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ISOSTRETCHING E MÉTODO KLAPP RESUMO Isostretching é uma técnica que trabalha com alongamentos, fazendo contrações isométricas nos músculos trabalhados. Essa técnica tem como finalidade resgatar a flexibilidade que perdemos ao longo dos anos pela falta de exercício físico, envelhecimento e aos movimentos repetitivos, melhorar posturas e crises álgicas na coluna. O Isostretching trabalha com o corpo de acordo com cada exercício proposto, sendo a sua peça principal a coluna vertebral, e depois os membros e a cabeça. O método de Klapp consiste em alongamento e fortalecimento da musculatura do tronco. Os exercícios realizados nesse método baseiam-se no tratamento e fortalecimento da musculatura de tronco na posição de gatas, é realizados amplos movimentos. Ambos métodos, tanto o de Isostreching e o de Klapp tem diversas indicações; sendo métodos acessíveis e de bom resultado. 1 INTRODUÇÃO

A técnica Isostretching foi desenvolvida por Bernard Redondo em 1974 (MONTE-RASO, et al 2009). Essa técnica é classificada como um método postural global, visto que os exercícios são executados em uma posição vertebral de máximo alinhamento possível, com toda a musculatura corporal sendo recrutada e exigindo da coluna vertebral uma atitude de auto alongamento (CARVALHO, A. R.; ASSINI, T. C. K. A, 2008). O método Klapp é uma técnica antiga, sendo desenvolvida por Rudolph Klapp em 1940, que trabalha o alongamento e fortalecimento da musculatura do tronco por meio de posições em gatas e joelhos semelhantes aos quadrúpedes (IUNES; et al. 2010).

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2 ISOSTRETCHING 2.1 Definição

O isostretching é classificado como um método postural. É uma modalidade de atividade física com finalidades terapêuticas, considerado como terapia complementar para o tratamento dos desequilíbrios posturais. Seu objetivo é fortalecer e estabilizar a musculatura, limitando tanto o relaxamento quanto a retração da mesma, corrigindo a postura e melhorando a capacidade respiratória (CARVALHO, A. R.; ASSINI, T. C. K. A, 2008). O método promove consciência corporal, aprimoramento do controle neuromuscular‚ estabilização muscular, mobilidade articular, tonicidade, força, e, especialmente, controle respiratório (CARVALHO, A. R.; ASSINI, T. C. K. A, 2008). Embora este recurso terapêutico seja habitualmente utilizado no meio clínico, são limitados os estudos que justificam o seu uso. A maioria das poucas pesquisas existentes sobre o método isostretching focou-se em variáveis da aptidão musculoesquelética (CARVALHO, A. R.; ASSINI, T. C. K. A, 2008). Esse método se baseia em exercícios que focam o alongamento e fortalecimento corporal. É considerado um método postural, pois os exercícios são realizados na posição correta da coluna, respeitando suas curvaturas fisiológicas. Todo o corpo é trabalhado a cada exercício, sendo considerado um método global, pois contração e alongamento são incluídos em cada postura. E Ereto, porque há o trabalho da musculatura paravertebral na solicitação do autocrescimento (MACEDO, C. S. G., 2006). 2.2 Indicações:



Alterações posturais: hiperlordose, hipercifose, escoliose



Algias musculares crônicas



Idosos sedentários



Doenças decorrentes do trabalho (LER/DORT)



Compressões articular



Hérnia de disco

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2.3 Contraindicações:



Tumores



Cardiopatias severas



Pacientes com dores agudas

2.4 Método Essa técnica foca alongamento e fortalecimento corporal, sendo assim, os exercícios devem ser realizados na posição correta da coluna vertebral, devendo-se respeitar suas curvaturas fisiológicas (MACEDO, et al 2017). Durante os exercícios todo o corpo é trabalhado devido à inclusão de contração e alongamento em cada postura (MACEDO, et al 2017). A manutenção das posturas é realizada durante uma expiração prolongada, ao mesmo tempo em que é feita uma contração isométrica excêntrica da musculatura vertebral profunda (MONTE-RASO, et al 2009). Essa técnica trabalha o autocrescimento, o fortalecimento isométrico, o alongamento global, a respiração e o posicionamento correto entre o quadril e a coluna, estimulando a coordenação, a propriocepção e a percepção corporal do paciente (MACEDO, et al 2017). A essência dessa técnica ocorre por meio de um esforço da musculatura profunda, da flexibilidade, da mobilidade articular, do controle respiratório e da concentração mental. Sendo assim, a amplitude de movimento adequada e a flexibilidade melhoram a qualidade de vida do indivíduo (TABORDA, et al. 2015). A técnica Isostretching prepara e protege a musculatura de uma retração que possa ocorrer por falta de atividade física, podendo ser indicada para todas as idades e capacidade físicas (MONTE-RASO, et al. 2009). 2.5 Efeitos Fisiológicos O método Isostretching mostra-se eficiente para diminuir a incapacidade e dor, bem como aumentar a resistência muscular de abdominais, glúteo máximo e extensores de tronco nos pacientes com lombalgia. Os movimentos empregados

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levam em consideração a postura da coluna, o que promove o alongamento dos músculos paravertebrais, importantes para sustentação da postura. Da mesma forma, promove o posicionamento ideal do quadril no sentido de se manter o alinhamento da coluna, e também o alongamento dos músculos posteriores dos membros inferiores. Para se obter um condicionamento muscular, também é enfatizado movimentos respiratórios, como uma longa e profunda expiração para o fortalecimento da musculatura paravertebral. Todos os exercícios são realizados em expiração profunda e controlada para melhorar a mobilidade do diafragma, ritmar o tempo de trabalho e controlar a contração abdominal.

2.6 Efeitos terapêuticos Os efeitos terapêuticos do Isostretching são:



Aumento da flexibilidade;



Aumento da ADM:



Controle da capacidade respiratória;



Aumento da resistência e elasticidade;



Melhora da circulação sanguínea e linfática;



Diminuição da gordura corporal global, dentro de sua composição corporal;



Melhora da postura;



Diminuição de tensões e aumento da força;



Proporciona mais disposição aos pacientes que realizam suas atividades

diárias e outros exercícios.

(ABIB, 2007)

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3 MÉTODO KLAPP 3.1 Definição O método Klapp é uma técnica antiga que é utilizada na prática clínica e, no entanto, pouco pesquisada. Essa técnica consiste em alongamento e fortalecimento da musculatura do tronco por meio de posições semelhantes aos quadrúpedes. Esse método foi criado por Rudolph Klapp em 1940. Ele estudou e observou que os quadrúpedes não apresentavam escoliose, enquanto os humanos, pela ação da gravidade na posição bípede, desenvolviam essa patologia (IUNES; et al. 2010). 3.2 Indicação:



Escoliose

3.3. Contraindicações :



Obesidade



Patologias de joelho



Limitação de movimento



Hiperfrouxidão ligamentar



Quadro álgico aumentado



Cervicalgia aguda. (LEMOS)

3.4 Método O método foi desenvolvido para tratar os desvios laterais da coluna vertebral, sendo necessário o relaxamento dentro da posição inicial, baseando-se nos princípios de mobilização, alongamento, fortalecimento e correção. Em sua posição inicial deve-se apoiar sobre as mãos e os joelhos, com os braços estendidos, dedos das mãos para frente, as mãos apoiadas em distância biacromial, cabeça em

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extensão axial, ângulo reto entre a coxa e a perna e pontas dos pés em contato com o solo (PEREIRA, et al. 2014). Durante a execução da técnica é necessário intercalar movimentos respiratórios e de relaxamento. O movimento mão-braço precede o deslocamento do joelho, sendo o comando verbal muito importante ao longo da realização da técnica. Os movimentos devem ser feitos em linha reta, utilizando material para proteger as articulações. Os exercícios realizados são: Marcha em quatro apoios, Deslizar, Deslizar com movimento de cobra, Pulo do coelho, Virar o braço, Arco grande, Engatinhar perto do chão, Grande curva, Marcha em quatro apoios com lançamento do braço à frente e extensão da perna e Andar de joelhos com extensão (LEMOS).

3.5 Efeitos terapêuticos Os efeitos terapêuticos do método Klapp são: 

Correção postural;



Diminuição das curvaturas vertebrais;



Aumento da flexibilidade;



Fortalecimento muscular;



Alongamento. (LUNES; et al. 2010)

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4 CONCLUSÃO A técnica Isostretching promove fortalecimento e estabilização muscular. Os exercícios respeitam as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, trabalhando o corpo como um todo, sendo assim, é considerado um método global. O método é indicado principalmente para tratamento de alterações posturais, trabalhando principalmente o autocrescimento, podendo aumentar a flexibilidade, a amplitude de movimento e melhorar a postura. O método Klapp consiste em posições semelhantes aos quadrúpedes, que alongam e fortalecem a musculatura do tronco. Em sua execução deve-se intercalar movimentos respiratórios e de relaxamento, sendo indicado principalmente para pacientes que apresentam escoliose e outras alterações posturais.

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REFERÊCIAS

ABIB, A. P. P. C. Os efeitos do método isostretching na composição corporal de mulheres sedentárias. 2007. CARVALHO, Alberito Rodrigo; ASSINI; T. C. K. A. Aprimoramento da capacidade funcional de idosos submetidos a uma invenção por isostretching. Revista Brasileira de Fisioterapia, V. 12, n. 4, 2008.

http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/09/OS-EFEITOS-DO-METODOISOSTRETCHING-NA-COMPOSICAO-CORPORAL-DE-MULHERESSEDENTARIAS-.pdf> Acesso dia 03 de Novembro de 2017.

IUNES, Denise H. et al. Análise quantitativa do tratamento da escoliose idiopática com o método klapp por meio da biofotogrametria computadorizada. Rev bras fisioter, v. 14, n. 2, p. 133-40, 2010. LEMOS, Thiago Vilela. Apostila de Cinesioterapia II. Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO. Disponível em: https://pt.slideshare.net/nathafisioterapia/ apostila-cinesioterapia-basica. Acesso em: 03 de novembro de 2017.

LUNES, D. H.; CECÍLIO, M. B. B.; DOZZA, M. A.; ALMEIDA, P.R.Quantitative photogrammetric analysis of the Klappmethod for treating idiopathic scoliosis. RevBrasFisioter, São Carlos, v. 14, n. 2, p. 133-40, mar./abr. 2010. MACEDO, Christiane de Souza Guerino; DEBIAGI, Polyana Cortizo; DE ANDRADE, Fernanda Marçola. Efeito do isostretching na resistência muscular de abdominais, glúteo máximo e extensores de tronco, incapacidade e dor em pacientes com lombalgia. Fisioterapia em movimento, v. 23, n. 1, 2017. MACEDO, C. S. G. Isostretching como prevenção e tratamento das lesões desportivas. 2006. Disponível em: www.fisioesporte.com.br. Acesso: 03 out.2017.

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MONTE-RASO, Vanessa Vilela et al. Efeito da técnica isostretching no equilíbrio postural. Fisioterapia e pesquisa, v. 16, n. 2, p. 137-142, 2009. PEREIRA, Mariane Vieira et al. Proposta de Protoloco de Tratamento Fisioterapêutico na Escoliose Idiopática. 2014.

REDONDO, B. Isostretching: a ginástica da coluna. Piracicaba: SkinDirectStore; 2001.

TABORDA, Carlos Fernando et al. Método Isostretching como tratamento da dor lombar. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, v. 6, n. 4, 2015....