Pré-teste neurológico PDF

Title Pré-teste neurológico
Author daniel caires campos
Course Habilidades Profissionais III
Institution Centro Universitário de Brasília
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exame neurológico...


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Habilidades clínicas – Pré-teste exame físico neurológico. Daniel Caires Campos; Turma VIII – 1°/2018

EXAME FÍSICO DO SISTEMA NERVOSO 1) QUAIS OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DO APARELHO NEUROLOGICO  Distúrbio de consciência: obnubilação (consciência pouco comprometida); estado de coma (comatoso)  Normal: estado de vigília ou plena consciência (percepção do mundo exterior e de si mesmo).  Confusão mental/delirium: perda da percepção temporoespacial (agitação, alucinação).  Estupor ou topor: não abre os olhos, mas responde a estímulos mais fortes.  Escala de Glasgow para definir coma (abertura ocular, resposta verbal e motora).  Dor de cabeça e na face: localização e outras características semiológicas.  Cefaleia vascular – sem lesões estruturais, pulsátil e latejante (enxaqueca - frontotemporal).  Cefaleia em salvas: dor intensa na região frontotempororbitária, unilateral.  Cefaleia de hipertensão intracraniana: pulsátil, pela manhã + vômitos em jato.  Cefaleia tensional: dor constritiva, localiza-se nos músculos da nuca.  Neuralgia do trigêmeo: dor intensa, em agulhada, evidenciada em um dos 3 ramos periférico do V nervo craniano, é unilateral.  Tontura e vertigem: sensação de rotação (vertigem); tontura com sensação de iminente desmaio; tontura com sensação de desequilíbrio; tontura com sensação desagradável na cabeça.  Convulsões: movimentos musculares súbitos e incoordenados que ocorre de forma localizadas ou generalizadas, tônicas (imobiliza articulação) ou clônicas (contração e relaxamento); manifestações ocorridas antes (pródromos) e depois da convulsão.  Crises epilépticas  Generalizadas (atinge todo córtex): convulsiva (clônica ou tônica) ou não (ausência).  Ausências: breves períodos (5 a 30 segundos) de perda da consciência.  Automatismo: perda de consciência – tipos  Tetania: movimentos involuntários e tônicos  espasmos  Fasciculações: contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular.  Amnésia: perda da memória, transitória ou permanente; relação com traumatismo craniano e ingestão de bebidas alcoólicas;  Distúrbios visuais: ambliopia (redução da acuidade visual); amaurose (perda da visão); hemianopsia (perde a visão da metade do campo visual); diplopia;  Distúrbios auditivos: hipocusia (perda parcial); acusia; zumbidos;  Vômitos e náuseas: vômitos em jato – devido ao aumento da pressão intracraniana.  Dores radiculares  Distúrbios da marcha: disbasia  Distúrbios da motricidade voluntária e sensibilidade: paresias, paralisias, parestesias e anestesias.  Distúrbios esfincterianos: bexiga neurogênica e incontinência fecal  Distúrbios do sono: insônia; sonolência (facilmente despertado e volta a dormir); sonilóquio; pesadelos; terror noturno; sonambulismo; briquismo; movimentos rítmicos da cabeça; enurese noturna;  Distúrbios das funções cerebrais superiores:  Comunicação: disfonia (alteração do timbre); disatria (articulação da fala); dislalia (alteração da fala, sem causa neurológica – fisiológico em crianças); disritmolalia (gagueja); dislexia (dificuldade na leitura); disgrafia (grafia ilegível); afasia (perda total da linguagem -tipos);  Distúrbio das gnosias (reconhecimento).  Distúrbios da praxias (atividade gestual – desenhar, gestos, expressões, marcha, vestir).  Apraxia construtiva, ideomotora, ideatória, do vestir, da marcha e bucolinguofacial. 2) COMO AVALIAR O ESTADO MENTAL?  Orientação temporoespacial, memória e linguagem.

Habilidades clínicas – Pré-teste exame físico neurológico. Daniel Caires Campos; Turma VIII – 1°/2018  Orientação: pergunta-se ao paciente o ano, mês, dia do mês, dia da semana e hora do exame. Depois pergunta-se país, estado, cidade, bairro e local da consulta.  Memória: são realizados 3 testes;  Diz 3 palavras para o paciente repetir em seguida.  Paciente diminuir 7 de 100, por 5 vezes subsequentes.  Repetir as três palavras do primeiro teste.  Linguagem: analisada em 6 etapas:  Paciente fala nome de dois objetos apresentado a ele.  Paciente deve repetir uma frase ou conjunto de palavras (aqui, ali e lá).  Paciente pegue uma folha de papel, dobre-a em três partes e coloque em algum lugar.  Apresentar ao paciente um papel escrito “feche os olhos”. Ele deve ler só pra si e executar o que está escrito.  Escrever uma frase própria.  Copiar um desenho (pentágono).  Todos os itens somam 30, sendo de 27 a 30 normal, 24 a 27 tolerado como normal e abaixo de 23 tem comprometimento mental. 3) COMO AVALIAR O PACIENTE EM COMA?  Escala de Glasgow:

4) QUAIS OS TIPOS DE SENSIBILIDADE EXISTENTES? COMO TESTÁ-LAS?  Estímulos atuando sobre receptores de órgão superficiais ou profundos são conduzidos por vias aferentes até o SNC.  Sensibilidade está relacionada aos receptores, vias condutoras e centros localizados no encéfalo.  Vias sensórias estão ligadas com as vias motoras – arco reflexo, que é a unidade anatomofuncional do sistema nervoso.  Sensibilidade subjetiva: dor e parestesias (dormência e formigamento), relato do paciente.  Sensibilidade objetiva: depende da resposta do paciente aos estímulos percebido.  Especial: sensórios, parte relativa aos nervos cranianos.  Teste superficial: para tátil utiliza-se algodão ou pincel superficial – roçados de leve pelo corpo; para térmica água gelada e quente; para dolorosa agulha.  Teste profunda: diapasão se 128 vibrações por segundo colocado em saliências ósseas (vibratória – palestesia), compressão de massas musculares (sensibilidade a pressão), flexão e extensão.  Estereognosia: reconhecer objetos só pelo toque.

Habilidades clínicas – Pré-teste exame físico neurológico. Daniel Caires Campos; Turma VIII – 1°/2018

5) QUAIS AS MARCHAS PATOLÓGICAS EXISTENTES? CITE-AS.

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Marcha claudicante: ao caminhar, paciente manca para um dos lados, ocorre em insuficiência arterial periférica e lesões do aparelho locomotor. Marcha de pequenos passos: passos curtos ao andar, aparece na paralisia pseudobulbar e atrofia cortical da senilidade. Equilíbrio estático  Prova de Romberg: na vigência de algumas alterações neurológicas ao fechar os olhos, o paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e tendência a queda.  Astasia (não consegue ficar em pé) e distasia (fica em pé com dificuldade), separa os pés para ganhar maior estabilidade (equilíbrio).

Habilidades clínicas – Pré-teste exame físico neurológico. Daniel Caires Campos; Turma VIII – 1°/2018 6) COMO TESTAR FORÇA MUSCULAR? QUAL A IMPORTÂNCIA DE TESTÁ-LAS? O paciente faz movimentos dos membros com abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço e outros (motricidade espontânea), com oposição aplicada pelo examinador. Membros superiores  ombros  abdução dos braços  extensão do antebraço  flexão do antebraço com predomínio tricipital  força muscular com predomínio bicipital  força da mão globalmente Membros inferiores  Elevação da coxa  Flexão da perna e extensão da perna  Flexão do pé e extensão do pé





Importante para o diagnostico diferencial de certas doenças.

7) QUAL A DIFERENÇA ENTRE TÔNUS E TROFISMO MUSCULAR?  Trofismo  Observar: simetria dos membros, atrofias, hipertrofias, escaras, mal perfurante.  Observar volume e formato dos músculos  Tônus muscular: estado de tensão que os músculos são submetidos em repouso e ação.  Inspeção: verificar achatamento de massas musculares.  Palpação: palpar massas musculares das extremidades (consistência e aumento).  movimentos passivos: movimentar as articulações do paciente em membros superiores e membros inferiores, para ver se há resistência ou passividade (tônus diminuído)  balanço passivo: movimentar lateralmente mãos e pés – hipotonia e hipertonia Sinal do canivete e da roda dentada

Habilidades clínicas – Pré-teste exame físico neurológico. Daniel Caires Campos; Turma VIII – 1°/2018  Movimentos involuntários: tremores, movimentos coreicos (coréia), movimentos atetósicos (atetose), hemibalismo, mioclonias, mioquimias, asterix (flapping), tiques, convulsões, tetania, fasciculações, discinesias orofaciais, distonias. 8) O QUE FAZ PARTE DO TESTE DE COORDENAÇÃO? QUAL A IMPORTÃNCIA?  Importância: Traduz o funcionamento adequado de pelos menos dois setores do sistema nervoso: o cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva (posição dos segmentos do corpo).  Ataxia: perda de coordenação pode ser cerebelar, sensorial e mista.  Exame da coordenação:  prova dedo-nariz: membro superior estendido lateralmente pede-se ao paciente que toque a ponta do nariz com o dedo indicador. Repete-se algumas vezes, com olhos abertos e olhos fechados.  prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal é solicitado a tocar o joelho com calcanhar do membro a ser examinado dismetria  prova dos movimentos alternados: diadococinesia (movimentos), disdiadococinesia (capacidade de realizar), adiadococinesia (incapacidade).  sinal do rechaço ou manobra de rebote 9) QUAIS OS REFLEXOS TENDINOSOS SUPERFICIAIS E PROFUNDOS?  Reflexos exteroceptivos ou superficiais: estímulo é feito com um estilete de borda romba na pele ou na mucosa externa.  reflexo cutâneo plantar: paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores estendidos, o examinador estimula superficialmente a região plantar, próximo à borda lateral e no sentido póstero-anterior, fazendo um semicírculo na parte mais anterior. Observa-se a flexão do hálux e dos artelhos. o Nas lesões piramidais há uma resposta com a extensão do hálux e a abertura em leque dos artelhos  sinal de Babinski (melhor obtido quando estimula a face medial do pé). o Depende do nervo tibial, que está integrado nos segmentos medulares de L4 a S1 ou S2. 



reflexo cutâneo abdominal: pesquisamos o reflexo cutâneo abdominal superior (supra umbilical), médio(umbilical) e inferior (infra umbilical).Paciente em decúbito dorsal,estimula-se por meio de uma espátula,sempre no sentido látero-medial,a região abdominal a ser avaliada,notando-se como resposta o desvio da cicatriz umbilical e da linha alba para o lado estimulado. o Esses reflexos dependem dos nervos torácicos, sendo integrado em: o T6 a T9-superior; T9 a T11 no caso médio; T11 e T12 no caso inferior.

Reflexos, profundos, musculares ou miotáticos:  De rotina, pesquisar: aquileu, patelar, flexor dos dedos, estilorradial, bicipital e tricipital.  Reflexo patelar: (nervo femoral, raízes L2-3-4): paciente sentado, mas pode ser obtido também com o paciente deitado e a perna em semiflexão, apoiando-se o joelho sobre a mão do examinador. Percute-se então o tendão do quadríceps femoral, observando-se a extensão da perna. 

Reflexo aquileu (nervo tibial, S1):Paciente em decúbito dorsal, perna semifletida e em rotação externa, mantendo o pé do paciente em moderada inversão e flexão dorsal, quando se percute o tendão de Aquiles (tendão calcâneo) acima de sua inserção na superfície posterior do calcâneo.

Habilidades clínicas – Pré-teste exame físico neurológico. Daniel Caires Campos; Turma VIII – 1°/2018 # A resposta normal é a contração dos músculos da panturrilha (gastrocnêmios, sóleo e plantar), com consequente flexão plantar do pé. Reflexo dos flexores dos dedos: poder ser pesquisado através: percutir a superfície palmar das falanges, com seu dedo entre a região e o martelo Reflexo do supinador ou reflexo estilorradial: obtido com o antebraço do paciente fletido, estando sua mão em semipronação e segura pelo examinador, que percute o processo estilóide do rádio. Isso provoca a contração do músculo braquiorradial,responsável pela pronação do antebraço. o É mediado pelo nervo radial, sendo integrado em C5-C6.

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Reflexo bicipital (nervo musculocutâneo, raiz C6): obtido com o antebraço do paciente semifletido e supinado, apoiando-se sobre o braço do examinador que percute o tendão distal do músculo bíceps braquial na face medial do cotovelo, interpondo o polegar da sua mão contralateral. o Resposta: flexão e a supinação do antebraço.



Reflexo tricipital: (nervo radial,raiz C7): percute-se o tendão do tríceps logo acima do olecrano da ulna, estando o membro do paciente apoiado de modo que o antebraço fique relaxado. o Resposta: extensão do braço.

O resultado das pesquisas dos reflexos pode ser expresso literalmente, ou através dos símbolos:  Arreflexia ou reflexo abolido: 0  Hiporreflexia ou reflexo diminuído:  Normorreflexia ou reflexo normal: +  Reflexo vivo: ++  Hiperreflexia ou reflexo exaltado: +++

10) QUAIS OS PRINCIPAIS SINAIS MENÍNGEOS? QUAL O MECANISMO FISIOPATOLÓGICO QUE CAUSA IRRITAÇÃO MENÍNGEA?  Pesquisa de sinais meníngeos:  rigidez de nuca: fletir e lateralizar o pescoço para avaliar resistência passiva.  Prova de Brudzinski: flexão do joelho e do quadril a flexão da cabeça.  Provas de estiramento da raiz nervosa:  prova de Lasègue: elevação de MI a 30°, refere dor na irritação  prova de Kernig: incapacidade de estender o joelho além de 135º enquanto o quadril está flexionado.  sinal de Neri

Habilidades clínicas – Pré-teste exame físico neurológico. Daniel Caires Campos; Turma VIII – 1°/2018  Irritação meníngea:

11) CARACTERIZE OS DISTURBIOS DA LINGUAGEM FALADA E LINGUAGEM ESCRITA.  Comunicação: disfonia (alteração do timbre); disatria (articulação da fala); dislalia (alteração da fala, sem causa neurológica – fisiológico em crianças); disritmolalia (gagueja); dislexia (dificuldade na leitura); disgrafia (grafia ilegível); afasia (perda total da linguagem -tipos);...


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