Os Fascismos - Francisco Carlos Teixeira de Silva PDF

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Os Fascismos - Francisco Carlos Teixeira de Silva...

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Em sua produção “Os Fascismos”, o autor Francisco Carlos Teixeira de Silva propõe o entendimento do movimento abrangente que é o fascismo, mostrando-nos que se desenvolveu por vários Estados europeus e que, desta forma, não é um movimento centrado e fomentado apenas pela Alemanha. Ao início do texto, Francisco demonstra como o fascismo, no início do século XX, ainda tinha seus poderes delimitados e reduzidos por um mundo em que não era possível “demonizar” potenciais aliados. Além disto, discorre sobre o caráter abrangente do fascismo, ilustrando como este movimento marcara sua presença em quase toda a Europa, com raio de ação em vários países, como Romênia, Portugal, Hungria, Espanha, Noruega, etc. que foram irradiadores de preceitos totalitaristas: antidemocráticos, antissocialistas e antiliberais. Silva nos mostra como o historicismo foi utilizado para particularização dos projetos fascistas, que visavama idealização e mecanização de uma glória para a nação. Mas, segundo o autor, eram apenas roupagens diferentes para um mesmo núcleo, característica comum aos movimentos fascistas europeus. Outro elemento a ser citado como comum é a aliança com setores conservadores, importantes para a ascensão ao poder, e destacado pelo autor como uma característica muitas vezes esquecida. O autor discorre sobre as necessidades de promover ou debandar algum projeto em prol de necessidades e interesses de apoiadores, afastando a ideia de poder absoluto ao governante. O emprego do sistema de conquista de massas também é característica comum citada por Silva, que propagou ideias de que só o Estado poderia suprir as necessidades dos cidadãos, condenando organizações liberaldemocráticas, interligando a elas, mazelas e problemas como super exploração da força de trabalho, dificuldades de condições de vida, direitos diminuídos, etc. Como elemento como a ser destacado como traço do fascismo está o ódio ao diferente, a perseguição a judeus, a ciganos, comunistas, a homossexuais e a todos que não estão no padrão de suas raízes nacionais ou raciais, que dão autenticidade aos movimentos. Diante destes elementos comuns, o autor conclui que o fascismo caracterizou-se como um processo de conotação ampla e abrangente, com fronteiras muito maiores às comumente atribuídas. No trecho citado pela questão, são expostas algumas das características do nazifascismo, como o ódio e a perseguição a judeus e marxistas; e a ideia de raça superior, promovida por uma aristocracia natural. Este conceito de “raça” e “superioridade de etnia” que promove uma ordem política e social está intimamente

ligada ao “ultranacionalismo”, ideologia de fervorosas características nacionalistas, que põe sua nação e sua “raça” acima de qualquer outra, desprezando e promovendo discursos autoritários às minorias....