Lesões ligamentares PDF

Title Lesões ligamentares
Course Traumato Ortopedia
Institution Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
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Lesões ligamentares...


Description

Lesões ligamentares O que são? Nosso corpo é repleto de ligamentos nas mais variadas partes como joelho, tornozelo, mão, ombro e pé. Os ligamentos são estruturas que ligam um osso ao outro e tem função de estabilização. Normalmente, os casos mais comuns são os rompimentos de ligamentos em virtude de um grande esforço, quando são alongados mais do que o normal.

Sintomas: As lesões de ligamento provocam bastante incômodo e outros quadros de acordo com a região acometida. Cada um deles vai depender da parte que foi afetada. Em geral, os sintomas mais comuns são dores, inchaços, dificuldade de locomoção e dificuldade de movimentação do membro. É essencial procurar um profissional da área (fisioterapeuta ou médico), para diagnósticos finais.

Exemplo de lesão ligamentar: Entorse de tornozelo:

A lesão, geralmente, ocorre quando alguém, acidentalmente, mobiliza o tornozelo de forma anormal, ou seja o tornozelo é “torcido”. São exemplo de movimentos anormais a torção do pé (torcer o pé), rotações e rolamentos do pé. Este movimento pode levar os ligamentos a estirarem (fazer uma distensão ou esticar para além do normal, criando problemas na sua função) ou mesmo, nos casos mais graves, a romper (rasgar). Uma lesão onde ocorre o rompimento dos ligamentos (rotura) é mais grave quando comparada com uma lesão onde ocorre apenas estiramento dos ligamentos, conforme veremos adiante com maior detalhe. Existem essencialmente dois tipos de entorse do tornozelo. Os entorses mais frequentes são os que ocorrem com inversão do pé, que se define por forçar a articulação para o lado de dentro (“o pé está preso ao solo pela carga e o corpo roda para fora”). Por sua vez, em casos mais raros podem ocorrer entorses em eversão do pé (mecanismo contrário ao de inversão). A lesão ligamentar externa (do ligamento lateral externo ou ligamento da “parte de fora”) é a mais frequente e a maioria das vezes ocorre de forma incompleta, ocorrendo maioritariamente no entorse por inversão.

Graus da Entorse: Entorse de Grau 1 (Ligeira)  

Estiramento leve e roturas microscópicas das fibras dos ligamentos; Alguma sensibilidade e edema (inchaço) em redor do tornozelo.

Entorse de Grau 2 (Moderada)   

Ruptura parcial do ligamento; Sensibilidade moderada e edema ao redor do tornozelo; Se o médico mover o tornozelo em determinadas posições, há um movimento anormal da articulação do tornozelo.

Entorse de Grau 3 (Grave)   

Ruptura completa (ou total) do ligamento; Sensibilidade e edema significativos ao redor do tornozelo (dores muito fortes e tornozelo muito inchado) que surge de imediato; Se o médico puxar ou empurrar a articulação do tornozelo em certos movimentos, ocorre desequilíbrio substancial.

Tratamento: O tratamento da entorse do tornozelo deve ser realizado de acordo com a gravidade da lesão. Habitualmente, em entorses de grau 1 é suficiente realizar os seguintes tratamentos em casa, após diagnóstico e orientação médica: 

Repouso - deve realizar repouso articular do tornozelo, não caminhando sobre ele. Utilizando muletas, se necessário, para permitir marcha protegida com carga parcial.



Gelo - fazer a aplicação de gelo ajuda a reduzir a dor e o edema (desinchar). Não coloque o gelo diretamente na pele (use um pano fino, como um lenço ou uma fronha de almofada, entre a bolsa de gelo e a pele). Não faça gelo por mais de 20 minutos de cada vez para evitar uma ulceração produzida pelo frio.



Compressão - pode ajudar a controlar o edema, bem como a imobilizar e suportar a lesão. A compressão pode ser feita através de uma ligadura na fase inicial e posteriormente através da utilização de um pé elástico ou meia elástica. A compressão ajuda a controlar o edema (inchaço) e fornece estabilidade, enquanto os ligamentos cicatrizam.



Elevar - eleve o pé reclinando-o e apoiando-o para que fique acima da cintura. Pode deitar-se e colocar o pé sobre umas almofadas para ficar mais alto.

Para uma entorse de grau II, devem seguir-se as indicações anteriores, dando mais tempo para a recuperação. Caminhar pode ser difícil durante este período e o seu médico vai recomendar utilização de muletas. Na fase inicial é importante apoiar o tornozelo e protegê-lo de movimentos repentinos, podendo ser necessário imobilizar com uma tala o tornozelo. Uma entorse de grau III coloca em risco a estabilidade permanente no tornozelo. Para os entorses graves do tornozelo e de modo a permitir maior estabilidade da articulação, o seu médico pode considerar benéfico realizar uma imobilização gessada (aplicar gesso na perna e pé) ou usar uma “bota walker” que permite uma maior estabilidade do tornozelo. Nestes casos (entorse de grau 3), tal como nos anteriores, raramente é necessário tratamento cirúrgico inicial, mesmo em atletas de competição. Os medicamentos (ou remédios) anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), como o ibuprofeno e o naproxeno, podem ajudar aliviar a dor e reduzir o edema (inchaço) seja qual for a gravidade do entorse e complementar o tratamento caseiro anteriormente descrito. O doente pode tomar os anti-inflamatórios em comprimidos ou, então, aplicar pomada na zona afetada. Este tratamento medicamentoso deve ser sempre prescrito pelo médico e realizado de acordo com a receita médica. O doente não deve em caso algum automedicar-se. Alguns entorses exigirão tratamento de fisioterapia adicional ao tratamento indicado anteriormente. Os exercícios de reabilitação são usados para prevenir rigidez, aumentar a força do tornozelo e evitar problemas crónicos. O seu médico pode encorajá-lo a colocar algum peso no tornozelo enquanto estiver protegido, isso pode ajudar no processo de reabilitação. O tratamento fisioterapêutico, habitualmente, inclui: 

Numa fase inicial, para evitar a rigidez, o seu médico ou fisioterapeuta irá recomendar exercícios que envolvem movimentos de amplitude controlados do seu tornozelo, sem resistência.



Assim que possa suportar peso sem aumentar a dor ou o edema, serão adicionados ao seu plano exercícios para fortalecer os músculos e os tendões na frente e na face posterior da perna e do pé. Os exercícios na água poderão ser usados se os exercícios de fortalecimento de solo, tais como elevação dos dedos dos pés, forem muito dolorosos. Exercícios de resistência são adicionados assim que tolerados.



Os exercícios de resistência e agilidade podem ser iniciados, assim que já não sinta dor. Correr “em oitos” cada vez mais pequenos é excelente para agilidade e força da parte posterior da perna e do tornozelo. O objetivo é aumentar a força e a amplitude de movimento à medida que o equilíbrio melhora ao longo do tempo.



Finalmente, podem ser realizados exercícios de propriocepção (equilíbrio). Um mau equilíbrio, geralmente, leva a repetir entorses e contribui para a instabilidade no tornozelo. Um bom exemplo de um exercício de equilíbrio é estar apoiado no pé afetado, com o pé oposto erguido e os olhos fechados. As pranchas de equilíbrio também são, frequentemente, utilizadas nesta fase da reabilitação.



Nos desportistas, para possibilitar uma recuperação mais rápida e o retorno à atividade desportiva, podem ser prescritos programas específicos de reabilitação, mas sempre com o cuidado de prevenir novas entorses....


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