Title | Relatório Explosão Cambriana |
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Author | Anonymous User |
Course | Biologia Celular |
Institution | Universidade Federal de Santa Catarina |
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA E ZOOLOGIA Zoologia de Invertebrados I – ECZ7011 _______________________________________________________________________ Professor: Bruno R. S. Figueiredo Aluna: Lauren Bonfanti Fontoura
Matrícula: 19200214
Relatório sobre a Explosão do Cambriano
O termo “Explosão Cambriana” diz respeito a um episódio ocorrido na Era Paleozoica no Período Cambriano do tempo geológico, por volta de 540 milhões de anos atrás, onde sucederam-se transformações na biota de todo o planeta trazendo novas formas mais complexas de vida para os oceanos, além de proporcionar a base dos principais filos existentes hoje. Anteriormente à “explosão”, notavam-se animais mais primitivos, como a Dickinsonia costata (organismo com o corpo segmentado, chato e ovalado), que viviam em um manto oceânico coberto por cianobactérias. Esse período é conhecido como Edicariano (primeira grande irradiação em escala de vida multicelular compreendida entre ≅ 630 a 542 milhões de anos), e possuía animais principalmente sésseis com corpos achatados e ausência de predadores. Porém, com o evento evolutivo do Período Cambriano, notou-se a aparição de formas corporais bem mais complexas das que existiam até então, que desenvolveram simetria bilateral e esqueletização. Sendo duas delas predominantes: 1) A fauna Tommotiana, compreendendo conchas com pequenos animais que apresentavam lâminas, taças e barretes e que depositavam matéria orgânica e mineral em seus corpos. 2) A fauna de Trilobitas, abrangendo animais marinhos que possuíam exoesqueleto de quitina e carbonato de cálcio. Além disso, evidências recentes retiradas dos recifes da Namíbia, mostraram que, provavelmente, o que proporcionou o surgimento dessa imensa biodiversidade foram um conjunto de mudanças ambientais, principalmente um aumento da concentração de oxigênio, decorrente do fitoplâncton, e a maior oferta de nutrientes provenientes da erosão do solo, que possibilitou novos padrões comportamentais como a predação, que por sua vez estimulou nas presas um aumento do tamanho corporal, mineração de conchas e novas formas de locomoção adaptadas a fuga e proteção.
Por fim, segundo a teoria evolutiva de Darwin descrita no livro “A Origem das Espécies” em 1859, todas as espécies teriam se originado de um único ancestral comum, passando por um processo lento e gradual de diversas modificações até chegarmos nessa quantidade imensa de heterogeneidade biológica. Dessa forma, o termo “explosão” torna-se exagerado e equivocado se levado em consideração o tempo geológico do planeta terra (4,6 bilhões de anos), tendo em vista que a grande expansão da biodiversidade do Período Cambriano se estendeu por dezenas de milhares de anos e ocorreu em 10 estágios bem definidos (que duraram aproximadamente 55 milhões de anos), no qual, a cada novo estágio observava-se um nível de complexidade acima em relação ao estágio anterior. O que é exatamente o esperado no processo de evolução, apesar de ainda haver ceticismo por parte de diversos cientistas ao redor do mundo simplesmente pela escassez de registros que comprovem essa ancestralidade. Porém, não é porque as descobertas sejam mínimas que não tenham ocorrido, se levada em conta a fragilidade desses organismos Edicarianos primitivos e a dificuldade em fossilizá-los.
Referências CRIACIONISMO – A Explosão Cambriana. Brasil, 2019. (29 min.), son., color. Disponível em:. Acesso em: 12 jan. 2020. SCIENTIFIC AMERICAN (Eua). What Sparked the Cambrian Explosion? 2016. Disponível em:
.
Acesso em: 22 jan. 2020.
VÉRAS,
Rodrigo.
A Explosão
Cambriana:
Uma
introdução.2012.
Disponível
em:
. Acesso em: 22 jan. 2020....