05. fármacos colinérgicos e anticolinérgicos PDF

Title 05. fármacos colinérgicos e anticolinérgicos
Author Maria Fernanda Jardim
Course Farmacologia
Institution Universidade Estadual de Montes Claros
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Summary

Registro da quinta aula de farmacologia....


Description

PRINCIPAIS EFEITOS DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO ALVO OLHO - músculo do esfíncter da íris - músculo ciliar CORAÇÃO - nodo sinoatrial - átrios - nodo atrioventricular - ventrículos

FÁRMACOS COLINÉRGICOS E ANTICOLINÉRGICOS PROFESSORA DOROTHEA SCHMIDT

VASOS SANGUÍNEOS BRÔNQUIOS TGI BEXIGA - detrusor - trígono e esfíncter GLÂNDULAS

FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ฀







O SNA se divide em (1) Simpático (toracolombar) (2) Parassimpático (craniossacral) Os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos (receptores nicotínicos) e os pós ganglionares para ACh são muscarínicos Os neurônios pós-ganglionares simpáticos liberam adrenalina Os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos liberam acetilcolina (receptores muscarínicos)

RESPOSTA - contração (miose) - contração (visão de perto) - redução da FC (crono -) - redução da força contrátil (ino -) - diminuição da velocidade de condução (dromo -) - redução discreta da força contrátil (?) Dilatação (via NO) Constrição Aumento da motilidade - contração - relaxamento Aumento da atividade

SINAPSE COLINÉRGICA ฀





A sinapse colinérgica libera ACh para receptores nicotínicos (ionotrópico) Acetil-CoA + colina → ACh → vesícula que migra para a membrana com potencial de ação e é liberado na fenda É degradada pela acetilcolinesterase em acetato + colina (a colina é reutilizada)

RECEPTORES DA ACETILCOLINA (1) Nicotínico: ionotrópico, presente entre pré e pós ganglionar e na placa motora (MESQ); ligado à canal iônico (2) Muscarínico: MLISA, glândulas, neurônios, coração, pulmão bexiga; ligado à proteina G

COLINÉRGICOS ฀



Colinomiméticos Atuam nos receptores de ACh, mimetizando sua ação de 2 formas: (1) Ligação direta ao receptor de ACh (muscarínico – pilocarpina; nicotínico – nicotina) (2) Indireta, inibindo acetilcolinesterase para que a ação da ACh dure mais (anticolinesterásicos = colinérgico; diferente de anticolinérgicos); neostigmina e edrofônio

(3) Tratamento do glaucoma: pilocarpina atua nos receptores de ACh (agonista colinérgico que ativa os receptores) CANAIS DE SCHLEMM ฀























Canais que se abrem em miose e fecham em midríase; o humor aquoso é drenado várias vezes ao dia, mantendo a pressão intraocular constante (drenagem = produção) No glaucoma, a falha de drenagem ou excesso de produção aumenta a pressão intraocular A pilocarpina colinérgica se liga ao receptor e contrai a pupila em miose, abrindo os canais de Schlemm, com drenagem do humor aquoso e diminuição da PIO Atenção aos idosos (agitação, sudorese e salivação) Pilocarpina: 1, 2 e 4%; geralmente 2%, 3-4x/ dia Efeitos colaterais: superdosagem, miose, náuseas, vômitos (reverter com atropina, bloqueador colinérgico)

A inibição rápida é reversível, mas organofosforados podem ser irreversíveis Edrofônio: 2 a 10 min Neostigmina: 3 a 6 min Organofosforados: 100h (inseticidas e gases bélicos) A ACh não é seletiva, e rapidamente é degradada, por isso não a utilizamos, mas sim fármacos semelhantes Os efeitos observados são o aumento da força de contração na JNM, miose, peristalse, secreção, broncoconstrição e lacrimejamento

USOS CLÍNICOS (1) Reversão do bloqueio neuromuscular: o bloqueio neuromuscular é necessário em cirurgias (curare); a reversão pode ser realizada por aumento de ACh, como a neostigmina, que aumenta a concentração de ACh na junção neuromuscular mediante a inibição da acetilcolinesterase; os efeitos adversos devem ser observados principalmente em pacientes asmáticos (broncoespasmo), além de bradicardia, miose, aumento da peristalse, náuseas, aumento de secreções brônquicas, sudorese e salivação (2) Miastenia gravis: doença autoimune que provoca destruição lenta e progressiva dos receptores de acetilcolina, com perda de força muscular, prejuízos na fala, deglutição e ptose; devemos utilizar corticoides para diminuir a reação autoimune e melhorar a ação da acetilcolina nos receptores ainda presentes; os colinérgicos indiretos, como o edrofônio, inibem a acetilcolinesterase e têm ação de 2-10 minutos e serve como diagnóstico da MG (meia vida curta); para tratamento, lançamos mão dos inibidores de AChE de duração maior (3-6h), como a neo/fiso/piridostigmina;

(4) Depressão da atividade muscular lisa: íleo paralítico e atonia de bexiga (betanecol pós-operatório); pode gerar queda da PA, salivação, náusea e dor abdominal; CI em asma e úlcera péptica (broncoconstrição e estímulo ao HCl) (5) Intoxicação: doses elevadas de colinérgicos, como organofosforados, cogumelos, inibem acetilcolinesterase com efeitos característicos (aldicarb ou chumbinho); inibe prolongadamente e ACh, causando miose, salivação, sudorese, lacrimejamento, broncoconstrição, bradicardia, náuseas, vômitos, hipotensão, enfraquecimento de músculos respiratórios; DGN diferencial com atropina (inibidor colinérgico) para fechar DGN; terapia: manter sinais vitais, descontaminar (lavagem gástrica com carvão ativado), atropina (bloqueia receptor de acetilcolina por deslocar a ACh e se ligar), e também por meio do uso de pralidoxina (contrathion), que reverte ação da acetilcolinesterase ao ajudar em sua degradação. Pode haver sequelas neuronais; chumbinho já teve sua venda proibida para matar ratos









(6) Inibidores da ACh na doença de Alzheimer: doença neurodegenerativa, de desenvolvimento lento, perda de memória, cognição e demência, com deposição amiloide que leva à perda colinérgica, e na 1ª fase pode ser usado inibidor de ACh. Asma, obstrução urinária e intestinal têm contraindicações. Tacrina (náuseas, cólica, anorexia, diarreia), donepezil, rivastigmina e galantamina (náuseas, vômitos, diarreia e insônia); administrados em doses progressivas diminui os efeitos adversos







BLOQUEADORES OU ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS ฀











Competem pelo receptor de ACh; atropina, tropicamina (midriáticos para exame oftalmológico impedem a contração da pupila), ipiatrópio (asma); Espasmolíticos ou antiespasmódicos (espasmo é a contração do músculo liso; para evitar contração da MESQ, utiliza-se relaxante muscular); Midriático Hipermotilidade intestinal (diarreia não infecciosa) Tratamento de asma (bloqueio do receptor colinérgico provoca broncodilatação), incontinência urinária, redução da PA em cirurgias, relaxamento muscular em cirurgias (curare) Atropa beladona (erva-moura mortal, em excesso pode atuar como adrenérgico)

Atropina: bloqueador colinérgico, usada em intoxicação por colinérgicos ou em bradicardia e queda da PA junto com adrenérgico ou sozinho (só atua em receptores muscarínicos, enquanto que o curare atua em nicotínicos) Escopolamina: antiespasmódico para relaxamento, droga única ou associação com analgésicos (dipirona, paracetamol e ibuprofeno); prevenção de cinetose, cólicas (butilbrometo de escopolamina, buscopan; atua na MLISA do TGI, impedindo vasoespasmo muscular e diminuindo a dor) Contraindicações: glaucoma, miastenia gravis e obstrução intestinal Não utilizar de forma prolongada sem que a causa da dor seja investigada Ipatrópio: asma, DPOC, inalatório, causa broncodilatação; CI em glaucoma Toxina botulínica: bloqueador ganglionar nicotínico que interfere na liberação de ACh, que então não sofre exocitose e promove paralisia dos músculos esqueléticos; usada em rugas, espasmo facial, hiperidrose axilar, espasticidade de membros; efeitos adversos: erupções, edema, perda da sensibilidade, cefaleia, lacrimejamento febre e ptose palpebral Bloqueadores neuromusculares – curare: tubocurarina, atracúrio, mivacúrio, vecurônio, atua diretamente no receptor nicotínico, antagonista competitivo da ACh no receptor nicotínico pós-sináptico; requer IOT (inibição de diafragma), utilizado em cirurgias...


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