Relatório: análise da temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento na Prainha e no bairro do Cohatrac em São Luís. PDF

Title Relatório: análise da temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento na Prainha e no bairro do Cohatrac em São Luís.
Author Marco Aurélio Neri Torres
Course Climatologia
Institution Universidade Federal do Maranhão
Pages 13
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CCH DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

Relatório: análise da temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento na Prainha e no bairro do Cohatrac em São Luís.

São Luís 2014

Relatório realizado para a obtenção de uma das notas da cadeira de Climatologia Aplicada a Geografia, da Universidade Federal do Maranhão.

São Luís 2014

1º INTRODUÇÂO A natureza dos estudos atmosféricos sempre trouxe fascínio do homem, as infinitas possibilidades que norteiam a mesma é de interesse de diversas áreas da ciência, estando assim, relacionados com diversos campos de conhecimentos. No que diz respeito a temática, Cavalcanti et al (2009, p 15) diz que o tempo é o que sentimos no dia a dia, as chuvas, o calor, as passagens de frentes frias e quentes, dentre outros fenômenos físicos. Por sua vez, o clima segundo Machado e Torres (2011, p.17) define clima como um conjunto de variações metereológicas dentro de um longo período de tempo, podendo sofrer anomalias durante esse período. O clima se apresenta como algo indissociável da sociedade e está inserido diretamente no cotidiano dais mais diversas formas e aplicações possíveis, segundo afirma Ayoade (2012, p.286) talvez o clima seja o mais importante componente do ambiente, pois é ele que afeta diretamente os processos geomorfológicos, além de estar ligado com a formação dos solos, o desenvolvimento das plantas, inclusive os organismos e o homem sofrem a influência do clima. Eventos climáticos das mais diversas magnitudes são responsáveis por transformações na vida social, por esse motivo, o homem precisa conviver constantemente com adversidades que são proporcionadas pelo clima e, com isso, se reinventar. A perspectiva da sociedade sobre esses eventos se manifesta desde a simples cobertura de uma pessoa com agasalhos em épocas de frio, a readequação de uma cidade para proporcionar um conforto climático em relação a baixa ou elevada temperatura vivenciada no lugar. “Desvendar a dinâmica dos fenômenos, entre eles o comportamento da atmosfera, foi necessário para que os grupos sociais superassem a condição de meros indivíduos sujeitos às intempéries naturais e atingissem não somente a compreensão do funcionamento de alguns fenômenos, mas também a condições de utilizadores e de manipuladores desses fenômenos em diferentes escalas.” (MENDONÇA, OLIVEIRA, p. 11)

Ao levarmos em consideração o clima urbano, existe uma série de fatores que o tornam diferente, o estudo do clima vivenciado nas cidades deve ser feito sobre outros olhares, pois a área urbana produz meios para que a relação entre a atmosfera e sociedade nas grandes cidades seja especial. “O ambiente urbano engloba componentes naturais, construídas, econômicas e sociais, podendo ser abordados segundo pontos de vista muito diversos.” (ANDRADE, 2005, p.69)

As cidades se mostram como um ambiente interessante sobre a luz dos estudos climatológicos, pois tudo que se produz dentro da mesma, é responsável por transformar o ambiente a sua maneira como por exemplo: a grande queima de combustíveis fósseis, a construção de edifícios, o desmatamento propiciando uma baixa quantidade de áreas verdes, a arquitetura, enfim, o fluxo de coisas nas grandes áreas urbanas é responsável por toda uma rede de fatores que tornam os conglomerados urbanos em regiões em que o clima se manifesta sobre aspectos de interação diferenciados. O presente estudo tem por objetivo avaliar a climática urbana que ocorre em duas localizações diferentes de uma mesma cidade, analisando as condições que cada local possui, para que assim, se possa fazer as diferenciações necessárias que podem existir com relação à temperatura, a umidade relativa do ar, e a velocidade do vento de cada ponto. Entende-se, portanto, que a Climatologia assim como a Geografia são ciências fundamentais para tais estudos por serem capazes de relacionar de forma direta e objetiva o campo estudo abordado.

2º Procedimentos Metodológicos O estudo foi realizado no dia 30 de agosto de 2014 em dois locais distintos da cidade São Luís, o primeiro foi no bairro Sol Nascente na área ItaquiBacanga, mais necessariamente na Prainha, uma das praias que existe naquele local; o segundo foi no Bairro do Cohatrac na grande São Luís, a equipe de medição continha 6 pessoas, que logo foi dividida em duas, cada uma com 3 pessoas. As medições feitas foram a cerca de dados da temperatura, da umidade relativa do ar e da velocidade do vento desses locais, o aparelho utilizado pra a medição dos dois primeiros foi o termohigrômetro, já para a medição da velocidade do vento nós utilizamos a Escala de Beaufort representada na tabela abaixo:. Grau

Designação

m/s

Km/h

Efeitos em terra

0

Calmo

118

As mediações se iniciaram as 08:00h da manhã e seguiram até as 17:00h do mesmo dia, o intervalo de cada medição foi de uma hora cada, ou seja, o principal objetivo era observar as variações do tempo que ocorrem no período em uma escala diurna de pesquisa. Ao iniciarmos o trabalho nos deparamos com uma condição do céu completamente nublado, ao decorrer do dia a condição melhorou para parcialmente nublado quando se aproximou das 12:00h, continuando assim até o final da medição.

Figura 1: Vista das condições do céu no ponto 1-Prainha Fonte: Acervo da pesquisa

Figura 2: Vista da Prainha Fonte: Acervo da pesquisa

3ºLocalização das Áreas Quanto a localização das áreas, o estudo foi realizado no estado do Maranhão,que por sua vez, segundo Feitosa e Trovão(2006, p.13) tem seus limites ao norte o Oceano Atlântico, ao sul o Estado do Tocantins, ao leste o estado do Piauí e ao oeste o Estado do Pará. A pesquisa ocorreu na capital do estado São Luís . Chamamos de Ponto 1ª a Prainha localizada na área Itaqui-Bacanga de coordenadas UTM 575439.00 mE e 9720484.00mS; e de ponto 2 o Cohatrac na grande São Luís de coordenadas UTM 5892287.00 mE e 9719907.00 mS.

4º Resultados e Discussões Ao avaliarmos a temperatura dos dois pontos distintos percebemos que existe uma diferenciação nas mesmas, podendo ser influenciadas por uma série de fatores. Segundo Ayoade (2012) a temperatura diz respeito a agitamento de moléculas, quanto mais forte for, mais alta ou baixa será a temperatura.

Gráfico 1: Relação entre a variação de temperatura na Prainha e no bairro do Cohatrac Fonte: Dados da pesquisa, 2014

Dentro de uma localidade urbana como a grande São Luís, outras questões podem influenciar, neste caso um dos principais fatores diz respeito a maritimidade que existe em um ponto e não existe em outro. Como podemos observar a temperatura da Prainha é relativamente mais baixa que a do Cohatrac, isso é ocorre devido uma forte condição de ventos marinhos que a Prainha recebe por estar localizada perto do litoral, trazendo um conforto climático maior que no segundo ponto. Ao avaliarmos a umidade relativa do ar dos dois pontos, notamos que existe também uma diferença entre as mesmas, conforme a afirmação de Torres e Machado (2011, p. 38) a umidade do ar é a quantidade de vapor de água na atmosfera. Portanto, conforme o gráfico 2, a Prainha possuí o grau de umidade do ar maior que o do Cohatrac, isso ocorre pois a mesma está perto de um grande corpo hídrico (neste caso o mar), com isso a evaporação que ocorre naquela região é

muito grande, e se a umidade do ar é próprio vapor de água, logo a umidade vai ser maior no primeiro do que no segundo ponto.

Gráfico 2: Relação entre a umidade relativa do ar na Prainha e no Cohatrac Fonte: Dados da Pesquisa, 2014

Na pesquisa ficou evidenciado que a condição urbana do Cohatrac influenciou muito na velocidade do vento, pois diferentemente da Prainha, o ponto 2 é um local residencial com casas e prédios que influenciam muito no fluxo do vento pois funcionam com barreiras de barlaventos, o ponto 1 por ser um local aberto e que sofre diretamente a influência do vento marinho possui um grau de velocidade do vento mais elevado que no ponto 2. Ao analisarmos ao gráfico pode-se observar também que a velocidade do vento manteve-se praticamente estável nos dois pontos durante todo o dia, o que é normal, pois em nossa região e usando uma escala diurna de medição como foi utilizado, é relativamente difícil de perceber mudanças significativas quanto a esse fator climático.

Gráfico 3: Relação entre a velocidade do vento na Prainha e no Cohatrac, segundo os graus da escala de Beaufort Fonte: Dados da Pesquisa, 2014

5º Considerações Finais A partir do estudo se percebeu que dentro de uma mesma rede urbana podemos evidenciar diferentes condições climáticas influenciadas por uma série de fatores como: a queima de combustíveis fósseis, a grande aglomeração de residências, a presença ou não de áreas verdes, etc. Tudo isso serve para transformar o ambiente das cidades em um todo complexo O estudo foi importante pois a atividade cientifica se transforma em peça fundamental para a obtenção de conhecimentos sistematizados sobre algo. A busca por novos saberes sobre a temática da climática vivenciada nas cidades é fundamental para a sociedade, pois através do entendimento sobre o clima do ambiente urbano se pode planejar melhor as cidades no que se diz respeito as construções, as malhas viárias, os pontos de ônibus, ou seja, uma readequação dos conglomerados urbanos mediante ao seu tipo clima, melhorando assim o conforto climático dos seus habitantes.

Referências Bibliográficas ANDRADE, Henrique. O Clima Urbano – Natureza, escalas de análise a aplicabilidade. Lisboa: Finisterra in Revista Portuguesa de Geografia., 2005, p. 6791. AOYADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. 16ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. CAVALCANTI, Iracema Fonseca de Albuquerque et al. Tempo e clima no Brasil.São Paulo: Oficina de Textos, 2009. FEITOSA, Antônio Cordeiro; TROVÃO, José de Ribamar. Atlas Escolar do Maranhão:Espaço Geo-histórico e Cultural. João Pessoa: Editora Grafset, 2006. MENDONÇA, Francisco; OLIVEIRA,Inês Moresco Danni-. Climatologia: noções básica de climas do Brasil.São Paulo: Oficina de Textos, 2007. TORRES, Fillipe Tamiozzo Pereira; MACHADO, Pedro José de Oliveira. Introdução a Climatologia. São Paulo: Cengage Learning, 2011....


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