Princípios de Micro e Macroeconomia de N. Gregory Mankiw em disciplinas introdutórias de economia PDF

Title Princípios de Micro e Macroeconomia de N. Gregory Mankiw em disciplinas introdutórias de economia
Course História Econômica Geral
Institution Universidade Federal de São João Del Rei
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Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia de N. Gregory Mankiw em disciplinas introdutórias de economia .

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Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia de N. Gregory Mankiw em disciplinas introdutórias de economia

Introdução: Objetivo da obra resenhada e ideia defendida pelo autor A resenha apresentada aborda a obra de N. Gregory Mankiw Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. O primeiro exemplar foi publicado originalmente em inglês, em 1998, com o título Princípios da Economia. O livro é considerado um manual de introdução à economia, pois é um livro utilizado em disciplinas introdutórias de economia em cursos de graduação. Por isso é uma introdução à economia totalmente voltada para os estudantes da graduação. Com questões e conteúdos atuais, a obra mostra a relação entre economia, política e atualidade e busca dar ao estudante uma base sólida de conhecimentos dos principais tópicos da Economia. O autor resenhado é Nicholas Gregory Mankiw, que nasceu em 03 de fevereiro de 1958, é um macroeconomista americano, considerado um dos 23 economistas mais influentes do mundo. Estudou Economia na Universidade de Princeton e no MIT. É autor de livros-texto e além de lecionar, realiza pesquisas, e publica seus trabalhos em periódicos acadêmicos. Atualmente é professor de Economia na Universidade de Harvard, e ensina macroeconomia, microeconomia, estatística e princípios de economia. Já o comentador da obra de Mankiw é Rogério P. de Andrade, que é doutor em economia pela Universidade de Londres. Publicou a resenha da obra Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia em 2002, no volume 22 da Revista de Economia Política. Na época da publicação, Andrade era Professor do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas.

1 Dados da resenha A resenha apresentada foi escrita por Rogério P. de Andrade e publicada na Revista de Economia Política em 2002. A Revista de Economia Política é uma revista acadêmica trimestral, bilíngue, que é publicada desde 1981 conforme informações do site, seus textos são avaliados por pares, e que veem a economia como economia política. A revista é importante, pois apresenta trabalhos com abordagens keynesianas, de desenvolvimento, ou institucionalistas. É editada pelo Centro de

Economia Política desde janeiro de 1981. Desde a fundação da revista, seu editor é Luiz Carlos Bresser-Pereira. A resenha em questão toma Introdução à Economia como uma obra de referência, sempre a ser indicada a alunos de graduação. Para Rogério P. de Andrade (2002) o livro se adapta bem, desta forma, aos critérios norteadores de uma disciplina introdutória de economia dos cursos de graduação. Segundo ele, deve-se elogiar a edição brasileira por ter mantido o índice de assuntos no final do livro (algo raro em se falando de Brasil), o que facilita muito a vida não só de quem usa o livro como referência para estudo, mas também do professor. 2 Principais conceitos e ideias desenvolvidas em Mankiw Rogério P. de Andrade considera que os principais conceitos do autor N. Gregory Mankiw podem ser apresentados a partir de dez “princípios”: As lições fundamentais a respeito da tomada de decisões individuais são: 1) os agentes se deparam com trade-offs entre objetivos excludentes, 2) o custo de qualquer ação é medido em termos das oportunidades abandonadas, 3) agentes racionais decidem comparando custos e benefícios marginais, e 4) as pessoas

mudam

seu

comportamento

em

resposta

aos

incentivos que se lhe oferecem. As lições fundamentais a respeito da interação entre as pessoas são: 5) o comércio pode ser mutuamente vantajoso, 6) o mercado é, de forma geral, uma boa maneira de coordenar o comércio

entre

as

pessoas,

e

7)

o

governo

pode,

potencialmente, melhorar os resultados de mercado se há falhas ou se os resultados não forem equitativos. As lições fundamentais a respeito da economia como um todo são: 8) que a produtividade é, em última instância, a fonte dos padrões de vida, 9) que o aumento de moeda é causa fundamental da inflação, e 10) que a sociedade enfrenta um trade-off entre inflação e desemprego no curto prazo.

Mankiw utiliza-se desses princípios para ilustrar, ao longo do livro, as várias situações com as quais os agentes econômicos se deparam. Tais princípios servem de alicerce para suas explicações dos fenômenos econômicos. (ANDRADE, 2002, p. 187). A economia é uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Toda relação entre indivíduo e sociedade, sendo tanto de forma política, social ou econômica, podem ser resumidos nestas dez lições que são apresentados no livro de Mankiw. A todo momento precisamos fazer escolhas (trade-offs), desistimos de uma coisa em detrimento de outra. É aí que entra a lei econômica chamada custo de oportunidade, isso significa que existe o custo alocado a certo produto engloba também o custo de algo que você desistiu para consegui-lo. Para fazer essas escolhas, devemos ser racionais e pensar na margem, pois assim conseguiremos um ponto de equilíbrio perfeito. Apesar de tentarmos sempre ser racionais, somos humanos, portanto, suscetíveis a incentivos, ou seja, nos tornamos mais propícios a comprar quando vemos uma promoção, por exemplo. Em relação a interação entre mercados, notamos que o comércio pode ser vantajoso para ambos países que comercializam, pois cada país se especializa na atividade que tem mais produtividade. Segundo Smith, o comércio pode se coordenar sozinho como uma espécie de mão invisível. Com cada empresa buscando seu lucro pessoal, o preço flutua e permite ajustes automáticos no sistema. Porém, nada impede que o governo interfira no mercado quando este vai mal, sendo possível a injeção ou retirada de dinheiro por meio de títulos de dívida pública. Para elevarem os padrões de vida, é preciso aumentar a produtividade garantindo melhor nível de educação, ferramentas adequadas, tecnologia, etc. A respeito da economia como um todo, sabemos que quando há a circulação de muita moeda, é necessário mais moedas para comprar o mesmo produto; isso é

chamado de inflação. O país enfrenta um trade-off a curto prazo entre inflação e desemprego, já que, como o salário é fixo, quando tem inflação, fica mais fácil contratar e pagar funcionários; o mesmo acontece ao contrário. 3 Algumas citações da obra Rogério P. de Andrade cita Mankiw durante a resenha, para isso ele utiliza as regras da Revista de Economia Política para citação: Em suas próprias palavras, “a produção de bens e serviços depende da produtividade e da oferta de fatores, a taxa de juros real ajusta-se para equilibrar a oferta e a demanda de fundos emprestáveis, o salário real ajusta-se para igualar oferta e demanda de mão-de-obra e o desemprego ocorre quando o salário real, por alguma razão, se mantém acima de seu nível de equilíbrio. Essas importantes conclusões não têm nada a ver com a quantidade oferecida de moeda” (p.619).

A escassez dos recursos ou dos fatores de produção, associa-se às necessidades ilimitadas do homem, originando problemas econômicos fundamentais: 





O quê e quanto produzir: Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher quais produtos serão produzidos e em que quantidades. Como produzir: A sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. Para quem produzir: A sociedade terá também que decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção.

A oferta e demanda por fundos de empréstimos depende da taxa de juros real. Isso significa que um aumento na taxa de juros real incentiva as pessoas a pouparem, aumentarem a quantia de fundo de empréstimos ofertados e, além disso, facilita a compra de ativos por estrangeiros, desencadeando uma diminuição na demanda por fundos de investimento. Também apresentamos neste trabalho citações realizadas pelo grupo, seguindo as normas da ABNT: Em sua resenha, Andrade (2002) afirma que o dinheiro não é neutro, mesmo no longo prazo, tendo como consequência, a dicotomia clássica não descreve adequadamente o funcionamento de uma economia moderna. Para ele, o dinheiro é

um ativo com atributos que os demais ativos (como, por exemplo, os bens de capital, que se situam no extremo oposto de uma escala de liquidez) não possuem, em particular por oferecer o prêmio de liquidez máximo (ou um risco mínimo) para o possuidor deste ativo, isto é, por possuir capacidade imediata de atuar como poder de compra sem ter de ser previamente transacionado, como é o caso dos demais ativos. Portanto, por possuir um maior grau de liquidez, o dinheiro é a forma universal de riqueza mesmo em situações de instabilidade ou elevada incerteza. Já que confere uma capacidade maior de resposta com maior segurança quando se é deparado com situações imprevistas. Ao contrário dos bens de capital, que necessitam de perspectivas de rendimentos muito altas, capazes de compensar seu elevado grau de iliquidez. A resenha de Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia apresenta dois tipos de leitores para o livro de Mankiw: O livro de Mankiw poderia ser de serventia, então, para dois tipos de leitores: aqueles que pretendem seguir uma visão keynesiana convencional e aqueles que preferem seguir uma visão crítica. Pode-se então ver o livro como produção acadêmica “na fronteira” em termos de livros de introdução econômica (como também o Economics, de Joseph Stiglitz), escrito por um dos economistas mais renomados do mundo acadêmico e é, desta forma, um “guia seguro” aos meandros básicos da disciplina. (ANDRADE, 2002, p.188).

Andrade ressalta que o livro de Mankiw possui conteúdo para qualquer leitor, inclusive para os que tem diferentes pontos de vista. Ele também defende a tese de que esse manual da economia cumpre com os conceitos iniciais de uma introdução econômica de forma segura para os conceitos básicos da disciplina. 4 Ideia defendida do comentador à obra resenhada – Alguns pontos concordantes e discordantes a Mankiw Andrade (1999) afirma que cada época tem seus modismos, e que o ensino da economia vive hoje sob a hegemonia dos chamados novos keynesianos. Mankiw se tornou conhecido na academia por seu trabalho na nova economia keynesiana. Portanto, nada mais natural, surgir mais um manual de introdução à economia

escrito por esse novo expoente da nova escola. Sendo este justamente o caso de Introdução à Economia, de Gregory Mankiw. O autor comentador também ressalta, inicialmente, os aspectos positivos do livro. Prima pelo didatismo, é claro e de fácil leitura e acompanhamento, possui exercícios bem elaborados que ajudam bastante o leitor/aluno. O livro segue ainda uma tendência cada vez mais frequente entre os autores de livro-textos, de procurar apresentar as argumentações de forma mais user-friendly (amigo do usuário), em que o lado visual é muito explorado, por meio de boxes explicativos, notícias de jornal e charges. Há um apelo maior a “visualidade” do texto, de maneira a apresentar sem muitas complicações o conteúdo das ideias. A principal indagação que deve ser dirigida ao leitor de um livro como este é: ele oferece explicações adequadas e satisfatórias para os fenômenos econômicos observados no mundo real? Para vários eventos e situações, o leitor encontrará explicações razoáveis e responderá que sim, mas, em algumas ocasiões, as explicações são bastante limitadas. Logo, nem sempre as abordagens do autor são explicações adequadas e convincentes dos fenômenos observados nas economias modernas. Mas ainda assim, Andrade aponta que o livro se adapta bem aos critérios norteadores de uma disciplina introdutória de economia dos cursos de graduação. No entanto, outro aspecto importante a ser levado em conta na avaliação de um livro como este diz respeito às peculiaridades da realidade brasileira. Nem sempre o que vale para a economia norte-americana vale para a economia brasileira. É justamente a este tipo de transposição mecânica que deve ser contraposto o discernimento crítico do professor em sala de aula no sentido de alertar seus alunos sobre os perigos da aplicação acrítica e sem as mediações relevantes de eventos que não necessariamente podem vir a ser observados no país de acordo com predições descontextualizadas existentes em muitos livro-textos. 5 Ponto de vista do grupo sobre a obra resenhada O ponto de vista do nosso grupo sobre a obra de Mankiw é que a obra é significativa, pois visto que ela tem um fácil entendimento, podendo ser facilmente compreendida por estudantes iniciantes, que são seu público alvo. O exemplar traz

uma linguagem clara, e mostra um conteúdo já visto nos primeiros períodos do curso de Ciências Econômicas. Mankiw prima pelo didatismo, de fácil leitura e acompanhamento, o livro possui textos bem elaborados que ajudam bastante o aluno. Seguindo uma tendência cada vez mais frequente entre os autores de livros-textos, ele procura apresentar as argumentações de forma mais simples e clara, explorado por meio de boxes explicativos, notícias de jornal e charges, o que torna a leitura mais leve e dinâmica. Os aspectos visuais da obra são interessantes e o grupo concorda com Andrade nesse aspecto, pois o livro apresenta sem muitas complicações o conteúdo das ideias, que segundo Andrade, são marcas de uma época (pós-moderna), em que a imagem pode valer mais do que mil palavras. No nosso ponto de vista o livro se adequa bem, desta forma, as características de uma disciplina introdutória de economia dos cursos de graduação. Outro fator positivo do livro percebido pelo grupo é que os assuntos são apresentados separados por tópicos, o que facilita na organização do aluno. Os exemplos dados sobre o conteúdo são atualizados e, sobretudo, de compreensão para o leitor de graduação. No final de cada capítulo, existem exercícios que ajudam a fixar a matéria estudada, fazendo com que o aprendizado seja sólido o suficiente para prosseguir nos próximos capítulos do livro sem grandes dificuldades.

6 Repercussão da Obra para a economia O livro de Mankiw exibe um novo olhar diferenciado em relação a outros manuais de economia, ele nos mostra que existem importantes falhas de mercado

que

produzem resultados negativos, e que por causa disso, resultam uma ação governamental consciente e ativa pode ser justificada em certas situações. A justificativa para essas falhas não se explicam por exatamente um pensamento novo, mas vindo do mainstream acadêmico norte americano é interpretado com uma revolução. Mankiw, no livro, aponta que de fato a intervenção do governo justifica-se pelas falhas de mercados em razão da ineficiência econômica e da não equidade na distribuição de renda. Embora os mercados competitivos funcionem teoricamente

bem, na prática ocorrem falhas logo, o governo intervém na economia, porque os mercados não funcionam bem, distorcendo o processo de alocação de recursos. A obra de Mankiw, além dos ferramentais consagrados, dispõe também das mais recentes descobertas da economia e dos instrumentos de política econômica para utilizá-la. Com texto básico, ele é utilizado nas melhores universidades, pois para o estudo de economia é preciso ter à mão um manual completo e atualizado. Conclusão A partir da resenha, e conhecendo mais sobre a obra resenhada, bem como a revista em que foi publicada, podemos concluir que Rogério P. de Andrade, ao escrever a resenha, teve como objetivo analisar o conteúdo do livro Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia” voltado para o público brasileiro, pois se tratando de um livro norte-americano, o autor teve como base a aplicação do livro na graduação de matérias de economia brasileira, e como as diferenças entre o mercado brasileiro e norte-americano devem ser tratadas pelos professores ao utilizarem o livro de Mankiw na graduação. O grupo acredita que, conforme Andrade (2002), nem sempre o que vale para a economia norte-americana vale para a economia brasileira. Conforme as ideias de Andrade podemos concluir que um fator de grande importância durante a leitura da resenha, são os tipos de leitores recomendados, para ele o livro é direcionado para quem procura um guia seguro que forma uma base para o entendimento de economia. O livro de Mankiw mostra que a teoria econômica somente é útil e interessante se pode ser aplicada à compreensão de fatos e políticas atuais. Portanto, o livro apresenta numerosos estudos de caso que mostram como a teoria econômica básica pode ser aplicada na prática. Escrito por um dos economistas mais renomados do mundo acadêmico, Andrade conseguiu em sua resenha trazer um bom ponto de partida para uma análise sobre o livro e o ponto de vista do autor, mostrando os pontos positivos e negativos da obra para o estudo em universidades brasileiras, e também sua aplicação teórica e prática para a economia.

Referências ANDRADE, Rogerio P. de. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. Disponível em: . Acesso em : 18 jan. 2017. SETOR DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SPD).Instituto de Economia /UNICAMP. Disponível em: . Acesso em: 1 fev. 2017. N. GREGORY MANKIW. Disponível mankiw/16511> Acesso em 2 jan. 2017

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