Parasitoses intestinais PDF

Title Parasitoses intestinais
Author Nathália Alves
Course Gastroenterologia
Institution Universidade Estadual de Montes Claros
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Summary

Diferenciação das principais parasitoses....


Description

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Nathália Alves, Unimontes Medicina LXXII

Parasitoses intestinais 

Parasitismo: indica ser vivo – parasita que se instala no interior de outro – hospedeiro, gerando prejuízo a saúde.

Protozoários

Helmintos

Amebíase

Unicelulares, eucariotos (com mb nuclear), tamanho superior a bactérias e fungos. Vida livre – potencialmente independentes do ser humano ou comensais – se hospedam no ser humano sem causar dano ou parasitas. Extraem nutrientes por forma osmotrófica (osmose dos líquidos nutritivos presentes no hospedeiro ou na natureza) ou fagotrófica (fagocitose e ingestão de partículas alimentares). Aeróbios/oxibióticos (extrai O2 direto do meio externo), anaeróbios/anaxibióticos ou microaerófilos (organismos que crescem em meios com quantidade de oxigênio muito pequenas, mas em meios com quantidades de oxigênio normal não conseguem crescer ). Reprodução assexuada – divisão binaria – uma célula da origem a duas células filhas idênticas. Ex: amebas, tricomonas, giárdia. Reprodução sexuada. Ex: plasmódio (malária) – alternância das duas vias. Fase assexuada por meio da esquizogonia (uma única célula se fragmenta, dando origem a várias outras) e forma sexuada depende da formação de dois gametas (feminino e masculino) que se juntam para formar o zigoto que evolui formando novos protozoários. Pluriceluares, visíveis a olho nu, com órgãos internos de digestão, excreção e reprodução, e um sistema nervoso e muscular rudimentar. Reprodução sexuada: heterofecundação (macho e fêmea) ou autofecundação (hermafroditas). Em grande maioria, são ovíparos, depositando ovos no meio externo que depois irão se transformar em larvas sendo maturadas na forma adulta. Parasitas monóxenos (apenas um hospedeiro) ou heteróxenos (mais de um hospedeiro). Platelmintos – vermes achatados. Inclui as classes: trematoda (Schistosoma mansoni, Fasciola hepática), cestoda (Taenia solium, Taenia saginata, Equinococcus granulosus, Hymenolepis nana). Nematelmintos – vermes arredondados. Inclui as classes: nematoda (Ascaris lumbricoides, Strongiloides stercoralis, Ancylostoma duodenale e Necatur americanos, Enterobius vermiculares, Trichuris trichiuruia, Wuchereria bancrofti). Entamoeba hystolitica – destruidora de tecidos. Única espécie com potencial patogênico comprovado. 

Cisto (arredondado, tetranucleado, 8 a 20 micrômetros, há vacúolos de glicogênio que se coram de castanho com lugol, o núcleo é bem visível com lugol ou hemotoxilina na cor castaho-escuro ou azul) – forma infectante, adquirido por meio da ingestão de agua ou alimentos contaminados por fezes. Além disso, raramente, pode ocorrer por via sexual (contato oral – anal). Os cistos sobrevivem no meio ambiente e resistem a acidez gástrica, eclodindo no ID onde liberam trofozoítas (mede 20 a 40 micrometros, podendo chegat até 60 nas formas invasivas, núcleo bem nítido. A fresco: pleiomórfico, ativo, alongado, com emissão continua de pseudópodes grossos e hialinos que dão movimentação deslizante a ameba, mononucelado, podendo conter hemácias fagocitadas em seu interior. Seu citoplasma é dividido em ectoplasma claro e hialino e endoplasma –granuloso com vacúolos, núcleo e resto de substancias alimentares, o que é percebido por hematoxilina férrica – também ve núcleo bem destacado esférico, com seu centro composto pelo cariossoma, em que seus grânulos centrais junto a cromatina dão uma configuração de roda de carroça ao núcleo) que amadurecerão no cólon. o Pré cisto: fase intermediaria entre cisto e trofozoíto, oval, menor que trofozoíto com núcleo semelhante, corpos crematoides no citoplasma em forma de bastonete.

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Nathália Alves, Unimontes Medicina LXXII Metacisto: no ID. O homem é o principal reservatório. As trofozoítas podem viver comensais(alimentam-se de bactérias, formando cistos liberados nas fezes) ou podem invadir a parede do cólon causando colite amebiana (invadem a submucosa e se multiplicam ativamente no interior das ulceras. Não formam cistos, são hematófagos e muito ativos).  Eventualmente atingem a corrente circulatória, disseminando-se a distância  abcessos amebianos em fígado, pulmão ou cérebro.  Portadores assintomáticos são grandes disseminadores da infecção, eliminando cistos nas fezes por meses a anos.  Os trofozoítas podem ser encontrados nas fezes também, porem são destruídos pelo O2 ambiente (incapazes de causar infecção). taxas de incidência e prevalência são desconhecidas. Em regiões de alta endemicidade, somente 10% dos parasitados desenvolve sintomas ao longo de um ano, ou seja, a maioria é assintomática.  Formas invasivas extraintestinais são mais frequentes em homens – 7:1, pois o sistema complemento feminino é mais eficiente na lise de trofozoita.  Doença típica de países desenvolvidos (Africa, Asia, américa central e sul) devido as mas condições de saneamento e aglomerações humanas que facilitam a contaminação de agua e alimentos.  Segunda maior causa de morte por parasitoses.  E. coli, salmonela, shigela, enterobacter e clostridium potencializam a virulência das cepas de E. hystolitica. duas a seis semanas após ingestão de cistos. após se aderir ao epitélio, a E. histolytica invade a mucosa do cólon por citolise mediada por liberação local de proteinases, hemolisinas, porinas. Formam ulceras amebianas profundas – botão de camisa, sendo delimitadas por mucosa sadia. Variam de tamanho e forma. o

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Lesões amebianas são mais comuns no ceco e retossigmoide. Podem se estender a grandes porções do IG, com consequente perfuração  peritonite fecal.  FORMA INTESTINAL: a ameba costuma invadir o IG causando colite – dor abdominal baixa, diarreia de pequeno volume e múltiplos episódios, com sangue/muco e/ou pus nas fezes. o Forma aguda ou disenteria amebiana: diarreia mucossanguinolenta, com 10-12 dejeções/dia, acompanhada por náuseas, vômitos, cefaleia, febre (em até 40% dos casos), tenesmo e cólicas abdominais intensas. Colite amebiana fulminante ocorre em casos mais graves, com febre alta, leucocitose e perfuração intestinal em >75% das vezes. Alguns pacientes desenvolvem megacólon tóxico com dilatação colônica intensa, com ou sem pneumatose intestinal. Hemograma não revela eosinofilia. o Forma crônica: incomum, desconforto abdominal e irregularidade do habito intestinal de caráter intermitente. 

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Nathália Alves, Unimontes Medicina LXXII Ameboma: raro, formação de granuloma na parede intestinal que produz estreitamento do lúmen e um quadro de semioclusao do colon. Alguns pacientes desenvolvem massa abdominal palpável no QID. Costuma ser confundido com neoplasia maligna.  FORMA EXTRAINTESTINAL: via sistema porta acometendo * fígado, pulmão ou cérebro. Abcessos hepáticos são agudos ( 8 anos), 1 g (crianças entre 2-8 anos), 0,5 g (crianças < 2 anos). Eficácia: 80-90%. 3ª opção – Mebendazol, 200 mg, VO, 2x/ dia, durante quatro dias. Eficácia: 70-90%. 4ª opção – Albendazol, 10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg), VO, durante 3 dias. Eficácia: 70-90%.  TRATAMENTO DA NEUROCISTICERCOSE: 50 mg/kg/dia de praziquantel + dexametasona (em altas doses para diminuir reação inflamatória gerada pela morte dos parasitas) durante 21 dias. Associar .anticonvulsivantes  Controle de cura é realizado no 7º, 14º e 21º dia após o tratamento, através de exames parasitológicos de fezes Strongyloides stercoralis. Nematodo pqeuenino com forma parasitaria e de forma livre (dimorfobiótico). estrongiloidíase  Fêmea patogênica adulta partenogênica: mede 1,7 a 2,5 mm que vive na intimidade da mucosa duodenal e jejunal. Corpo cilíndrico, filiforme longo com extremidade anterior arredondada e posterior afilada. Apresenta cutícula fina e transparente, levemente estriada em todo corpo. Seu aparelho digestivo contém boca com 3 lábios e esôfago longo, circundado por anel nervoso – colar esofágico, seguido de intestino simples terminando em anus. Seu aparelho genital contém

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Nathália Alves, Unimontes Medicina LXXII utero, ovários, ovidutos e vulva localizada no terço posterior do corpo. Não há receptáculo seminal. Pode viver até 5 anos, produzindo 30 a 40 ovos por dia (partenogênese). É ovípara, eliminando ovo já larvado, em que a larva rabditoide é frequentemente libertada ainda dentro do hospedeiro.  Machos nunca são parasitários.  Forma livre no solo macho: 0,5 a 0,7 mm. Extremidade anterior arredondada e posterior encurvada. Aparelho digestivo com boca com 3 labios, esôfago, intestino e cloaca. Aparelho genital com testículos, vesícula seminal, canal deferente, 2 espiculos auxiliares na copula.  Forma livre no solo fêmea/estercoral: 0,8-1,2mm. Extremidade anterior arredondada e posterior afilada, com cutícula fina e estriada. Aparelho digestivo simples. Apresenta receptáculo seminal. Aparelho genital com utero anidelfo, 28 ovos, ovários, ovidutos e vulta.  Ovos: elípticos, parede fina e transparente, praticamente idênticos aos da ancilostomose, excepcionalmente os ovos podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarreia grave ou após utilização de laxantes. Os ovos embrionários são pouco maiores que os larvados (fêmea parasito).  Larva rabditoide: Apresentam cutícula fina e hialina, medem 0,2 a 0,3 mm de comprimento, apresentam vestíbulo bucal curto, intestino termina no ânus, apresenta primórdio genital nítido, termina com cauda pontiaguda, visualizadas a fresco são muito ágeis com movimentos ondulatórios. Nas formas disseminadas são encontradas na bile, no escarro, na urina, nos líquidos duodenais, pleural e líquor.  Larva filarioide: Apresentam cutícula fina e hialina, medem 0,3 a 0,5mm de comprimento, apresentam vestíbulo bucal curto, intestino terminando em ânus, cauda afilada terminando em duas pontas, a larva infectante derivada dos ciclos direto ou indireto são capazes de penetrar na pele ou mucosas e a L3 autoinfectante que evolui no interior do hospedeiro levanto a autoinfecção interna. infestação pelas larvas filaroides, são capazes de penetrar a pele sã (bem como os ancilostomídeos). Possui dois ciclos – direto/homogônico e inditero/heterogônico.  A fêmea partenogênica (seu ovulo é capaz de gerar o descendente sem ser fecundado) elimina seus ovos na intimidade da mucosa, dando origem as larvas do 1º estágio –larvas rabditoides L1. E stas são lançadas no meio externo com as fezes.  Ciclo direto: as larvas rabditoides logo se transformam em larvas filarioides (L2) sobrevivendo no solo por alguns dias e capazes de penetrar a pele do ser humano. Ultrapassando a pele, atinge a corrente sanguínea e linfática, alcançando os pulões, capilares pulmonares sedo conduzidos ascendentemente pela arvore respiratória ate serem deglutidas. Ao passarem intactas pelo estomago, chegam ao duodenojejuno onde amadurecem na fêmea adulta, completando o ciclo.

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Nathália Alves, Unimontes Medicina LXXII Ciclo indireto: larvas rabditoides eliminadas nas fezes, amadurecem a vermes adultos de vida livre, machos ou fêmeas. Estes adultos estercorais aparecem nas fezes após 15-24h em condições de temperatura e umidade ótimas. Macho fecunda a fêmea que põe seus ovos embrionados no solo. Deles eclodem L1 que depois se transformam nas filaroides infestantes L2. Estas penetram na pele seguindo o ciclo.  Autoinfestação interna: larvas rabditoides se transforma em filarioides ainda dentro do intestino penetrando na mucosa, *cólon, completando o ciclo pulomar, o que explica tal parasitismo poder durar anos mesmo na ausência de uma reinfestaçao.  Autoinfestação externa: larvas filarioides presentes na região anal e perianal penetram ativamente na pele completando o ciclo. parasitose emergente e relevante causa de morbimortalidade em áreas tropicais e subtropicais, principalmente em imunossuprimidos. Predomina em regiões de baixas condições econômicas, tendo relação com higiene precária e habito de andar descalço. No brasil, a prevalência varia de 15 a 28%, com mais diagnósticos em MG, rondonia, GO, amapá.  Imunodepressão ou uso de corticoides: ciclo de autoinfestação interna pode acelerarse levando a uma rápida elevação do numero de larvas circulantes e nos órgãos normalmente envolvidos no ciclo – hiperinfecção. Acentuação evolui para entrogiloidíase disseminada, em que as larvas filaroides se espalham por todo corpo, invadindo órgãos que não fazem parte do ciclo, podendo levar consigo bactérias e fungos na sua superfície ou no seu tubo digestivo causando infecções secundarias – pneumonia, meningite, endocardite, sepse, por Gram negativos entéricos. maioria assintomática. Quando sintomas, há predomínio de sintomas digestivos altos (devido localização do parasita), causada por invasão da mucosa pelos vermes adultos e larvas, levando a duodenojenite.  Dor epigástrica, surda ou em queimação que piora com a ingestão de alimentos – sintoma mais comum. Simula uma ulcera péptica duodenal.  Diarreia é frequente.  Alguns pacientes referem desconforto abdominal, mal-estar, pirose, sonolência, náuseas e vômitos.  São intermitentes.  Eosinofilia é um achado frequente.  Sindrome disabsortiva com esteatorreia, hipoalbuminemia e anasarca pode ocorrer pela intensa duodenojejunite e atrofia das vilosidades.  Endoscopia mostra duodeno edemaciado, com eventuais erosões e espessamento ou até apagamento das pregas.  Casos mais graves – duodeno apresenta rigidez difusa da parede gerando uma alça estreitada, de contornos lisos e aperistáltica.  Sindrome de Loeffler: quadro brando de tosse seca, sibilância, infiltrados pulmonares migratórios.  Manifestações dermatológicas: 90% dos pacientes. Deve-se a irritação e hipersensibilidade cutânea a passagem da larva filaroide. São lesoes urticariformes ou maculopapulares periódicas, coincidindo com diarreia e reaparecimento das larvas nas fezes. Geralmente a lesão é pruriginosa – larva currens. Lesão com aspecto linear e serpentiforme devido a migração intermitente da larva filaroide na derme (velocidade de 5-15cm/h), sendo única predominando nas nádegas, períneo, virilha, tronco e coxa proximal.  Estrongiloidíase disseminada: fator agravente é a condução de *bactérias e fungos que acabam determinando graves infecções secundarias e sepse. Fatores de risco: *altas dose de corticoide; desnutrição, alcoolismo e neoplasia. 13% dos casos é identificada em pacientes sem nenhum fator de risco. Inicia de forma insidiosa com febre, dor abdominal, anorexia, náuseas e vômitos, diarreia pelo crescente numero de larvas que atravessam e inflamam a parede intestinal. Em seguida, evolui com piora da febre, leucocitose neutrofílica com desvio p esquerda, sinais de peritonite, meningite e sintomas respiratórios associados a infiltrados 

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Enterobíase

broncopneumônicos. Pode ser visível lesoes pulmonares cavitadas e padrão de SDRA. A eosinofilia não costuma ser presente. Letalidade de 85% devido ao atraso no reconhecimento diagnóstico e tratamento. achados das larvas rabditoides no EPF, pelo método de Baermann-Moraes (sensibilidade superior a 90% em amostras repetidas). Estudo radiológico baritado do duodeno e jejuno proximal e/ou EDA ajuda no diagnostico. Larvas podem ser encontradas no aspirado duodenal. Na forma disseminada, pode se identificar larvas em qualquer tecido ou fluido como o líquor. Testes sorológicos como ELISA, hemaglutinaçao direta, imunofluorescência indireta podem ser usados nas formas complicadas e não complicadas, apresentando alta sensibilidade, sendo indicados quando existe suspeita específica de infecção pelo verme ou quando há necessidade de excluí-la, como nos pacientes que iniciarão tratamento com corticoide. indicado para todas pessoas infectadas da familia ou p todos membros de grupos comunitários p interromper ciclo de transmissão.  Formas Não Complicadas: 1ª opção – Ivermectina, dose única, VO, 200 mcg/kg. Pode-se repetir após uma semana da dose inicial. Eficácia: 90-100%. Alternativas: – Albendazol, 400 mg/dia, durante 3 dias. Eficácia: 60%. – Cambendazol, 5 mg/kg, em dose única,VO. Eficácia: 90-95%. – Tiabendazol, são vários esquemas propostos: a) 25-50 mg/kg/dia (máximo de 3 g/ dia), dividida em três tomadas, durante 3-7 dias. É um esquema muito utilizado; b) 50 mg/kg, em dose única, à noite. Contraindicado em gestantes. Eficácia: 75-93%.  Formas Graves ou Disseminadas: 1ª opção – Ivermectina, VO, 200 mcg/kg, por 5-7 dias ou até que os parasitas sejam erradicados. Pode-se associar com albendazol Alternativa:– Tiabendazol, 25-50 mg/kg/dia, VO ou via enteral (máximo de 3 g/dia), dividida em três tomadas, durante dez dias. Não há droga parenteral disponível contra o estrongiloides.  Controle de cura é realizado no 7º, 14º e 21º dia após o tratamento, através de exames parasitológicos de fezes Enterobius vermicularis – oxiúro. Nematódeo de tamanho pequeno (=ancilostomídeos). Cor esbranquiçada pode ser vista a olho nu. Parasitas do IG  Macho: 2-5mm. Bem menor.  Fêmea: 8 a 12mm.  Ovos: aspecto de letra D pois um dos lados do ovo é sensivelmente achatado e outro é convexo. Quando deixam o corpo da fêmea, já apresentam no seu interior uma larva formada ainda em desenvolvimento. Na superfície dos ovos se encontra uma substância viscosa de natureza albuminosa que favorece a aderência a outros ovos e substratos. o verme mais cosmopolita, sendo mais comum na infância (creches, reformatórios, colégios) e não respeitando a classe social. Verminose mais comum nos EUA (40%). não apresenta o ciclo pulmonar de Loss.  Oxíuros adultos vivem no IG, aderidos a mucosa intestinal. Nas fêmeas grávidas, o útero abarrotado de ovos exerce pressão sobre o esôfago, fazendo com que os lábios do verme se retraiam e despreendem da mucosa intestinal.  Estas vão parar no tegumento da região anal e perianal, onde liberam seus ovos.  Fase de vida livre dos ovos embrionados no meio exterior é de 20 dias (curta), mas, obrigatória, por ser imprescindível que entrem em contato com O2 atmosférico + temperatura abaixo da corpórea. Não há necessidade de contato com solo.  Após 6h, o ovo já se torna infestante, devido ao amadurecimento do embrião.

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Nathália Alves, Unimontes Medicina LXXII Transmissão fecal oral – humano ingere ovos embrionados eliminados de si próprio (autoinfestação) ao coçar a região anal, perianal ou perineal. Pode contaminar suas mãos e levar a boca ou pode contaminar alimentos, passando a verminose para outras pessoas, geralmente do convívio familiar.  Ovos embrionados sofrendo ação dos sucos digestivos, liberam larvas que alojam temporariamente nas vilosidades intestinais migrando para o ceco, onde atingem a fase adulta. prurido anal exacerbado no período noturno devido a ativação dos enteróbios pelo calor do corpo acamado, causando irritabilidade, desconforto, e sono intranquilo. Escoriações pelo ato de coçar pode resultar em infecções 2ª em torno do anus, com congestão na região anal, ocasionando inflamação com pontos hemorrágicos nos quais se encontram femeas adultas e ovos.  Sintomas inespecíficos: vômitos, dores abdominais, tenesmo e raro fezes sanguinolentas.  Invasão do aparelho genital feminino pelas migrações erráticas do verme. Menina acaba tendo que ser levado ao GO, com o constrangimento de revelar prurido e corrimento vaginal. Pode aumentar a excitação sexual feminina e onanismo (compulsão para se masturbar). Pode ocorrer, salpingite, ooforite e granulomas peritoneais. : baseado em forte suspeita clínica, se possível confirmar com exames laboratoriais. O exame de fezes, na pesquisa de ovos é frequentemente negativo pois os ovos são postos no tegumento anal ou perianal. Por isso, deve-se procurar os ovos diretamente na região perianal, pelo método de Hall (swab anal) ou pelo método de Graham (fita gomada) cuja colheita é feita na região anal, seguida de leitura em microscópio. Podem ser pesquisados em material retirado de unhas de crianças infectadas (alto índice de positividade). : indicado para todas as pessoas infectadas da familia ou paratodos membros de grupos comunitários  Pamoato de pirantel, 10 mg/kg, VO, dose única. Eficácia: 80-100%.  Mebendazol, 100 mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias. Eficácia: 90-100%.  Albendazol, 10 mg/kg, VO, dose única, máximo de 400 mg. Eficácia: 90-100%.  Nenhuma droga é recomendada para gestantes.  Controle de cura realizado uma se...


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