Blastocystis hominis PDF

Title Blastocystis hominis
Author Taina da Rosa Bourckhardt
Course Parasitologia
Institution Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
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Summary

Introdução, prevalência, transmissão, morfologia, ciclo biológico, patogenia, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e profilaxia para Blastocystis hominis....


Description

Introdução Blastocystis hominis foi identificado a cerca de 100 anos, é um protozoário intestinal anaeróbico, agente etiológico causador da Blastocistose. O gênero Blastocystis pode ter como hospedeiro diferentes espécies de mamíferos, aves e répteis, além do homem. Prevalência As taxas de prevalência chagam a atingir a ordem de 50% nos países em desenvolvimento, e de 1,5 % a 10% nos países desenvolvidos Transmissão O parasita pode ser adquirido por meio da via fecal-oral; ingestão de cistos presentes em águas sem tratamento ou tratadas de maneira inadequada; alimentos contaminados; contato direto pessoa-pessoa; por meio de mãos contaminadas; contato com animais domésticos visto que o parasita pode infectar diferentes espécies, podendo ser considerado uma zoonose. Morfologia Blastocystis hominis é um organismo polimórfico podendo encontrar-se nas seguintes formas: 







Forma vacuolar: é a forma mais típica sendo a referência para o diagnóstico em amostras de fezes em meios de cultivo. Possui forma esférica ou pode apresentar aspecto irregular. Apresenta um grande vacúolo central em seu citoplasma ocupando quase toda a célula com presença de grânulos muito finos Forma granular: frequentemente observados em meios de cultivo e pouco em fezes de indivíduos infectados. Semelhante à forma vacuolar, com dimensões um pouco maiores e com grânulos no citoplasma e no vacúolo central. Forma amebóide: é pouco observada em fezes humanas e mais frequente em meios de cultivo. A forma amebóide apresenta-se mais irregular e lobulada, apresenta um a três núcleos centrais com estruturas semelhantes a pseudópodes. Forma cística: essa forma costuma ser menor que as já descritas, sendo envolvidas por uma parede cística podendo ser observado em seu citoplasma de um a quatro núcleos, vacúolos pequenos e inclusões.

Outras formas também são descritas pela literatura como a multivacuolar que se caracteriza pela ausência de vacúolo central. Ciclo biológico Ainda não há um consenso quanto a sequência de eventos que ocorrem no ciclo, bem como os mecanismos de multiplicação do parasita. Essa dificuldade deve-se à falta de um modelo animal que permita a reprodução do ciclo in vivo. O parasito pode apresentar mecanismos de multiplicação como: divisão binária, esquizogonia, plasmotomia e endodiogenia, sendo a divisão binaria o mecanismo mais plausível. Blastocystis é adquirido pela ingestão de alimentos ou água contaminada, bem como transmissão fecal-oral. No intestino ocorre o desencistamento do parasito e desenvolvimento da forma vacuolar, que se transforma em multivacuolar, originando cistos. Os cistos eliminados nas fezes podem contaminar a água ou alimentos, fechando o ciclo. Patogenia

Até o momento não foi possível confirmar se B. hominis é um organismo patogênico ou um organismo comensal, ou mesmo, se sob certas circunstâncias pode se comportar como oportunista. Em vários estudos não revelam diferenças significativas nas prevalências do protozoário em indivíduos assintomáticos e sintomáticos. A dificuldade em se confirmar o real envolvimento desse parasito como causa de desordens intestinais está no fato de que as principais investigações sobre patogenicidade não eliminam todos os outros agentes infecciosos e não infecciosos responsáveis pelos mesmos sintomas. A pesar dessas divergências, considera-se que B. hominis possa ser causa de distúrbios intestinais quando se confirma a inexistência de infecção por qualquer outro agente patogênico e o número de Blastocystis nas fezes é alto. Em alguns casos de infecção humana, a análise de biopsias e de endoscopias tem revelado que B. hominis não invade a mucosa intestinal, embora nesta possam ser observados edema e inflamação. Sinais e Sintomas A maioria dos indivíduos infectados é assintomático. Nas infecções sintomáticas, a manifestação clínica mais frequente é a diarreia, que pode ser aguda ou crônica. Na maioria dos casos a infecção é resolvida de forma espontânea e os sintomas desaparecem em algumas semanas. Outras manifestações clínicas que podem acompanhar o quadro de diarreia são dores abdominais, flatulência, náuseas e vômitos. Diarreias crônicas, persistente ou recidivante é mais comum em imunocomprometidos (AIDS) em estágios mais avançados da doença. Diagnóstico A maioria dos laboratórios não inclui diagnostico desse parasita nos exames de rotina, sendo raramente registrado sua presença nas amostras de fezes. Habitualmente o diagnóstico de Blastocystis hominis é feito pelo exame microscópico por meio da identificação da forma vacuolar do parasita, podendo também ser identificada outras formas. O uso de técnicas de exames de fezes utilizadas em outros parasitos intestinais geralmente é inadequado para pesquisa de B. hominis, pois causam a ruptura das formas vacuolar, multivacuolar e granular presentes nas amostras fecais, devido ao fato de água usada para diluição e lavagem das amostras fecais ocasionar a lise dos organismos. As técnicas de imunofluorescência e de ELISA já foram avaliadas, embora os resultados não tenham sido muito promissores. Tratamento e Profilaxia Não há ainda um consenso sobre a necessidade de se tratar os indivíduos infectados, levando em conta os seguintes aspectos: natureza auto limitante da infecção; incidência de efeitos colaterais com o uso de drogas convencionais; ausência de evidencias que relacionem a infecção por B. hominis aos sintomas observados. Atualmente o metronidazol é a droga recomendada, contudo efeitos adversos, tem se observado, em alguns casos, baixa eficácia do metronidazol na eliminação do parasita. Estudos in vitro mostram que o parasita é sensível à furazolidona, sulfametoxazol com trimetropim, pentamidina e iodoquinol. Visto que a transmissão de B. hominis ocorre por via fecal-oral, a prevenção deve ser feita por meio de medidas de higiene pessoal, saneamento ambiental e educação sanitária, evitar ingestão de água e alimentos contaminados. Sendo assim aconselhase as mesmas medidas básicas atribuídas a giardíase e a amebíase.

Referências  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003786822010000300019&lang=pt  AMATO NETO, V.; AMATO, V. S.; TUON, F. F. Parasitologia: uma abordagem clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008...


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