Laminite Equina PDF

Title Laminite Equina
Author Maiara Ferraz
Course Clínica Médica de Grandes Animais
Institution Universidade Federal de Santa Maria
Pages 10
File Size 259.2 KB
File Type PDF
Total Downloads 100
Total Views 131

Summary

Resumo expandido sobre laminite equina abortando as principais características, tratamento e prejuízos ao produtor....


Description

LAMINITE: CARACTERÍSTICAS, TRATAMENTO E PREJUÍZOS AO PRODUTOR.

Sumário 1.0 Introdução.......................................................................................4 2.0 Objetivo geral:.................................................................................5 3.0 Metodologia....................................................................................5 4.0 Cronograma.....................................................................................6 5.0 Orçamento.......................................................................................7 6.0 Texto................................................................................................7 7.0 Considerações finais......................................................................10 Referência............................................................................................11

2

1.0 Introdução Conforme Assis (2016), a laminite é uma inflamação nas lâminas do casco, sendo também uma doença perivascular periférica que se manifesta por uma diminuição na perfusão capilar no interior do membro, quantidades significativas de desvios arteriovenosos, necroseisquêmica das lâminas e dor, podendo levar a um grau de rotação ou afundamento da terceira falange, dependendo das lesões causadas. Segundo Hood (1999), ela pode afetar os quatro membros do animal, porém os membros torácicos são mais afetados, já que dão apoio a mais da metade do seu peso. Para Shearer(1996) e Stanek (1997), as principais perdas econômicas por laminite, neste caso em bovinos, são relacionadas à baixa produção de leite, redução da performance reprodutiva, descarte precoce, descarte de leite por uso de medicamentos, manejo adicional dos animais com problemas e morte. Isso acontece porque segundo Gabarino (2004) asvacas claudicantes têm 3,5 vezes mais chance de apresentar diminuição das funções ovarianas se comparadas com as vacas normais. A dor, desconforto e perda da condição corporal resultam em imunossupressão, com consequente elevação de problemas de saúde, como mastite e metrite, causando diminuição na produção de leite e problemas reprodutivos. Já para Nicoletti et al (2000) os equídeos também sofrem com pododermatite asséptica difusa (laminite) já que a mesma causa alterações vasculares inflamatórias nos tecidos laminares sensitivos. Para eles, os equídeos, principalmente, os pôneis são muito suscetíveis, com incidência até quatro vezes maior do que nos demais. Os autores também relatem que cavalos castrados possuem menos chances de desenvolver laminite, ao passo que animais na faixa etária de 4 a 10 anos estatisticamente apresentam maiores índices de laminite, assim como cavalos que são transportados e permanecem por vários dias em decúbito quadrupedal, sem alimentação e ingestão de água adequadas, podem desenvolver a forma aguda da laminite. Diante disso, nesse trabalho traremos como problema os fatores fisiológicos que essa doença causa ao animal. E optamos por escolher essa doença, pois é muito importante conhecê-la, já que ela irá trazer prejuízos a saúde, produção e bem estar do animal e consequentemente ao proprietário. 3

2.0 Objetivo geral: Identificar os prejuízos associados ao desenvolvimento da laminite; 2.1 Objetivos específicos:

Descrever os sintomas associados ao desenvolvimento da laminite; Identificar em bovinos de leite as consequências dessa doença; Verificar os prejuízos relacionados ao desenvolvimento da doença; Relacionar as causas da laminite e as formas de evitar ou minimizar os prejuízos da mesma;

3.0 Metodologia Esse projeto de pesquisa não consiste em contabilizar quantidades como resultado, mas sim conseguir compreender o comportamento da doença laminite, tornando-se uma pesquisa qualitativa, exploratória pois visa proporcionar uma maior familiaridade com o problema, tornando-o mais explícito e bibliográfica já que estamos utilizando materiais já publicados para construirmos esse projeto. Serão utilizados como base de dados pesquisas de artigos na internet em sites como scielo, ebsco e o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo. Para o desenvolvimento desse projeto, usaremos um artigo do ano de 2000 e os demais a partir de 2008 até 2016. E como palavras-chaves: sintomas, causas e prejuízos. A coleta de dados foi feita em grupo, utilizando a internet e será aplicada a interessados em obter os conhecimentos sobre a laminite, principalmente para a área da medicina veterinária.

4

4.0 Cronograma Atividade

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

2017 x

2017

2017

2017

2017

2017

x

x

x

x

Escolha do tema Seleção dos artigos Fichamento Escrita do texto Consideraçõe s finais Apresentação

x

x

x

x

x x

x

5.0 Orçamento

5

Natureza da Despesa

Quantidad e

Valor (R$) Unitário

Fonte do Recurso

Total

BENS DE CUSTEIO Material de Consumo 110

Xerox/ Impressão Impressão do banner Internet

R$0,15

R$16,50

_

_

R$90,00

4 GB

_

R$160,00

360 R$ 1,38 passagens

R$496,80

Passagem Rodoviária/Aérea Transporte público

Total Geral

R$

R$763,30

6.0 Texto Conforme Nicoletti et al. (2000) a pododermatite asséptica difusa (laminite) é uma doença com pouca frequência, todavia ao acontecer acomete o aparelho locomotor do animal causado no mesmo a rotação a falange distal já que há uma redução da perfusão sanguínea no local que forma os “shunts” arteriovenosos e trombose no estojo córneo. Segundo Reis (2014), o quadro agudo de laminite é caracterizado pelo início do aparecimento de sinais clínicos que influem claudicação, dor na região da pinça do casco, depressão, anorexia, alternância marcada pelo apoio de membros, relutância em se movimentar, aumento do pulso das artérias digitais à palpação e aumento de temperatura sobre a parede do casco e banda coronária. Tremores musculares, aumento da freqüência respiratória e temperatura retal, além de sinais de ansiedade também podem ser observados. A laminite crônica é a continuação do processo agudo e tem inicio com o primeiro sinal de deslocamento da falange distal dentro da cápsula do casco. Esta pode pode durar, indefinidamente, com sinais clínicos que abrangem claudicação amena constante, dor severa no membro, degeneração das junções lamelares, decúbito, deformação na parede do casco e esfacelamento do casco.

6

Ele conceitua a doença como uma desordem metabólica sistêmica já que consegue afetar diversos sistemas, tais como o sistema cardiocirculatório, renal, endócrino, o equilíbrio hidroeletrolítico e a coagulação sanguínea. De acordo com Veronezi (2008) os processos vasoativos alterados e a coagulopatia são responsáveis pela perfusão capilar diminuída e pela necrose isquêmica que ocorre nas lâminas do casco. Já Nicoletti et al (2000) relata que essa doença pode ser acometida por vários fatores dentre eles se encontram, a alta concentração de carboidratos. Isso ocorre, pois quando o animal recebe uma dieta de grãos que possuem alto nível de carboidratos, promove alterações na microbiota do ceco. Em consequência disso, bactérias produtoras de ácido lático, produzem mais do mesmo, reduzindo o pH do organismo e causando a lise de bactérias gramnegativas. Isso libera a cadeia de lipopolissacarídeos que são constituídos de endotoxinas com poderes vasoativos que ultrapassam a barreira intestinal alcançam a corrente sanguínea, desencadeando o quadro de laminite. Outra causa de pododermatite asséptica é a mecânica que é o transporte do animal ou o trabalho de tração que exige muito do aparelho locomotor em solos duros. E há também a que surge de uma causa infeciosa, ou seja, o animal se encontra com pneumonia, por exemplo, a bactéria causadora libera endotoxinas que pode desencadear a laminite. Essa doença pode surgir com fase aguda, podendo evoluir e se tornar crônica. Quando se apresenta em fase aguda os principais sintomas é a hipertensão, taquicardia, elevação dos níveis de lactato plasmático, moderada acidose metabólica e estresse. Em estado crônico vai surgir, principalmente, problemas renais e necrose medular, por causa do uso de anti-inflamatórios. Segundo Pierezan (2009) o tratamento na fase aguda visa a prevenção da rotação da falange distal e diminuição dos níveis de vasoconstritores e hipertensores sistêmicos, utilizando analgésicos, que visam à diminuição de secreção de catecolamina (vasoconstritor) pelas glândulas adrenais. Já o tratamento da laminite crônica é feito para prevenir maiores danos à pata, como a rotação progressiva da falange distal, e às lesões sistêmicas. O princípio básico para o tratamento inclui a aparação do casco para tentar re-estabelecer o alinhamento paralelo da falange distal com a superfície da sola e proteger a sola dolorida de pressões e traumas. Após a aparação, recomenda-se a colocação de um polímero para corrigir o defeito no ângulo da sola aparada. Em seguida é feita a colocação de bota, que visa a diminuição da dor, fornecendo maior apoio no local e a correção gradativa do posicionamento da falange. 7

A laminite é de cunha importância, por isso deve-se cuidar com cautela. Ela traz muitos prejuízos não só aos animais, mas também aos seus proprietários. Essa patologia não é específica de um determinado animal, sendo assim, causa prejuízos variados. As vacas de leite é um exemplo, pois possui sua produção e reprodução extremamente afetadas. Já que o leite das mesmas é sexto produto mais importante e a diminuição da sua produção causa um desfalque econômico muito grande. De acordo com Canesinet al (2008) claudicação nas vacas esta relacionada à baixa produção de leite, redução reprodutiva, descarte precoce, descarte de leite por uso de drogas, manejo adicional dos animais com problemas e morte. Tudo começa com a perda de peso corporal com a baixa de ingestão de alimentos associado com dor, desconforto e imunossupressão, eleva os índices de mastite e problemas reprodutivos. Para Cook (2002) 23% de vacas leiteiras claudicantes em uma propriedade gera um custo adicional de US$12,162.00/100 vacas confinadas, e de US$122.00/vaca/ano. Os equinos também sofrem com a laminite. Conforme Paz (2013) a uma relação da obesidade com a laminite, a hipótese é que equinos obesos de raças nacionais, como o cavalo crioulo tem maior chanceà hiperinsulinemia e à laminite e que alterações na relação morfologicas entre a falange distal e o estojo córneo podem ocorrer nesses animais mesmo antes que qualquer alteração clínica sugestiva de laminite seja detectada. Busch (2009) relaciona então a patologia equina com prejuízos não só ao animal mas também ao seu proprietário visto que os animais são afastadas de corridas ou do trabalho de tração vindo a acarretar déficit econômico. De acordo com Silva et al (2013) casos crônicos de laminite em equídeos podem ter como uma ultima solução eutanásia. O tratamento da eutanásia é baseado em procedimentos médicos, físicos, cirúrgicos, dietéticos e auxiliares, de acordo com Nicoletti et al (2000). Para evitar a claudicação é necessário haver um manejo adequado do animal, não expondo ele a situações que exijam uma força excessiva dos membros torácicos e pélvicos, uma alimentação balanceada.

8

7.0 Considerações finais A laminite é uma doença que deve-se ter conhecimento, pois esta relacionada ao bem-estar animal e a economia sendo que com a presença da enfermidade há uma redução na reprodução, produção e o descarte animal.

9

Referência HOOD, D.M. Laminitis in the horse. Vet. Clin. N. Am.: Equine Pract., v.15, p.287- 294, 1999. ASSIS, Larissa. Grandes animais: Laminite equina, desafio veterinário. VetSmart,p.1, (2016). Disponível em: . Acesso em 18 de abril de 2017. CANESIN, Renato et al. Laminite: prejuízos econômicos na bovinocultura leiteira. Revista científica eletrônica de medicina veterinária, p.3, (2008). Disponível em: . Acesso em 18 de abril de 2017. NICOLETTI, José Luiz et al. Patofisiologia e tratamento da pododermatite asséptica difusa nos equinos – (Laminite eqüina). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 3, n. 2 (2000). Disponível em:. Acesso em 8 de maio de 2017. VERONEZI, Guilherme et al. Laminite Equina. Revista científica eletrônica de Medicina Veterinária, n. 11 (2008). Disponível em: . Acesso em 15 de maio de 2017. REIS, Fernanda Baldi. Laminite Equina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, (2014). Disponível em:Acesso em 15 de maio de 2017. BUSCH, Leandro. Atualidades no tratamento da laminite em equinos. UNESP (2009). Disponível em:Acesso em 15 de maio de 2017. SILVA, Gabriele Biavaschiet al. Laminite crônica em equídeos da raça Crioula: características clínicas e radiográficas. Scielo, v.43, n.11, p.2025-2030, (2013). Disponível em:Acesso em 15 de maio de 2017. PIEREZAN, Felipe. Prevalência das doenças de equinos no Rio Grande do Sul. Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, p. 62-64 (2009). Disponível em: Acesso em 15 de maio de 2017. C.F.R. Paz. Relação entre obesidade, insulina plasmática e posicionamento da falange distal em equinos da raça Crioula. Scielo, vol. 65 (2013). Disponível em: Acesso em 15 de maio de 2017.

10...


Similar Free PDFs