Pre Socraticos Resumo PDF

Title Pre Socraticos Resumo
Course Filosofia
Institution Ensino Médio Regular (Brasil)
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Pre Socraticos Resumo...


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Pre – Socráticos Cosmologia A suposta origem da Filosofia está vinculada a um conjunto de interpretações racionais sobre a natureza e sobre a origem do universo. Essas interpretações destacam uma forma mais laica de conhecimento, que dá menos ênfase às explicações tradicionais (a chamada Cosmogonia grega) e que se fundamenta na busca pelos princípios naturais que teriam originado o universo:

physis: fazer surgir; fazer brotar. Natureza em movimento.

arkhé: princípio gerador da realidade As escolas pre socráticas O pensamento pré-socrático é comumente organizado a partir das quatro principais vertentes do período ou escolas de pensamento:

■ ESCOLA JÔNICA: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Heráclito de Éfeso. ■ ESCOLA ITÁLICA: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona, Árquites de Tarento. ■ ESCOLA ELEATA: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia. ■ ESCOLA DA PLURALIDADE: Empédocles de Agrigento, Leucipo e Demócrito.

Escola Jônica Tales de Mileto (625 – 545 a.C.) “O mundo evoluiu da água por processos naturais” Astrônomo, meteorologista e matemático. Argumentou que o ano tinha 365 dias, previu eclipses, calculou a altura das pirâmides e desenvolveu outras aplicações para os seus conhecimentos em geometria, como determinar a distância de navios no mar.

É considerado um dos sete grandes sábios da Antiguidade e possivelmente o primeiro filósofo présocrático. Para Tales, o princípio gerador da realidade (arkhé) é a água, uma vez que está presente em todos os estados da matéria e que tudo o que perde a vida tende a se ressecar.

Anaximandro de Mileto (610 – 546 a.C.) Assim como Tales, Anaximandro acredita em um princípio único gerador do universo, porém esse princípio seria o ilimitado, ou ápeiron, uma substância primordial e eterna que estaria por trás de toda a criação do universo.

Anaxímenes de Mileto (546 – 525 a.C) Defendeu que a Terra e demais corpos celestes têm uma forma plana. Apresentou a hipótese de que o ar seria a arkhé, o princípio gerador de todo o universo.

A escola itálica ou Pitagorica

Pitágoras de Samos (570 – 496 a.C.) Tudo no universo se conforma à harmonia e às proporções matemáticas É considerado, ao lado de Tales de Mileto, uma das figuras que introduz a filosofia na Grécia antiga. Foi filósofo, ilustre matemático e fundador de uma confraria mística (em Crótona, na Itália) dedicada à busca pela sabedoria e ao autoconhecimento. Para os pitagóricos, a terra é esférica e o mundo é regido por relações matemáticas: tudo é ordenado e proporcional. Pitágoras interessou-se pelo estudo dos números e das relações de proporção. Deixou imensas contribuições à geometria, à filosofia e à música ocidental. Para Pitágoras, a arkhé é arithmós: relações quantitativas e de proporção que marcam todo o universo.

Heráclito x Parmênides: o primeiro grande confronto de ideias que se destaca na história da Filosofia

Heráclito de Éfeso (540 – 470 a.C.) é

considerado um dos mais importantes filósofos présocrático. É um dos principais expoentes da escola Jônica, ao lado de Tales e de seus seguidores diretos. Defendeu que o universo é regido por uma força racional oculta, a qual chamou de LOGOS, e esta é o que garante a unidade de todo o cosmo. Encontrou o princípio original, a arkhé, no fogo, um elemento gerador e transformador de tudo: origem, destruição e restauração: um ciclo eterno de tensões e mudanças.

Parmênides (535 – 475 a.C.) e a escola Eleata: o filósofo de Eleia escreveu uma importante

obra em versos, intitulada Sobre a Natureza, em que contesta grande parte das ideias defendidas por Heráclito. Estuda o ser como manifestação única e imutável e por isso é considerado o fundador da Ontologia (área da filosofia que se dedica ao estudo do ser em si). Sua tese sobre as essências imutáveis gerou muitas controvérsias. Por conta disso, seu principal seguidor, Zenão de Eleia (490 – 430 a.C.) produziu famosos argumentos para defender a tese de seu mestre. Esses argumentos ficaram conhecidos como PARADOXOS DE ZENÃO.

A escola da Pluralidade “Os que vieram depois de Heráclito e de Parmênides já não podiam mais aceitar que a razão ou o pensamento coincidisse diretamente com a experiência sensível, como supunham os que haviam filosofado antes deles. Seja para afirmar a unidade múltipla em movimento, seja para afirmar a unidade única imóvel, Heráclito e Parmênides haviam cavado um fosso entre a realidade das coisas e a mera aparência delas. (...) A tarefa dos sucessores realizou-se quebrando o postulado fundamental da cosmologia jônica, itálica e da ontologia eleata: a unidade da physis. Agora a physis será concebida como plural ou como pluralidade originária.” Marilena Chauí – Introdução (Companhia Das Letras)

à

História

da

Filosofia

A escola da pluralidade representa a aproximação de pensadores que entenderam a origem da realidade a partir de uma pluralidade de elementos,

tal como Empédocles de Agrigento ou como os atomistas Demócrito e Leucipo.

Empédocles de Agrigento (490 – 430 a. C.) Foi médico, filósofo e político. Ao que se sabe, perseguia os abusos da aristocracia e defendeu uma tradição democrática. Apresentou como tese cosmológica o princípio das quatro raízes, ou rizomas, que estariam presentes em tudo o que existe no universo: terra, fogo, água e ar. A physis, para Empédocles, é eterna, mas muda de estado de acordo com o grau de agregação ou de dispersão dessas raízes, motivados pelas forças que ele nomeia amor e ódio, responsáveis pelo movimento do universo.

Demócrito e Leucipo: os atomistas Pouco sabemos sobre Leucipo de Mileto, possível mestre de Demócrito e criador do atomismo.

Demócrito de Abdera (460 -370 a.C.) defende que a physis é constituída por partículas invisíveis e indivisíveis chamadas de átomos. Os átomos seriam imutáveis e existiriam em uma quantidade infinita. Entre os átomos existiria o vazio ou o vácuo. Ao vagarem no vazio, os átomos se colidem dando origem a tudo o que existe. E sua dispersão marca a morte ou a dissolução de algo. Existem diferentes tipos de átomos que formas tudo o que existe na natureza....


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