Title | Tabela Índice GlicÊmico-OK |
---|---|
Course | Bromatologia 1 |
Institution | Universidade Federal de Alagoas |
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TABELA DE ÍNDICE GLICÊMICO
INTERNATIONAL TABLE OF GLYCEMIC
INDEX AND GLYCEMIC LOAD VALUES: 2002 Foster-Powell K, Holt SH, Brand-Miller JC.
ÍNDICE GLICÊMICO Mariana Del Bosco Rodrigues – Nutricionista Dra Zuleika Salles Cozzi Halpern / Endocrinologista Os carboidratos são compostos formados por carbono,oxigênio e hidrogênio e são os maiores responsáveis pelo fornecimento de energia. Desde o começo do século XX, são classificados como “simples” ou “complexos”, de acordo com o grau de polimerização. Os carboidratos simples são os monossacarídeos (frutose, glicose, galactose) e os dissacarídeos (sacarose, maltose, lactose) e os carboidratos complexos são os polissacarídeos (amido, glicogênio). Todos os tipos de carboidratos, ao serem digeridos, transformam-se em glicose, mas os seus efeitos fisiológicos não dependem exclusivamente do grau de polimerização, e sim, da capacidade de elevar a glicemia. Em 1981, Jenkins e cols. propuseram um novo sistema de se classificar os carboidratos através da resposta glicêmica ou do índice glicêmico. Os vários alimentos que são fontes de carboidrato levam a diferentes respostas glicêmicas e o índice glicêmico é definido a partir dessa resposta da glicose pós-prandial, em comparação a um alimento padrão (que pode ser a glicose ou o pão branco). De maneira geral, os fatores que influenciam na resposta glicêmica são: a natureza do amido (amilose e amilopectina), a quantidade de monossacarídeos (frutose, galactose), a presença de fibras, a cocção ou o processamento, o tamanho das partículas, a presença de fatores antinutricionais (fitatos) e a proporção de macronutrientes (proteína e gordura). O índice glicêmico sinaliza a forma como o carboidrato é digerido, absorvido e utilizado. É provável que, ao se prolongar o tempo de absorção, seja possível interferir na etilogia das doenças crônicas. Com a redução do índice glicêmico da dieta, tem-se menor demanda insulínica, melhor manutenção da glicemia e redução da lipidemia. Estes fatores, claramente, têm importante papel na prevenção e no tratamento das doenças crônicas como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e até alguns tipos de cânceres. Para manutenção da glicemia, o organismo utiliza-se de alguns mecanismos reguladores. A ingestão de alimentos com alto índice glicêmico altera esse mecanismo de homeostase. Na primeira hora depois de uma refeição de alto índice glicêmico (início do período pósprandial), a concentração de glicose pode ser o dobro da encontrada após uma refeição de baixo índice glicêmico, com os mesmos nutrientes e com mesma quantidade de calorias. Esta relativa hiperglicemia estimula a secreção de insulina (células beta do pâncreas) e inibe a secreção de glucagon. Com isso, tem-se uma exagerada resposta anabólica que inclui maior captação de nutrientes, glicogênese, lipogênese e supressão da gliconeogênese e lipólise. Após as duas primeiras horas da refeição de alto índice glicêmico, não se tem mais absorção, mas os efeitos da hiperinsulinemia persistem, resultando numa brusca queda da glicemia. É comprovado que fatores genéticos influenciam na resposta pós-prandial e que esta resposta é geralmente individual. Mas os estudos demonstram que a hipoglicemia pós-prandial seguida de uma refeição de alto índice glicêmico pode ser considerada uma regra. Esta resposta parece ser ainda mais pronunciada e evidente em obesos. Este dado nos leva a considerar a prescrição de dietas de baixo índice glicêmico para os nossos pacientes, ainda mais se considerarmos o efeito rebote de fome, conseqüente da baixa circulação de combustíveis no final do perído pós-prandial.
A busca por alimento acaba sendo um reflexo para restabelecer a homeostase energética e vários estudos demonstram esse comportamento em ratos e humanos. Até hoje não existem estudos clínicos de longa duração para que possamos comprovar o efeito de dietas de baixo índice glicêmico para regulação do peso corpóreo. Em contrapartida, existem muitas evidências de que esta pode ser uma boa estratégia na dietoterapia. Além disso, sabemos que em ratos esta resposta, glicêmica/insulinemica a refeições com alto índice glicêmico, leva a uma maior deposição de gordura, a um aumento no tamanho dos adipócitos, a um aumento da incorporação de glicose nos tecidos lipídicos e a uma maior síntese de ácidos graxos. Em um estudo de Pawlak e cols (2000), ratos alimentados com dieta de alto índice glicêmico tornam-se obesos em um período de 32 semanas. A partir de um estudo de revisão bibliográfica sobre os efeitos do índice glicêmico na manutenção ou ganho de peso, observa-se que 99% dos estudos em humanos comprovam uma menor sensação de saciedade e uma intensificação da fome em dietas de alto índice glicêmico. Slabber e cols (1994), em um estudo com mulheres obesas, observou uma perda de peso significantemente maior no grupo que seguiu dieta de baixo índice glicêmico (ambos os grupos com dietas hipocalóricas). Estudos em gestantes também evidenciam menor ganho de peso com dietas de baixo índice glicêmico. É interessante notar que até o final da década de 80 a gordura era apontada como grande vilã da dieta e uma das grandes responsáveis pelo aumento da prevalência de obesidade. Os estudos demonstram que, nos últimos anos, houve diminuição do consumo de gordura e aumento do consumo de carboidratos refinados, que tendem a ser mais rapidamente absorvidos. As recomendações dietéticas atuais não devem focar-se apenas na diminuição do consumo de gordura, mas na escolha do tipo de gordura e tipo de carboidrato. Com relação a gordura, a dieta ideal deveria fornecer de 25 a 30% das calorias sob a forma de lipídeos. Em 2000, o NCEP - EUA (National Cholesterol Education Program) recomenda dietas com maior percentual de gordura (35%) para prevenção e manutenção da lipidemia em níveis normais. Com relação aos carboidratos, os muito simples e refinados devem ser evitados para que a absorção e a digestão não sejam aceleradas, trazendo as conseqüências fisiológicas já descritas. Os alimentos de baixo índice glicêmico são mais ricos em fibras e uma das teorias atesta que as fibras – sobretudo as fibras solúveis – favorecem uma maior distenção gástrica, o que leva a uma maior secreção de colecistoquinina (CCK). Sendo assim, por outra via, os alimentos de baixo índice glicêmico novamente induzem a sensação de saciedade. Dietas de baixo índice glicêmico podem ser uma alternativa não só para pacientes obesos mas também para portadores de outras doenças crônico-degenerativas. Pode até ser uma recomendação de alimentação saudável para a população em geral. O consumo regular de alimentos de alto índice glicêmico resulta em maiores níveis de glicemia, insulinemia e maior concentração de hemoglobina glicosilada, avaliando-se em um período de 24 horas. O conceito de índice glicêmico pode não ser simples do ponto de vista científico, mas sua utilização pode ser uma ferramenta para promoção de uma alimentação saudável. Acreditamos que a aplicação destes conceitos pode ser bem simples. De maneira geral, precisamos estimular o consumo de vegetais, legumes, alimentos integrais e não refinados e limitar a ingestão de tubérculos, carboidratos refinados e açúcares simples. Como a composição da refeição – ou seja, a quantidade de fibras, proteínas e gorduras interfere no índice glicêmico final, precisamos orientar refeições balanceadas, com a quantidade adequada de macro-nutrientes. As orientações e o fracionamento da dieta também são importantes. Essas recomendações levam a promoção de uma alimentação saudável! Rica em fibras, de baixa densidade energética, adequada com relação aos macronutrientes e antioxidantes. É, portanto, uma recomendação que favorece a manutenção de um peso saudável, a manutenção da saúde e a prevenção de doenças crônicas.
Tabela Índice Glicêmico - Bolos e Muffins
Alimentos
Índice Glicêmico em Relação Tamanho Índice Glicêmico em Relação a glicose = 100 ao Pão = 100 da porção
Produtos de Padaria
a
a
A
Bolos
a
a
A
Bolo de Banana feito com açúcar Bolo de banana feito sem açúcar Bolo de chocolate feito chocolate Bolo triturado Bolo de baunilha feito de baunilha congelada Croissant Bolo tipo Donnut Bolo Flan Muffins Maçã feito com açúcar Maçã feito sem açúcar Maçã, aveia e sultana Coco e mel
Banana, aveia e mel Farelo
47
67
80
55
79
80
38
54
111
54
77
53
42
60
111
67
96
57
76
108
47
65
93
70
a
a
A
44
63
60
48
69
60
54
78
50
60
86
50
60
86
50
60
85
57
Cenoura Chocolate Aveia Panqueca Panquecas, trigo sarraceno Massa Bolinho de trigo Waffles
59
84
57
53
75
50
68
98
50
67
96
80
102
146
77
59
84
57
92
131
25
76
109
35
Tabela Índice Glicêmico - Bebidas
Índice Glicêmico em Relação ao Pão = 100
Índice Glicêmico em Relação à glicose = 100
Alimento
Tamanho da Porção
Bebidas
a
a
a
Coca-Cola
a
a
a
Coca-Cola Fanta Bebida de soja e banana
53
76
250 ml
68
97
250 ml
30
43
250 ml
Bebida de soja e chocolate Drink com limão
34
49
250 ml
58
83
250 ml
Sucos
a
a
a
Suco de Maçã
a
a
a
Suco de maçã puro sem açúcar Suco de maçã sem açúcar Maçã e cereja sem açúcar Suco de cenoura Suco de uva sem açúcar Suco de Laranja
Suco de abacaxi sem açúcar Suco de tomate sem açúcar Yakult, leite fermentado com Lactobacilus casei
Sports Plus Sustagen
Build-Up baunilha com fibras Chocolate quente feito com água quente Hi- Pro energy, baunilha e soja
-
40
57
-
43
61
250 ml
43
61
250 ml
48
69
250 ml
a
a
56
76
-
46
66
250 ml
38
54
250 ml
46
66
65 ml
a
Gatorade
Bebidas feitas à base de energéticos
55
a
Suco de laranja sem açúcar
Bebidas para Esportes
39
a
a
78
11
250 ml
74
106
250 ml
43
61
250 ml
a
a
a
41
59
250 ml
51
73
250 ml
36
51
250 ml
Leite de vaca
45
64
250 ml
26
377
250 ml
53
76
250 ml
41
59
250 ml
Quick morango dissolvido em água
64
92
250 ml
Quick morango dissolvido em 1,5% de leite
35
50
250 ml
Nutrimeal Quick Quick chocolate
Tabela Índice Glicêmico - Pães
Índice Glicêmico Índice Glicêmico Alimento Pães
a
Baguete Pão de Leite Pães feitos à base de cevada
Pão doce de frutas Pão sabor de frutas, fatias Pão de frutas continental Pão Musli
Tamanho da Porção a
95
136
30
63
90
60
a 67
a
Pão de trigo-sarraceno com 50% de Trigo branco Pão de Frutas
a
a
100% farinha de cevada Pão de trigo-sarraceno
em Relação ao Pão = 100
em Relação à Glicose = 100
a 96
a 47
a
30 a
67 a
30 a
44
63
30
54
77
30
47
67
30
54
77
30
Pão de hambúrguer Pães sem Glúten
61 a
Pão sem glúten com grãos Pão branco sem glúten
a
Em fatias
Fatiado
Pão de farelo de aveia
Pães de centeio especiais
114
30
a 99
30
76
109
30
a 93
Pão branco de trigo Torrada de pão branco a
30 a
72 a
30 a
41
58
30
55
79
30
a
a
76
109
30
68
97
30
a
Pão com semente de trigo
a
a
a
Pão de centeio light
a
69
a
Pão preto de centeio
Pão de Trigo
80
50
Cocktail fatiado
a 30
a
Pão de semente de centeio
30
101
65
Pão de aveia com 50% de sabor Pão de Centeio
113
71
a
Pão com semente de aveia
30 a
a
a
Não fatiado
Pão de Aveia
a 79
Não fatiado
Pão sem glúten com fibras
87
a
a
52
74
30
71
101
30
73
104
30
a
a
Pão branco com fibras solúveis Pão branco + 15 mg de fibra psyllium Pão branco com vinagre Pão branco enriquecido com fibras
41
59
30
45
64
30
a
Pão branco com alta quantidade de fibras
a
a
67
Pão branco enriquecido com amido
a
Fibra branca Pão com sabor trigo Pães especiais de trigo
a
Pão multigrãos, sabor trigo Pão de semolina Pão de linhaça e soja Pão sem fermento
110
30
52
74
30
a
a
34
49
54
77
64
92
50
71
a
Pão branco libanês
a
77
a
Pão com grãos de trigo
a
96
a
30 a
30
a
a
75
107
30
Tabela Índice Glicêmico – Cereais I
Índice Glicêmico em Relação à Glicose = 100
Alimento Cereais do café da manhã e produtos selecionados All Bran (Kellogg’s) All Bran Aveia e frutas All Bran fibras e soja
a
Índice Glicêmico Tamanho em Relação ao Pão da Porção = 100 a
a
30
43
30
39
56
30
33
47
30
Mingau de Cevada
a
Choco Pops (Kellogg’s) Farelo de trigo (Quacker) Cornflakes (Kellogg’s) Crispix (Kellogg´s) Musli
Musli Natural
Mingau feito de aveia
75
107
30
77
110
30
87
124
30
a 94
30
40
57
30
a
a
Mingau tradicional de aveia
a
66
50
Mingau
a
110
a
Farelo de aveia cru
a
77
a
Musli
Farelo de aveia
a
a 72
a
10 a
42
60
250
51
73
250
a
a
a
Mingau Instantâneo Aveia (Quacker) Tortas, chocolate Barras de Cereal Matinal
93
70
100
a
Amaranto Trigo Sarraceno Cereal e Milho
65
a 139
49
70 a
59
85
Mingau de milho
109
156
a
a
30 a a
Milho
Espiga de Milho
50 a
97
a
a
a a a
Espiga de milho fervida com sal por dois minutos Espiga de milho com margarina Milho miúdo
68
97
150
69
99
150
a
a
Milho miúdo fervido Mingau de milho miúdo
a
71
101
107
153
150 a
Tabela Índice Glicêmico – Cereais II
Alimento
Índice Glicêmico Índice Glicêmico em Relação à Glicose em Relação ao Pão = 100
Arroz branco
a
Risoto
Tamanho da Porção
= 100 a
a
69
99
150
69
99
150
45
64
150
Arroz branco fervido com sal e congelado de 16 a 20 horas
53
76
150
Arroz branco fervido por 13 minutos e depois cozido por dez minutos
104
149
150
Arroz branco fervido Arroz branco fervido sozinho
Arroz branco com alta quantidade de amilase
a
Arroz instantâneo, branco, fervido um minuto Arroz instantâneo, branco, cozido seis minutos Centeio semente de trigo Trigo
Semolina assada
a
46
65
150
87
124
150
29
42
50
a
Semente de trigo cozida Semolina
a
a 30
a
a 43
a 55
50 a
79
a
a
Bolachas
a
Cereais de aveia Wafer de baunilha Biscoitos
a
54
77
25
77
110
25
a
a
Biscoito de milho sem glúten Cream Cracker Pão torrado de centeio Biscoito de água
a
87
124
25
...