Dicionario de Comunicaçã de Carlos Alberto Rabaca PDF

Title Dicionario de Comunicaçã de Carlos Alberto Rabaca
Author Marcelo Ribaric
Course Produção de Cinema e Televisão
Institution Centro Universitário Autônomo do Brasil
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Summary

Dicionário de uso em diversas disciplinas dos cursos de Comunicação e Design (Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade) Tais como: Teoria da Comunicação, Estética, Direcção de Arte, Redação, Mídia, Produção de TV...


Description

Dicionário de Comunicação – 5ª Edição – Carlos Alberto Rabaça, Gustavo Guimarães Barbosa Editora: Campos

A Afiliada (tv, ra) Estação local de rádio ou tv, que se vincula a uma rede ou cadeia, para transmitir programas em comum, sem deixar de ser uma empresa independente.

Agência de notícias (jn) Empresa que elabora e fornece matéria jornalística, por meios rápidos de transmissão, para seus assinantes (órgãos de imprensa, instituições governamentais e privadas). As agencias de notícias, de âmbito local, nacional ou internacional, transmitem regularmente e de forma ininterrupta a seus associados noticiário geral ou especializado, fotografias, features, resenhas, etc. Fornecendo informações “por atacado” para veículos informativos, que as vendem “a varejo”, as agências de notícias são as grandes provedoras dos jornais, revistas, emissoras de rádio e de tv em todo o mundo.Dispondo de representações nos principais países, do mais moderno aparelhamento técnico e de vasta rede de correspondentes e informantes, as agências atacadista estão em condições de oferecer, a baixo custo, serviço informativo em grandes quantidades. Todos os meios de comunicação social delas lançam lançam mão, impossibilitados de cobrir, por causa própria, tudo o que de interesse jornalístico acontece pelo mundo” ( Luiz Amaral). Em alguns casos (principalmente agências estatais, em países totalitários), manipulam as informações de acordo com os interesses dos países a que pertencem. A Unesco define agência de informação como “empresa que tem principalmente por objeto, qualquer que seja a sua forma jurídica, obter noticias e documentação de atualidades que sirvam para exprimir ou representar os fatos, distribuindo-os a um conjunto de empresas de informação e, excepcionalmente, a particulares, mediante o pagamento de determinada importância, de acordo com as leis e usos comerciais, sempre à base de um serviço o mais completo e imparcial possível. Segundo Bernard Voyenne, “a organização das agencias não é diferente da dos jornais, já que elas apenas se distinguem destes pelas funções e não pelos objetivos. Sua atividade consiste em colher a informação, transmiti-la, elaborá-la e difundi-la dentro menos prazo de tempo possível. Dispõe, para tanto, de meios e serviços apropriados, cuja peça principal é, sem duvida, sua gigantesca rede de correspondentes, espalhados pelo mundo inteiro, para receberem as noticias em toda a parte e qualquer momento”.

Agência de propaganda (pp) O mesmo de agência de publicidade.

Agência de publicidade (pp) Empresa de prestação de serviços, especializada no planejamento, organização e execução de programas de propaganda ou publicidade para seus clientes.Elabora campanhas, peças e planos promocionais, cria anúncios apropriados para os diversos veículos e cuida de suas publicações e transmissões. “ Pessoa jurídica especializada nos métodos,na arte e na técnica publicitária, que, através de profissionais a seu serviço, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos veículos de

divulgação, por ordem e conta dos clientes anunciantes, com o objetivo de promover a venda de mercadorias, produtos e serviços, difundir idéias ou informar ao publico a respeito de organizações ou instituições a que servem” (Dec. 57.690, de 1/2/1966). É função da agência garantir ao máximo a eficiência e o rendimento das campanhas, para isso, ela deve acompanhar as atividades de seu cliente, desde as pesquisas preliminares recomendadas para conhecer as possibilidades de um produto até o controle final dos resultados da campanha” (Armando Sant’Anna). Com algumas variações em sua estrutura, as agências organizam-se normalmente nos seguintes departamentos ou serviços: atendimento, criação, produção, mídia, trafego, controle. Não nos referimos aqui aos serviços administrativos e contábeis, ou a direção e supervisão, semelhantes aos de outros tipos de empresa. Existem agências que não se restringem aos serviços de propaganda e se propõe a atender aos clientes em todas as atividades de comunicação, realizando também, de forma direta ou terceirizada, serviços relativos a atividades de promoção de vendas, edição de relatórios anuais e publicações diversas, produção de eventos, montagem e administração de estandes em feiras e exposições, divulgação, relações públicas, marketing institucional e até atividades específicas de telemarketing, endomarketing, marketing de incentivo, etc. Essa gama de serviços varia quanto ao tipo de atendiment, foco, área de especilizaçãoeclientela.

Apresentador (tv, ra, tt) Pessoa que apresenta as atrações em um programa de tv, rádio, ou em qualquer espetáculo. Profissional que introduz os tópicos principais do conteúdo de um programa de entrevistas, de debates, educativo etc., apresenta entervistados, atua como entrevistador, anuncia os próximos segmentos do programa etc.

Apuração (jn) Investigação, levantamento e a verificação dos dados e elementos de um acontecimento, para transformá-lo em notícia. Para apurar uma notícia, o repórter deve informar-se mais que puder sobre fatos e circunstâncias, a fim de transmiti-los com seus dados essenciais para os leitores. Uma notícia pode ser apurada: diretamente na fonte ou por meio de uma área oficial. Na falha dos modos anteriores, pelo cerco por meios paralelos, ou seja, procurando-se outras pessoas ou instituições que possam, indiretamente, fornecer indicações que levem ao informe desejado. As seis perguntas fundamentais de Kipling constituem a base para uma boa apuração: a) O que ocorreu? b) Por que ocorreu? c) Quando ocorreu? d) Onde ocorreu? e) Como ocorreu? f) Quem se envolveu n ocorrência?

Articulista (jn) Profissional que, periodicamente, escreve artigos assinados para jornais e revistas, onde opina pessoalmente sobre fatos econômicos, políticos e sociais. Pode ou não fazer parte do quadro funcional.

Artigo (jn) Texto jornalístico interpretativo e opinativo, mais ou menos extenso, que desenvolve uma idéia ou comenta um assunto a partir de uma determinada fundamentação. Geralmente assinado, o artigo difere do editorial por não apresentar enfaticamente, como este, uma “receita” para a questão em pauta, nem representar necessariamente a opinião da empresa jornalística. “O tom dogmático do editorial dá lugar a uma composição analítica, que deve-se pautar pela naturalidade, densidade e concisão. (...) O projeto de todo artigo é a explicação de um fato, segundo propósitos variados (informativos, interpretativos, persuasivos ou indutivos)” (M. Sodré e M. H. Ferrari).(mk) O mesmo que item de produto.(dc) Estudo científico ou técnico publicando em revistas e periódicos especializados, em anais de congresso ou

evento semelhante em que tenha sido apresentado, ou em meio eletrônico.(int) Qualquer mensagem emitida entre participantes de um newsgroup.

Artigo de fundo (jn) O mesmo que editorial.

B Barriga (jn) Notícia inverídica publicada por órgão de imprensa, geralmente com grande alarde e sem má-fé, na tentativa de furar os concorrentes. Resulta de informação sem fundamento, inidônea, e posteriormente desmentida pelos fatos, causando grande desgaste e descrédito à publicação. (ed) 1. Fase anterior do tipo. 2. Defeito na composição, que se apresenta mais alta no centro do que nas extremidades das linhas.

Blog (int)1.Palavra derivada de weblog. Publicação virtual contendo comentários sobre outros sites,atualizada regularmente e organizada cronologicamente. Antes chamada de “what's new page”,página sobre o que há de novo na web. 2. Página da web constituída de informações atualizadas e breves, organizadas em ordem de data, como uma página noticiosa ou um diário. Seu conteúdo varia:alguns blogs contêm listas de comentários sobre outros sites, outros divulgam noticias de uma empresa, outros são como diários pessoais ou álbuns de fotos, outros publicam poesia, pequenos ensaios, textos de ficção, comentários do dia-a-dia ,reflexões, idéias e opiniões. Alguns são pessoais, enquanto outros envolvem a colaboração de várias pessoas sobre um assunto específico. Com objetivos de entretenimento, profissionais, acadêmicos e outros, o blog é uma ferramenta de comunicação que dá suporte à interação de pequenos grupos por meio de um sistema simples e fácil de troca de mensagem, podendo ser utilizada pelos membros de uma família, uma empresa ou qualquer instituição.

Boato (co,rp) Notícia de origem desconhecida,sem confirmação, que se propaga por meios informais. O boato geralmente procura preencher lacunas de informação,às vezes motivado por falta de credibilidade, omissão da fonte oficial(empresa,governo,personalidade etc.) ou fechamento dos canais de comunicação, e outras vezes é produzido com intensão deliberada em relação a determinados interesses. Pode resultar de informação totalmente fantasiosa, ruído de comunicação, vazamento de informação sigilosa, ou informação deliberadamente plantada, e seu teor pede ser totalmente falso,parcialmente ou totalmente verdadeiro.

Bomba (jn)Notícia inesperada,importante,sensacional.

Boneca (ed) Esquema de paginação e diagramação. Projeto gráfico de jornal,revista,livro ou qualquer outro trabalho gráfico de mais de duas páginas destinado a ser impresso. Confeccionada no mesmo formato em que se pretende imprimir o trabalho em questão, a boneca funciona como um leiaute e orienta o paginador ou diagramador, com o desenho das páginas a serem montadas e com a disposição de cada página em relação a outra. Diz-se também boneco.

Breique (tv) Do ing. break. O mesmo que intervalo.

Briefing (pp,jn)1. Instruções e diretrizes transmitidas, de forma resumida, pela chefia(de agência de propaganda, birô, jornal, emissora de tv etc.) aos responsáveis pela execução de um determinado trabalho(criação de uma campanha publicitária, cobertura jornalística etc.).2. Diretrizes ou informações de um cliente à agência de propaganda, sobre a criaçãoou o desenvolvimento de determinada campanha. 3. Resumo escrito dessas diretrizes, para orientação do trabalho.

Brifar (jn,pp) Fazer briefing. Dar orientações(a jornalistas, publicitários, empregados prestadores de serviço etc.)sobre a linha de um trabalho a ser feito

Bulldog (jn) Nos Estados Unidos, a primeira edição de um jornal diário, ou a edição destinada à venda numa cidade grande.

C Cabeça (ed) 1. Parte superior de livro, jornal ou qualquer outro impresso, oposta ao pé(2).2. Parte superior de elementos de produção gráfica, como arte-final, fotolito, chapa, clichê, tipo etc.3. Parte superior da área impressa em uma página de livro, onde se indicam informações como título, nome do autor e título do capítulo. Não costuma ser colocada em páginas capitulares e em páginas brancas. (ed,jn) 1. O mesmo que lide. 2. Conjunto formado pelo título (inclusive antetítulo e subtítulo, se houver), lide, quando composto em medida diferente do corpo do texto, e outros elementos introdutórios, na parte superior de uma notícia ou reportagem, artigo etc. Diz-se também abertura. 3. Informação estampada na parte superior de uma página de jornal ou revista, designando a editoria(política,geral,economia, esportes etc.).

(som) Transdutor que converte energia elétrica e energia magnética ou mecânica, e vice-versa. As cabeças de um gravador,p.ex.,servem para gravar ou captar sinais em uma fita magnética. Gravadores profissionais geralmente possuem três cabeças magnéticas(uma para apagar,outra para gravar e a terceira para reproduzir),ao passo que os gravadores menores e mais simples possuem, em geral, uma única cabeça em que as três funções aparecem integradas na prensagem de discos fonográficos, chama-se cabeça gravadora, cabeça cortadora ou agulha de corte á peça que efetua o corte das ranhuras correspondentes à forma das ondas sonoras gravadas. Em Em toca-discos, chama-se cabeça,cabeçote ou pick-up ao dispositivo existente na extremidade do braço para captar e transmitir ao sistema de amplificação as oscilações da agulha ao longo do sulco do disco. (tv) Dispositivo que,em qualquer aparelho de vídeo, serve para gravação leituras e reprodução das imagens e sons. Cabeça magnética. (inf) Dispositivo destinado a registrar, ler ou apagar informações em um computador. Cabeça magnética. (pp) Abertura fixa, comum a várias peças publicitárias distintas em uma mesma campanha .Por ex.,num comercial de varejo para rádio ou tv, é gravada uma cabeça (ex.:”aproveitem as ofertas desta semana nas lojas X”) que poderá ser usada várias vezes, alterando-se apenas os produtos oferecidos.

Cabeçalho (ed) 1. Título de jornal,revista ou outra publicação periódica, com apresentação visual permanente que permita rápida identificação do periódico pelos leitores. Compreende,além do nome,data,número da edição,preço e outras informações essenciais. 2. Título destacado,em um artigo, notícia,seção, coluna ou anúncio.3. Título de um capítulo de livro. 4.Conjunto de dizeres que encimam colunas e casas de uma tabela. 5. Linha superior constante em cada página de livro. Compreende, normalmente, título do livro,título do capítulo,nome do autor e número da página. Os cabeçalhos das páginas pares e das ímpares de um livro são, na maioria das vezes diferentes e complementares. 6.Título destacado de qualquer documento. (inf) Informações básicas – como origem,destino,endereço e, às vezes, descrição resumida de um conjunto de dados – que aparecem listadas no início de um documento ou página. Em ing.,header.

Cadeia nacional (ra,tv) Sintonia de todas as estações de rádio e tv a uma central de emissão,geralmente para transmissão conjunta e simultânea de um comunicado oficial.

Caderno (ed) 1. Folha de impressão depois de dobrada. Dependendo de suas dimensôes ou formato da publicação,resulta geralmente em 8,16 ou 32 páginas. 2. Conjunto de folhas de papel impressas,pautadas ou em branco,cortadas e dobradas, grampeadas, cosidas, coladas, presas, com espiralou apenas encasadas, formando partes de um livro, jornal,revista etc.3. Livro ou bloco usado para anotações, exercícios escolares,desenhos,colagens etc. 4. Publicação, normalmente seriada, sobre um determinado assunto,p. ex.: cadernos de pesquisa, de estudos jurídicos, econômicos, linguísticos. Geralmente usado no plural,em referência aos volumes que integram a série. (jn) Cada uma das partes separadas de um exemplar de jornal. Conforme a ordem, os cadernos comportam gêneros determinados de seções e de matérias. Os jornais diários normalmente reservam os

primeiros cadernos para as notícias de caráter geral, político, econômico, internacional, para os editoriais etc.,e o segundo caderno para features, amenidades, colunas sociais, crônicas, críticas de arte, cinema, teatro etc. É frequente a edição de cadernos dedicados a anúncios classificados ou a assuntos especiais.

Caixa alta (ed) Letra maiúscula ou versal. Por serem normalmente menos usados do que os minúsculos na parte alta da caixa utilizada em composição manual. As expressões expressões caixa alta e caixa baixa consagraram-se pelo uso e continuaram a ser empregadas, mesmo depois de adotadas novas maneiras de distribuição dos tipos na caixa, e inclusive nos processos de composição mecânica, de fotocomposição e editoração eletrônica. Diz-se também caixão. Na marcação tipográfica de um texto a ser composto, indica-se por abreviaturas:c.a., Cx.A., Cx.a. Etc.

Caixa baixa (ed) Letra minúscula, em qualquer processo de composição. Nas primeiras caixas de tipos,os minúsculos eram colocados na parte mais baixa, a fim de ficarem mais à mão. Diz-se também caixinha.

Calhau (jn)Notícia,artigo ou qualquer matéria de importância relativa(como anúncios a serem publicados por permuta) que, na falta de coisa melhor, serve para encher os buracos originados pela falta de material editorial ou po erro de cálculo de diagramação. (pp) Anúncio pelo qual alguns veículos cobram preços abaixo da tabela e comumente publicado quando há sobra de espaço(em jornal, revista etc) ou tempo (em rádio e tv). Muitas vezes, o calhau é um anúncio do próprio veículo ou de outros veículos da mesma organização. (ed) Buraco que fica abaixo da mancha que não chega a preencher toda a página (principalmente em finais de capítulos).

Calúnia (jn) Crime de comunicação que consiste em “imputar a alguém, falsamente, fato definido como crime”(art. 20 da Lei de Imprensa)

Campanha (pp) Conjunto de peças publicitárias, criadas, produzidas e veiculadas de maneira coordenada, de acordo com determinados objetivos de propaganda de um produto ou serviço, marca, empresa ou qualquer órgão público ou privado. A escolha e a variedade dos recursos a serem utilizados em uma campanha variam de acordo com o tempo previsto, a verba disponível, a estratégia do cliente e o público que se deseja atingir. Uma campanha pode mesmo ser constituída por uma só peça, ou pode ser composta por vários anúncios para revistas e jornais, filmetes para tv e para cinema, jingles e spots para rádio, outdoors, materiais de ponto-de-venda (cartazetes, displays, bandeirolas, móbiles, decalcomanias, amostras, elementos de decoração), kits para os revendedores (inculsive com sugestões de anúncios cooperativos), folhetos de promoção ou de instruções sobre o produto, bmadside (para revendedores, jornalistas, empresários e

autoridades), eventos, promoções etc. Cada uma dessas peças apresenta funções e características próprias. Sua criação baseia-se geralmente num mesmo tema ou idéia (unidade conceitual e temática), e sua veiculação obedece a uma programação criteriosa de mídia. (jn) Série de reportagens, artigos, notas e outros tipos de matéria publicados por um órgão de imprensa, visando a determinados objetivos políticos, promocionais, de esclarecimento público etc. (mk, rp) Conjunto de atividades coordenadas em torno de um objetivo comum, no decurso da execução de um plano de comunicação. Fase de um trabalho imaginativo, criativo e de execução muito intensa, destinado a agilizar (em um período preestabelecido) a conquista do julgamento da opinião pública ou de segmentos determinados do público, por variados meios (promoções, eventos, divulgação, entrevistas coletivas, press-releases, anúncios institucionais, matérias pagas, encartes etc.). A campanha pode ser parte integrante do programa de comunicação ou pode surgir de fatos imprevistos e especiais.

Caricatura (It) 1. Representação da fisionomia humana com características grotescas, cômicas ou humorísticas. A forma caricatural não precisa estar ligada apenas ao ser humano (pode-se fazer a caricatura de qualquer coisa), mas a referência humana é sempre necessária para que a caricatura se realize. Assim como, segundo Henri Bergson, "não existe o riso fora do humano", também não é possível que haja a caricatura sem que se tome o humano como referencial. Entre as outras formas de arte, a caricatura apresenta a peculiaridade de ter um objeto específico: o artista estará realizando uma caricatura sempre que sua intenção principal for representar qualquer figura de maneira não convencional, exagerando ou simplificando os seus traços, acentuando de maneira despropositada um ou outro detalhe característico, procurando revelar um ponto não percebido, ressaltar uma má qualidade escondida, apresentar uma visão crítica e quase sempre impiedosa do seu modelo, provocando com isso o riso, a mofa ou um momento de reflexão no espectador. A arte do caricaturista observou Bergson - é a de apreender aquele movimento imperceptível em que se esboça uma deformação preferida, tornando possível a todos os olhos, por aumentá-la, esse ponto em que se rompe o equilíbrio duma face ou duma atitude. O caricaturista "adivinha, sob as harmonias superficiais da forma, as revoltas profundas da matéria", diz ele. "Com o impacto de seus traços, de suas figuras", observa Leandro Konder, o caricaturista "muitas vezes sacode o espírito de seus leitores com uma eficiência maior do que a dos editoriais e dos artigos. Onde o discurso custa a penetrar, a imagem chega, freqüentemente, como um raio desmitificador". O termo caricatura provém do italiano, possivelmente do verbo caricare (fazer carga) e apareceu pela primeira vez numa série de desen...


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