Dicionario PDF

Title Dicionario
Author Thauan Silva
Course História da Bahia
Institution Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Summary

Dicionario conceitual.
Conceitos das Palavras com relação a Sergio Buarque de Holanda e José Murilo de Carvalho ...


Description

UFRB Thauan Sena Silva Historia do Brasil República Eliazar Silva

Dicionário Conceitual Personalismo: Levando em base do que é dito por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil, o personalismo foi configurado pela colonização portuguesa de pensar nos interesses individuais em detrimento da coletividade. O personalismo cria uma predisposição social de atribuir um padrão de ideologia, partidos e planos políticos a indivíduos que ao mesmo tempo os inclina as vontades individuais. O que tende a fragilizar nossas instituições e formas de organização social pela falta de coesão social. Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos tenham sido quase sempre os mais decisivos. (HOLANDA, 1990, p. 30) República: República é uma forma de governo, que o poder é de origem de um grupo (de cidadão ou “representante dos cidadãos”) que escolhe um “Presidente da República”, outro aspecto muito importante, é a subordinação a leis fundamentais perante a constituição aprovada geralmente pelos representantes, que servem para regrar ou organizar a vida política do determinado país. Democracia: Democracia é um regime que faz parte do governo que pode existir seja ele Republico ou Monárquico, que teoricamente dá o direito a “maioria” participar da vida politica e econômica, para proteger seus direitos e a liberdade (direito à livre expressão, à religião, etc…). No Brasil a democracia é muito turbulenta desde a entrada desse regime com a República dos Coronéis, com a estabilidade oligárquica dos coronéis e eleições a bico de pena (Os Coronéis que indicavam os Chefes Políticos), o voto podia ser fraudado antes da eleição, na hora da votação ou no momento da apuração, mal havia de fato o direito politico e civil.

Cidadania: Praticar a cidadania é usufruir dos direitos e deveres que, teoricamente, todos os cidadãos têm. Com a independência do país, ainda tinham deixado uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia monocultora e latifundiária, e um Estado absolutista. Na República era preciso estabilidade política, cidadania e direitos, a qual não seria possível se o negro, o pobre, o estrangeiro, o operário tivessem voz. O povo brasileiro não tinha nenhuma consciência política e estava completamente alheio às transformações que ocorriam à sua volta. A cidadania acabava sendo as “repúblicas particulares”, ou seja, seus núcleos de participação social acontecia nos bairros nas associações, nas irmandades, nos grupos étnicos, nas igrejas, nas festas religiosas e profanas e mesmo nos cortiços e nas rodas de capoeira, que se transformaram, ao longo dos anos. Identidade: Identidade é o conjunto das características de uma cidadania, oriundas da interação dos membros da sociedade. A identidade é um elemento que facilita o reconhecimento de uma pessoa no âmbito social, designando o seu lugar em uma sociedade. Pode ser construída de forma individual ou coletiva. José Murilo de Carvalho divide o povo pelo censo de acordo com as identidades da população no início da República, o qual era dividido da seguinte forma, no topo: Banqueiros, capitalistas e proprietários; no meio: funcionários públicos, comerciários, profissionais liberais, artistas, operários do Estado, trabalhadores das indústrias e empregados da área de transportes; e o mais baixo de todos era composta por trabalhadores domésticos, jornaleiros, etc. Ideologia: No século XX houve diversas mentalidades ou ideologias politicas para a cidadania da República. O José Murilo de Carvalho cita o “setor vitorioso da elite civil”, que apoiavam o conceito liberal de cidadania (liberdade de pensamento, de reunião, de profissão, de propriedade etc). Já a ala Positivista pensava que a cidadania seria apoiar a ampliação dos direitos civis e sociais, mas não incluía os direitos políticos. Enquanto o anarquismo já não poderia ter nenhum tipo de autoridade e tinha antipatia aos partidos políticos e eleições, a luta deveria ser direta, através de greves, boicotagem, manifestações públicas; e, por fim, os socialistas tinham sua organização de partidos, porém seus partidos não duraram muito. Revolução: Revolução é a transformação completa de um contexto social. Entretanto, em Raízes do Brasil, no capítulo Nossas Revoluções, o autor aborda que a maioria dos processos considerados revolucionários se mostraram mais antirrevolucionários, pois,

serviram à interesses da elite já dominante em detrimento da população, com a finalidade de manter a hierarquia social. Coronelismo: O coronelismo se origina ainda no período Imperial, consiste na influência dos coronéis, proprietários de grandes terras e poder local na política republicana. Esses coronéis tinham uma relação patriarcal para com as pessoas mais pobres que dependiam deles, com a transição do Império para República junto à transição da população de zonas rurais para urbanas, esse sistema patriarcal e assistencialista se manteve. Plutocracia: É uma forma de governo na qual o poder está nas mãos dos ricos. As exigências necessárias para se exercer a cidadania favoreciam a homens que possuíam terras e tinham acesso à escrita e leitura, ou seja, somente os ricos do período, logo, a política passou a ser definida pelos mesmos e visando o privilégio da elite brasileira....


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