Hidrocefalia EX Vácuo PDF

Title Hidrocefalia EX Vácuo
Course Doenças Neurológicas
Institution Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
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hidrocefalia ex vácuo...


Description

HIDROCEFALIA EX-VÁCUO

No exame de Tomografia Computadorizada de crânio foi identificada uma atrofia cerebral, situação na qual o cérebro sofre uma redução de seu volume devido à morte parcial dos neurônios, afetando assim a capacidade para realizar as atividades diárias de aprendizagem e de memória, que é muito associada à doença de Alzheimer, esta que evolui com diferentes padrões de atrofia cortical. No entanto, de acordo com o resultado do próprio exame, essa perda é fisiologicamente normal para a idade avançada do paciente. Também apresentou a linha média e cisternas basais preservadas, ventrículos laterais visíveis, apesar de a morfologia do ventrículo lateral direito apresentar uma área mais acinzentada. Além disso, neste ponto foram observados sinais de hidrocefalia exvácuo, que consistem em ventrículos e/ou espaço subaracnóideo dilatados. A hidrocefalia pode ocorrer em qualquer idade e é devida, quase sempre, a obstrução ao fluxo de LCR (líquido cefalorraquidiano ou líquor) nos ventrículos ou no espaço subaracnóideo, e pode ser de origem congênita ou adquirida. Observamos também a presença de uma região sem a presença de giros no hemisfério cerebral direito, com coloração mais acinzentada, que sugere presença de líquido, imagem típica de um hematoma. Além disso, foi possível induzir que devido a este hematoma houve um desequilíbrio entre a entrada e saída do líquor, o que resultou em hidrocefalia. O TC identificou sinais de hidrocefalia ex-vácuo, caracterizado pelo aumento da quantidade de LCR (líquido cefalorraquidiano ou líquor) na cavidade craniana. Fala-se em hidrocefalia ex-vácuo ou compensatória se o aumento de LCR é secundário à redução do volume cerebral, ou seja, o LCR irá ocupar locais onde há perda do parênquima; difusa (ex: atrofia) ou focal (ex: infarto antigo). É importante ressaltar que a hidrocefalia ex-vácuo, por ser um efeito compensatório, no lugar de aumentar a pressão intracraniana, a mantém, através da substituição de um espaço que foi degenerado pelo líquor.

Alguns sinais macroscópicos da hidrocefalia são: a dilatação ventricular global, um aumento de volume do sistema ventricular; a dilatação dos ventrículos laterais, sendo os cornos posteriores e inferiores mais afetados; a redução da espessura do assoalho do terceiro ventrículo; a atrofia por compressão da substância branca do encéfalo; a possível diminuição dos sulcos e dos giros. Os principais sinais histológicos são: a degeneração dos axônios do centro semioval e da cápsula interna, devido ao estiramento pelos ventrículos dilatados; a redução da espessura do epêndima, que envolve o canal central da medula espinhal e os ventrículos cerebrais; e o fato de o córtex cerebral ser em geral menos afetado. Possíveis causas da hidrocefalia ex-vácuo são: atrofia cortical global, atrofias localizadas decorrentes de lesões específicas, hematomas intracranianos e doenças degenerativas como o Alzheimer. Essas causas atuam ao gerar a degeneração do parênquima cerebral, abrindo, assim, espaços de baixa pressão que serão ocupados pelo LCR. Logo, com a análise de TC em questão, e com o achado de atrofia cortical normal para idade do paciente, associamos que a causa da hidrocefalia ex-vácuo foi determinada devido a uma união de fatores. Esses fatores seriam a atrofia cortical global e uma alteração anormal na região encefálica do lobo fronto-parietal direito (um possível hematoma subdural), que estava obstruindo o fluxo do LCR nos ventrículos ou no espaço subaracnóide o sangramento tende a continuar durante mais tempo, pois o cérebro atrofiado exerce menos pressão na veia com sangramento, permitindo que esta perca mais sangue....


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