Livro - O que é Realidade? PDF

Title Livro - O que é Realidade?
Course INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO SUPERIOR
Institution Universidade Católica de Brasília
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Summary

Resumo dos capítulos do livro. Tese: Conceito de realidade e como é possível que nós não saibamos defini-la de forma específica. O autor nos mostra como se constrói a realidade, como a mantêm, a aprende e como ela está sendo explicada em outras ciências....


Description

Referência bibliográfica DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é Realidade. Editora Brasiliense: São Paulo, 1994 (Coleção Primeiros Passos). Autor – histórico: Prof. Dr. João Francisco Duarte Júnior possui Doutorado em Filosofia da Educação e Mestrado em Psicologia Educacional. Fez várias publicações,incluindo: Fundamentos Estéticos da Educação (Campinas, Papirus Ed.) ; O Que é Realidade (São Paulo, Ed. Brasiliense); O Que é Beleza (São Paulo, Ed. Brasiliense); Itinerário de Uma Crise: A Modernidade (Curitiba, Ed.UFPR);e O Sentido dos Sentidos: A Educação (do) Sensível (Curitiba, Criar Edições). É docente na aréa de Fundamentos Filosóficos da Arte-Educação e na Teoria das Artes: Estesia e Estética na Crise Contemporânea . Tese: A obra O que é realidade tem o intuito de explicar o conceito de realidade e como é possível que nós não saibamos defini-la de forma específica. É necessário entender que não existe apenas uma realidade presente, existem multiplas realidades e de forma relativa. O que pode ser normal em um determinado grupo ou em uma determinada cultura , pode não ser visto com ‘bons olhos em outros lugares com percepções diferentes da vida. Como por exemplo a instituição do relacionamento matrimonial. Vivemos em um país onde as pessoas são monogamicas, ou seja, só possuem um parceiro, se olharmos alguns países orientais , vemos que é possível o casamento com mais de uma pessoa. Mas este costume não está inserido na nossa cultura, ou seja na nossa realidade, cotidiano. Ao decorrer do livro o autor nos mostra como se constroi a realidade, como a mantêm, a aprende e como ela está sendo explicada em outras ciências.

Capítulo I – “Cai na real” Tendo em vista o que o autor expõe no livro, percebe-se que a realidade não é uma só, ela é diversa para cada individuo, como ele vive e se relaciona com os outros é que vai definir sua percepção do mundo. Como o autor diz: “Nota-se que, na verdade, talvez não devêssemos falar de realidade, e sim de realidades, no plural. O mundo se apresenta com uma nova face cada vez que mudamos a nossa perspectiva sobre ele. Conforme a nossa intenção ele se revela de um jeito. (p.12)” Ou seja, por meio dessa citação, conclui-se que cada pessoa tem uma percepção diferente da realidade, vê as coisas do seu jeito e agrega um significado a elas, dependendo do meio onde está inserido. Para cada pessoa haverá uma realidade distinta.

A maneira que o homem vive, é que vai determinar a sua realidade e a sua verdade. Ele é quem pegará as coisas ao seu redor e as levará para o seu cotidiano. Conforme o autor cita “O homem não é um ser passivo, que apenas grava aquilo que se apresenta aos seus sentidos. Pelo contrário: o homem é o construtor do mundo, o edificador da realidade. Esta é construída, forjada no encontro incessante entre os sujeitos humanos e o mundo onde vivem.(p.13)”

Com isso, vale destacar que o homem se vê submetido a realidade, mas na verdade ele é quem a controi, a partir de sua interpretação das coisas e do sentido que ele vê nelas, de acordo com os grupos sociais e culturais ao qual está encaixado.

Capitulo II – “No princípio era a palavra” Ser humano, da espécie Homo sapiens, do latim “homem sábio”. Levando isto em consideração sabemos que somos capazes de raciocinar, e transmitir este raciocínio por meio da comunicação. Este fato é que nos diferencia das demais espécies. “O homem pode pensar em si próprio, tomar-se como objeto de sua reflexão. E isto só é possível graças à linguagem: sistema simbólico pelo qual se representa as coisas do mundo, pelo qual este mundo é ordenado e recebe significação. (p.19)” Por meio da nossa consciência, é possível que tenhamos pensamentos racionais e assim definimos o mundo com nossa percepção. O mundo é definido por nós a partir dos conceitos que usamos. Quanto maior for o nosso vocabulário, maior o mundo se torna. O homem não está preso ao seu corpo, com o uso da sua consciência ele pode se deslocar para vários lugares por meio do pensamento. Pensamento,o qual proporciona que ele faça projeções de sua vida e coordene o rumo que ela levará. “Neste sentido é que, em linguagem filosófica, se fala da transcendência humana: o homem transcende, vai, além da imediatividade do aqui e agora em que esta o seu corpo.(p.20)” Sendo assim, o indivíduo tem a vida e agrega a ela um valor, ele tem a possibilidade de refletir sobre ela e levar a sua mente tanto para o passado, como para o futuro. Interpetando, assim, sua realidade.

Capitulo III – “A Edificação da realidade” À medida que vivemos , tornamos as coisas ao nosso redor como parte da nossa rotina, aquilo que está mais próximo, é estável na minha realidade

predominante, outras coisas que estão mais distantes fazem parte do meu cotidiano, mas não da minha realidade. “A realidade preponderante é sempre a do dia-a- dia, e já foi afirmado que mesmo esta realidade possui uma região que é mais clara e evidente (aquela ao alcance de nossa manipulação).(p.34)” Inúmeras variáveis fazem parte dos meus hábitos diários, mas poucas influenciam na minha vida. Somente os ambientes em que eu atuo e sou capaz de manipular fazem parte do meu mundo. Por meio da interação social a realidade é criada. As instituições são concretizadas a partir do estabelecimento de determinas atitudes e habitos. Como o autor cita: “Esta é a estranha dialética que rege o mundo humano: o homem cria sua realidade através das instituições, que lhe dão uma estrutura social.(p.44)” Estas instituições edificam a realidade das pessoas pois elas são tranformadas em coisas (reificadas). E esta transformação faz com que exista o controle social, tornando a instituição soberana e o homem submisso a estes hábitos que se tornaram verdade.

Capítulo IV – “ A manutenção da realidade” A partir da construção do universo simbólico, o indivíduo se vê submetido aquela realidade e aqueles costumes. Não é possível que apenas um queira mudar todo este universo, pois ele possui maneiras de evitar mudanças em sua estrutura. “Um ponto, porém, deve ficar claro: é impossível ao indivíduo sozinho manter uma concepção discordante do universo simbólico em que está. Sozinho ninguém constrói uma (nova) realidade. Alternativas a um determinado universo simbólico apenas são possíveis quando sustentadas por um grupo de indivíduos divergentes, que mantêm e compartilham entre si esta diferente visão da realidade.”(p.59)

Para que alguma mudança ocorra é necessário que um grupo de pessoas pense de forma diferente das demais e venha a colocar esta ideia na mente de varías outras pessoas. Pois se não forem aceitas, serão usadas soluções aniquiladoras ou terapêuticas. A manutenção da realidade é feita por meio de um controle social. Pode ser que tentem mostrar ao indivíduo que pensa diferente que sua ideia está fora dos padrões sociais. Esta seria a forma terapeutica. Ou pode ser que ocorra o afastamento de pessoas que vem de fora desse ambiente possuindo uma realidade completamente diferente. “Note que todos esses mecanismos e procedimentos são uma forma de controle social,uma forma de se assegurar que os membros da instituição ou

sociedade em questão compartilhem da mesma interpretação da realidade. (p.64)” A realidade é mantida através da linguagem e da interação entre as pessoas. Quanto mais próximo eu sou de alguém, mais significado a interação vai ter, pois com as pessoas mais próximas é que eu mantenho minha realidade.

Capítulo V – “A Aprendizagem da realidade” É por meio da socialização que aprendemos como a realidade funciona. Esta aprendizagem está dividida em primária e secundária. A cultura em que estamos inseridos nos molda a agirmos de determinada maneira. Como o autor cita: “ O processo de aprendizagem da realidade é denominado socialização. Por ele tornamo-nos humanos, aprendemos a ver o mundo como o vêem nossos semelhantes e a manipulá-lo prática e conceitualmente através dos instrumentos e códigos empregados em nossa cultura. A socialização pode ser dividida em duas fases: a primária e a secundária.(p.78)”

O primeiro contato que temos com a realidade é na nossa casa, através de nossos pais. A criança internaliza as semelhanças que estão a sua volta. Esta aprendizagem é a mais importante e duradoura. A partir do momento que os ensinamentos transcêndem sua casa . Torna-se uma socialização secundária. Quando vimos a realidade do mundo do lado de fora. Ela pode ser bem diferente da vista de dentro. “A socialização secundária diz respeito a qualquer processo subseqüente à primária que vise a introduzir o indivíduo em novos setores do mundo objetivo de seu meio social.(p.80)” Com isso, nos introduzimos em pespectivas diferentes sobre o mundo e o aprendizado é mais superficial e racional, adepto a mudanças cada vez que interagimos com uma realidade diversa. Não é como a primária, que está enraizada no nosso subconsciente.

“Capítulo VI – A Realidade Científica” A ciência visa, em especial, construir o real, explicar como as coisas funcionam e assim, explicar a realidade em que estamos. Mas isto é feito de forma secundária, já que ela só estuda o que vivenciamos no nosso cotidiano. Como o autor cita: “O mundo que o cientista constrói, em última análise, é derivado do mundo em que ele vive. (p.94)” A ciência só estuda o mundo porque nós o vivenciamos. Cada área se especifica em determinado assunto. Mas a realidade é una e por isso é mais

compreendida na aréa da filosofia, pois existem partes que não podem ser quantificadas. Para a compreensão total da realidade é necessário que não se prende somente ao que posso ser comprovado pela ciência, é preciso que se tenha um entendimento filosofico sobre o assunto, devido ao fato de que o estudo da percepção do mundo é feito na filosofia. Como o autor propõe: “A definição do real, ou melhor, do conceito humano de realidade não é tarefa para ciências específicas, e sim para a filosofia.(p.100)” Nela é possível obter reflexões sobre a realidade em que estamos inseridos e sobre os grupos sociais e culturais aos quais nos identificamos.

Universidade Católica de Brasília Disciplina: Introdução ao Ensino Superior Professor: Olimpo Ordênez Carmona

Resenha do livro: O que é realidade

Aluno: Letícia Fernandes Leite Matrícula: UC16102079 Curso: Ciências Biológicas

Brasília – DF 2016...


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