Questões explicativas PDF

Title Questões explicativas
Course Fundamentos de Filosofia
Institution Universidade Federal Rural de Pernambuco
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CONVERGENCIAS E DIVERGENCIAS FILOSOFIA NASCENTE.

DA TRADIÇÃO

MITICA E

A

A tradição mítica é narrativa sobre a origem de alguma coisa; como a origem da Terra, dos astros, dos homens. É uma narrativa feita em publico para ouvintes que a recebem como verdadeira, pois confiam em quem narra. A filosofia nasce através de Tales de Mileto, surge como um conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza, que expressa proveniência da cosmologia. O mito traz seu discurso inspirado em uma verdade divina, a confiança no narrador é baseada que ele recebeu as narrativas de quem participou dos acontecimentos. O narrador é um escolhido dos deuses, e sua palavra é sagrada porque vem de uma revelação divina. A filosofia busca explicar as coisas como as coisas são, seu discurso não vem da pessoa do filósofo, mas da razão que é comum para todos os seres humanos. A filosofia não admite coisas incompreensíveis, pois exige uma explicação coerente, lógica e racional. O mito tem um relato fabuloso, narra a origem por meio de genealogia e rivalidades entre forças divinas sobrenaturais, o mito narra a origem das coisa. Já a filosofia explica a produção natural das coisas por elementos naturais por meio de causas naturais e impessoais. Arché, princípio de origem das coisas, também irá variar, o mito narrar a origem das coisas através das relações entre os deuses, como o casamento de Gea e Urano e a filosofia traz como principio originário das coisas o pensamento de Tales de Mileto e água, mas ela também irá mostrar o surgimento do céu, dos mar, dos seres explicando os movimentos e ações naturais. A convergência entre o mito e a filosofia está em buscar uma explicação ou solução, mas procuram esses meios por caminhos opostos.

AS NOCOES DE ARETÉ, A BELA LUTA, A KLEOS, AION, ARISTOI, AEDO. Areté – Excelência-virtude na guerra, respeito a uma norma. Bela luta – luta justa, buscando a igualdade entre os guerreiros. Kleos – a glória na luta Aion - eternidade Aristoi – Melhores guerreiros. Aedo – poetas que cantavam a kleos

Esses termos veem para expressar a mentalidade guerreira presentes em histórias de Homero, como a Ilíada e a Odisseia. Estão relacionados na busca para construir um pensamento de como era os princípios dos guerreiros na época. Os guerreiros buscavam o Arete, uma virtude que trouxesse a excelência na guerra de maneira honrada e respeitosa, pois assim poderiam ser um aristoi, ou seja, os melhores guerreiros. Essa excelência deveria ser buscada através da bela luta, uma luta justa, de igual para igual, pois com a bela justa seria possível conquistar a kleos, ou seja a glória. Diante da conquista da glória que é cantada pelos aedos, seres que tinham contato direto com as musas e escutava as divindades, os guerreiros teriam o aion, a eternidade, e seriam lembrados eternamente.

O PARADIGMA DA MORAL DA ILIADA E O PARADIGMA DA MORAL DA ODISSEIA. A Ilíada e a Odisseia formam o berço da cultura ocidental, pois é nelas que encontramos o início de nossa literatura e os únicos registros históricos de um dos povos mais importantes da antiguidade clássica: os gregos. O par de obras tem esse nome por ser atribuído ao poeta Homero, todavia, apesar de serem comumente atribuídas a um só autor, há uma série de estudos a respeito da verdadeira autoria destas duas obras. Os títulos: Ilíada provém de Ílion, Troia, e Odisseia de Odisseu, ou seja, o título de cada obra se refere ao assunto que ela retrata; a Ilíada narra os acontecimentos da guerra entre os aqueus (gregos) e os troianos devido ao sequestro e cárcere da rainha espartana Helena; a Odisseia narrará às aventuras de Odisseu (ou Ulisses, para os romanos), personagem da Ilíada que após o final da guerra contra os troianos tenta retornar ao seu lar. Pode-se contrapor a Ilíada e a Odisseia em na questão moral do seu enredo os seguintes pontos: os campos de batalha versus terras estrangeiras e ilhas fantásticas; a “bela luta” pautada na disputa justa (como os duelos travados na Ilíada entre os heróis de ambos os lados) versus a inteligência rápida, as artimanhas e a astúcia como o evento do Cavalo de Tróia, o mito da caverna do ciclope, presentes nas narrações da Odisseia), e a “bela morte” no campo de batalha versus a arte da sobrevivência. A Ilíada estava relacionada a uma noção de Arete, uma moral ligada à honra e ao respeito entre as normas e a guerra. A Odisseia traz uma noção de métis, onde os traços heroicos de Odisseu estava presente em sua esperteza.

DEMÓCRITO TENTOU PARMENIDES.

RESOLVER

O

PROBLEMA

HERACLITO

E

Heráclito afirmava que a mudança é real e a permanência é ilusória. O mundo é o fluxo perpétuo, onde nada permanece idêntico, para Heráclito o lógos é a mudança de todas as coisas, os conflitos entre elas e a contradição. Parmênides afirmava que somente a identidade e a permanência são reais e a mudança, ilusória. O ser é a logos, porque sempre idêntico a si mesmo, sem contradição, imutável e imperecível; a mudança é o não Ser. Demócrito desenvolve a teoria sobre o ser ou sobre a natureza conhecida, na qual a realidade é constituída por átomos. Somente o pensamento pode conhecer os átomos, que são invisíveis para nossa percepção sensorial. Demócrito concorda com Heráclito e Parmênides que a uma diferença no que conhecemos por meio de nossa percepção e no que conhecemos apenas pelo pensamento; discordava no que diz respeito a nossa percepção ser ilusória, para ele era apenas um efeito da realidade sobre nós. A RELAÇÃO ENTRE SOFISTAS E A DEMOCRACIA ATENIENSE DO SECULO V. A democracia foi um reforma proposta por Clístenes que visava dividir a população em demos (grupos) e escolher um cidadão líder para cada demos. Os homens livres na democracia teria isonomia, igualdade perante a lei, e isegoria, igualdade no peso da fala. Na democracia existia a boulé que seria uma assembleia menor para decidir o que estaria em pauta na Eclésia, uma assembleia maior, aberta ao povo. Os sofistas eram professores, com vasto conhecimento. Que ensinavam também a retórica, ou seja, mostravam bons argumentos para que os debates fossem vencidos. Os sofistas tinham o discurso como ponto fundamental; e não ligava para veracidade, o que era dito poderia ser relativo, depende do ponto de vista de cada um. O ambiente da democracia era de muitas discussões de convencimento, pois quem dominava a retória faria parte da democracia e das assembleias. Os sofistas nesse caso eram figuras de grande importância, através do vasto conhecimento elaboravam discursos para ganhar dinheiro, pois quem tinha bons argumentos controlava a maioria e ira dominar a política. A relação entre sofistas e o governo democrático é estabelecido que quem dominava a retórica faria parte do democracia.

A RELAÇÃO ENTRE PSICOLOGIA E POLITICA NA REPUBLICA DE PLATÃO. Platão apresenta três fontes distintas de impulsos para a ação, que têm a sua origem em cada um dos elementos da alma, estabelecendo, ao que tudo indica, que o conflito ocorre entre estes distintos impulsos. Platão estabeleceu a tripartição da alma, que para ele faria a composição do ser humano. Essa divisão seria três: racional (filosofia-poesia-ciência), irascível (ira-violência) e apetitiva (sexual-alimentício). “Compreendemos, graças a um; irritamo-nos,

por outro dos que temos em nós; desejamos, por um terceiro”. Platão acreditava que um iria ser mais forte (natureza). Através da tripartição da alma surge a tripartição das classes, na qual cada um vai desempenhar uma atividade ligada a sua natureza. A divisão das classes são a dos trabalhadores composto por seres de natureza apetitiva, como por exemplo, agricultores; soldados compostos por seres de natureza irascível, como, por exemplo, guerreiros; governante composta por seres de natureza racional, pois eles seriam conhecedores da justiça, como, por exemplo, filósofos. Com esse pensamento Platão propõe a sofocracia, o governo dos sábios, e critica à democracia, pois para ele pessoas que não tem capacidade vai governar. Essa divisão de classes vai gerar a primeira utopia do ocidente de uma bela cidade.

DEFINA VALIDADE E VERDADE PARA ARISTOTELES, A APARTIR DISSO DE UM EXEMPLO DE SILOGISMO VALIDO, INVALIDO E UM VALIDO COM PROPOSIÇÕES NÃO VERDADEIRAS. A validade para Aristóteles diz respeito à estrutura ou forma do pensamento, é resultado da linha de raciocínio e argumentação. A validade é a estrutura lógica do silogismo, nem tudo que é válido é verdade, um argumento válido pode ser construído de proposições falsas. A validade é formada através do argumento ligado corretamente (coerência interna do pensamento). Os argumentos que são responsáveis por ter validade ou invalidade, não podendo ser verdadeiro ou falso. Para representar a verdade são levadas em consideração as proposições, é a concordância entre a realidade. Aristóteles utilizada da verdade para ter um conclusão, busca compreender a relação dos argumentos e a existência real dos elementos que compõem a argumentação. 

Silogismo válido

Todo peixe nada Bacalhau é um peixe

Bacalhau nada



Silogismo não valido

Toda flor é ser vivo Hortênsia é ser vivo Hortênsia é uma flor



Silogismo válido e não verdadeiro

Todo pato é branco Todo branco é cor Todo pato é cor A DISPUTA ENTRE PLATÃO E ARISTOTELES NO QUE DIZ RESPEITO À QUESTÃO DAS FORMAS. No centro da obra de Rafael, Escola de Atenas, é possível ver a imagem dos dois grandes filósofos da Antiguidade, Platão e Aristóteles. Platão que foi professor de Aristóteles carrega na imagem seu livro o Timeu que fala sobre a origem dos seres e Aristóteles carrega seu livro a Ética, uma filosofia mais prática. Platão se interessava pelo teórico, por aquilo que não poderia ser visto. É perceptível na obra de Rafael sua mão levantada e apontando para cima, identificando o mundo das ideias, o ideal, o mundo inteligível. Platão acreditava na existência de dois mundos diferentes, o sensível e o inteligível. E para ele a forma era uma essência eterna, imutável e universal. Para Platão tudo se justifica através da matemática e através dessa que nós chegamos a verdadeira realidade. Aristóteles se interessava pela filosofia natural e empírica. Na obra de Rafael a mão de Aristóteles está aberta e virada para o chão, representando o terrestre o mundo sensível; sua observação é voltada para aquilo que é de fato, o que é físico. Aristóteles defendia que a origem das formas é através da observação de objetos para após a formulação da ideia dos mesmos....


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