Necropulpectomia PDF

Title Necropulpectomia
Author Paulo Victor Ponte Freires e Silva
Course Endodontia
Institution Universidade da Amazônia
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Summary

Técnica necropulpectomia I e II...


Description

Necropulpectomia -canais laterais • A necrose é uma sequela da inflamação, a não ser que depois de um traumatismo, a decomposição tecidual ocorra de modo tão rápido de forma a destruir a polpa antes que se estabeleça a reação inflamatória. • A causa mais frequente da necrose do tecido pulpar são as bactérias e suas toxinas, que associados aos produtos oriundos da desintegração do tecido pulpar constituem conteúdo séptico/necrótico responsável pelo desenvolvimento e persistência da periodontite apical de origem endodôntica. “A necrose pulpar é a morte da polpa, significando cessação dos processos metabólicos desse órgão, com a consequente perda de sua estrutura, bem como de suas defesas naturais.” • Causas: - Traumatismo rompimento do feixe vásculo nervoso; - Restaurações extensas sem a devida proteção pulpar; - Preparos cavitários extensos sem os cuidados com a refrigeração; - Cárie. Etiopatogenia da necrose pulpar • Causas Biológicas, Físicas Químicas

e

-Placa Bacteriana -Agressão ao Complexo-dentino-pulpar -Destruição coronária e comunicação com a cavidade pulpar -Contaminação da cavidade pulpar e do SCR (sistema de canais radiculares). • Principais meios de contaminação 1. Túbulos dentinários - preparos cavitários - exposição direta da polpa - abrasão, erosão, fratura - alterações de desenvolvimento - restaurações com selamento marginal defeituoso - doença periodontal e/ou envolvimento de furca

2. Vasos sanguíneos ou linfáticos apicais 3. Lesão apical adjacente (canais apicais ou laterais) 4. Via anacorética • Fatores Biológicas Evolução – conjunto de fatores: - Tipo de m.o - Números de espécies de m.o envolvidos - Patogenicidade do m.o (virulência) - Estado geral do hospedeiro (condição imunológica) *** • Fatores Químicos •• Substâncias Químicas: - Materiais restauradores - Condicionadores de dentina • Fatores Físicos - Iatrogenias: técnicas restauradoras e protéticas traumáticas Trauma: acidentes, oclusão (probabilidade de necrose) Polpa necrosada • Vantagem - está protegida por tecidos duros • Desvantagem - é uma cavidade inexpansível, sequelas da inflamação serão sempre maiores. Rompimento de defesa naturais da polpa ↓ Início do processo de necrose ↓ Multiplicação de m.o (nutrição MOPolpa) ↓ Intensa atividade química na polpa e liberação de enzimas (colagenase – destruição fibrilar – infecção dos tecidos) ↓ Agressão microbiana – Gangrena pulpar ↓

Invasão nos túbulos dentinários e ápice radicular Por quê a invasão microbiana é uma consequência esperada da necrose pulpar ?

1- Não há mais a presença dos mecanismos de defesa 2- As defesas dos tecidos periapicais não alcançam a região da câmara pulpar 3O tecido necrótico é um excelente alimento para a maioria dos MO que habitam a cavidade oral Vários tipos de MO estabelecem relação de COMENSALISMO Microbiota endodôntica • Terço Cervical ↑ O2 AERÓBIOS E FACULTATIVOS • Terço Médio ↓ O2 ↓ AERÓBIAS ↑ FACULTATIVAS • Terço Apical ↓ O2 ↓ FACULTATIVOS ↑ ANAERÓBIOS • Mapeamento de Fístula (abcesso crônico) • Devemos prestar a atenção para dentes com: - Alteração de Cor - Restaurações extensas - Lesão cariosa profunda - Fratura Coronária Como é a resposta do dente com necrose pulpar com o teste de sensibilidade ao frio ? • Negativo • Percussão e Palpação : as vezes paciente relata algum desconforto • Sem envolvimento periapical – negativo • Com envolvimento periapical – positivo • Dores difusas e de difícil localização não compatíveis com necrose pulpar e sim com a pulpite irreversível. • Necrose pulpar

Depende dos MO e do imunológico do hospedeiro - Recente (Sem lesão) - Prolongada (Com lesão)

estado

• Necropulpectomia I - Aguda - crônica • Necropulpectomia II - Crônico -cisto -lesão endoperial •90% estritamente anaeróbicas (Prevotellas, Fusobacterium,Porphyromonas); Facilmente eliminadas durante o tratamento • 7% anaeróbicas facultativas (Enterococcus Fecallis); Relacionadas as lesões refratárias; Resistentes aos antibióticos; Relacionada com dor; • 3% aeróbicas ( Psedomonas). “A principal causa do insucesso endodôntico é a persistência de m.o nos canais radiculares” • Necrose com lesão periapical Periodontite apical crônica (granuloma) • Necrose sem lesão periapical Periodontite apical (pericementite)

aguda

Tecido pulpar necrosado • Fase aguda – resposta tecidual - Pericementite: não há reabsorção óssea - Abcesso dento alveolar agudo: ligeiramente extruído do alvéolo • Fase inflamatória aguda: resposta imune inata - vasoconstrição inicial seguida de vasodilatação mediadas por aminas vasoativas, hiperemia, aumento de permeabilidade vascular e formação de edema. Leucócitos, sob estímulos químiotáticos, deixam os vasos e direcionam-se para o sítio de infecção, com o objetivo de eliminar os microorganismos através da fagocitose.

• Fase crônica – resposta tecidual - Cisto - Granuloma - Abcesso dento alveolar crônico • Fase inflamatória crônica: quando a agressão bacteriana oriunda do SCR não é eliminada pela resposta imune inata, dá-se início à resposta imune inflamatória crônica, tanto do tipo celular, mediada por células apresentadoras de antígenos, linfócitos T e citocinas, como do tipo humoral, mediada por plasmócitos e anticorpos secretados. • Tratamento endodôntico em polpa morta Necropulpectomia I- Tratamento do canal radicular com polpa necrosada sem lesão patológica evidenciavel o rádiograficamente Necropulpectomia II- Tratamento do canal radicular em polpa necrosada com lesão periapical patológica visível em radiografia • Devido ao conteúdo séptico/necrótico presente no SCR (sistema de canais radiculares), é necessário realizar a neutralização deste conteúdo no sentido de evitar a transposição do mesmo para a região periapical que resultará em sintomatologia pósoperatória. • Aliada a essa teoria, a técnica de preparo do canal radicular coroa-ápice pode ser adotada, uma vez que abrange a remoção progressiva do conteúdo necrótico, atenuando a extrusão de material estranho para a região periapical.

✓ Tratamento – 2 atitudes diferentes 1. Penetração Desinfectante ou neutralização progressiva 2. Desbridamento Foraminal ou Patência do Forame ou Limpeza do Forame Penetração desinfectante neutralização progressiva

ou

• É a neutralização do conteúdo séptico tóxico do canal. • É o esvaziamento meticuloso e gradativo realizado no sentido cervicoapical, que permite chegar à região apical com o canal esvaziado do conteúdo necrótico e muitas vezes contaminado. • Limite do esvaziamento- 2mm CAD • Mortificação pulpar: esvaziar 0,5 a 1mm aquém do limite CDC para ter sucesso no tratamento. • Princípios básicos: - Assepsia cirúrgica - Neutralização progressiva - Não traumatizar o periápice - Farta irrigação e aspiração Neutralização do conteúdo séptico/tóxico do canal radicular • Quando fazer a neutralização ? Antes da odontometria • Em casos de necrose pulpar com ou sem lesão periapical crônica nítida antes do preparo biomecânico: • Evitar acidentes infecciosos pósoperatórios (sensibilidade); • Alterações no aspecto sistêmicos em pacientes com problemas cardiovasculares. • Técnica coroa-ápice. Como Fazer? • A partir da radiografia inicial(CAD) dividir o dente em 3 terços; • Lima 10, 15 ou 20; • Movimento circunferências e de limagem em direção as paredes do canal; • Coroa – ápice = 1o no terço cervical, médio, apical até o comprimento provisório do dente. • Irrigação abundante com hipoclorito de sódio. Desbridamento Foraminal • Consiste na limpeza passiva do forame apical com instrumentos de pequeno calibre (extra série), visando eliminar a infecção estabelecida, evitar a persistência ou formação de lesão periapical e dor pós operatória.

• Indicação Lesão periapicalNecropulpectomia II • Auxilia na ação química • Promove ação mecânica – lima de pequeno calibre • Promove via de drenagem de possível exsudato da região periapical.

• Acesso Radicular - Permite acesso livre ao terço apical - Elimina interferências dentinárias Remove restos teciduais e microrganismos antes da instrumentação apical - Propicia uma irrigação mais profunda

• Técnica Debridamento Foraminal 1- Com estabelecimento do CRT, uma lima de pequeno calibre(LK 08,10,15) deve penetrar suavemente até 0,5mm/1,0mm além do CAD (outros autores CRT); 2- Movimento da lima : introdução até o forame em movimento circular (movimento oscilatório); 3- Irrigação/aspiração abundante. 4- Sequência do PQC.

• Esvaziamento do canal: - Preenchimento da câmara pulpar com hipoclorito - Introdução suave da lima no canal (lima tipo K 08, 10 ou 15) - Neutralização progressiva (necro I e necro II) - Desbridamento foraminal (necro II) - Irrigação e aspiração abundante; - Secagem do canal + Medicação intracanal (MIC) + selamento provisório

• Sendo que o desbridamento foraminal deverá ser realizado após o uso de cada lima do recuo escalonado e irrigação/aspiração. Patência ou desbridamento foraminal Lima penetra 0,5 ou 1 Mm além do ápice Limpar não alargar Lima k de calibre 08 10 ou 15 Desbridamento Foraminal – Exemplo CRT = 22mm 1- lima do desbridamento => LK 10 em 23mm 2- PQC - Instrumento memória (LK 30 em 22mm) 3- Irrigação e aspiração 4- Desbridamento Foraminal (LK 10 em 23mm) 5- Irrigação e aspiração 6- PQC Instrumento LK 35 em 21mm 7- irrigação e aspiração 8- LM 9- Irrigação e aspiração 8- Debridamento foraminal 9- Irrigação e aspiração 10- PQC Instrumento LK 40 em 20mm 11 -Seguir a sequência até o o final do PQC Técnica • Anestesia • Isolamento absoluto Acesso • Desinfecção do campo operatório Coronário - Cirurgia de acesso...


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