Tutorial 05- Módulo XVI PDF

Title Tutorial 05- Módulo XVI
Author Laura Cesa Gamba
Course Módulo Xvi: Bases da Ginecologia
Institution Universidade do Extremo Sul Catarinense
Pages 25
File Size 2 MB
File Type PDF
Total Downloads 93
Total Views 153

Summary

Ginecologia: Hiperplasia Endometrial, Câncer de Endométrio, Neoplasia Intraepitelial Vaginal, Câncer de Vagina, Neoplasia Intraepitelial Vulvar, Câncer de Vulva, Câncer de Colo de útero, Screening Ca de Colo de útero. ...


Description

TUTORIAL 05- MÓDULO XVI (Laura Cesa Gamba- Medicina 151) HIPERPLASIA ENDOMETRIAL - Defi nição: aumento anormal, em volume e espessura, do endométrio proliferativo, com de sorganização estrutural, estratificação epitelial e atipia citológica. - É uma condição patológica geral mente ass ociada a SUA. - Resulta do estímulo estrogênico persistente (ta nto endógeno quando exógeno), em um endométrio proliferativo, mas não necessariamente excessivo e não antagonizado pela progesterona. Pode ainda resultar de uma resposta endometrial inadequada a esses esteroides (alterações em receptores). - Fatores de risco: TH com uso exclusivo de estrogênio, ↑ IMC, DM, SOP, menopausa tardia (> 55 anos ), n uli paridade, Síndrome de Lynch, tumores de ovário produtores de estrógenos, uso de tamoxifeno. - Quadro clínico: SUA é o sinal mais frequentemente encontrado. Uma história típica revela ciclos anovulatórios, seguidos de fluxo menstrual abundante. Spotting tb pode se r relatado. - Dx: fei ta pela a nális e hi stológica do materia l endometrial obti do pela biópsia. - Não é indi cada rastreamento na popula ção em geral. - Podem derivar de TRH exclus ivamente estrogêni ca e anteceder ou coexistir com Ca endometrial. - É a lesão precursora de todas a s neoplasias endometriais relacionadas com excesso de estrógenos e sem contrapos ição de progesterona. Porém, cerca de 20% das neoplasias malignas de endométrio não se relacionam à exposição crônica aos estrogênios, sendo que ne sses ca sos, a hi perplas ia não está presente. - As hiperplasias endometriais atípicas são consideras precursoras, e por isso tb chamadas de Neoplasia Intraepitelial do Endométrio (NIE). Já as hiperpla sia s endometriais típicas parecem ser entidades dis tintas, s em rel ação com o Ca de endométrio. CLASSIFICAÇÕES 1.

Arquitetural (sem atipias) 



Hiperplasia Simples  glâ ndulas dilatadas ou císticas, com formatos redondo ou ligeiramente irregulares, sem ↑ da razão glândula/estroma, sem aglomeração glandular e sem atipia citológica. A pres ença de Ca endometrial ness es casos , é de apena s 1%. Hiperplasia Complexa  glâ ndulas de arquitetura complexa (brotamento e invaginação), a glomerados com ↓ estroma interposto (↑ relação glâ ndul a/estroma) e sem atipia. A pres ença de Ca é de 3% dos casos .

2. Presença de Atipias citológicas - São cél ulas de grandes núcleos de tamanho e formato variáveis, com presença de ↑ da s razões núcleo/citopla sma , com nucléolos proeminentes e cromatina irregula rmente condens ada. 

Hiperplasia Atípica  pres ença de células epiteliais alargadas , hi percromáti cas. É a precursora do Ca endometrial, tb cha mada de NIE. - A hiperplasia simples atípica evolui para o Ca em 8% dos casos, já a complexa atípica evolui em aproxima damente 30% dos casos.

TRATAMENTO - Depende da presença de atipias ou não, da idade da pcte e do seu interesse em engravidar. 

Hiperplasias Simples (Típica)  controlar sangramento e evitar progressão para câncer (embora o risco seja pequeno). - Usa-se progestágenos, que revertem a hiperplasia pela ativação de receptores de progesterona, gerando decidualização e adelgaçamento do endométrio. - Sendo assim, admite-se 3 condutas principais: i. Expectante: seguimento com biópsias em intervalos regulares; ii. Uso de progestágenos; e realizar biopsia endometrial de 4-6 meses após o tto.

iii. Histerectomia. 

Hiperplasia Atípica  tto preferencial é a histerectomia, porém, o uso de progestágenos pode ser feito em condições específicas. i.

Progestágenos: usada em mulheres que desejam engravidar (Acetato de Megestrol). Repete-se biópsia endometrial após 3 meses de tto. Em casos de persistência da lesão, a histerectomia é indicada.

ii.

Histerectomia + anexectomia bilateral.

CÂNCER DE ENDOMÉTRIO - O adenocarcinoma de endométrio é responsá vel por a proximadamente 97% da s neoplasias malignas do corpo uterino. Es pera-se 6 à 7 casos em 100.000 mulheres , anualmente. - Média de idade de 60 anos. 5% a penas ocorre em mulheres com menos de 40 anos . FATORES DE RISCO - Ass ociados à efeitos proliferativos de exposição prolongada ao estrogênio, principalmente quando contínua e s em reposição de proges terona. - Es se estímulo, gera alterações proliferativas no endométrio, que podem gerar hi perplas ia e gerar uma trans formação maligna . - Principa is fatores :  Idade  50-60 anos . “O câncer de endométrio é o câncer das avós, e câncer de colo é o das mães”.  





HF  a pesar de não ser tão acentua do quanto nas mamas e ovários, há predis pos ição famil iar. Hereditariedade  alterações genéticas nos oncogenes K-ras e HER2-neu e em supres sores tumorais como p 53, p 21. Síndrome de Lynch II  câncer de colon e endométrio. Doença autos sômica dominante. Iss o ocorre pela mutaçã o chama da “Instabilidade de Microssatélites”. A s índrome aumenta em 10x o risco de câncer de endométrio. Anovulação crônica  Inibem a formação de progesterona na s egunda metade do ciclo – SOP.



Menarca precoce, menopausa tardia e nuliparidade  relacionados ao hiperestrogeni smo, ↑ câncer de endométrio. Nulíparas ↑ o risco em 2-3x ma is, em menopausa tardio o ris co ↑ em 2,4x.

 

Terapia de reposição estrogênica: s em proges terona, ↑ em 4-8x o risco de câncer endometrial. Tamoxifeno  agente antiestrogênico, usado para câncer de mama, que possui efeito estrogênico sel etivo no endométrio. O uso por 1-2 anos ↑ em 50% os cas os de câncer do endométrio.

Tumores produtores de estrogênio  tecomas, células da granulosa . Obesidade  ↑ estrogênio por: ↑ da conversão periférica tecidual dos androgênios, ↓ da globulina transportadora de esteroides e ↑ da anovulação crônica.  DM  ↑ em 1,3-2,8x o ris co. As mulheres com DM tem menopausa tardia, além da obesidade associada + ↑ da somatotropina, que irá a umenta r o aspecto somá tico da s cél ulas canceros as do endométrio.  HAS, hipotireoidismo  nã o confirmada a rela ção caus al.  Hiperplasia endometrial atípica  ↑ o ris co em 8-29x. * TH e fator de risco para Ca de Endométrio e Ovário - Com estrogênio isolado  ↑ de 4-8x o risco. - A terapia hormona l conjugada ↓ o risco de Ca de endométrio, porém não o el imina , principal mente se houve us o de estrogêni o i sola do no pa ss ado.  

FATORES DE PROTEÇÃO  

Multiparidade  remoção de células malignas pela gravidez + efeitos da progesterona no endométrio. ACOs  Reduz o risco em 50%, se usado em um esquema combinado por um período superior a 12 meses. A proteção máxima ocorre após 3 anos de us o ini nterrupto de

 

pílul a. - Efeito protetor devido a presença de progesterona: ↓ números de receptores estrogênicos no endométrio, estimula as células do endométrio na produção de enzimas que convertem estradiol -> sulfato de estrona (menos ativo) e faz supressão da trans crição de oncogenes es trogêni o-mediados . Tabagismo  efei to a ntiestrogênico. DIU, perda de peso e uso criterioso de estrógeno.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - 95% das mulheres são sintomáticas  90% de mulheres com ca rcinoma de endométrio apres enta m sangramento ou corrimento genital como único sintoma inicial. - Menos de 5% são assintomáticas. Nesses casos, o Ca é suspeitado pela demonstração da espessura endometrial em USG de rotina o u pela presença de AGUS (atípi as gla ndul ares ) na colpocitologia . Sintomas Pós- Menopausa  Metrorragia e Corrimento Vaginal  90% das pacientes. A hemorragia decorre de áreas de necros e tumoral.  Hematométrio ou Piométrio  O hematométrio é a coleção sanguíneo no i nterior do útero. O Piométrio é a coleção de pus no útero. Ocorre principalmente em pacientes mais idosas , devido a processos de estenos e cervical. Ass ociados à pior prognós tico. 

Pressão e Desconforto Pélvico  podem decorrer do ↑ uterino produzido pelo hematométrio ou diss eminação extrauterina da doença.

A perda sanguínea na pós menopausa é o sintoma mais comum do Ca de endométrio. Porém, apenas 10% das pacientes que tem sangramento pósmenopausa tem de fato Ca de endométrio, a grande maioria é devido atrofia endometrial.

Sintomas Pré-Menopausa 

SUA  caracterizado por intervalos irregulares, com duração prolongada, fluxo excessi vo (menometrorragi a) ou intervalos irregulares de duração variável e fl uxo es cass o OU s angramento cícli co que persiste após ida de habitual da menopausa .

- Em ausência de sintomas, o Ca de endométrio é detectado pela investi gação de res ul tados anormais na colpocitologia, USG TV ou TC, ou des coberta por outros s intomas . - Exame Físico: raramente evidencia alterações sugestivas, exceto em casos avançados. A atenção deve ser direcionada para locais comuns de metá stas es. - Exame Abdominal: geralmente sem alterações tb. Em casos avançados pode gerar ascite, metástas es palpáveis hepática s ou omentais . - Avaliação de linfonodos periféricos. - Exame Ginecológico: incluindo avaliação cuidadosa de mamas e o toque retal . O exame, em geral, é normal em tumores pequenos. RASTREAMENTO - Não é preconizado atualmente, pois não exis te exame apropriado, econômico e aceitável que ↓ mortali da de. - Não há recomendações para rastrear mulheres sem risco definido, assim como mulheres obesas, diabéticas, usuárias de TRH ou usuária s de tamoxifeno. Pois mesmo em pctes de ↑ risco, o rastreamento poderia, na melhor das hi póteses , detectar apena s metade dos cas os . - Exceção: pacientes com predisposição ao câncer colorretal não polipoide hereditário (Síndrome de Lynch II), que devem realizar exame pélvico a cada 1-3 anos a partir dos 18 anos, e a partir dos 25 rea lizar exame pélvico, USG transvaginal e biópsi a de endométrio anuais . Em pa cientes que nã o querem ma is gestar, recomenda -se a histerectomia total abdominal e a nexectomi a bi lateral. - Felizmente, o inicio do Ca de endométrio é associado à sintomas/sinais, s endo facilmente pego em estágios precoces onde o tumor é limitado ao útero. DIAGNÓSTICO 

Colpocitologia: valorizar aparecimento de células endometriais no Papanicolau após o décimo dia do ciclo mens trual (s em ma is células descamativas), principalmente em mulheres após os 40 anos ou na pós -menopaus a. Achado pouco comum (30-50% dos casos), sendo as si m, a colpocitologia nã o é um exame s atis fatória pa ra rastreamento ou dx.



USGTV: permite avaliação do endométrio. Seleciona pctes que devem s er submetidas à avaliação histopatol ógi ca do endométrio. - Espessura endometrial normal máxima em pctes pós-menopausa e sem uso de TRH  4-5 mm. Valores superiores à is so indicam anormal idades. - Em mulheres pré-menopausa ela é menos útil na avaliação endometrial, pois elas já pos suem o endométrio mais es pesso fi siologicamente, não havendo limite máximo estipulado para endométrio normal em mulheres pré-menopausa. Em paci entes s em sangramento vaginal, recomenda-se a avaliação endometrial em ca so do endométrio ma ior que 8-11 mm ou 15 mm em outras literaturas. - Achados sugestivos de Ca endometrial  coleções líquidas i ntrauterinas, espessamento endometrial, massa endometrial polipoide, endométrio hiperecogênico ou i rregul ar com ecogeni cidade mi sta.



Dopplerfluxometria: índi ces de pulsatilidade inferiores a 1,5 nos ramos as cendentes da s a. uterina s são muito suges tivos de neoplasia s mal ignas. Porém, há ↑ taxas de fals os pos itivos em mul heres em us o de TRH e em infecções intrauterina s.



Histerossonografia: i nstilação de 20-30 ml de soro fisiológico no útero, durante a realização do USG TV. Pos si bi lita identificar, localizar, e avaliar a extensão de es pess ura do endométrio, al ém de miomas e pól ipos.



RM: não é capaz de diferenciar doença maligna de benigna, porém, é ótimo para diferenciar miométrio de endométrio, permitindo avaliação de invasão miometria l.



Histeroscopia*: ma is usada para dx, método mais eficaz. Permite visualização direta, avaliação da localização, profundidade e extensão das l esões endometriais .



Estudo anatomopatológico: pode ser feito através da aspiração endometrial à vácuo, cureta de Novak, di lata ção e cureta gem uterina e his teroscopia. o Aspiração Endometrial Simples o Biópsia Endometrial com cureta de Novak: imediatamento a pós estudo hi steroscópico. o Curetagem Uterina Fracionada: método de escolha na ausência de histeroscopia. Val or limi tado, pois é as cegas . o Biópsia Dirigida por Histeroscopia: *método de escolha*.

DX HISTOPATOLÓGICO 1. Quanto ao Tipo Patogênico  TIPO I  mais frequente (75-85%). Acomete mulheres mais jovens (perimenopausa) com his tória de expos ição estrogêni ca sem opos ição da proges terona. - Em geral se origina de um endométrio hiperplásico, evoluindo para carcinoma. Pode ser bem ou moderadamente diferenciado. - Apresenta mel hor prognós tico do que a queles não as sociados ao hiperes trogeni smo. - Em geral s ão do ti po endometrioi de e s ão di agnosticados em idade mais precoce. - Alteração genética ma is comum: mutação do gene supres sor tumoral PTEN e oncogene K-ras. 

TIPO II  nã o pos sui ass ociação com hi perestrogenismo e hiperpla sia endometrial, se originando a partir de um endométrio a trófico. - Acomete mulheres mai s vel has, magras e na pós menopausa. Geralmente é menos di ferencia do, mas apres enta pior prognós tico devido a tendência à invasão profunda do miométrio e ↑ metástas es para linfonodos pélvicos. - Al teração genéti ca mais comum: muta ção do p53.

2. Quanto ao grau histológico 3. Quanto ao tipo histológico - Mais de 90% dos tumores endometriai s sã o adenocarcinomas.  Adenocarcinoma Endometrioide  80% dos casos. Assemelha -s e his tologicamente com glâ ndul as endometria is normais. À medida que eles tornam -s e mais indiferenciados, ↑ o componente s ól ido e as atipia s e agressi vidade.  Adenocarcinoma Mucinoso  5%. Geralmente bom prognóstico.  Carcinoma Seroso Papila  3-4%. Comportamento semelhante ao carcinoma seros o do ovário e das tubas . É um tumor de ↑ grau, com tendência à dis seminação peritonea l.  Carcinoma de Células Claras  muito agressivo. Alto grau de invas ão miometria l no momento do dx. 

Carcinoma Escamoso  raros .

INVESTIGAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA - Após o dx da doença, deve -se fazer os s egui ntes exames:



Em pctes sem indício de doença extrauterina (estágio inicial)  exame ginecológico, colposcopia, citologia, USG, biópsia endometrial e exames laboratoriai s (hemograma completo, função renal e hepática, eletrólitos , gl icemia e urináli se).



Pctes com indícios de doença extrauterina ou ↑ risco de metástases: exames imagenológicos - USG, RM, TC de tórax; a bdome e pelve, além de citos copia e col onos copi a (suspeita de i nvas ão na bexiga e colon). - OBS: nível sérico ↑ de CA 125 apres enta correlação posi tiva com doença em está dio avançado e doença li nfonodal .

ESTADIAMENTO - Estadiamento Cirúrgico (laparoscopia) ! - A citologia peritoneal deve s er relata da sepa rada mente, já que não al tera estadia mento. - Ao lado de todo estadiamento, deve haver a cla ss ificação do tumor como G1, G2 ou G3.

- O estadiamento cirúrgico é feito nos seguintes passos: 1. Lavado Peritoneal 2. Expl oração cuidado do conteúdo intra-abdominal: omento, fígado, diafragma, intestino, peritoneo, anexos + palpação cuidadosa de linfonodos (ca deia pélvica e pa ra -aórtica). 3. His terectomi a tota l com s alpingooforectomia bila teral. 4. Linfadenectomia de cadeias pél vicas e para -aórticas  divergências literária s. Controverso.

Disseminação  LINFÁTICA ! Mas pode s er tb por: extensão direta, via transtubária, via hematogênica (metástases à dis tância  pulmão e fígado). TRATAMENTO - O estadiamento cirúrgico é terapêutico. O que varia entre os estádios é se está i ndicado tto adjuvante pós operatório ou nã o. - Portanto, as pctes são clas sifi cadas em 3 categorias de tto:  

BAIXO RISCO: ↓ incidênci a de recorrência e ↑ taxa de cura s em tto pós -operatório. RISCO INTERMEDIÁRIO: menor ta xa de cura cirúrgi ca, mas que podem ou não ser benefi ciadas pelo tto s upl ementar.

 ALTO RISCO: ↑ taxa de recorrênci a e ↓ taxa de s obrevida sem tto pós -operatório. - As opção de tto pós-operatório s ão: observação, radioterapia do fórnice da vagina, radioterapia pélvica externa, radioterapia de campo estendido (pélvica e para-aórtica), radioterapia abdominal total, progestogênios ou quimioterapia sistêmica 1. Abordagem Cirúrgica - Recomendada em: Es tádio I , II, III, IV. 2. Radioterapia - Não indicada na pres ença de doença em estádi o I de baixo ris co ou i ntermedi ário. - Faz-se em mulheres de alto risco.

3. Quimioterapia - Us ada apenas em es tádios avançados da doença  IV B. - Nos estádi os III e IVA há di vergência s literárias. 4. Hormonioterapia (Progesterona) - Usa da em pctes com estádi o 1A grau 1 que des ejam pres ervar a fertilidade. Porém, há ↑ risco de recorrênci a. PROGNÓSTICO - Rel acionado diretamente com o es tadiamento cirúrgi co e presença de invas ão linfovas cul ar. - Subti pos nã o endometrioi des s e rel acionam com pi or prognós tico. - Fatores prognósticos: tipo histológico, diferenciação histológica, estadiamento, grau de invasão miometrial, citologia peritoneal, presença de metá stas es, ↑ da express ão do gene p53. - A s obrevida de 5 anos após o tto é de 76% no estádio I, 59% no II, 29% no III e 10% no IV. NEOPLASIA INTRAEPITELIAL VAGINAL (NIVA) - NIVA é o termo usado para nomear um espectro de mudanças intraepiteliais que apresentam, inicialmente uma neoplasia bem diferenciada  até um carcinoma invasor. - As muda nças epi tel iai s são confinadas a o epitélio escamoso, acima da membrana basa l. - O des envolvimento das lesões vaginais requer período mais longo do que as lesões cervicais, devido à presença de células i mat uras no colo uterino. EPIDEMIOLOGIA - Incidência de 0,2-0,3 por 100.000 mulheres nos EUA. Houve ↑ nessa incidência nos últimos anos, o que se deve à melhora dos programas de rastreamento com citologia oncótica. - Dis tribuiçã o multi focal , s endo mai s frequente no terço superior da vagina (80-90%). - Ocorre primariamente em mulheres sexualmente ativas, em menacme, e frequentemente é associada à NIC. E embora s eja bem menos comum que a NIC, s ua incidênci a vem ↑ em mulheres jovens e i munos suprimidas . - Fator principal de associação é a infecção por HPV, que é presente em aproximadamente 70% dos casos de NIVA, s endo o HPV consi derado um provável agente carcinogênico. - Questiona -se mui to s e a NIVA I é um process o pré mal igno ou se é apenas uma manifestação da infecção por HPV. - O tabagismo e a infecção por herpes II, s ão importantes cofatores. - Pacientes de risco: tto prévio de NIC, radioterapia prévia por câncer de colo uterino, i nfecção por HIV e imunossupressã o, a d enose vaginal (presença de epitélio glandular na vagina, oriundo do ducto de Muller, em local do epitélio escamoso. A adenose ocorre principalmente em mulheres cujas mã es foram expostas ao DES durante a gravidez. A adenose é mai s sus ceptível à agentes oncogênicos). CLASSIFICAÇÃO  NIVA I  alterações confi na das ao 1/3 i nferior do epitélio.  NIVA II  al terações acometem os 2/3 inferiores do epitélio.  NIVA III  lesão em ma is de 2/3 do epitélio. OBS: na prática clínica, apenas os graus II e III s ão consi derados verda deiramente cancerígenos. DX - A presença de citologia alterada ou de áreas iodo-negativas na vagina deve levantar suspeita para NIVA. - Área s alteradas devem então ser avaliadas através da colpos copia  biópsia (confirmação di agnóstica). - Lesões em mulheres pós-menopausa apresentam aspecto a cetobranco e às vezes eritema . Em mul heres jovens , as áreas poss uem as pecto micropapi lar e podem ser coalescentes como o condilos a. TTO - Objeti vos: preveni r aparecimento de câncer, pres ervar a forma e função da vagi na.  NIVA I: - Estrogenioterapi a tó...


Similar Free PDFs