A História na virada do Milênio: Fim das certezas, crises dos paradigmas? Que História convirá ao século XXI? PDF

Title A História na virada do Milênio: Fim das certezas, crises dos paradigmas? Que História convirá ao século XXI?
Author Pedro Jesus de Souza
Course HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
Institution Universidade Cidade de São Paulo
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A História na virada do Milênio: Fim das certezas, crises dos paradigmas? Que História convirá ao século XXI?
Resumo do texto de Ciro Cardoso Flamarion...


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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES Faculdade de Formação de Professores

Disciplina: Laboratório I Docente: Ana Paula Barcellos Discente: Pedro Márcio Jesus de Souza

A História na virada do Milênio: Fim das certezas, crises dos paradigmas? Que História convirá ao século XXI?

Cardoso se preocupa com a História como disciplina, com o fazer histórico e como será o olhar dos historiadores a respeito de seu oficio e ao mesmo tempo com um pessimismo pós-moderno aos estudos críticos e atento aos sinais de desanimo na construção de significado e na visão critica a respeito das interpretações da realidade que são traços centrais dessa postura diante do conhecimento (CARDOSO, p. 151). Trazendo um prognóstico com probabilidades de acontecer nas primeiras décadas do século XXI, segue avaliando as tendências mais gerais e detectáveis dos estudos históricos atualmente, quais continuarão importantes e quais virão a perder o fôlego. (CARDOSO, p. 152). Discorre sobre o Methodenstreit ou “debate sobre o método”, dilema sobre as disciplinas humanas e sociais ultrapassando as fronteiras do saber histórico. A forma de abordagem dos estudos sociais encontra dois ângulos de preferência: O material e o mental. Sendo o primeiro com enfoque naquilo que é instrumental de sua ação, bem como as próprias ações individuais ou coletivas pelas quais se participa na perpetuação, reprodução e reinvenção permanentes do social acompanhadas por uma abordagem analítica e explicativa do social como um todo. E o segundo, focando na subjetividade, vivência, religião, ideologias, sistemas simbólicos, o que é pensando conscientemente,

mas também o impensado social, (Sonhos, mitos, o inconsciente ou consciente coletivo). O autor, apesar de salientar o caráter inseparável entre o material e o mental, pois nenhuma ação individual ou coletiva surgiria sem o acompanhamento de um projeto ou ideologia ou mito etc, e os estudos que os enfatizam unilateralmente, seja um ângulo ou outro, reconhecem a dificuldade na associação dos dois em uma síntese satisfatória, sendo apenas os melhores historiadores marxistas como Pierre Villar e alguns britânicos, capazes de fazê-lo. (CARDOSO, p. 153-154). Cardoso aponta Claude Levi Strauss como alguém que poderia estabelecer um caminho entre o material e o mental, a relação entre ideias e ações na consciência social, mas a consolidação das tendências pós-modernistas e pós-estrutulistas esfriaram o enfoque sobre o mental, que passou atualmente, para o cultural. Fazendo ressalvas, Cardoso destaca a polissemia da palavra cultura, citando Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn que em 1952 recensearam 164 acepções de “cultura” e seu quase sinônimo, “civilização”. Também aponta a evidente, porém variante, daqueles que usam a expressão História Cultural, tem a mesma noção de cultura exposta por Talcott Parsons e Alfred Kroeber, que cortam da antropologia aspectos não simbólicos ou mentais. Divisão entre Sociologia, que se ocuparia da “sociedade” e suas interações e da Antropologia, que teria a “cultura” como objeto, agora amputada de muitos dos seus elementos, mas que estavam bem presentes em trabalhos antropológicos produzidos anteriormente.

E vem uma opção pelo recorte culturalista da Antroplogia, uma

preferência pelo enfoque micro e grupos ou comunidades pequenas (CARDOSO, p. 155-156). É variável a atitude dos historiadores culturais frente a sociedade como um todo, existem aqueles que veem a História Cultural como como alternativa a História Social com pretensões globalizadoras, como Antoine Prost e para outros, em última ánalise, está a serviço a totalidade social, a seus “sistemas”. Cardoso não busca fazer uma exploração critica a respeito da epistemologia ou da metodologia que caracteriza como pós-moderna, mas sim fazer indagações sobre sua superação futura e sobre os cultores dessa (Nova) História Antiga que acreditam que essa tendência será duradoura. O que autor discorda, diz sobre o movimento já estar sendo superado e com debilidades evidentes para que perdure (CARDOSO, p. 157-158).

Como primeiras debilidades cita um problema filosófico especial quanto a vertente francesa sobre o “representacionalismo radical”, doutrina pela qual os objetos que conhecemos são substituídos pela percepção, ideia ou imagem que dele fazemos. Um dos cultores mais inteligentes da História Cultural, Antoine Prost, reconhece que “é impossível compreender uma representação sem saber do que seja a representação, sob pena de naufragar no nominalismo” página?. Para Prost, essa modalidade de História é uma alternativa às formas anteriores de encarar a História como disciplina. A Nova História Cultural e suas variantes apresentam tantas diferenças consideráveis entre si e debilidades filosóficas bases que entram em contradição consigo mesma na prática historiográfica, negando implicitamente o que de fato faz alguns dos seus pressupostos. A História Cultural, segundo Cardoso, desconstrói a unidade da História Ocidental, tentando acabar com os objetos da História dessa cultura como eram antes percebidos. Como exemplo é citada a historiadora feminista Joan W. Scott, que julga a metodologia científica e epistemológica ocidentais como irremediavelmente contaminadas pela dominação masculina e prega militantemente para a História de Gênero, uma postura politica desconstrucionista. Mas, como Iggers diz que “Por muito densa que seja, é já produto de uma seleção” (CARDOSO, p. 159, 160, 161). Cardoso segue apontando a tendência ao declínio da Nova História cultural em sua unilateralidade usando Tulio Halperin Donghi para explicar essa mudança ocorrida na História como disciplina, “as novas exigências geradas por seu próprio desenvolvimento interno – mas, também, as modificações profundas que o mundo vem sofrendo” página?. Cardoso pensa que se pode vincular as mediações necessárias na História-disciplina, mas criticando o “final” em 1968 com uma visão de mundo que já não parecia refletir sobre as coisas como eram (CARDOSO, p. 164-165). Por fim, vem a critica a Nova História Cultural que desconstrói a unidade e um mundo globalizado que exclui visões de conjunto em favor do interesse das microanálises e subjetividades. Afirmando que os ganhos da historiografia ficaram desde 1970 ficarão, mas o caráter unilateral é passageiro (CARDOSO, p.167). OK. Estrutura preferencialmente em tópicos e não em parágrafos. No próximo fichamento, maior atenção à redação, por vezes confusa....


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