Title | Relatório Força Elástica |
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Author | Ludmilla Rocha |
Course | Laboratório de Física A |
Institution | Universidade Federal de Lavras |
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Relatório sobre o experimento de força elástica...
Força Elástica ¹Amanda Soares, ²Círia Murray, ²Laura Peixoto, ³Letícia Bueno Turma 19A do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, Universidade Federal de Lavras. 28 de junho de 2018
Resumo A Força Elástica é um estudo físico que permite conhecer o sistema que envolve a deformação de objetos de natureza elástica. Vê-se grande importância nos estudos de Hooke sobre tal assunto, no qual ele diz: “Em regime de deformação elástica, a intensidade da força é proporcional à deformação”.
1 Introdução
Uma força aplicada em um corpo que possui deformação elástica é chamada de Força Elástica. Ela define a deformação de um corpo, que dependerá da direção da força aplicada. Essa é a Lei de Hooke e ela só funciona em corpos com deformação elástica e dentro de um limite de força, antes que o corpo se deforme permanentemente (deformação plástica). A Força Elástica (Fel) depende também da Constante Elástica (K), que é relacionada com a natureza do material e sua estrutura enrolada. Quanto maior a Constante Elástica, maior será a força aplicada para que haja uma deformação. Neste trabalho, será estudado o comportamento da força elástica e calculado a constante elástica de uma mola grossa, uma mola fina, um sistema em paralelo de molas finas e um sistema em série de molas finas. As aplicações da Força Elástica são: arco e flecha; molas da suspensão de um carro; bungee jump; dinamômetro; relógio cuco.
2.1 Modelo Teórico
A aplicação de forças externas em um corpo sólido resulta na deformação corpo. Esta deformação depende da composição e da geometria do material, além da intensidade e direção da força aplicada. Um material é chamado de elástico quando recupera a sua forma original (se respeitado seus limites), após a remoção da força externa aplicada sobre ele. A mola helicoidal é um exemplo simples de um corpo material elástico, apresentando uma deformação ∆l muito grande a partir de seu comprimento de equilíbrio l0, quando sujeita a uma força deformadora. A elongação (ou contração) ∆l da mola apresenta uma dependência linear entre com a força aplicada. A força
2 Métodos
restauradora FR, exercida pela mola (que
se opõe à força externa F) é proporcional à sua deformação linear ∆l: Fr = -k x ∆l Esta relação é conhecida como a
entre a constante elástica devida a deformação longitudinal da mola e o módulo de elasticidade transversal µ (módulo de rigidez) do fio de aço é descrito pela relação:
lei de Hooke, sendo a constante de proporcionalidade k chamada de constante elástica da mola, que é um parâmetro característico da mola helicoidal. A definição da elongação ∆l de uma mola ou corpo elástico é apresentada na figura
Sendo N o número de espiras, R o raio da mola, e r o raio do fio de aço da mola.
abaixo. No
módulo
proporcionalidade
de
Young,
entre
a
a
força
restauradora e a elongação é válida para todos os outros materiais que estão em um estado de equilíbrio estável, no qual a energia potencial da força entre moléculas é aproximadamente parabólica ao redor de um ponto estável de equilíbrio. Figura 01: Definição da elongação ∆l de uma mola helicoidal ou corpo elástico. Autor Toginho Filho et al, 2012.
Tomando como exemplo uma barra ou arame de um determinado material de comprimento l0 e área de seção transversal de corte A, na qual é
A ação de tração e compressão da mola helicoidal resulta em uma tensão de cisalhamento no fio de aço. A relação
aplicada uma força deformadora de tração F, a lei de Hooke é expressa por:
Sendo
de
Este processo reversível é chamado
de
pós-efeito elástico, e nele o material reage
Young) do material da barra, ε= ∆l/lₒ a
visco elasticamente. Em segundo, uma vez
elongação relativa da barra, e σ = F/A é a
excedido o limite elástico, os rearranjos
tensão (ou carga) aplicada sobre a barra.
interiores que acontecem dentro do
elasticidade
Y
o
coeficiente
longitudinal
(módulo
Alguns materiais não seguem a lei de Hooke, mesmo submetidos às forças deformadoras pequenas. Na figura 2 são apresentadas curvas com a dependência do
material
em
mudanças
permanentes da forma. Este processo é irreversível, porque o trabalho realizado é convertido em calor.
alongamento de uma tira de borracha em função da força deformadora aplicada.
resultam
Outras
fórmulas
também
são
utilizadas para cálculos, são elas: l
∆
Kt = K/3 ∆ ∆X = Xi – Xo ∆t ∆1+∆2+∆3 2.1 Modelo Experimental
Primeiro mediram-se os pesos das
Figura 2: Ação de força deformadora aplicada sobre uma tira de borracha. Autor Toginho Filho et al, 2012.
massas utilizadas, constatou-se que todas as massas tinham a mesmo peso de 0,46g.
A curva de histerese tem duas
Os
materiais
utilizados
para
este
da
experimento foram: fixador metálico para
deformação devolve a forma original
pendurar a mola; um tripé; uma fita
momentaneamente ao elástico, enquanto
métrica para medir o tamanho das molas; 5
que o resto da deformação reverterá à
molas menores; uma mola maior; 5 pesos
forma após um período de várias horas.
iguais. Em seguida, as molas de maior
causas: Em
primeiro,
só
parte
diâmetro e a de menor diâmetro. Sequencialmente,
mediu-se
foram fixadas no tripé uma por vez. 3 Discussão
o
tamanho das molas maior e menor, constatando que todas as molas menores eram iguais com o mesmo tamanho e capacidade
de
deformidade.
Acrescentou-se um dos pesos e mediu-se o comprimento
que
se
obteve
Acrescentaram-se cinco massas, uma por uma, medindo sempre o tamanho da mola, até obter cinco medidas para a mola de diâmetro maior e cinco medidas para a mola de diâmetro menor. Foi feito a construção de gráficos das duas molas em função do valor obtido ao acrescentar as massas obtendo assim os coeficientes
Quando extremidades
se da
prende mola
uma e
das
aplica-se
lentamente na outra extremidade, uma força F, cuja linha de ação coincide com o eixo
da
hélice,
observa-se
uma
deformação que acarreta uma variação no comprimento da mola. Em análise aos dados (tabelas)
encontrados com
o
experimento e com os gráficos abaixo Fel (N) 0,46 0,92 1,38 1,84 2,30
δ (N) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
ΔX (m) 0,07 0,14 0,21 0,29 0,35
δ (m) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
angular e linear. Depois de concluída a primeira parte do experimento, visou-se obter a
K (N/m) K gráfico (N/m)
6 10
(1) Mola grossa
constante Elástica de um conjunto três de molas usando o conjunto com três molas iguais, acrescentando as mesmas cinco massas de modo a medir o comprimento do conjunto a cada vez que se acrescenta uma nova massa. Foi medida a massa de duas formas: primeiramente em paralelo e
Fel (N) 0,46 0,92 1,38 1,84 2,30
δ (N) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
ΔX (m) 0,06 0,12 0,18 0,25 0,31
logo após repetiu-se s o procedimento com as molas em sequência.
K (N/m) K gráfico (N/m)
(2) Mola fina
7 6,8
δ (m) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
Fel (N) 0,46 0,92 1,38 1,84 2,30
δ (N) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
ΔX (m) 0,18 0,38 0,56 0,74 0,93
δ (m) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
encontrada com a mola maior (1) foi de 10 N/m e da mola menor foi (2) de 5 N/m. Já colocando as molas paralelamente (4), o valor obtido foi de 2,5 N/m, e as molas colocadas em série foi de 23 N/m. Obs.: As margens de erros devem-se
K sistema (N/m) K (N/m) gráfico K (N/m)
2,5 2,5 7
a fatores que podem ter comprometido a exatidão dos resultados da experiência como: A percepção visual ao medir o tamanho obtido
(3) Mola em série
Fel (N) 0,46 0,92 1,38 1,84 2,30
pela mola, o erro.
δ (N) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
ΔX (m) 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10
δ (m) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
4. Conclusão Pode-se concluir que a força elástica é igual em módulo a força externa aplicada, sendo o módulo da
K sistema (N/m) K (N/m) K (N/m) gráfico K sistema gráfico (N/m)
(4) Mola em paralelo
22
força
elástica
proporcional ao módulo do deslocamento
7,3 23
do objeto elástico no qual foi aplicado uma
7,6
paralelo, os resultados foram coerentes
força. Para a mola fina, em série e em
com a as fórmulas da Lei de Hooke, sendo
Pode-se constatar que a força
o KT (2) 6,8, o KT (3) 2,5 e o KT (4) 23
elástica resultante da lei de Hooke é
com todos K próximo e/ou igual a 7.
diretamente proporcional à variação de
5. Referências
espaço obtido pelo peso que é colocado na mola. Através dos gráficos obtidos
[1] TOGINHO FILHO, D. O. et al.
observa-se que quanto maior a constante
Catálogo
de elasticidade encontrada e maior o peso
Laboratório Integrado de Física Geral
aplicado na mola, mais resistente à
Departamento de Física. Universidade
deformação.
Estadual de Londrina, 2012. Disponível
O
valor
da
constante
em:
de
Experimentos
do
. Acesso em: 27 jun. 2018. [2] Bauer,Wolfgang / Westfall,Gary D. Física Para Universitários – Mecânica. Amgh Editora...