusões que pode retirar pela análise dos valores obtidos. A empresa diminuiu a tesouraria de forma muito significativa, dado que estava numa situação confortável, passou de 150 000€ para 20 000€, saldo que já é preocupante. Pela análise da DFC, facilmente se identifica a razão deste decréscimo de tesouraria. O FCAO desta empresa é muito negativo e foi financiado por empréstimos de curto prazo obtidos junto da Banca e também pelo recurso aos saldos existentes em caixa. A empresa não liberta liquidez do seu negócio e a sua sustentabilidade a prazo pode estar em causa.

Exercício 4 Da sociedade ESCE 4, Lda., empresa de produção de vinhos (CAE 11021) obtivemos a seguinte informação contabilística:

1. Calcule o valor dos indicadores e rácios infra solicitados.

2. Utilizando os valores obtidos nos rácios calculados anteriormente e tendo como base as Demonstrações Financeiras da empresa, efetue sucintamente a definição de cada um dos rácios e dê a sua opinião sobre o valor alcançado, enquadrando com os valores apresentados para o setor. 1 - O ciclo operacional é positivo em 140, o que indica que o negócio da empresa gera liquidez suficiente para gerar fluxos monetários para o seu autofinanciamento e algum crescimento. O valor absoluto é inferior à média do setor, que pode ser resultado da empresa ter uma dimensão menor ou então, é mais provável de ter uma capacidade de gerar liquidez inferior. 2 - Este rácio mede a qualidade do EBITDA, isto é, em que medida é que o EBITDA da empresa se traduz em cash. Quanto mais próximo da unidade ou superior, melhor a situação da empresa em termos de capacidade de transferir resultados operacionais em cash. No caso da empresa, este rácio tem um valor muito reduzido (0,19) e bastante inferior à média do setor (0,63), o que é revelador de uma situação preocupante nesta empresa (apenas 19% do seu ganho operacional é transformado em cash). Pistas de análise: Poderá a empresa estar a vender e não receber? Esta situação não é sustentável no futuro e pode pôr em causa a sobrevivência da empresa. 3 - Indica-nos em que medida os investimentos do período podem ser financiados pelos meios gerados pela atividade operacional. A ESCE 4 tem um rácio de 0,7, isto é, 70% do seu investimento pode ser financiado com os meios gerados (o que é escasso, principalmente se compararmos com o setor, onde o rácio é mais que o dobro do da empresa). 4 - Mede a capacidade da empresa em pagar juros com meios monetários obtidos da sua exploração. Se esse valor for inferior à unidade é uma situação de alarme, e quanto maior for o rácio, mais capacidade a empresa revela de poder cumprir com o pagamento de juros. Tem um valor reduzido (1,87) comparando com o setor (4,97), o que indica que a empresa poderá ter alguma dificuldade em pagar juros. 5 - Indica-nos o nº de anos que a empresa levará a pagar os seus empréstimos com as disponibilidades que são geradas pelo seu negócio. Esta empresa apresenta um valor muito elevado (28 anos), 4 vezes superior à média do setor (7 anos). É um sinal de alarme dado que indica que esta empresa está não só muito endividada, como também a sua capacidade de gerar fluxos monetários é reduzida face ao endividamento que apresenta.

6 - Indica a capacidade da empresa em pagar as suas dívidas de curto prazo com a liquidez da sua atividade operacional do período. O valor aceitável para grandes empresas é de 4, mas para PME's poderemos ter como padrão 11. No caso da ESCE 4, o rácio é 0,05 o que significa que a empresa apenas consegue pagar 5% do seu passivo corrente com os fluxos de caixa da atividade operacional, valor muito preocupante, dado que esta empresa tem um elevado passivo corrente. O valor obtido também compara mal com o setor (0,11) que já por si revela uma situação muito desfavorável para a empresa. 7 - Mede a capacidade que a empresa tem em remunerar os seus sócios/acionistas com os fluxos monetários do seu negócio. Quanto mais elevado o valor do rácio, melhor a rendabilidade operacional que os inventários poderão obter. A ESCE 4, tem um rácio de 0,07, em linha com o setor. No entanto, este valor tem que ser interpretado com algum cuidado, pois pelos dados já obtidos em rácios anteriores, e pelos valores do balanço, percebe-se que a empresa atingiu um rácio em linha com o setor, essencialmente porque está muito endividada, logo, os capitais próprios são reduzidos, o que melhora o rácio. Em síntese, verifica-se que embora a empresa tenha um RO positivo, este revela-se reduzido face aos seus investimentos e obrigações para com os bancos. A empresa apresenta maus indicadores e compara mal com o setor.

Exercício 5 Da sociedade ESCE 5, Lda., empresa que explora hotéis (CAE 551) obtivemos a seguinte informação contabilística:

1. Calcule o valor dos indicadores e rácios infra solicitados.

2. Utilizando os valores obtidos nos rácios calculados anteriormente e tendo como base as Demonstrações Financeiras da empresa, efetue sucintamente a definição de cada um dos rácios e dê a sua opinião sobre o valor alcançado, enquadrando com os valores apresentados para o setor. 1 - O ciclo operacional é bastante positivo, o que indica que o negócio da empresa gera liquidez suficiente para o seu autofinanciamento, capacidade de investimento e crescimento. O valor absoluto é bastante superior à média do setor, que pode ser resultado desta empresa ter uma dimensão superior e também por ter de facto uma capacidade de gerar fluxos monetários superior. 2 - No caso da ESCE 5, este rácio tem um valor próximo da unidade e bastante superior à média do setor (0,66), o que é revelador da capacidade da empresa em transformar ganhos operacionais em cash (93%). 3 - O valor é inferior à média do setor, mas não é relevante nesta situação. 4 - A empresa tem um rácio de apenas 70% dos seus investimentos do período, pode ser financiado com os meios gerados, o que numa primeira leitura poderia ser escasso, principalmente se compararmos com o setor, onde o rácio é de 1,1. No entanto, como se pode verificar na DFC, neste ano a empresa fez um investimento avultado de 2 000 000€, pelo que a interpretação deste rácio está distorcida. Num ano em velocidade de cruzeiro, este rácio teria um valor bastante superior à média do setor. 5 - O rácio tem um valor de 6,95 e tendo em atenção o setor (2,1) e a referência para as PME's (4), indica que a empresa está numa situação bastante confortável e que não tem problema em pagar juros com o cash que é gerado com o seu negócio. 6 - Esta empresa apresenta um valor de quase 3 anos, bastante inferior à média do setor (14 anos). Assim, podemos deduzir que a empresa consegue pagar os empréstimos em apenas 3 anos, o que é um indicador muito bom e compara bem com o setor. 7 - No caso, o rácio é de 0,15, o que significa que a empresa apenas consegue pagar 15% do seu passivo corrente com o FCAO, valor que está em linha com o setor (0,14), mas que ainda é pouco comparado com o valor de referência (0,2) para as melhores PME's. 8 - Este rácio tem um valor de 14%, ligeiramente superior ao setor (0,12), o que reflete uma boa capacidade do negócio gerar cash para remunerar os capitais próprios investidos.

Em síntese, verifica-se que a empresa tem um ciclo operacional positivo, o que se revela adequado face às obrigações para com a banca. A empresa apresenta bons indicadores, comparando com o setor. O único rácio abaixo do setor é o do FCAO/Investimentos, explicado em parte pelo forte investimento que a empresa efetuou neste período.

Exercício 6

1. Calcule o valor dos indicadores e rácios infra solicitados.

2. Os valores obtidos nos rácios calculados anteriormente, (quando DFCAO negativo) têm grande utilidade na interpretação da situação da empresa? O ciclo de exploração é deficitário em -205 m€ (setor é positivo em 164 m€) o que revela incapacidade em criar ganhos monetários no seu negócio (situação não sustentável a prazo). Neste ano, a empresa para funcionar teve que recorrer a novos empréstimos (300 m€) para cumprir compromissos correntes do seu ciclo de exploração (pagamentos a fornecedores, a pessoal, etc.), pagar juros a bancos e pequenos investimentos de substituição (50 m€). Em síntese, caso a empresa não consiga alterar a sua situação operacional, a sua sustentabilidade está comprometida, pois fica dependente da disponibilidade de bancos ou investidores para financiar a empresa. No dia em que decidam não o fazer, a empresa entrará numa situação de insolvência.

Exercício 7 Da sociedade ESCE 7, SA, empresa de impressão e reprodução de suportes gravados (CAE 18) obtivemos a seguinte informação contabilística:

1. Calcule o valor dos indicadores e rácios infra solicitados.

2. Com base nos ciclos (DFC) e dos rácios calculados, dê a sua opinião sobre a evolução da empresa (rácios que calculou) e sua situação relativa em comparação com as empresas do setor. A empresa apresenta um bom FCAO do seu ciclo operacional, dado que é positivo e bastante superior à média do setor (62 m€), registando no entanto um decréscimo acentuado de -150 de n-1 para n, atingindo nesse ano os 308 m€. Este decréscimo poderá estar relacionado com a dificuldade na cobrança de clientes, dado que o rácio recebimento de clientes/vendas teve uma evolução negativa de n-1 para n, passando de 96% para apenas 89% das vendas convertidas em recebimento de cash. Verifica-se também no balanço, uma forte subida da rúbrica de clientes, não justificável apenas pela subida de vendas. Para acentuar este risco no ativo operacional, verificase também um forte decréscimo do rácio FCAO/EBITDA que passou de 0,52 (já por si inferior à média do setor) para apenas 0,34, no ano n. Esta situação significa que do seu ganho operacional apenas 34% tem correspondência efetiva em meios monetário,

o que também é um forte indício do risco já identificado (a empresa está a vender mais, mas não tem repercussão em entradas de cash). O seu ciclo de investimento foi negativo em n-1 (40 000 num investimento de substituição) e aumento para -726 000€ no ano n, resultado de um investimento negativo, que foi financiado por empréstimos bancários no valor de 603 000€. A empresa tem no ano n-1, um incremento das suas disponibilidades de caixa, já de si r...


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