Apontamentos História da Arte do Românico e Gótico em Portugal PDF

Title Apontamentos História da Arte do Românico e Gótico em Portugal
Author Ana Bernardo
Course História da Arte do Românico e Gótico em Portugal
Institution Universidade Nova de Lisboa
Pages 54
File Size 1.5 MB
File Type PDF
Total Downloads 15
Total Views 149

Summary

Apontamentos de todo o semestre da cadeira. Inclui esquemas, imagens, discussão de temas e debate em aula. matéria bem sumarizada. Excelente preparação para frequência ou exame. ...


Description

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

18 de Fevereiro de 2013 Clero Regular (regra); ordens religiosas Clero Secular (vive no interior das comunidades). Envolve todo o restante bolo de bispos, etc… Episcopal: Catedral; meio urbano Rural: Mosteiro; isolado do mundo Testes são constituídos por imagens para identificar o tipo de construção, datação do românico. Análise formal Ver: Ordem Religiosa Ordem Cister: século XII-XIII em toda a Europa Associada à arquitectura. Ordem Mendicante: Franciscanos Dominicanos Em Portugal, o românico começa nos séculos X-XI. Século X vive-se a reconquista do território aos muçulmanos e formação do reino. Catedrais marcam fisicamente os núcleos urbanos. Românico português caracterizado pela simplicidade; nave única. Padrões geométricos: inspiração islâmica; artistas muçulmanos. O geométrico ganha um sentido simbólico. Românico desenvolve-se mais no Norte de Portugal. O Gótico centra-se naqueles que são os novos territórios: Centro e Sul do país. Finais século XII: início da arquitectura gótica em Portugal. 1178 – Alcobaça Cabeceira da Sé de Lisboa é gótica, construída sob o reinado de D. Afonso IV Crise Dinástica 1383/5: Vitória batalha de Aljubarrota Data coincide com a criação do Mosteiro. Manuelino é um braço do tardio-gótico, iniciado na Batalha.

1

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

20 de Fevereiro Trabalho de investigação -igreja, portal, estrutura militar, pintura, iluminura Objectivos: a partir da análie, procurar conhecer a arte medieval portuguesa. Plano de trabalho com o aluno, tema, estrutura de base – ordem, o responsável de que forma a peça reflexe a ordem, - bibliografia como ponto de partida. Entregar da 11 de Março Frequência: 5/6 questões desenvolvimento variável. Toda a matéria, sem consulta. O contexto românico Internacional O que é a arte românica? Período século XI-XII. Portugal século XIII (em outras regiões também). Estética que vai difundir em todo o território europeu com divergência e unidade. Os excertos contam os contextos.  Mundo em crise demográfica: população sujeita às alterações climáticas.  Antigas redes de comunicação tinham sido quebradas. Definhamento urbano, eco das cidades urbanas.  Mundo em regressão. Cultural: herança do mundo antigo que a idade Média vai retirar. Em cada região existe uma cultura própria. Bem como combinações culturais após a queda do Império do Ocidente. Povos bárbaros trazem bagagem cultural própria que vai difundir com as tradições regionais. Arte românica:

Unidade e Diversidade

A base clássica e a ascendência carolíngia dotam esta arte de uma grande homogeneidade que atravessa toda a Europa.

Contributo de diversas culturas com origens próprias que se manifestam nas várias regiões do antigo império datando de cada região de particularidades que serão associadas na Arquitectura Românica.

Há um conjunto de características que se vão repetir na Europa, que vai sofrer na variações que se adaptam a cada região. A partir do século XI, arranque da cristandade ocidental.

2

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

Ano mil é uma marcação simbólica porque este arranque vem a ser preparado desde a 2ªmetade do século X.

 Pacificação e estabilização em vários territórios  Crescimento económico Aparecimento dos 1º sinais de uma arte românica. Aumento da arte arquitectónica, ligada à construção de igrejas. “agentes” – mosteiros (papel particularmente importante) 1º: Conjunto de indivíduos que vivem em isolamento dedicando-se à oração. Entra na lógica da cidade tripartida. Monges têm o dever de orar. Missão. Doações eram feitas em agradecimento. Aproximação às elites. Patrono – prestígio no conjunto social. 2º: guardiões de relíquias e ordenadores do culto. Geram-se movimentos de peregrinação. Criam-se vias fundamentais de circulação de peças, pessoas e ideias. 3º: guardiães das tradições e conhecimento da antiguidade. Grandes centros da produção cultural ao longo de todo o período de vigência da arte românica. Oásis de cultura. O domínio da leitura é uma minoria do clero. Autossuficientes e reguladores da vida das comunidades rurais que se vão instalando nas suas imediações. Península Ibérica Ordenamento do território e na organização social dos respectivos domínios na difusão do regime senhorial (os mosteiros funcional como senhores) e ligação às elites, sobre as quais exercia particular fascínio o fascínio de Cluny. Cluny: Regra (conjunto de princípios pelos quais uma ordem se deve reger) de S. Bento de Nurcia, figura do século VI, é responsável pela redação da Regra de S. Bento com a qual o monaquismo ocidental ganha contornos definitivos a partir do ano de 529. Ligada com a ordem dos Beneditinos. Vai ser a base de muitas outras ordens. Propostas da Regra de São Bento 1. Promover o equilíbrio e a moderação na adopção dos valores do monaquismo oriental (mais radical) Origem no alto Egipto e em ermidas. 2. Facto de esta regra impor a autoridade absoluta do abade no sei da comunidade. 3. Valorizar o trabalho espiritual e intelectual em associação ao trabalho manual. -Congregação de Cluny retoma a regra de S. Bento -980 depende directamente da Igreja de Roma, significa que não está sujeita à autoridade de reis ou bispos. Responde directamente ao papado.

3

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

-Fundada na Borgonha. Portugal, Séc. XI, Transformações Marca na PI o inicio efectivo da reconquista. Com D. Fernando I de Leão e Castela (1037-1065) que a fronteira cristã se desloca definitivamente para lá do Vale do Douro. (ultima cidade da PI a ser conquista foi Granada) Iniciando-se um conjunto de expedições de grande envergadura com o propósito de ocupar definitivamente as principais cidades do território Andaluz. Também na PI se nota um aumento demográfico, factor que contribui bastante no processo d reconquista. Novas condições vividas na PI, século XI (outro aspecto para compreender o sucesso inicial do processo, o território muçulmano está dividido. Maior fragilidade politica e militar. Realidade de alguns reinos pagarem ao governo cristão pela paz. Transferência de valores) nomeadamente a abertura às influencias francesas que se verifica com o inicio da dinastia Navarra, através de clérigos e cavaleiros (para território cristão), mas também mercadores activando algumas cidades do norte de Espanha. Esta realidade, e esta circulação de gentes, são indissociáveis de peregrinação a Santiago de Compostela que traçava importantes vias de circulação entre o norte Peninsular e uma série de Burgos Franceses. Século XI, foi também um século inovador em matéria religiosa sobretudo o ponto de vista da regulação da religião oficial e da disciplinação e das práticas e hábitos dos membros das instituições, ofícios de Roma. Preocupação com o ortodoxial, que o culto siga o modelo de Roma e preocupação com o comportamento do clero pois participava e alimentava os ritos censurados pela Igreja. Dois movimentos/fenómeno fundamentais -a reforma cluniacense e a reforma gregoriana Cluniacense diz respeito às mudanças verificadas num conjunto de mosteiros ibérico influenciados pelo movimento de renovação religiosa com origem e Cluny. Mosteiros pré-existentes que vão sofrer reformas internas. Este processo desenvolve-se sob a orientação e Hugo de Cluny, abade do mosteiro de Cluny, tio materno de Constança, mulher de Afonso VI, sucessor de Fernando I na coroa de Leão e Castela. Ligações familiares que facilitam a entrada de Cluny em território.

4

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

25 de Fevereiro Reforma cluniacense: conjunto de mudanças, levadas a cabo por Hugo de Cluny. Traços familiares. Presença de cluniacenses no território peninsular, faz-se não só através da reforma interna de casas monásticas, como também através da ocupação de importantes cargos eclesiásticos por figuras ligadas a esta ordem. Por outro lado, a presença de monges cluniacenses na península levou constantemente a que os monarcas transferissem além Pirenéus somas consideráveis do ouro conseguido através dos sistemas das párias. Sendo que uma parte significativa do ouro foi doada por Afonso VI para obras da própria abadia de Cluny. Perceber que para além do interesse religioso, luta contra o infiel. Há também um interesse pessoal em apoiar o cristão. Ouro doado para Cluny. Contribui para a reconstrução de Cluny. Reforma gregoriana diz respeito ao movimento de restruturação e regeneração do clero, uma reforma com origem papal, promovida em grande medida pelo Papa Gregório VII (o processo é anterior à proclamação do papa. 1073-1085) que intervinha por intermédio dos delegados, também no território peninsular. Aqui o papado orientou a sua acção sobretudo para a supressão da liturgia hispânica-moçárabe que era suspeita de heregia, e para a adopção em seu lugar de liturgia romana. Esta liturgia não era completamente desconhecida na península, o que facilitou o processo de reforma, mas não impediu que, quando foi determinada a substituição oficial, pelo concilio de Burgos em 1080, a mudança não fosse brutal e difícil de aceitar. (haviam já igrejas que praticavam a liturgia romana) Os rituais, os textos, a celebração litúrgica, tudo é diferente e as resistências tornaramse mais que naturais, tendo em conta que se pedia às comunidades fiéis e as oficiantes (responsáveis pelo oficio litúrgico) que abandonassem práticas colectivas profundamente enrizadas. Às quais atribuíam um valor sagrado e intocável. (a substituição de ritos sagrados nunca é fácil) Estes fenómenos de resistência foram decerto determinantes na política empreendida por Afonso VI para a difusão da reforma. Confiando a sua aplicação (reforma) a bispos franceses (aprelado) que foram sendo nomeados para ocupar a cátedra das dioceses onde provavelmente se sentia maior resistência à mudança. Em suma, ambos os movimentos de reforma têm como características comuns, a grande importância dada às solenidades litúrgicas, nomeadamente através de uma concepção da liturgia como um espectáculo, envolvendo uma maior participação dos fiéis no rito (maior participação=acesso visual que antes estavam privados, participação visual) e implicando alterações na arquitectura dos espaços sagrados. Tipo de arquitectura – menos compartimentação dos espaços, elevação do altar, maiores dimensões com sentido de encenação. O novo culto dos mortos constitui também uma importante marca do universo cluniacense. Pressupunha que os vivos podiam interceder pelos mortos através de ofícios divinos realizados nas exéquias do defunto e depois delas. (há uma preocupação com os ritos aquando da morte e após, contribuindo para a salvação do

5

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

individuo. Doações feitas associadas à sepultação, vai contribuir para a riqueza do mosteiro). Do ponto de vista militar, o ano de 1086 marca uma inversão no quadro de forças presentes na península através da entrada em território peninsular dos Almorávidas que vêm em auxílio dos reinos Taifa a pedido dos reis mouros de Granada e Badajoz. A partir de 1090 os Almorávidas instalam-se duradouramente na península, começando por conquista os reinos Taifa e unificando sob o seu domínio o Al-andaluz (todo o domínio muçulmano ganha uma nova força. Cidade vão ser recuperadas, outras ameaçadas. Nova capacidade dos muçulmanos levam o rei Leão a toma medida). A contraofensiva almorávida e o receio de voltar a perder territórios. Nomeadamente Toledo, levaram Afonso VI as lanças um pedido de ajuda nas regiões do Sul de França e foi sobretudo dessas paragens que acorreram à península cavaleiros movidos pelos desejo de combater os muçulmanos, de buscar fortuna e conquistar novas terras. Apesar da sua audácia familiar privilegiada, podemos incluir neste processo a vinda para a península dos jovens cavaleiros Raimundo e Henrique da Borgonha. Por outro lado, esta mobilização de cavaleiros cristãos para a luta que se estava a definir, o conceito da igreja como cristandade, ou seja, como uma instituição social e religiosa coesa e consciente da sua diferença para com o outro (muçulmanos). A ligação de Raimundo e Henrique a Cluny (Borgonha) terá favorecido também a vinda destes cavaleiros e o trajecto que aqui conheceram. Em 1091-1092, Afonso VI entrega o território do reino da Galiza a Raimundo, descendente dos condes da Borgonha e casado com a filha legítima do rei, D. Urraca. (conde da Galiza) Em 1096 Afonso VI entrega os antigos condados de Portucale e Coimbra a Henrique, descendente dos duques da Borgonha e sobrinho da rainha, já falecida, Constança. Socialmente superior a Raimundo. A eminência de um ataque almorávide a esta região terá pesado nesta concessão, que teria resultado do reconhecimento das capacidades militares de Henrique. Quatro perspectivas de ver o Românico  Planta É a combinação destes vários  Estrutura elementos que define o edifício  Combinação das massas como românico.  Efeitos Planta: esta constitui um dos aspectos que melhor reflete as necessidades a que a igreja românica veio responder. Um exemplo muito claro disso, são as igrejas de peregrinação que se dotam de dimensões apropriadas a acolher vastas multidões e cuja planta quase parece desenhada pelo próprio movimento dos peregrinos no interior da igreja. Corpos desenvolvidos, largos transeptos, cabeceira com deambulatório com capelas radiantes. Problemas estrutura e equilíbrio ligam-se na arquitectura românica sobretudo ao emprego de abóbada de pedra. O século XI realiza algumas experiência neste campo, e o século XII aprofundo-os lacando abóbadas sob naves cada vez mais

6

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

largas. Normalmente a nave central aparece coberta por uma abóbada de berço ou de canhão e as naves laterais por abóbadas de aresta (arco de volta inteiro). Para suportar estas abóbadas vemos contrafortes nas paredes exteriores e poderosos pilares no interior. Arquitectura românica do século XII corresponde ao que Focillon chama de “arte de belas massas”. As igrejas românicas apresentam-se como uma autêntica colecção de sólidos de efeito estético (cada elemento é definido por um sólido) este papel plástico é sobretudo desempenhado pela cabeceira e pela fachada ocidental que podia limitar por uma terminação em pena, ostentar um pórtico ou torres. A presença de torres num edifício românico pode ter várias leituras. São importantes em primeiro lugar como sineiras, marcando o lugar dos templos religiosos, mas também o quotidiano das comunidades. A torre transmite uma ideia de protecção física e espiritual, o que significa que para além de uma função prática, ela exerce também uma simbólica. (símbolo máximo do poder régio em tempos bem avançados) Nos efeitos na observação de uma igreja românica devemos também considerar os efeitos plásticos gerados pela manipulação da luz e pelos contrastes entre cheios e vazios, entre paredes nuas e pontos especialmente decoradas. De qualquer modo, as várias experiências realizadas no âmbito da arquitectura românicas, jamais conseguiram libertar as igrejas do peso da massa moral que os define. Concluindo, é na variação das relações entre estes quatro elementos que se estabelecem as diferenças regionais, que são características do modo românico. De resto, à que ter a noção de que para além dos aspectos propriamente estruturais, a igreja medieval lida com questões de simbologia funcionado como uma prefiguração da própria Jerusalém Celeste. Estes aspectos são fundamentais na compreensão desta arquitectura, na forma como se organiza, na decoração que apresenta e no modo como esta se distribui. De qualquer forma, há aspectos de ordem prática que não podem ser esquecidos, pois a igreja românica sem também para acolher um número crescente de fiéis e para se adequar às dinâmicas da liturgia romana.

7

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

27 de Fevereiro A arquitectura românica em Portugal -primeiras experiências Braga São Pedro de Rates -REAL, Manuel Luis, O românico condal e S. Pedro de Rates e as transformações beneditinas do século XII. Boletim cultural da Póvoa do Varzim. Vol. XXI, nº 1, 1982 O projecto da catedral de Braga nos finais do século XI e as origens do românico português. IX centenário da dedicação da Sé de Braga. Atas do Congresso Internacional, Vol. I, Braga: UCP, 1990 -MONTEIRO, Manuel, São Pedro de Rates: com uma introdução acerca da arquitectura românica em Portugal, Porto, Imprensa Portuguesa, 1908 Estes edifícios constituem dois importantes testemunhos pois representa, aspectos definitivos do românico inicial português, testemunhando nomeadamente a importância do núcleo de Braga, de forte caracter regional e que opõe, em grade medida, às influências da Galiza, bem como a importância do que podemos denominar como uma corrente beneditina. Que mesmo não sendo responsável, como durante muito tempo se defendeu, pela introdução de formas e iconografias que tenderam a perdurar. Por outro lado, a precocidade de algumas intervenções que nestes dois edifícios podemos encontrar, demonstra que o panorama artístico no território português acompanha de perto evoluções que se fazem noutros lugares da Europa, mesmo que tendendo para as incorporar numa linguagem própria e por vezes sincretista: reunião de elementos de culturas visuais e estéticas diferentes. (visigótica, moçárabe) releitura mostra que não há manifestações de caracter românico precoce a Braga. A sé de Braga representa um das mais importantes edificações do românico português. Para além disso, trata-se de um edifício com um valor histórico para a época que estamos a estudar. História: além de primeiro arcebispado (acima do bispo) de Portugal, pós árabe, a Sé de Braga é do ponto de vista artístico inspiradora de um conjunto de edificações posteriores especialmente localizado na região entre os rios Cávado e Ave. Instrumento usado pelos condes de Portugal, de afirmação do condado Portucale para a inovação da cidade. Intenção é fazer de Braga um centro religioso e de peregrinação rivalizando com Santiago de Compostela e com as influências artísticas respectivas. A primeira sé românica de Braga terá sido construída pela iniciática do bispo D. Pedro que ocupa a cátedra Bracarense a partir de 1071. (data anterior à entrega de Portucale e Coimbra a D. Henrique) Mesmo enfrentando algumas dificuldades, D. Pedro toma em mão a reorganização da diocese acompanhada da reconstrução da igreja (D. Pedro é uma figura bastante activa. Associado a outras igrejas). Face a estes, Manuel Luís Real

8

História da Arte do Românico e Gótico em Portugal

Profª Joana Ramôa Melo

propõe que as obras da sé românica de Braga se tenham iniciado entre 1071-1080. Esta precocidade levou a que muitos autores negligenciassem a história deste edifício primitivo, considerando que ele tinha de ser modesto e que nada dele restaria na edificação actual (acontece tomar um conceito à priori e querer encaixar a obra no conceito; ausência de documentação sobre a sé de Braga completamente desorganizada em termos artísticos e religiosos aquando a chegada de D. Pedro. Porém tinha o trabalho preparado anteriormente. Não era um caos total). Contudo vários elementos apontam para esta fundação precoce. Por outro lado, as datas colocam (inicio da construção) a arte condal portucalense a par das primeiras grandes experiências do românico internacional. (fundações da capela foram encontradas. Dimensões semelhantes à actual). Este projecto para a sé de Braga foi possível graça, também, à capacidade de D. Pedro para atrair as doações da alta nobreza, o que lhe permitiu desenvolver um projecto de considerável envergadura. A primeira catedral românica de Braga teve o altar sagrado em 1089, numa cerimónia presidida por D. Bernardo, arcebispo de Toledo. Segundo MLR, que se baseou na interpretaçã...


Similar Free PDFs