Cristologia PDF

Title Cristologia
Author Adeilton da Silva Mendes
Course Teologia Sistemática II - Antropologia Teológica
Institution Universidade Católica de Santos
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Summary

se tratando da importância do estudo da doutrina de Cristo (“Cristologia”) dificilmente pode ser super-enfatizada. O estudo a pessoa e da obra de Cristo é fundamental por causa da relação vital que Ele tem com o cristianismo. Uma relação que nenhum outro fundador de religião tem com suas respectivas...


Description

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1 INTRODUÇÃO Podemos define Cristologia como a doutrina que estuda a pessoa de Cristologia. Quanto a etimologia, a palavra cristologia vem de duas palavras grega: Cristo e logia, “estudo e expressão”. Em se tratando da importância do estudo da doutrina de Cristo (“Cristologia”) dificilmente pode ser super-enfatizada. O estudo a pessoa e da obra de Cristo é fundamental por causa da relação vital que Ele tem com o cristianismo. Uma relação que nenhum outro fundador de religião tem com suas respectivas religiões. Pode-se existir budismo sem Buda; islamismo sem Maomé; mormonismo sem Joseph Smith; kardecismo sem Kardec, mais não pode haver cristianismo sem Jesus Cristo! Podermos-ia até dizer: Cristo é a nossa Religião! (Cl 1.27b). Sendo assim, a Cristologia é uma das disciplinas fundamentais da Teologia Sistemática. Os teólogos normalmente subdividem o estudo da Cristologia em duas partes: a Pessoa de Cristo (ontologia: quem ele é) e a obra de Cristo (função: o que ele faz). Essas duas nunca devem ser separadas, mas devem ser distinguidas. E começaremos estudando o Cristo Pé-encarnado; A morte de Cristo; O significado da Morte de Cristo; A ressureição e a Ascenção e exaltação.

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2. DESENVOLVIMENTO 2.1 O cristo pré-encarnado A doutrina da pessoa de Cristo (Cristologia) é crucial para a fé cristã. É básica para a soteriologia, pois, se nosso Senhor não era quem afirmava ser, então, seu sacrifício foi deficiente, não sendo suficiente para pagar pelos pecados da humanidade. A preexistência do cristo pré-encarnado A. O significado da preexistência de Cristo Significa que Jesus existia antes de nascer como homem, antes mesmo até da criação do tempo. É um conceito paralelo, mas distinto da “eternidade”. B. A importância da doutrina da preexistência de Cristo a)

No nascimento – Se Cristo veio a existir em seu nascimento, então, não existe

uma Trindade eterna; b) c)

Na divindade – Se Cristo não era preexistente, então, não poderia ser Deus; Nas declarações – Se Cristo não era preexistente, ele mentiu a respeito de

quem ele era e, consequentemente, possivelmente teria mentido também sobre outros assuntos. C. As evidências da preexistência de Cristo a)

Sua origem celestial – Versículos se referem à existência de Cristo antes do

nascimento (Jo 3.13,31); b)

Sua obra na criação – Cristo estava envolvido na obra da criação, sendo

anterior a ela (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2); c)

Seu relacionamento com Deus – A Bíblia afirma que Jesus tem a mesma

natureza de Deus (Jo 10.30; Fp 2.6) e que possuiu a mesma glória do Pai antes de o mundo existir (Jo 17.5); d)

Seu relacionamento com João Batista – João Batista reconhece a existência de

Jesus antes de ele vir a existir, mesmo tendo ele nascido antes do Jesus encarnado (Jo 1.15,30).

2.1 O Cristo encarnado "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (Jo 1. 14).

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Quando o homem pecou lá no Éden, Deus colocou em ação seu plano para resgate da obra prima de sua criação os seres humanos, e nos deu provas disto mostrando-nos ele mesmo uma figura do que seria necessário, ao tomar um animal e o sacrificar e com a pele confeccionar vestes para o homem que estava nu, (Gn 3. 21). Deus apontava para o sacrifício necessário para retirar o pecado do homem, o sacrifício de Jesus Cristo, O Cordeiro de Deus, na cruz do calvário. Este sacrifício é tratado por Paulo como o grande mistério da piedade; “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória." (1 Tm 3. 16) uma vez que, Jesus fazendo-se carne humana, manifestou plenamente o amor de Deus para com os homens ( Jo 3. 16) e mais ainda, através deste sacrifício Deus revelou-nos a sua graça, (1 Jo 4. 9, 10). A encarnação é o ato pelo qual, Jesus Cristo o Filho de Deus foi concebido virginalmente no ventre de Maria conforme; (Is 7.14; Lc 1. 27) um evento operado pelo Espírito Santo em que o Filho de Deus fez-se homem e conviveu ente nós. Sendo assim Jesus Cristo é Verdadeiro Deus e Verdadeiro homem. Logo Cristo ao encarnar no ventre de Maria não perdeu a sua divindade Ele continuou sendo o mesmo Deus, porém ele esvaziou-se da gloria que desfrutava junto a seu Pai, para tomar a forma humana e resgatar o homem distanciado do seu criador pelo pecado, Cristo como humano possuía natureza humana, e como Deus natureza divina e estas naturezas estavam plenamente ajustadas e coviam harmonicamente n’Ele. O milagre da encarnação de Cristo tinha as seguintes finalidade. 1) Consumar o plano divino para a salvação do homem traçado por Deus e desencadeado a partir da queda do homem. Com a encarnação e o sacrifício vicário de Cristo na cruz, estava pronto o caminho para a redenção do homem e o seus retorno a Deus que o criou. 2) Manifestação de Deus entre o homens “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. (Is 7. 14) 3) Revelar a humanidade através do sacrifício de Jesus no calvário o amor de Deus, que excede todo o entendimento humano. Vejamos a expressão do evangelista; “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (Jo 3. 16-17) Portanto a vitória do crente sobre o pecado e a certeza de sua habitação nas moradas eternas com o Senhor

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como diz o Apocalipse; “Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.” (Ap 22. 13-14) foi-nos garantida pela encarnação, morte e ressurreição de Cristo. A graça e a paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seja com todo o povo de Deus desde agora de para todo o sempre. Amém! 2.3 A morte de cristo A morte de Jesus é seguida vários fenômenos miraculosos. Desde a hora sexta, por volta do meio-dia, as trevas cobriam a terra. Jesus manifesta um dos maiores tormentos de um crucificado, "Tenho sede" (Jo 19:28-29). A grande perda de sangue, trazia esta terrível sensação, que foi profetizada como um dos sofrimentos que o Messias passaria, próximo da hora de sua morte. "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede." João 19:28 "e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte." Salmos 22:15 Um dos presentes tenta ajudá-lo, oferecendo uma esponja pendurada em um galho de hissopo (uma planta medicinal), contendo um tipo de vinho acre, chamado na época de "vinagre". 2.3 O Significado da Morte de Cristo A morte de Cristo não tem apenas “um” significado teológico. Ela pode ser vista sob vários aspectos e promoveu diversos benefícios A MORTE DE CRISTO FOI EM LUGAR DOS PECADORES A)

Conceito de expiação vicária – Um sinônimo para essa expressão é

“substituição penal”, de modo a significar que Cristo sofreu a punição do pecado de outros em lugar deles (1Pe 3.18); B)

Evidências da expiação vicária – No AT esse conceito aparece na oferta

de animais por pecados cometidos pelos ofertantes (Lv 5.6). Isaías expôs, de modo profético, o caráter expiatório e vicário da morte de Cristo (Is 53.5,6). No NT esse conceito é muito presente e é expresso com o auxílio da preposição ἀντὶ ὶ (anti) que significa “por”, “em vez de”, “em lugar de” (Mc 10.45; 1Tm 2.6) e da preposição ὑπέρ

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(hyper) que significa “por”, “em benefício de” (Jo 11.50,51; Rm 5.6-8; 2Co 5.21; Gl 3.13; Tt 2.14; 1Pe 3.18). 2 – A MORTE DE CRISTO FOI PARA A REDENÇÃO DOS PECADOS A)

Conceito de redenção – Redenção significa “libertação mediante um

pagamento”. Significa que Jesus pessoalmente libertou os seus do pecado pagando, por isso, com seu próprio sangue (Cl 1.13,14); B)

Evidência da redenção – Esse conceito é expresso no NT com o auxílio

das palavras: ἀγοράζω (agorazo), que tem o sentido de “comprar algo no mercado” – o mercado se chamava “ágora” – (1Co 6.19,20; 7.22,23; 2Pe 2.1; Ap 5.9,10), ἐξαγοράζω (exagorazo) que tem o sentido de “comprar e levar para fora do mercado” (Gl 3.13; 4.5), e περὶποὶέω (peripoiéo) que significa “comprar”, “manter a salvo”, “preservar” (At 20.28). 3 – A MORTE DE CRISTO FOI PARA A RECONCILIAÇÃO DO HOMEM Reconciliação significa “mudança de relacionamento”. Onde havia hostilidade, agora há paz e harmonia entre as partes, sejam os homens entre si (Mt 5.24; 1Co 7.11), sejam os homens e Deus (Rm 5.1-11; 2Co 5.18-21; Ef 2.16; Cl 1.20). 4 – A MORTE DE CRISTO FOI PARA A PROPICIAÇÃO DE DEUS A)

Conceito de propiciação – Propiciação significa “tornar alguém favorável

a outro”. Deus, que era inimigo do homem perdido e estava irado contra ele, se torna agora favorável ao homem e ao relacionamento com ele; B)

Evidências da propiciação – A necessidade de Deus se tornar propício ao

homem no processo da salvação é porque ele está “irado” em relação o pecador. Essa realidade fica nítida tanto no AT (2Rs 13.3; Jr 21.12; Ez 8.18) como no NT (Jo 3.36; Rm 1.18; Ef 2.3; 1Ts 2.16). A propiciação de Deus foi efetuada na cruz, ocasião em que Deus lançou sobre Jesus a ira e o castigo pelos pecados da igreja, desviando dela a ira do Senhor (Rm 3.25; Hb 2.17; 1Jo 2.2; 4.10). 2.4 A ressureição de cristo Da época dos profetas de antigamente até o Novo Testamento, a palavra de Deus fala da ressurreição do Cristo.

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Com um relato completo da palavra inspirada de Deus, junto com a visão histórica que os homens escreveram, parece que seria impossível a humanidade negar a ressurreição do nosso Senhor. Ainda assim há aqueles que negam este fato. Éigualmente alarmante saber que há muitas pessoas que acreditam na ressurreição mas falham em perceber a sua importância. A pergunta vem às nossas mentes: “O que foi conseguido através da ressurreição de Cristo?” Acredito que podemos responder esta pergunta em termos bíblicos simples e, ao mesmo tempo, começar a mostrar a importância da ressurreição de Cristo. O primeiro ponto que queremos notar é o cumprimento das profecias. Alguns acusaram Cristo de tentar destruir a lei e os profetas; mas Cristo disse que ele não vinha destruir, mas cumprir (Mateus 5:17). O profeta Isaías profetizou a respeito das coisas que Cristo sofreria e porque ele as sofreria quase 750 anos antes de ocorrerem. A palavra de Isaías e outras profecias em relação à ressurreição foram cumpridas (Isaías 50:6; 53:5). Cristo, como ele viveu, foi capaz de agüentar a tentação e viver acima do pecado (1 Pedro 2:22-23). Assim, ele superou o pecado na carne. O pecado, ao chegar neste mundo, trouxe a morte (Romanos 5:12). Quando Cristo foi crucificado ele teve que superar este obstáculo. Ele foi colocado no túmulo e no terceiro dia voltou, conquistando a morte. Ele demonstrou que nenhuma força na terra poderia impedi-lo de conquistar a morte (1 Coríntios 15:26). Quando a ressurreição estava completa, aprendemos do escritor hebreu (Hebreus 5:8-9) que Cristo se tornou perfeito e se tornou autor da vida eterna. Através de um homem, o pecado entrou no mundo e por um homem uma saída foi aberta para todos os que seguiriam o autor da salvação (Romanos 5:19, 1 Coríntios 15:21). Aprendemos, também, que renovou a esperança dos apóstolos, como também nos dá esperança da ressurreição (1 Coríntios 15:22-23). A Semente morreu e nos trouxe vida através da ressurreição (João 12:23-24; 1 Coríntios 15:35-38,42-43). 2. Através da morte de Cristo, o Novo Testamento teve efeito (Hebreus 9:1518). 3. Através dos fatos da sua ressurreição a nossa fé é fortalecida (1 Coríntios 15:55-57, 1 Tessalonicenses 4:14-17).

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4. Assim, Cristo é grande para nós, não como um governante terrestre, mas como um governante espiritual nos oferecendo a redenção (Colossenses 1:14). A grandeza de Cristo foi mais de que uma vida, pois a sua grandeza verdadeiramente vem de poder dar a vida através da ressurreição. Um plano para redimir o homem é construído nestes fatos e devemos nos aproveitar disso enquanto vivemos. O plano é dado em Romanos 6:1-23: Deixamos morrer o velho homem, o sepultando com Cristo, voltando na novidade da vida para vivermos seguindo o Espírito para sermos os servos de Deus. 2.5 Ascensão e Exaltação de Cristo. A ascensão não aparece nas páginas da Escritura de maneira tão patente como se dá com a ressurreição. Deve-se isto provavelmente ao fato de que a ressurreição foi o verdadeiro ponto decisivo da vida de Jesus, e não a ascensão. Em certo sentido, a ascensão foi o complemento e a consumação da ressurreição. A transição de Cristo para a vida superior na glória começou na ressurreição e foi aperfeiçoada na ascensão. Não significa que a ascensão é destituída de significado independente. Provas bíblicas: Lucas a relata, Lc 24.50-53 e At 1.6-11; Marcos se refere a ela em 16.19; Jesus falou dela antes da Sua morte, Jo 6.62; 14.2, 12; 16.5, 10, 17, 28; 17.5; 20.17; Paulo se refere a ela, Ef 1.20; 4.8-10; 1 Tm 3.16; Hebreus chama a atenção para o seu significado, 1.3; 4.14; 9.24. O registro do Novo Testamento mostra-nos que, após quarenta dias de ministério, depois da Sua ressurreição, Cristo ascendeu ou retornou ao céu (Veja em Atos 1.9: “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos” - RA). A ressurreição e a ascensão de Cristo estão intimamente na pregação dos apóstolos (Veja em Atos 2.32-35: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.” - RA; Efésios 1.20: “ o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais,” - RA; 1 Pedro 3.21,22: “ a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por

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meio da ressurreição de Jesus Cristo; o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes.” - RA). Esses dois eventos são o começo da exaltação de nosso crucificado Senhor e Salvador.

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3. CONCLUSÃO Passando por estes parâmetros da Cristologia chegamos a uma definição doutrinaria biblicamente coerente. Cremos em um Cristo Divino, pré-existente, mas que se manifestou em carne, nascendo da virgem sem pecado. Que morreu, mas ressuscitou dentre mortos, e que, glorificado está a destra do Pai. Por esta razão ‘’nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder e sabedoria de Deus (1 Co 1.23,24). É obvio que não podemos explicar os mistérios de Deus; o sobrenatural nascimento virginal de Cristo, a Trindade, as duas naturezas de Cristo, os pormenores do ‘’kenosis’’; mas a nós que lidamos com a ministração da Palavra, pesa a responsabilidade de investigar a Escritura para chegar a uma definição da doutrina bíblica, solida e organizada. Olhando para a pré-existência de Cristo, Sua eternidade, Sua coexistência com o Pai na eternidade, e sua imutabilidade; temos a convicção de termos um Salvador Divino. O fato miraculoso do nascimento virginal de Cristo é um elo doutrinário, para a compreensão da tanto da Cristologia, como da Soteriologia. O nascimento virginal de Jesus Cristo, e todos os mistérios que o envolve, respalda nossa fé não apenas num Salvador Divino, mas também em um Salvador humano capaz de compadecer de nossas fraquezas, e efetuar através da Sua morte a salvação perfeita; e pela Sua ressurreição e ascensão a garantia inquestionável dessa salvação.

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REFERÊNCIAS Disponível em :< http://homota.blogs.sapo.pt/ascensao-e-exaltacao-de-cristo49449>. Acesso em 20 de fevereiro de 2018. Disponível em: . Acesso em 20 de fevereiro de 2018. Disponível em: .Acesso em 20 de fevereiro de 2018. ANDRADE, Claudionor de - Lições Bíblicas – 2º Trimestre 2012 – As Sete Cartas do Apocalipse – CPAD – 2012....


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