A Civilização Maia PDF

Title A Civilização Maia
Course Historia da America I
Institution Universidade Estadual do Ceará
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Summary

Resumo do livro A Civilização Maia....


Description

O livro “A Civilização Maia”, de Paul Gendrop, nos mostra um panorama geral das expressões culturais dessa civilização, que já havia cessado de existir durante a conquista espanhola da América Central a mais ou menos seis ou sete séculos, o que dificulto em partes os estudos sobre esses povos. Partindo da origem do povoamento do continente americano, o autor irá montar o quadro sobre o qual essa etnia foi edificada. Entre 30 a 40 mil anos o homem começa sua ocupação da América, no decorrer das eras, e devido principalmente as mudanças climáticas, a sedentarização e a agricultura surgem como uma resposta a escassez alimentar, o milho, o feijão e algumas espécies de cucurbitáceas serão a base alimentícia fundamental dessas sociedades da que vão surgindo na América. Outro processo complementar a agricultura e uma base importante para a sedentarização foi a questão do culto aos antepassados, a necessidade de se enterrar os restos mortais e cultuar a ideia de um pós vida levaram as pessoas a ficarem perto desses despojos. E como resultado dessa sedentarizarão umas das primeiras culturas reconhecíveis, e que influenciara o grande panorama cultural que é a Mesoamérica, será a cultura Olmeca. Etnia que irá gerar uma expansão cultural não observada ainda em outra parte do continente, uma evolução de preceitos já existente, mas que foram levados a outros níveis de complexidade. Arquitetura urbanística, esculturas grandes e bem trabalhadas, o modo de ser organizar social, todos esses fatores aparecem primeiramente na cultura Olmeca e irá servir de fundação para as outras culturas mesoamericanas. Mostrando o seu potencial de criação singular, os Olmecas estabelecem uma mitologia que irá evoluir o conceito simples de xamanismo, uma mitologia baseada no culto ao deus semi-homem semi-jaguar, o homemjaguar e outras figuras de uma complexidade ainda não vista no continente. A partir desse cenário onde os Olmecas tem um papel fundamental, o autor passa a discorrer sobre as condições geográficas do local de surgimento da cultura Maia. Dividido em três locais principais, a área meridional, localizada nas Terras Altas, a área central que compreende as Terras Baixas do Sul, e a área setentrional, localizada nas Terras Baixas do

Norte abrangendo a península de Yucatán quase que em sua totalidade. Terras Baixas onde irá surgir predominantemente a cultura maia Os povos que deram origem a cultura maia têm como ponto inicial o oeste dos Estados Unidos, se fixando na área meridional maia no terceiro milênio a.c. A cultura olmeca aos poucos vai se diluindo no contexto cultural de efervescência de várias outras culturas. Deuses ocupando lugares muito diferenciados no panteão e um cerimonialismo monumental são uma característica maia que exemplifica essa diferenciação da cultura olmeca. O núcleo civilizatório da sociedade Maia se dá próximo as terras Tikal e Uaxactún, na floresta tropical de Petén. Local pouco propicio e de difícil estabelecimento humano, de onde vai se radiar a cultura maia para as outras localidades e uma de suas principais características são seus progressos arquitetônicos, que se desenvolvem em ritmo acelerado. Outros importantes fatores civilizatórios maia será a escrita glífica e astronomia, astronomia essa que será de uma incrível precisão servindo de base modular para a criação dos dois calendários maias que ainda hoje surpreendem pela sua precisão singular incomparável com qualquer outra em locais diferentes do mundo. Socialmente se organizando ao redor do halach-uinic, o chefe interprete das vontades dos deuses, é a expressão do poder de uma nobreza hereditária,

e

abaixo

dele

vem

os

guerreiros,

burocratas,

artesãos

cerimonialistas, os camponeses e os escravos. Assim se organizava a pirâmide social Maia, sistema que paulatinamente vai se por toda a Terra Baixa a partir de Tikal em um verdadeiro florescimento cultural. Teotihuacán irá criar uma grande área de influencia ao seu redor, afetando a cultura maia tida quase como um fenômeno fechado. Teotihuacán possuía uma grande capacidade de organização, um aparelho sacerdotal complexo que se servia dessa organização bem como a administração urbana e arquitetônica. A época de maior prosperidade dos Mais aconteceu entre a segunda metade do século VI e o início do século VII. Muitas circunstancias convergem para essa era de abundancia, e um dos resultados é o aumento progressivo da população, e mesmo com população já considerável o poder não estava

centralizado em um só local, irradiava de diversas regiões que abrigavam os centros cerimoniais. O desenvolvimento e posterior aprimoramento da agricultura foi um fator crucial para se conseguir suporta números cada vez maiores de pessoas em determinada área que não possuía tantos locais cultiváveis. Uma das soluções para tal problema grave seria se aproveitar de todo tipo de terreno disponível, inclusive os inclinados e os pantanosos inicialmente inapropriados para o cultivo. Na época de ouro Maia, em Tikal tentativas de torna o culto aos deuses maias mais acessível as camadas mais populares algumas medidas foram tomadas, como a construção de um grande complexo sacerdotal e a importância gradual dos ritualísticos jogos de bola tendo cada vez mais importância na sociedade. Essa preocupação com o culto exibia a estabilidade econômica e politica do momento que se passava. A culminância de época de tanta bonança irá culminar nos dois reinados de soberanos que ainda não possuem

uma denominação

característica e o autor designa como soberano A e soberano B. O Soberano A possuindo uma origem mítica forçosamente orquestrada e de origem maiamexicana sua entronização faz ressurgir todos os elementos culturais de ascendência mexicana em Tikal. O autor parte de uma visão em relação aos elementos arquitetônicos colossais e de ordem magistral que compunham a cultura maia e seu impacto em relação a sociedade da época, obras ainda hoje impressionantes, quem dirá em um momento tão anterior ao nosso. Tal era a onipotência de tais templos que a própria imagem humana se parecia pequena frente a tal monumento. Arquitetura versátil, onde um mesmo edifício poderia possuir e combinar diversas funções, praças, locais de comercio de campos de futebol ocupavam as vezes a mesma área. Tikal sendo a maior exponencia tanto nessa arquitetura como também nas artes da escultura. Mas citando outras, como Piedras Negras, Yaxchilán, Bonampak, e Palenque que se situavam na Bacia do Usumacinta; Copán e Quiriguá na Bacia do Motagua, todas elas não ficando muito atrás no esplendor cultural que emanava da cidade centro irradiador artístico situada na península de Yucatán, Tikal.

O declínio dessa época de ouro se dar por vários motivos que paulatinamente vão se formando pra gerar uma grave ameaça a estabilidade conquistada pelos povos mesoamericanos. Teotihuacán, a Cidade dos Deuses, será a primeira a entrar no processo de declínio que posteriormente afeta toda a civilização maia devido principalmente a questão do desequilíbrio na balança de poder, gerando uma instabilidade no território, que irá ocasionar em várias invasões e mudanças políticas de vários tipos. Correntes de emigração serão algo constante graças a essa instabilidade. A causa certa de tal declínio ainda é desconhecida, nos restando apenas criar hipóteses baseadas no que foi achado. Algumas dessas hipóteses são as relacionadas com desastres naturais e climáticos, como enchentes, secas, pestes, fome, mudanças bruscas no clima entre outras caracterizadas pela ruptura na ordem de poder vigente e até mesmo ideias fatalista baseadas nos ciclos dos calendários maias. Poucas cidades irão continuar existindo após esse declínio abrupto. A chegada dos Toltecas e dos Tulas causa uma nova ordem hierárquica de poder no período pós-clássico com uma característica tentativa de ressurgimento da cultura maia, mas a península de Yucatán continua mergulhada nas guerras internas entre Estados rivais com civilização maia caindo no ostracismo....


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