Instalação de equipamentos para aves PDF

Title Instalação de equipamentos para aves
Course Zootecnia de Aves e Suínos
Institution Universidade de Caxias do Sul
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Summary

Galpões simples, para matrizes, poedeiras em semi intensivo, planejamento da granja ideal, requisitos básicos, localização das construções, detalhes construtivos, equipamentos (tipos de comedouros e bebedouros), manejo da temperatura no galpão. ...


Description

Aula 2 Instalação e equipamentos para aves O que pensar quando se está instalando um galpão de aves, quais equipamentos escolher para cada tipo de produtor, produção e sistema produtivo, como o ambiente que essa instalação e equipamentos vão influenciar no desempenho dos animais. Se ve o objetivo de produção para gerar o máximo possível de lucro. Genótipo e fenotipo são o que mais influencia no desempenho dos frangos. Carga do potencial genético e genótipo mais ambiente. Só ter potencial não adianta, se ele for selecionado por melhor desempenho possível e não for fornecida ração e ambiente adequado, ele não cresce. Genótipo ideal só se desenvolve se tiver fenótipo mais ambiente. No ambiente é onde entra instalação e ambiente. Há raças com menos capacidade de produção, sem potencial genético muito bom pois há taxa de crescimento diferente. Para instalação: que tipo de animal vai estar la dentro e o que ele precisa. Tamanho do galpão para poedeiras depende de quantos ovos por dia se quer produzir. Para corte, precisa-se ver o numero de animais para abate. Tipo de galpão vai pelo tipo de produção, precisa-se de planejamento. Galpão de poedeiras e corte são diferentes. O tipo de produto final também diz a infraestrutura que o galpão dele ter. Para poedeiras devem ter gaiolas, cujo tipo depende do sistema (ex: semi intensivo que precisa de ninho, pois saem do galpão para pastejar e voltam). As vezes, já há galpão pronto mas precisa ser adaptado para funcionar de acordo com a produção e os padrões atuais. Galpão simples para frango de corte: deve-se ter comedouros, bebedouros, uma parede aberta com tela para ventilação (detalhe construtivo da nossa região), pé direito alto. Estrutura e detalhe construtivo dependem da região em que será instalado. Matrizes: mães dos frangos de corte. Colocam ovos fecundados em ninhos que ficam no meio do galpão com rampa de subida. Nesse caso, ovo corre por esteira para ir para o incubatório. Bebedouro com vários bicos, ventilador para baixar temperatura, comedouro automático em linhas, alternadas com bebedouros. Tudo pensado para maior desenvolvimento de músculo. Poedeiras de sistema semi intensivo: linhas de comedouro e bebedouro manual com lugar que conseguem sair para pastar. Sem gaiolas, com ventiladores. Apenas sistema que se usa para produzir ovo é diferente, nutrição do ovo é a mesma. Poedeiras em gaiola ficam muito estressadas, assim como matrizes suínas em celas. Planejamento da granja ideal: levar em conta a proximidade de centro de consumo, abatedouro, mercado, disponibilidade de estruturas para água (açude perto), energia elétrica principalmente para galpões automatizados e para sistema de ventilação ou aquecimento, solo, via de acesso, o que fazer com resíduos, clima. O planejamento é mais importante quando se está fazendo uma granja nova, e não quando se tem um galpão que será adaptado para começar produção.

Requisitos básicos: simplicidade, rapidez de execução, segurança, baixo custo, funcionalidade, controle de ambiente, dimensão para o quanto se quer produzir (mais importante), aproveitamento de recursos naturais. Deve-se pensar em expansão ao instalar, na atividade futura. Processo construtivo pode ser muito lento. Deve produzir conforto térmico e sanitário aos animais por custo razoável. Deve-se facilitar o controle de temperatura. É bom que seja perpendicular em direção do vento para ser mais fácil de resfriar sem ventilador e afastado do outro galpão para melhor ventilação; se colocados muito perto, diminui circulação de ar entre os galpões. Primeiro e segundo galpões ficam mais próximos, e a partir do segundo deve ser deixado mais espaço até o terceiro. Localização das construções: ideal é que declividade seja suave e voltada para o norte, e que orientação solar seja leste-oeste, levando em conta ventos dominantes em estações mais frias. Quanto mais declividade, mais difícil a troca de ar e ventilação. Leste-oeste para que luz não incida diretamente nos animais e não precise de tanto manejo de cortinas. Evitar picos e encostas de montes. Procurar local com isolamento sanitário, isto é, quanto menos criações por perto, melhor, pois se alguma criação tiver problema sanitário o perigo de transmissão é grande, o que é difícil de acontecer de forma certa na nossa região. Pode se usar barreira verde para isolamento e controle de temperatura. Detalhes construtivos: Específicos: tamanho, largura (10m de largura com clima quente e úmido e até 14m onde clima é mais seco), pé direito (mínimo 2,8m, comum 3m, mais que 3 há problema se houver vento muito forte. Quando maior altura, maior carga térmica animais recebem, troca de temperatura é maior), comprimento (maximo 200m, ideal entre 100 e 125m), piso (lavável, impermeável e não liso, mais comum é piso de concreto, espessura de 6 a 8cm), cama que fica em cima do piso. Comum na região: 12m de largura, 125m de comprimento, 3,5m de altura. Centro oeste até 140m de comprimento e 4,2 de altura. Densidade de alojamento: quantos animais alojados por m² de galpão. Área de galpão = 12m x 125m = 1500m². 12 aves por m² = 1500m² x 12 aves = 18000 aves. Quanto ao bem estar, melhor ter menos aves produzindo mais carne do que mais aves sem bem estar. Fechamentos: portas, paredes, o que protege animais de fluxo de energia radiante, sol e chuva. Cortinas que vão mudar temperatura dentro do galpão de acordo como forem manejadas. Paredes com pintura clara para aumentar a reflexão do sol e não se absorva tanto calor para dentro do galpão. Mureta de até 20cm, tela de malha de 2,5cm, cortinas pelo lado de dentro e de fora - dupla (de acordo com fases da vida, animal precisa de temperaturas diferentes, ela protege e favorece ventilação diferenciada). Sombreio: alternativa caso não se tenha isolamento ou orientação solar correta. Plantio de árvores norte-oeste do aviário. Material de cobertura: telha cerâmica mais comum. Deve ter resistência térmica, deve conseguir refletir máximo de calor para não aumentar muito temperatura dentro de galpão. Poedeira: era comum telhado de zinco, mas ocorria morte por estrese por causa do barulho. Amianto deve ter cobertura isolante para refletir mais calor do que o material puro – usar pintura refletora ou aspersor. Fibra pode ser pitada de branco.

Quanto maior inclinação do telhado, maior ventilação. 25 a 30 graus de inclinação, trabalhar com presença de lanternim, vão que facilita que ar quente saia para diminuir temperatura de galpão. Lanternim deve ser telado e com fechamento fácil para não ter contato com aves silvestres. Tipo de galpão: convencionais, penumbra (blue house), fechados para climas adversos (dark house). Nossa região que não depende de energia elétrica e com mão de obra disponível de custo mais barato e índice produtivo mais baixo dos demais usa galpão convencional, com bebedouros manuais que exigem muita mão de obra. Sem ventilação e aquecimento específicos. Blue house e dark house: totalmente controlados, de primeiro mundo. Deve ser completamente isolado do exterior, todas as condições de dentro são controladas de forma artificial. Possui “cérebro” que controla todo o sistema, temperatura, umidade, pressão, movimento de entrada de ar. Também dá problema de manejo, mas menos do que convencional. Maior problema é a operador que controla parâmetros da maquina, deve-se ter mão de obra qualificada e treinada. Precisa-se de energia tradicional mais dois geradores próprios. Mais comum nos estados unidos, canada, oeste paranaense, regiões mais frias ou que variam muito de temperatura. Conseguem colocar mais aves por m² e elas melhoram o desempenho mas é questionado em relação ao bem estar pois nunca veem a luz natural do sol. Equipamentos: Comedouros e bebedouros. Bebedouro deve fornecer água limpa e fresca com vazão adequada, fundamental para desempenho. Vazão adequada pois animal só come porque bebe, precisa igualmente de água e ração. Regulagem de vazão do nipple é importante. Deve estar em altura determinada conforme animal cresce para conseguir alcançar com o bico. Sistema aberto ou pendular: custo baixo, de plástico. Problema para limpar pois se deve lavar um por um. Própria contaminação do bico contamina água. Deve ser lavado pelo menos uma vez por dia. Diminuindo consumo de água, diminui consumo de comida. Qualidade de cama: na região das linhas dos bebedouros pendulares devem ser olhadas, pois pressão da água e estado do bebedouro diz se está sendo bem utilizado e limpo. 6cm ao redor do prato por ave para beber água ao redor do prato. Deve ser toda semana ajustado para estar no dorso da ave quando ela estiver em pé. Nível de água para pintos de um dia: 0,5cm. A partir de 7 dias, 1,25cm. Sistema fechado (nipple): direto conectado com o cano de água. Alta vazão ou baixa vazão, alta vazão tem prato para que evite respingo na cama. De baixa vazão é mais barato. 12 aves por bico no de alta vazão, 10 aves por bico no de baixa. Baixa vazão: 50 a 60ml por min, ajuste de pressão conforme necessidade dos animais, menos aves. Instalação: sistema deve ser pressurizada suficientemente para que chegue em todos os bicos do galpão. Manejo: ajuste em função da altura da ave e pressão da água, regular teste de vazão. Menos desperdício e risco de contaminação. Ave não deve andar mais de 3 metros entre beber e comer. Agua deve ser mais ou menos 2 vezes a quantidade de ração consumida.

Consumo de água: hidrômetro – monitoramento de consumo de água para avaliar consumo de ração. Dá indicativo de desempenho e bem estar. Queda no consumo de água ou aumento alterações entre lotes, tem algum problema de saúde, vazamento ou qualidade de ração. Comedouros: espaço mínimo por ave. Distribuição da ração e distancia a percorrer até o comedouro são importantes para alcançar as metas de consumo. Quanto mais ração gastar, menos você recebe. Automático tipo prato: mais comum e ideal quando se pensa em controle de consumo. Estrutura plástica com cano e rosca, de enchimento automático. Tem divisões por causa de distancia calculada por ave. Da fase inicial até o abate, quanto mais animal comer melhor. Permite livre movimentação e tem desperdício menor. 60 a 70 aves por comedouro. Comedouros automáticos de corrente: pouco usado hoje em dia. Muitos gastos com manutenção, perda, animais machucados. Comedouros manuais: mais comum, barato e eficiente para o que se propõe. Fácil instalação, mas mais mão de obra e regulagem de altura também manual. Demanda mais mão de obra, pois se enche de forma manual, controlar enchimento do prato. Em matrizes: diferenciação de altura de comedouro para machos mais altos e femeas mais baixos com grade. Ração de macho e femea são diferentes pois machos são maiores que femeas, tem necessidades nutricionais diferentes. Macho perde comendo ração da femea pois não tem quantidade de nutrientes suficiente. Silos de ração: sempre em dois. Capacidade de consumo para 5 dias. Precisa-se de fechamento hermético para evitar contaminações e queda de desempenho. Para limpar silos, sempre em troca de lotes. Tem acesso em cima e acesso para coleta de amostra mais abaixo. Manejo da temperatura do galpão: Tipos de ventilação: natural (dinâmica ou térmica) ou artificial (pressão positiva, pressão negativa). Se o galpão estiver bem localizado, não se precisa comprar tantos equipamentos para fazer ventilação artificial. Na natural, a única coisa a fazer é o manejo de cortinas. Ventiladores ficam em cima pois a troca de calor é por convecção, ar quente sobe e é jogado para fora. Problemas da climatização: ou se precisa esfriar ou aquecer os frangos. Há uma fase da vida dos frangos que se precisa aquece-los, o que é o maior problema, manejo de resfriamento é mais simples de dar conta. 7 primeiros dias de vida precisam de aquecimento, pois filhotes não conseguem regular temperatura direito. Ar quente deve se manter isolado dentro do galpão, o que é difícil na nossa região; existem aquecimentos de ar forçado, do tipo campanula ou sob o piso. Explicações nos slides. Recomendação geral: campanula na fase inicial. Aquecedores de ambiente do tipo fornalha podem ser usados como fonte complementar de calor. Em galpões velhos, não se vale a pena investir numa fornalha, pois depende de isolamento de galpão, nesse caso calor radiante é mais eficiente. Ar forçado para galpões com isolamento....


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