TENS- Neuroestimulação Elétrica Transcutânea PDF

Title TENS- Neuroestimulação Elétrica Transcutânea
Course Fisioterapia da teoria e prática
Institution Universidade Estadual da Paraíba
Pages 10
File Size 78.2 KB
File Type PDF
Total Downloads 62
Total Views 146

Summary

TENS-NEUROESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA
CORRENTE INTERFERÊNCIAL
MICROCORRENTES
...


Description

TENS-NEUROESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA CORRENTE INTERFERÊNCIAL MICROCORRENTES

Introdução • A TENS é uma corrente de baixa frequência quando comparada com o espectro de frequências elétricas disponíveis para usos terapêuticos. • Transcutaneous Eletric Nerve Stimulation (TENS), originou-se nos EUA, na década de 70, com o intuito de combater às dores aguda e crônica. • Consiste na aplicação de eletrodos sobre a pele intacta com o objetivo de estimular as fibras nervosas grossas A –Alfa mielinizadas de condução rápida. • Mecanismos fisiológicos de atuação • Teoria do Controle da Ponte ou da Comporta da Dor – inibição pré-sináptica (Melzack e Wall, 1965) • Liberação dos peptídeos opióides endógenos (Eriksson et al, 1979; Salar et al., 1981). Parâmetros de um pulso elétrico de TENS • Amplitude • Freqüência • Duração do pulso

• Convencional • Amplitude (nível sensorial, sem contração muscular); • Alta freqüência do pulso (10 a 100 Hz);

• Duração do pulso (50 a 100 s); • A corrente deve ser periodicamente aumentada (evitar a acomodação). Acupuntural • Alta amplitude (contração muscular visível – sensação desconfortável); • Baixa frequência (1 a 4 Hz); • Duração de pulso (entre 100 e 300 s) • É considerado como mais resistente aos Efeitos da acomodação. Breve-Intenso • Alta amplitude (contração muscular visível); • Alta frequência (60 a 150 Hz); • Duração de pulso (50 a 250 s) Burst • Alta amplitude (produz contrações musculares intermitentes); • Alta freqüência (60 a 100 Hz); • Moduladas em trens de pulso (0,5 a 4 pps); • Duração de pulso (variando entre 50 e 200 ms). Tens modulado (VIF) – “Convencional Modificado” • A freqüência, amplitude e/ou duração do pulso variam ao longo do tempo; • Tentativa de minimizar os efeitos da acomodação • Até o presente momento, não há estudos que comprove que seja mais eficaz que o TENS convencional. Efeitos da prática fisioterapêutica • Dores agudas: freqüência elevada e intensidade moderada (TENS Convencional – T. Comportas);

• Dores crônicas: freqüência baixa e intensidade elevada (TENS burst e acupuntural – Lib. Opiáceos Endógenos)

Disposição dos eletrodos • Aplicações sobre a área dolorosa • Ao redor e para-espinhalmente na raiz nervosa; • Eletrodos paralelos • Eletrodos transversais • Eletrodos longitudinais • Eletrodos cruzados • Eletrodos acima, abaixo ou ao redor da zona dolorosa • Eletrodos posicionados de forma mista • Eletrodos ao redor ou sobre seu dermátomo Aplicações distante da área dolorosa: • Sobre o dermátomo corresondente • Sobre os pontos gatilhos • Sobre os pontos motores • Sobre os pontos de acupuntura (eletroacupuntura) • Na zona contra-lateral a dolorosa quando se tratar de áreas hipoestésicas ou anestesiadas, apresentar irritação cutânea e outras situações. • Fatores que podem interferir nos estímulos elétricos: • Obesidade, processo inflamatório, consistência da pele, fobia pela eletroestimulação, tipo de dor, etc.). • Número de sessões, tempo e ciclo do tratamento (Fatores de dependência): • Características do quadro doloroso (dor aguda, crônica, irradiada, localizada, visceral, entre outras); • Do próprio paciente; • Modalidade selecionada • Orientações sobre tempo de tratamento (Kitchen e Bazin,

1998): • Um mínimo de 8 horas de estimulação contínua por dia; • Em casos de dor intensa, sessões de aplicação contínua durante 3 semanas, e conseqüentemente redução do tempo de tto.; • Se a dor retornar após a diminuição do tempo, aumentá-lo por um período > por mais 1 semana, antes de novamente reduzi-lo. • O tempo de tto. deve ser reduzido gradualmente, até não haver mais necessidade. • Em alguns casos, o aparelho deve ficar na posse do pcte.; • Em alguns casos de dor intensa, pode ser indicado a estimulação por 24 horas;

• Avaliação • A 1a sessão é sempre orientadora e nunca indica o êxito ou o fracasso da estimulação, é recomendável fazer a avaliação: • Comparar os resultados obtidos: antes, durante e ao final do tratamento. • Utilizar questionário ou escala de dor; • Avaliar a mobilidade, sensibilidade e funcionabilidade da zona tratada. • Período de analgesia • Manejo do equipamento (Detalhes pré-aplicação): • Correta colocação dos eletrodos; • Orientação ao Pcte sobre o funcionamento, e tipo de sensação que será provocada; • O aparelho só será ligado, quando a intensidade Estiver zerada. • Aumento progressivo da amplitude até a percepção do “formigamento” pelo paciente. • Contra-indicações • Portadores de marcapassos; • Cardiopatas com disritmias (salvo aqueles com aval médico); • Pacientes com dor não diagnosticada (salvo aqueles com aval médico);

• Pacientes com epilepsia; • Gestantes nos primeiros 3 meses de gestação; • Pacientes com alterações cognitivas; • Não usar nas seguintes áreas corporais: (boca, seio carotídeo, pele com solução de continuidade, áreas anestésicas, abdômen durante a gestação, próximo ao olho);

CORRENTE INTERFERÊNCIAL • Introdução • Criada nos anos 50, também conhecida como Interferenciais clássicas, moduladas do Dr. Nemec ou Nemectrodínica

• Princípios • Ao utilizar campos elétricos cruzados e sobrepostos de 2 circuitos elétricos de frequência média produzidas em 2 circuitos distintos, a excitação máxima Possível de baixa frequência desejada não se produz na área próxima aos eletrodos cutâneos senão a certa profundidade do corpo. Características físicas: • A corrente interferencial é o resultado da diferença entre 2 correntes: uma das ondas (portadora) apresenta uma frequência constante (2000/4000 Hz), e a outra (moduladora) possui uma frequência ajustável. • A onda resultante é similar a uma corrente alternada sinusoidal modulada em amplitude (polifásico), com frequência igual a diferença das frequências entre as 2 ondas. • Representa uma abordagem diferente, e não mais efetiva, da EENM (Gad Alon, 1996)

Métodos de aplicação • Tetrapolar – utilização de 2 canais, com 4 eletrodos através da disposição coplanar. Quando a sobreposição dos eletrodos é perpendicular, obtemos nas diagonais de 45o uma profundidade de modulação de 100%. • Tetrapolar com varredura automática – consiste na variação da intensidade de um dos circuitos elétricos (entre 50 e 100% do valor máximo ajustado), fazendo onde a profundidade é de 100% - diagonal de 45o – gire para cima e para baixo da região de intersecção, aumento a área de estimulação efetiva. • Bipolar – consiste na utilização de 2 eletrodos de um mesmo canal sobrepostos perpendicularmente, que transmite uma corrente, de forma linear, já modulada pelo aparelho. Ideal para processos álgicos bem delimitados. • Indicações • Alívio da dor; Fortalecimento muscular; Estimulações funcionais; Drenagem de edemas • Sensação: produz uma sensação agradável “eletrodos se deslocando sobre a pele”. Protocolo de tratamento através dos seus parâmetros: • Freqüência portadora: efeito analgésico ou microcirculação (4000 Hz); • Contração muscular (2000 a 2500 Hz); • Escolha da Freqüência de Modulação de Amplitude (AMF) – Nos processos crônicos e sub-agudos, para contrações musculares e nos processos circulatórios, utilizar uma baixa AMF (abaixo de 50 Hz); – Nos processos agudos (dor intensa e aumento da sensibilidade), utilizar uma alta AMF (100 a 150); • Espectro de freqüência ou Oscilação do espectro (variação automática das freqüências) – Serve para evitar o efeito da acomodação. Ex. variação de 30 a 90 Hz, a freqüência oscila entre estas 2 freqüências durante toda a terapia.

• Programa SLOPE ou SWEEP (Varredura) – são específicos de certos tipos de equipamentos disponíveis no mercado, consistem na modificação da varredura, variando de forma brusca e progressiva, produzindo contornos que podem ser de 3 tipos com indicações específicas: – Trinagular: 6’’/6’’ (dor aguda) – Quadrada: 1’’/1’’ (dor crônica) – Trapezoidal: 1’’/5’’/1’’ (dor sub-aguda) • Corrente Interferente estereodinâmica – é produzida pela sobreposição de 3 correntes de frequência média que circulam nas 3 dimensões do espaço. – Poucos estudos quanto aos seus efeitos!!!

MICROCORRENTES • Introdução • As microcorrentes produzem uma forma retangular de corrente com pulsos monofásicos que variam periodicamente sua polaridade, em uma freqüência que pode variar de (0,5 a 4Hz). Característica •. Uma outra característica é o ajuste da amplitude que varia entre 0 e 600 mA, esta intensidade é muito baixa e com carga elétrica insuficiente para excitar as fibras nervosas periféricas. • De acordo com Wood (1992), a aplicação das MCs não produz ativação das fibras nervosas sensoriais cutâneas e não ocorre percepção de sensibilidade durante a estimulação. • Teoria de funcionamento

• Becker (1985), demonstrou que um trauma afeta o potencial elétrico das células do tecido lesado, gerando uma impedância maior nos tecidos próximos à lesão. • Esse decréscimo do fluxo elétrico na área diminui a capacitância celular, afetando o processo de cura. • De acordo com Watson (1995), as alterações bioelétricas nos tecidos, que podem variar por longos períodos; • Efeitos fisiológicos: • aumenta a síntese protéica de ATP de 300 a 500%; • incrementam o transporte das membranas e de aminoácidos de 30 a 40%; • Estimulam o crescimento de fibroblastos e o alinhamento das fibras colágenas; • aumenta a capacitância celular; • favorece a retirada dos catabólitos das células lesionadas; • inibição dos fatores negativos da cicatrização; • aceleração do processo de cicatrização • Indicações: • cicatrização de ulcerações (crônicas); • queimaduras; • diminuição da dor; • alterações dermatológicas (rugas, estrias...); • controle da ansiedade; • depressão; • insônia • Parâmetros; • Geralmente nos aparelhos, os fisioterapeutas só regulam a intensidade e o tempo de estimulação (15 a 60 minutos, podendo também permanecer por horas);

• Não há na literatura protocolos quanto as possíveis indicações, (apenas a intensidade que varia de 20 a 600 mA); • A colocação dos eletrodos geralmente é feita ao redor da lesão ou sobre o ponto doloroso, podendo também ser usado o método tetrapolar cruzado ou bipolar. Mecanismo molecular da contração muscular: • Mecanismo de deslizamento dos filamentos: os filamentos de actina deslizam sobre os filamentos de miosina • Forças atrativas: mecânicas, químicas e eletrostáticas, geradas pelas interações das pontes cruzadas dos filamentos de miosina com os de actina. • Inibição do filamento de actina pelo complexo troponina-tropomiosina durante o relaxamento. • Potencial de ação no músculo esquelético: • Potencial de membrana (-90mV), duração do potencial (1 a 5 ms), velocidade de condução (3 a 5 m/s) • O P.A. promove a liberação de Ca+ pelas cisternas dos retículos sarcoplasmáticos, a Bomba de Ca+ regula a remoção dos íons após o término da contração muscular. Controle do grau de contração Muscular • Unidade motora: conjunto formado pelas fibras musculares inervadas por uma única fibra nervosa (2 a 150 f.m/ 1 f.n.) • Mecanismo de somação das unidades motoras:  da força à medida que ocorre o  de unidades motoras em contração. Ocorrem de forma assincrônica. • Contração de ondas: a medida que aumenta a freqüência de estímulos, a contração muscular se torna mais intensa. • Tetanização: ocorre quando é atingida uma determinada frequência na qual as contrações sucessivas ocorrem de forma conjunta e não podem ser separadas uma das outras. • Fadiga muscular: resulta da incapacidade dos processos contráteis e metabólicos da fibra muscular produzir a mesma quantidade de trabalho. (aumenta ATP, diminui o fluxo sanguíneo)

• Hipertrofia muscular – ocorrem pela prática de exercícios resistivos ou isométricos fortes. – aumento da eficiência da contração muscular; – aumento da armazenamento das reservas energéticas; – aumento da quantidade de miofibrilas. • Atrofia muscular – pode ocorrer pelo desuso ou pela desnervação – pode ocorrer degeneração da fibra muscular por um período de 6 meses a 2 anos; – diminuição do volume muscular – substituição do tecido muscular por tecido fibroso....


Similar Free PDFs