Teste de filosofia 10º ano - 3º período PDF

Title Teste de filosofia 10º ano - 3º período
Course Filosofia
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Summary

Leia com atenção todo o enunciado antes de começar a responder. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.GRUPO I Na resposta a cada um dos itens de 1. a 1., selecione a única opção que permite obter uma afirmação verdadeira. Escreva, na folha de respostas, o número do...


Description

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PADRE BENJAMIM SALGADO ANO LETIVO 2018/2019

Classificação

Curso Científico Humanístico Professora

Ana Paula Costa

Ciências Socioeconómicas 24/05/2019

Teste de Avaliação Sumativa - 5

10ºH Nome:

N.º

Duração 90 min

Observações: Versão

Encarregado de Educação

___/___/2019

1

Leia com atenção todo o enunciado antes de começar a responder. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. GRUPO I 1.

Na resposta a cada um dos itens de 1.1. a 1.10., selecione a única opção que permite obter uma afirmação verdadeira. Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra (Maiúscula) que, identifica a opção escolhida. (10 x 5 Pontos = 50 Pontos)

1.1.

Segundo Stuart Mill, Kant verdadeiramente valoriza…

(A)

… o interesse da humanidade.

(B)

… as circunstâncias da ação.

(C)

… o imperativo categórico.

(D)

… um imperativo hipotético.

1.2

Segundo Stuart Mill, uma ação é boa se:

(A)

o agente renuncia aos prazeres inferiores.

(B)

a intenção do agente for boa.

(C)

dela resultarem prazeres superiores.

(D)

dela resultar o maior bem comum.

1.3.

Qual das seguintes advertências está em conflito com a ética de Kant?

(A)

Considera as normas sociais.

(B)

Age desinteressadamente.

(C)

Age apenas por obrigação.

(D)

Decide imparcialmente.

1.4.

Analise o seguinte exemplo, tendo presente a ética de Kant.

O Tiago percebeu que um colega deixou cair a senha do almoço. Apanhou-a e… 1.

Ficou com ela porque não pode comprar senhas.

2.

Devolveu-a por já ter uma senha para o mesmo almoço.

3.

Devolveu-a pelo simples facto de pertencer a outra pessoa.

(A)

1 é claramente uma ação imoral; 2 e 3 são ações com valor moral.

(B)

1 é uma ação imoral; 2 é uma ação moral; 3 é uma ação conforme o dever.

(C)

1 e 2 são ações em conformidade com o dever; 3 é uma ação claramente moral.

(D)

1 e 2 são ações sem qualquer valor moral; 3 é uma ação com valor moral.

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1.5.

Considere os seguintes enunciados à luz da ética kantiana.

1.

É errado matar uma pessoa inocente para benefício dos outros.

2.

É errado matar, à exceção de cometer suicídio e da legítima defesa.

3.

É errado matar se isso não evitar a morte de outras pessoas inocentes.

4.

É errado matar ainda que isso evite a morte de outras pessoas inocentes.

(A)

1 e 4 são corretas; 2 e 3 são incorretas.

(B)

1 e 3 são corretas; 2 e 4 são incorretas.

(C)

3 e 4 são corretas; 1 e 2 são incorretas.

(D)

2 e 3 são corretas; 1 e 4 são incorretas.

1.6.

Para Kant, se uma pessoa de boa vontade tiver azar e a sua ação resultar em más consequências:

(A)

Ela é má pessoa, por esse facto.

(B)

A sua ação é moralmente reprovável.

(C)

Ela não é má pessoa, por esse facto.

(D)

A sua ação é legalmente reprovável.

1.7.

Kant considera que quando agimos por pena, compaixão ou medo não estamos a realizar ações com valor moral. Esta

afirmação é: (A)

Verdadeira, porque a nossa ação não é correta.

(B)

Falsa, dado que a ação é realizada heteronomamente.

(C)

Verdadeira, pois a nossa ação não é racional.

(D)

Falsa, dado que a ação é realizada autonomamente.

1.8.

Considere as seguintes afirmações sobre a ética kantiana.

1.

Afirma que a dignidade dos indivíduos enquanto pessoas é um valor a promover.

2.

Sustenta que o bem a promover consiste no bem-estar dos indivíduos.

3.

Defende que os imperativos morais são acessíveis a qualquer ser racional.

4.

Considera que o dever pode ser um fim ou um meio para outro fim.

(A)

2 e 4 são corretas; 1 e 3 são incorretas.

(B)

1 e 2 são corretas; 3 e 4 são incorretas

(C)

3 e 4 são corretas; 1 e 2 são incorretas.

(D)

1 e 3 são corretas; 2 e 4 são incorretas.

1.9.

Kant considera que o imperativo categórico:

(A)

É um dever relativo que deriva da razão.

(B)

É uma obrigação absoluta imposta por Deus.

(C)

É uma ordem exterior que temos de cumprir.

(D)

É uma lei que a vontade impõe a si mesma.

1.10.

Uma crítica que pode ser feita à ética kantiana:

(A)

A consideração das intenções do agente conduz sempre a resultados indesejados.

(B)

A aceitação de deveres absolutos pode conduzir a conflitos de deveres irresolúveis.

(C)

A obrigação de defender deveres incondicionais torna impossível a ação correta.

(D)

A recusa de deveres absolutos pode conduzir a conflitos de deveres irresolúveis.

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GRUPO II 1.

Leia o texto seguinte.

«Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, e há, além disso, muitas almas de disposição tão compassiva que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse pessoal, acham íntimo prazer em espalhar alegria à sua volta e se podem alegrar com o contentamento dos outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que, neste caso, uma ação deste tipo, ainda que seja conforme ao dever, ainda que seja amável, não tem qualquer verdadeiro valor moral […].»

I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 1988, p. 28 (adaptado)

1.1. Por que razão Kant afirma que o tipo de ação descrito no texto anterior não tem valor moral? Justifique. (20 Pontos)

Cenário de resposta: a resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Apresentação da razão pela qual o tipo de ação descrito não tem valor moral: – a ação caritativa descrita resulta de uma disposição compassiva (de um sentimento de compaixão), e é motivada pelo prazer que dela retira quem a pratica, em virtude do contentamento que proporciona aos outros; – de modo a ter valor moral, a ação descrita teria de ser determinada pelo dever / a ação descrita teria de ter como motivo o respeito pelo dever; – o que distingue uma ação por dever de uma ação meramente conforme ao dever, como é o caso desta ação (caritativa), é o motivo ou a intenção do agente; – por resultar de uma disposição/inclinação, a ação caritativa descrita, ainda que seja conforme ao dever, não foi feita por dever, o que a impede de ter valor moral.

2. Atente no problema apresentado no caso seguinte. Circulam já alguns automóveis autónomos, ou seja, capazes de se conduzirem a si próprios. As empresas envolvidas na produção de automóveis autónomos têm feito grandes progressos, e os problemas tecnológicos levantados pela exigência de autonomia estão quase resolvidos. Subsiste, todavia, um problema ético: os automóveis autónomos podem ser programados para, em caso de acidente iminente, darem prioridade à segurança dos seus passageiros ou, em alternativa, darem prioridade à minimização do número total de vítimas.

2.1. Qual das duas programações referidas seria adotada por um defensor da ética de Stuart Mill? Justifique. (20 Pontos)

Cenário de resposta: a resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Apresentação da solução que um defensor da ética de Mill adotaria: – os automóveis autónomos devem ser programados para, em caso de acidente iminente, darem prioridade à minimização do número total de vítimas. Justificação da solução apresentada: – o princípio ético defendido por Mill é o princípio da maior felicidade; – de acordo com o princípio da maior felicidade, temos o dever de promover imparcialmente a felicidade geral; – no caso em questão, promover imparcialmente a felicidade geral implica optar pela solução que minimiza o número total de vítimas, atribuindo igual importância aos passageiros do automóvel autónomo e a todas as outras pessoas envolvidas no acidente.

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GRUPO III

1.

Leia o texto seguinte. “Prisioneiros do campo de concentração de Buchenwald (abril de 1945). Na Segunda Guerra Mundial, durante a ocupação alemã, os pescadores holandeses e dinamarqueses transportaram

clandestinamente nos seus barcos, para países aliados ou neutrais (como a Inglaterra ou a Suécia), milhares de foragidos judeus. Por vezes, os barcos de pesca com refugiados a bordo eram intercetados por barcos-patrulha nazis. Quando isto acontecia, os pescadores mentiam e obtinham autorização de passagem, seguindo depois viagem com os judeus perseguidos. Com esta ação evitaram que muitos judeus fossem aprisionados e mortos nos campos de concentração e extermínio nazis.”

1.1.

Do ponto de vista de Kant, a ação dos pescadores é moralmente admissível? Fundamente. (10 Pontos)

Cenário de resposta: a resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Não. Kant adota uma posição muito dura contra a mentira. O dever de dizer a verdade prevalece sempre, independentemente das circunstâncias particulares e das consequências.

1.2.

Se o imperativo categórico é produto da minha vontade, não será possível que pessoas diferentes tenham imperativos

categóricos diferentes? Justifique a sua resposta, considerando o documento. (10 Pontos) Cenários de resposta: - Não. - A lei moral, o imperativo categórico, não depende de cada um de nós enquanto indivíduos com interesses e desejos. - A lei moral, o imperativo categórico, é estabelecida pela razão, sem admitir exceções ou considerações particulares. - Se considerarmos apenas o ponto de vista da razão, chegaremos todos à mesma conclusão, a um imperativo universal.

2.

Considere o seguinte documento.

«Kant foi, sem dúvida, a mais expressiva voz da modernidade no domínio do pensamento ético, propondo um modo de equacionar as questões da moralidade que, se não rompe com toda a tradição do pensamento moral anterior, pelo menos representa um novo paradigma. E, segundo alguns analistas, a atual crise da ética ou da moral representaria precisamente a rejeição e o abandono de tudo aquilo que constituía a essência da proposta kantiana: a universalidade da lei moral, a incondicionalidade do dever, a imperatividade da razão sobre as tendências passionais, o primado do esforço e do mérito sobre o êxito e a felicidade. A isto contrapõe-se hoje, se não o niilismo e o indiferentismo em questões de moralidade, pelo menos o relativismo e o pluralismo éticos (a cada um a sua moral), o individualismo hedonista , uma moral light, indolor e sem exigência de esforço ou de sacrifício. Antes, a ética ou a moral exigia-se dos indivíduos. Hoje exigem-se comportamentos éticos de entidades anónimas ou de coletivos sem rosto (empresas, hospitais, laboratórios de investigação...). Há neste atual retorno do ético um recalcamento e uma ausência do que era suposto ser precisamente a essência do ético: a deliberação humana, a capacidade humana de agir de forma autónoma, consciente e livre.»

Leonel Ribeiro dos Santos, «A atualidade e a inatualidade da ética kantiana», Philosophica 31, Lisboa, 2008, p. 136.

2.1. Explique quatro características da ética kantiana, retiradas do texto. (20 Pontos)

Cenário de resposta: São características da ética kantiana apontadas no texto pelo autor: - A universalidade da lei moral. - A incondicionalidade do dever. - A imperatividade da razão sobre as tendências passionais. - O primado do esforço e do mérito sobre o êxito e a felicidade. - A capacidade humana de agir de forma autónoma, consciente e livre.

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GRUPO IV

1.

Rawls afirma o seguinte: «[…] A injustiça é simplesmente a desigualdade que não resulta em benefício de todos.» J. Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001, p. 69.

1.1. Explique o significado desta afirmação, tendo em conta os princípios da justiça defendidos por Rawls. (20 Pontos) Cenário de resposta: a resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Explicação do significado da afirmação: – de acordo com os princípios da justiça defendidos por Rawls, as mesmas liberdades e as mesmas oportunidades devem ser acessíveis a todos, e devem ser gerados os maiores benefícios para os menos favorecidos, proporcionando-lhes, por exemplo, oportunidades suplementares de educação; – a desigualdade promove a justiça se, além de beneficiar quem se encontra numa posição social mais favorecida, gerar os maiores benefícios para os menos favorecidos, resultando assim em benefício de todos; – a desigualdade produz injustiça se não beneficia quem se encontra numa posição social desfavorecida.

2.

Leia o texto seguinte.

«Os princípios da justiça constituem também imperativos categóricos no sentido empregado por Kant. Por imperativo categórico, Kant entende um princípio de conduta que se aplica a um sujeito em virtude da sua natureza como ser racional, livre e igual.» J. Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001, p. 204 (adaptado).

2.1. Explique em que sentido os princípios da justiça de Rawls constituem imperativos categóricos. (20 Pontos) Cenário de resposta: a resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Explicação do sentido em que os princípios da justiça de Rawls constituem imperativos categóricos: – os princípios da justiça, tal como os imperativos categóricos, são válidos para qualquer pessoa, sejam quais forem os seus desejos, fins e projetos particulares, em virtude de todas as pessoas serem fundamentalmente racionais, livres e iguais; – a adoção dos princípios da justiça, do mesmo modo que a adoção de imperativos categóricos, não constitui um meio para atingir fins particulares, mas é antes a expressão do que é racional desejar, independentemente de outros desejos que as pessoas tenham; – os princípios da justiça, tal como os imperativos categóricos, são a expressão de uma vida humana racional e livre.

3.

Leia o texto seguinte. «Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e

simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.»

I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 1988, p. 69.

3.1. Mostre como se poderia usar a fórmula do imperativo categórico apresentada para condenar a mentira. (20 Pontos) Cenário de resposta: a resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Explicação de como se poderia usar a fórmula do imperativo categórico apresentada para condenar a mentira: – de acordo com a fórmula apresentada, é errado agir de tal modo que alguém seja usado como um mero meio; – quando mentimos a alguém, estamos a condicionar as decisões dessa pessoa de acordo com os nossos interesses; – ao condicionar uma pessoa de acordo com os nossos interesses, estamos a instrumentalizá-la (OU a tratá-la como um mero meio).

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4. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas. (10 x 1 Ponto = 10 Pontos)

(A) O direito positivo é uma criação artificial. (B) John Rawls defende que, numa sociedade justa, a justiça depende da negociação política. (C) Um dos conceitos nucleares da teoria de Rawls e o de «véu de ignorância». (D) O estado natural da teoria tradicional do contrato social corresponde à «posição original de Rawls». (E) «Posição original» e «véu de ignorância» são conceitos que não podem ser separados na teoria de Rawls. (F) A vantagem do véu de ignorância e conduzir os indivíduos a uma parcialidade sadia. (G) O princípio da liberdade, na teoria de Rawls, diz que o direito às liberdades básicas deverá ser semelhante para todos. (H) O princípio da igualdade subdivide-se em princípio da indiferença e princípio da oportunidade justa. (I) A ordem dos dois princípios, na teoria de Rawls, e arbitrária; o importante é que os princípios sejam seguidos. (J) Os dois princípios em que se subdivide o princípio da igualdade permitem reger possíveis desigualdades económicas e sociais. RESPOSTA: (A) V; (B) F; (C) V; (D) V; (E) V; (F) F; (G) V; (H) F; (I) F; (J) V

Bom Trabalho! A Professora: Ana Paula Costa.

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