18050640 catalogo casas tipicas de portugal PDF

Title 18050640 catalogo casas tipicas de portugal
Course Introdução à contabilidade
Institution Universidade Catolica Portuguesa
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Casas típicas portuguesas para trabalhar em CLC6....


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Catálogo Casas Típicas de Portugal

EFA NS Técnicas Administrativas

Cultura, Língua e Comunicação Culturas de Urbanismo e Mobilidade 6

Índice Minho.......................................................................................................................................... 3 Trás-os-Montes ............................................................................................................................ 8 Beiras ........................................................................................................................................ 12 Estremadura e Ribatejo .............................................................................................................. 22 Alentejo..................................................................................................................................... 26 Algarve ...................................................................................................................................... 29 Açores ....................................................................................................................................... 33 Madeira ..................................................................................................................................... 36 Casas de Sonho .......................................................................................................................... 40 Adelaide Coutinho.............................................................................................................................41 Marta Silva ........................................................................................................................................42 Susana Magalhães .............................................................................................................................44 Mavilda Silva .....................................................................................................................................47 Ana Pereira ........................................................................................................................................51 Alice Marques ...................................................................................................................................52 Rute Veloso .......................................................................................................................................54 Carla Rocha .......................................................................................................................................56 Sílvia Gomes ......................................................................................................................................59 Maria Paula Teixeira..........................................................................................................................61 Fátima Porto......................................................................................................................................64

Joana Silva Dias ................................................................................................................................. 70

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Carmen Airosa ................................................................................................................................... 68

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Isabel Valverde ..................................................................................................................................66

O Minho é uma província do Norte de Portugal que se dedica à agricultura, pastorícia, pecuária e ao turismo rural. Os principais produtos agrícolas são os cereais, que deram origem a um tipo de construção muito típico do Alto Minho: os espigueiros. São formados por uma câmara estreita, com paredes aprumadas e fendas verticais para arejamento. Assentam numa base de pés simples, normalmente de pedra, rematados por cornijas ou capitéis salientes, de forma a impedir o acesso dos roedores. O chão é constituído por um lastro de pedra, com lajes longitudinais. No topo, são geralmente rematados por uma cruz, que invoca a protecção divina para os cereais. Os espigueiros serviam para proteger o cereal das intempéries e dos animais roedores. Alguns deles

nos dias de hoje foi na maioria substituído pela telha. As principais características destas

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As casas típicas das aldeias serranas são em granito com telhados de colmo, que

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ainda são utilizados.

habitações são: cobertura inclinada de quatro águas, com beirados salientes, para um melhor escoamento da chuva, chaminé estreita, acima do cume do telhado, forro no telhado por cima dos barrotes, varanda corrida envidraçada, grandes blocos quadrangulares de granito, dispostos em fiadas horizontais, grandes lajes de pedra, coluna do alpendre com elemento decorativo em “S” de dupla espiral. Estas casas possuem estas características devido à principal actividade económica desenvolvida na província, a Agricultura, e também devido às condições atmosféricas. O Minho é uma zona com um clima frio e chuvoso e as suas habitações são adequadas a esses factores climáticos, consoante a pluviosidade. Nas vertentes e vales da serrania minhota, encontram-se casas feitas de granito e madeira, geralmente com dois pisos: no rés-do-chão fica a pocilga, o lagar e outras divisões para arrumar os utensílios agrícolas, no primeiro andar os quartos, a sala e a cozinha. O acesso à parte superior da casa faz-se por uma escada exterior, que termina em varanda. Estas casas rurais destinam-se particularmente ao turismo rural. Os materiais de construção mais usados nesta região são: os blocos de granito quadrangulares, para a construção da estrutura da casa, as madeiras, usadas no forro do telhado e para os barrotes de suporte, grandes lajes de pedra e a telha, que veio substituir o colmo no cimo dos telhados.

Os principais elementos decorativos são: A CORNIJA – de maneira geral, dá-se o nome de cornija a todo conjunto de molduras salientes que servem de arremate superior às obras de arquitectura. Ângulo de

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um edifício.

O CAPITEL – Parte superior da coluna, acima do fuste (parte principal da coluna, entre o capitel e a base), em que descansa a arquitrave (parte do entablamento [friso e cornija] que descansa sobre os capitéis das colunas). Nome do arremate superior dos balaústres. As JANELAS – a sua caixilharia é em madeira, são pequenas e com portadas.

A COLUNA DO ALPENDRE – com elemento decorativo em “S” de dupla espiral.

Nos interiores das habitações do Minho predominam as madeiras e o ambiente rústico, com escadaria em madeira e lareiras em pedra. O mobiliário é tradicional com madeiras pouco tratadas. Ainda hoje se utilizam os fogões/fornos a lenha, o que torna a

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habitabilidade, mesmo no turismo rural.

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sua gastronomia especial. São casas modestas, tendo apenas o essencial para a sua

Como adornos são utilizados: Brinquedos, barcos, espigueiros, tabuleiros, aproveitam a madeira como matéria-prima brinquedos pintados em cores fortes e que recordam a infância à antiga; a construção de miniaturas de barcos à escala com materiais de adorno a relembrar a época dos descobrimentos; espigueiros, na tradição rural, os tabuleiros utilitários primeiro, depois decorativos.

Ferros forjados, cobres, latoaria são artefactos que se utilizam como elementos decorativos, seja na construção civil no caso dos ferros forjados (varandas, portais, cataventos, fechaduras, aldrabas); cobres, originários de oficinas onde se produziam panelas e tachos, potes de alambiques, sulfatadores que, depois, com apurados gravados e finura de linhas se transformam nos cobres artísticos; latoaria, hoje,

do fio de algodão perlé ou fio de lã e produzidos a partir da combinação das chamadas cores folclóricas (o azul, o vermelho e o verde).

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Os bordados e rendas em pano alinhado, linho, estopa fina e lã, com a utilização

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praticamente só com funções decorativas.

A cerâmica também se destaca como elemento decorativo nestas habitações, a tão conhecida Louça da Meadela (faiança louça de pó de pedra).

A cantaria tem como matéria-prima o granito. Os canteiros tradicionais utilizam apenas o martelo, o cinzel, esquadro e o metro para moldar o granito em bruto, transformando-o em esbeltas formas de arte: bicas de água (carrancas), conchas,

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relógios de sol, santos populares, fogões de sala, chafarizes e fontanários.

Há séculos atrás, a construção da casa transmontana era formada por um só compartimento, no qual, num canto acendia-se o lume e noutro dormia a família, que geralmente era numerosa. Mais recentemente a casa típica transmontana era dividida em dois tipos: a casa alpendrada, cuja sua construção era em xisto com varanda recolhida, situada a meio da fachada; a casa serrana, que por sua vez era construída em xisto ou granito, com escadas

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salientes e telhados de duas águas.

A sua constituição era formada por o rés-do-chão e primeiro andar. O rés-do-chão destinava-se a arrecadações e lojas de gado, o qual servia para o aquecimento do piso superior e o primeiro andar destinava-se ao convívio familiar. Um dos traços característicos nestas casas é a existência de anexos, onde estão incluídos palheiros, cabana de recolha de carros agrícolas e acurralada onde é depositado os estrumes.

A região transmontana está situada numa zona montanhosa e de vales. Nesta região o inverno é muito rigoroso e o verão com temperaturas muito altas e seco. Estas características influenciam a construção das casas: o Inverno é muito rígido, assim o granito protege-a do frio, o que permite aos seus moradores, aquece-la por dentro com as lareiras; em contrapartida, no Verão a casa conserva-se mais fresca isolando-a do calor.

Uma das poucas excepções que existe nesta região, é a diferença de classes sociais, reflectindo-se nas habitações. Os chamados “senhores” habitavam em casas muito grandes feitas exclusivamente de granito, onde empregavam pessoas para cuidar das mesmas; na classe mais

construir as suas casas. As matérias-primas mais utilizadas

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O Homem transmontano recorreu à natureza para

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baixa as suas casas eram mais modestas e mais pequenas.

seriam o xisto, granito e madeiras.

 Xisto – é uma rocha sedimentar formada por acumulações de cianofíceas (algas verdes azuladas, fixadoras de nitrogénio). O xisto existe há cerca de 250 milhões de anos. Em linguagem popular é conhecida por lousa.

 Granito – é uma rocha formada por três minerais: mica, quartzo e feldspato. Esta pedra é mais dura que o mármore. O granito é duradouro, bonito e forte.

 Madeira – era utilizada na construção vários tipos de madeira: castanheiro, nogueira, carvalho, entre outros.

Os principais elementos decorativos do interior e exterior das habitações são:

 Interiores – é usual nas cozinhas a utilização do cubo ou embódio (funil) que comunica com a pia dos porcos, por onde se lança a vianda (alimento) para esses animais; os potes de ferro, caldeira de cobre e a borralheira que serve para armazenar a cinza, badil, tenazes, são presentes nestas habitações. A saída do fumo é facilitada por uma pequena cabana, erguida no declive do telhado, que

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serve como trave do fumeiro onde se penduram os presuntos para se ultimar a

cura ao fumo. Por trás das lareiras surge a boca do forno, para cozer o pão, que depois é guardado numa arca de castanho juntamente com a carne de porco, essa arca encontra-se no canto da cozinha e serve também como mesa.

 Exterior – verifica-se muito como decoração a arte do azulejo, que em algumas casas particulares são visíveis em fontes, fontanários, largos, jardins, capelas, igrejas, etc. Normalmente, este tipo de azulejo atrai pelos seus desenhos, pinturas, formas

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e seus dizeres.

No passado a construção de habitações (outros edifícios) era feita de materiais na própria região como sejam os calhaus rolados do rio (“bolas”), o granito, o xisto, o barro vermelho, a madeira (castanho e pinho) e a telha portuguesa ou canudo. As paredes exteriores eram construídas com as “bolas” depois de partidas ao meio, o granito era utilizado para a construção das esquinas das casas e para o suporte das janelas, o xisto era colocado sobre as janelas e o barro vermelho servia para vedar as paredes. Interiormente as paredes e o soalho da casa eram em madeira de pinho, assentando este último em barrotes de castanho. O divisionamento da casa era feito da

sendo a ligação entre os dois pisos feita por uma escada interior em madeira.

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andar a cozinha, os quartos (normalmente em número de dois), e a varanda em madeira,

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seguinte forma: no rés-do-chão encontravam-se o curral e/ou arrumos e no primeiro

A razão desta divisão tinha a ver com as condições climatéricas da região, pois a presença de animais no rés-do-chão fornecia calor ao piso superior. Outra característica destas habitações era a não existência de chaminés, vistos os fumos saírem directamente pelo tecto.

Hoje, apesar do ainda existente património arquitectónico, a dificuldade de loteamento, o retorno dos emigrantes, têm contribuído para a progressiva destruição do núcleo urbano da vila com maiores características tradicionais. Imagens de casas Beirãs

Casa de xisto da Beira

Uma casa tipicamente Beirã

Casas da Região das Beiras

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Casa tradicional de Viseu

Casa tradicional de Tábua

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Casa Tradicional da Guarda

Casa típica Beira Baixa

Casa típica Beira Alta

Casa típica Beira Baixa

Imagens de casas Beirãs - CostaNova

A Arquitectura da Costa Nova A praia da Costa Nova é um óptimo local de lazer e excelente espaço para férias em qualquer altura do ano. Com os seus "palheiros" riscadinhos, qual pijama colorido, apresenta uma marginal de aspecto único, em primeiro lugar pelo seu aspecto garrido e policromo: é o verde, o azul, o amarelo e o vermelho, que transmitem sensações de alegria e jovialidade. A estrada ribeirinha permite longos e salutares passeios, a pé ou de bicicleta, para admirar paisagens, embarcações e artes locais de pesca. Origem dos "palheiros" Os primeiros palheiros foram construídos à beira-mar, por pescadores, para guardar as redes e todo o restante material de pesca. Nesta época eram constituídos por

materiais da zona, único recurso existente dada a precária situação económica da comunidade piscatória local.

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pescadores, começaram a surgir algumas divisões interiores. A construção era feita com

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uma única e ampla divisão. Mais tarde, e segundo as necessidades individuais dos

Características dos "palheiros" Os antigos palheiros de habitação possuíam um só piso e erguiam-se sobre estacas, que ficavam à vista, e se encontravam assentes na areia seca. O tabuado exterior era disposto horizontalmente, mas, no final do século passado, foi introduzida uma variação, reflectindo a vontade de ostentação social: o tabuado passou a ser disposto verticalmente, sinalizando o facto de os seus proprietários viverem com certo desafogo económico. Com o aumento da população e a fixação das areias, as estacas foram sendo progressivamente reduzidas, passando os palheiros a ser assentes no solo. Os mais antigos e modestos palheiros eram pintados a vermelhão, e só posteriormente surgiram exemplares com o tabuado pintado de duas cores, frescas e garridas, transmitindo uma atmosfera de alegria e vivacidade. Hoje, restam poucos palheiros de madeira na Costa Nova, utilizando-se quase exclusivamente o cimento. Os mais recentes palheiros são edificados utilizando técnicas de construção modernas, mas respeitando os traços arquitectónicos dos antigos, especialmente no que se refere à fachada principal. A sua peculiaridade arquitectónica confere características únicas a estas praias, individualizando-as tanto a nível nacional como internacional.

Materiais de construção e acabamentos

O tijolo de adobe é um material vernacular usado na construção civil. É considerado um dos antecedentes históricos do tijolo de barro e seu processo construtivo é uma forma rudimentar de alvenaria. Adobes são tijolos de terra crua, água e palha e algumas vezes outras fibras naturais, moldados em formas por processo artesanal ou semi-industrial.

a cal, o cimento ou o gesso. O agregado mais comum é a areia,

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aglomerante, agregados miúdos e água. O aglomerante pode ser

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Chama-se argamassa à mistura feita com pelo menos um

embora possa ser utilizado o pó de pedra. Normalmente, a argamassa é utilizada em alvenaria e em revestimento. A Pedra de Xisto pode ser castanha ou preta e é muito utilizada na construção civil. As casas tradicionais Beirãs são na sua maioria feitas em pedra de xisto ou têm acabamentos em xisto.

Telha de alvenaria de várias cores muito utilizada nos telhados das casas Beirãs.

Alvenaria em tijolo, utilizada em paredes de interior ou para revestimentos de exterior.

Blocos de alvenaria em cimento. Não muito utilizado na construção tradicional. Materiais de construção e acabamentos

Mármore, granito, calcário, ardósias...As pedras naturais da Barmat são originárias de pedreiras localizadas na região.

Xisto Ardósia. Xisto de cor cinzenta-azulada a cinzenta escura, homogéneo, compacto, finamente granular, exibindo clivagem xistente nítida. Utilizações Recomendadas: Pavimentos e revestimentos e outras aplicações tanto para interiores

originárias das pedreiras da região.

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Pedra de granito Cinza, por vezes trabalhada para acabamentos de exterior,

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como para exteriores.

Pedra granito castanho da Figueira da Foz, muito utilizada na construção tradicional das casas Beirãs, proveniente das pedreiras portuguesas.

O tabique, também designado de “taipa de fasquio”, “taipa de rodízio”, “taipa de sopapo”, “taipa de chapada”, “pau a pique”, “terra sobre engradado” ou “barro armado” é um método construtivo comum em grande parte das construções tradicionais, consiste numa estrutura de madeira interligada por trama de madeira, formado por um engradado preenchido por terra argilosa, podendo conter fibras vegetais. As construções em tabique foram as que melhor resistiram ao terramoto de 1755.

Madeira de Carvalho Negral. Moderadamente pesada, muito retráctil. Madeira com utilizações bastante circunscritas, mais valorizável em carpintarias. Utilizada em pisos, também como travessas, muito utilizada nas construções rurais, estores e tutores.

Em arquitectura, um lintel é uma peça dura de materiais diversos (madeira, pedra, concreto etc.) que constitui o acabamento da parte superior de portas e janelas; sendo também chamada de verga ou padieira.

Lintel trabalhado em madeira de cedro.

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Lintel trabalhado em pedra pertencente a uma catedral.

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Cama de ferro trabalhada, utilizando no passado os colchões de palha.

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ELEMENTOS DE DECORAÇÃO

Cómoda com tampo de mármore, espelho embutido e pequenas gavetas como guarda-jóias.

Baú em madeira, onde se guardavam as roupas de cama e enxovais.

Mesa-de-cabeceira ...


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