Métodos semióticos clássicos PDF

Title Métodos semióticos clássicos
Author Déborah Cavalcante d Lima
Course Semiologia Veterinária
Institution Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Métodos semióticos clássicos - Semiologia Veterinária...


Description

Mét Método odo odoss ssem em emiót iót iótico ico icoss cl cláss áss ássic ic icos os os:: Insp Inspeç eç eção: ão: Utiliza-se do sentido da visão, e esse procedimento de exame inicia-se antes mesmo do início da anamnese. É um dos métodos semióticos mais antigo e um dos mais importantes. Objetivase investigar a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. Deverá ser efeito em lugar com boa iluminação; observar o animal, se possível, no seu ambiente de origem e junto de seus pares; comparar o animal doente com animais sadios para que se possa ter um parâmetro melhor; e anormalidades de postura e comportamento são mais facilmente perceptíveis. O examinador deve ser treinado a olhar para o corpo o animal de forma sistêmica. A observação do animal pode fornecer inúmeras informações úteis para o diagnóstico, como o estado mental, postura e marcha, condição física, estado dos pêlos, forma abdominal, etc. A inspeção pode ser:  Panorâmica, quando o animal é visualizado como um todo.  Localizada, focaliza-se em alterações de uma determinada região do corpo.

Ainda pode ser dividida, em:  Direta, tendo a visão como o principal meio de utilização do clínico.  Indireta, feita com o auxílio de aparelhos, como: iluminação (otoscópio, laringoscópio, oftalmoscópio), raio x, microscópios, aparelhos de mensuração, eletrocardiograma, de ultrassonografia.

Palp Palpação ação É a utilização do sentido táctil, usando-se as mãos, pontas dos dedos, punho, e até instrumentos, para melhor determinar as características da área explorada. O sentido tato fornece informações sobre estruturas superficiais ou profundas, por exemplo, o grau de oleosidade da pele em pequenos animais e a avaliação de vísceras ou órgãos genitais internos de grandes animais, através da palpação abdominal e

transretal, respectivamente. Mas para isso, entretanto, é necessário ter em mente as características das estruturas e sua localização dentro da cavidade explorada. Já a força muscular ou de pressão, é utilizada para avaliar estruturas que estejam localizadas mais profundamente ou para verificar se há resposta dolorosa. Pela palpação, percebem-se modificações de textura, espessura, consistÊncia, sensibilidade, temperatura, flutuação, elasticidade, edema, entre outros. Pode ser:  Direta: quando se utiliza somente as mãos e os dedos.  Indireta: quando se faz uso de algum instrumento, ocorre quando há a necessidade de examinar órgãos ou estruturas inacessíveis à simples palpação externa, utiliza-se: sondas, cateteres, pinças, agulhas.

Tipos de consistência:  Mole. Quando uma determinada estrutura reassume sua forma normal após cessar a aplicação de pressão à mesma. É uma estrutura macia, porém, flexível.  Firme. Oferece resistência à pressão, mas acaba cedendo e voltando ao normal com seu fim (fígado, músculo).  Dura. Estrutura não cede (ossos e alguns tecidos tumorais).  Pastosa. Estrutura cede facilmente à pressão e permanece a impressão do objeto que a pressionava, mesmo quando cessava (edema).  Flutuante. É determinada pelo acúmulo de líquidos; resultará em um movimento ondulante, mediante a aplicação da pressão alternada; se o líquido estiver muito comprimido, as ondulações poderão estar ausentes.  Crepitante. Observada quando um determinado tecido contém ar ou gás em seu interior. A palpação tem-se a sensação de movimentação de bolhas gasosas.

 Frêmito. Ruído palpável, que é produzido pelo atrito entre duas superfícies anormais, ou em lesões valvulares acentuadas.

Ausc Auscul ul ultação tação Consiste na avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos produzem espontaneamente. Esta é a principal diferença entre a auscultação e a percussão, já que, na percussão, os sons são produzidos pelo examinador, a fim de se obter uma resposta sonora. O método da auscultação o é usado, principalmente, no exame dos pulmões, onde é possível evidenciar os ruídos respiratórios normais e os patológicos; no exame do coração, para auscultação das bulhas cardíacas normais e sua alteração e para reconhecer sopros e outros ruídos; no exame da cavidade abdominal, para detectar ruídos característicos inerentes ao sistema digestório de cada espécie animal. Pode ser:  Direta ou imediata. Quando se aplica o ouvido diretamente na área exameginada protegido por um pano, para evitar contado com a pele do animal. Apresenta desvantagens, como: a dificuldade de manter contato íntimo com animais irrequietos e de excluir sons provenientes do meio externo.  Indireta ou mediata. Utiliza-se aparelhos de auscultação (estetoscópio, fonendoscópio, Doppler)

Tipos de ruídos detectados na auscultação:  Aéreos. Ocorrem pela movimentação de massas gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar pelas vias aéreas).  Hidroaéreos. Causados pela movimentação de massas gasosas em um meio líquido (borborigmo intestinal).  Líquidos. Produzidos pela movimentação de massas líquidas em uma estrtura (sopro anêmico).  Sólidos. Deve-se ao atrito de duas superfícies, como o esfregar de duas folhas de papel (roce pericárdico nas pericardites)

Perc Percuss uss ussão ão É o ato ou efeito de percutir. É um método físico de exame em que, através de pequenos golpes ou batidas, aplicados a determinada parte do corpo, torna-se possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e das porções mais profundas. O valor do método consiste na percepção das vibrações no ponto de impacto, produzindo sons audíveis, com intensidade ou tons variáveis quando refletidos de volta, devido às diferenças de densidade dos tecidos. Permite a avaliação de tecidos localizados aproximadamente a 7 centímetros de profundidade e pode detectar lesões igual ou maiores que 5 centímetros. Os objetivos para utilização da percussão é fazer observações com relação à delimitação topográfica dos órgãos e fazer comparações entre as mais variadas respostas sonoras obtidas. Pode ser:  Direta ou imediata: quando se percute diretamente com os dedos de uma das mãos a área examinada.  Indireta ou mediata: quando se interpõe o dedo de uma mão (médio) ou algum outro instrumento (plessímetro), entre a área a ser percutida e o obejto percutor (martelo ou dedo). Obs: a percussão martelo-plessimétrica conseguese uma percussão mais profunda, indicada para grandes animais, por meio desse método, examina-se principalmente a região abdominal de bovinos (reticulites), evitando percutir sobre as costelas ou grandes veias subcutâenas pelo risco de ocorrência de fraturas e hematomas. A percussão dígito-digital é a mais adequada, pois há menor interferência dos sons na batida de um dedo sobre o outro, mas é de pouca penetração e seu uso é mais indicado para animais de pequeno porte. É recomendado percutir em ambiente silencioso; evitar percutir em animais que estejam em decúbito lateral, sempre que possível colocálos em posição quadrupedal, para melhor posicionamento dos órgãos nas respectivas cavidades; o ritmo deve ser constante, mas dois golpes, um mais forte e outro mais fraco, devem ser feitos, para que se tenha respostas sonoras

tanto dos tecidos localizados mais profundamente como dos mais superfíciais; não deve se limitar a um único ponto, deve compreender toda a área em questão

Três tipos fundamentais de som:  Claro. Se o órgão percutido contiver ar que possa se movimentar, produz um som de média intensidade, duração e ressonância, que é o som claro, o mesmo que se ouve ao percutir o pulmão sadio. É produzido também por gases e paredes distendidas. Quanto menos expessos forem os tecidos que cobrem o órgão percutido, maior será a zona vibratória deste e, portanto, mais alto será o som. Isso explica a diferente intensidade do som das distintas zonas da parede torácica.  Timpânico. Os órgãos ocos, com grandes cavidades repletas de ar ou gás e com as paredes semidistendidas, produzem um som de maior intensidade e ressonância, que varia segundo a pressão do ar ou gás contido, como se fosse um tambor a percutir. É o som que se ouve quando se percute o abdome.  Maciço. As regiões compactas, desprovidas completamente de ar, produzem um som de pouca ressonância, curta duração e fraca intensidade, chamado de maciço, idêntico ao que se obtém percutindo-se a musculatura da coxa, na região hepática e cardíaca.

Fusão dos sons: Hipersonoro (entre o timpanismo e o claro), é encontrado quando se percutem áreas repletas de ar ou gás cujas paredes estejam distendidas, é observado por exemplo, nos casos de pneumotórax e fases iniciais de timpanismo gasoso. E o Submaciço (entre o claro e o maciço), quando a onda percutora atinge uma área com ar no seu interior, estando sobreposta ou sobrepondo uma região sólida, é observado com facilidade na percussão nos limites entre vísceras maciças e ar.

Sons especiais: Som metálico: semelhante ao ruído de uma placa metálica vibrante, de eco – em caráter patológico é ouvido em cavidades cheias de ar ou gás, como nos casos avançados de timpanismo com grande

distensão da parede do rúmen. E o som “panela rachada”, é uma resposta sonora da saída do ar ou gás contida em uma determinada cavidade, sob pressão, através de pequenos orifícios, como pode ser observado no caso de estenose, deslocamento ou torção do abomaso com fechamento parcial do piloro.

Olfa Olfação ção Método de avaliação física que se baseia na avaliação pelo olfato do clínico, usado no exame das transpirações cutâneas, do ar expirado e das excreções. Exemplo: vacas com acetonemia eliminam um odor que lembra o de acetona; hálito com odor urêmico aparece em dotes em uremia; a halitose é um odor desagradável que pode ser determinado por diferentes causas (cáries dentárias, presença de corpos estranhos na cavidade oral e esôfago, infecções de vias áereas alterações metabólicas e algumas afecções do sistema digestório) etc. A técnica é simples, basta aproximar-se da área a ser examinada. Quando se vai analisar o odor da ar expirado, aproxima-se a mão (concha), das fossas nasais do animal e desvia-se o ar expirado para o nariz do examinador...


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