Anotações Sobreo Império Ecológico DE Pascal Bernardin PDF

Title Anotações Sobreo Império Ecológico DE Pascal Bernardin
Course Meio Ambiente e Desenvolvimento
Institution Universidade Católica de Pernambuco
Pages 6
File Size 97.5 KB
File Type PDF
Total Downloads 40
Total Views 135

Summary

Anotações Sobreo Império Ecológico DE Pascal Bernardin...


Description

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS BACHARELADO EM CIÊNCIA POLÍTICA DISCIPLINA MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

ANOTAÇÕES DA PRIMEIRA PARTE DO LIVRO “O IMPÉRIO ECOLÓGICO” DE PASCAL BERNARDIN

2018

BERNARDIN, Pascal. O império ecológico: ou A subversão da ecologia pelo globalismo. Trad. Diogo Chiuso e Felipe Lesage. São Paulo: Vide Editorial, 2015.

O autor começa essa primeira parte intitulada “A melhor tirania possível ou a Cidade do diabo” discorrendo acerca do globalismo e como esse ele está relacionado a uma Nova Ordem Mundial, pois detém e reivindica um poder totalitário sobre todo o planeta. As instituições internacionais foram ao longo do tempo moldando-se nessas bases, como é o caso da Liga das Nações, instaurando uma nova forma de governar que se estendia a todo o mundo. O fato é, segundo o autor, que não há nome para descrever a maneira privilegiada que tais organizações são tratadas focadas no poder e soberania, senão o totalitarismo. Tal afirmativa pode ser observada quando apresenta algumas das configurações interna das Nações Unidas que reafirmam essa noção de garantias de privilégio e imunidade, como o fato dos seus bens, instalações ou patrimônios serem imunes a processos judiciais, administrativos ou legislativos do país ou região que se encontram; seus documentos são restritos; além dos seus representantes e funcionários desfrutar de imunidade especificas exclusivas. “A Organização das Nações Unidas encarna, portanto a Verdade e o Bem numa escala inalcançável. Nem ela, nem os representantes ou seus funcionários podem ser responsabilizados por nenhum de seus atos. Quem julgará os juízes?” (BERNARDIN, 2015) Em meio a esse questionamento, a obra vai citar a artimanha chamada “teoria

dos

sistemas”

usada

pelo

globalismo

para

promover

seu

desenvolvimento e expansão de poder. Pascal Bernardin (2015) afirma então que “podemos resumi-la, rápida, mas fielmente, dizendo que ela decompõe hierarquicamente um sistema complexo em subsistemas que reagem uns sobre os outros.” Essa teoria dos sistemas permite analisar o sistema mundial em conjunto com os problemas globais. Por problemas globais o autor faz uma ressalva de que não necessitam serem reais, basta à opinião pública acreditar devido à ação midiática e ativista. Portanto, utilizando-se desse método, o objetivo dos globalistas é aumentar as proporções dos problemas mundiais ou até mesmo inventa-los com o intuito de justificar sua existência manipulando a

opinião pública dos países e conquistando mais espaço no meio político e econômico, expandindo seu poder. Exemplos desses problemas globais suspeitáveis é o terrorismo, o tráfico de drogas, a superpopulação, a distribuição das águas, as questões ecológicas, a lavagem de dinheiro, o desarmamento, o comercio global, e o efeito estufa, etc. (BERNARDIN, 2015). Portanto é nos termos da teoria dos sistemas que a Nova Ordem Mundial é Implantada pelos globalistas, transformando o sistema mundial em uma estrutura altamente hierárquica, onde os de nível mundial estão no topo e possuem as funções ais relevantes a nível internacional, diferentemente dos níveis nacional, regional e municipal. As relações entre os níveis serão mediadas por leis pré-estabelecidas, essas por si só são outra estratégia dos globalistas, pois há a oportunidade de “reger as interações entre os diferentes subsistemas, gerenciar as interações sociais e definir os comportamentos individuais.” (BERNARDIN, 2015). E relação ao modo de governança global o trecho abaixo discorre: A governança global pode, portanto definir-se como a aplicação da teoria dos sistemas na política mundial. Ela procede por reformas institucionais, para criar novos sistemas, e modifica o arranjo entre os diversos sistemas existentes manipulando as constituições, valores, normas, leis etc. Consegue dessa forma conciliar o auge do dirigismo com autonomia das elites medianas, comunismo global e liberalismo local, totalitarismo mundial e democracia nacional. O sistema é firmemente controlado, mas as elites políticas e econômicas, assim como os povos, conservam certa autonomia, necessária a sua perenidade. A governança difere, portanto, do governo por agir muito mais longe, muito mais alto e muito mais indiretamente. Sua eficácia é multiplicada. Invisível ou dificilmente detectável, abstrata, ela escapa à compreensão de muitos. Utiliza-se da segunda geração de técnicas totalitárias, que repudia os métodos brutais da primeira geração, simbolizados pelo KGB e o Gulag. O autor mostrou, em seu trabalho anterior, que tais técnicas conduzem à modificação dos psiquismos. (BERNARDIN, 2015).

Para fechar esse capítulo é importante apresentar o ponto de vista do autor a cerca da política de segurança global. Essa política responsável por prevenir conflitos e guerras ente os países e salvaguardar a vida de todo nos territórios teria provocado ao longo do tempo a erradicação das condições econômicas, sociais, ambientais, políticas e militares que eram tidas como ameaça à paz estabelecida, o seja, o objetivo era criar as crises e resolve-las sem que chegasse aos conflitos armados de fato. Portanto, um o autor desmascara o globalismo e seus objetivos, que seriam esses “alcançar uma

dominação completa do planeta em todos os domínios: financeiro, econômico, comercial, militar, jurídico, fiscal etc.” (BERNARDIN, 2015). No capítulo seguinte Pascal Bernardin vai explanar acerca da perestroika e sua relação com a implementação da Nova Ordem Mundial, como relata o trecho a seguir: Ele estabelece primeiramente que a perestroika remonta ao menos ao final dos anos 70, em plena Guerra Fria, e que ela estava em vias de elaboração sob Andropov, antigo chefe do KGB. Trata-se, portanto de um processo longamente estudado e elaborado por homens que sempre foram adversários implacáveis do Ocidente. Mais ainda, essa citação evidencia a dimensão internacional da perestroika: os trabalhos do Departamento Internacional são, em parte, revelados ao Departamento de Estado americano, sob auspícios do Escritório de Problemas Globais, e já preocupavam a CIA! Enfim, ela insiste no aspecto ideológico, filosófico e sociológico da perestroika: nosso trabalho precedente mostrou como as teorias sociológicas eram suscetíveis a uma utilização puramente revolucionária. O presente trabalho mostrará que a ideologia continua sendo uma arma revolucionária de grande importância. (BERNARDIN, 2015).

A perestroika é, portanto movida por ideais revolucionários e leninistas. O autor cita o ideal de revolução de Gramsci, que seria uma revolução durável apenas quando há um consenso ideológico, ou seja, quando há a revolução do ser em vez do ter. É nesse contexto que a perestroika ajuda a compreender o globalismo e a implementação da Nova Ordem Mundial como o autor dissera. Pois essa necessidade de consenso ideológico a nível nacional na perestroika é moldada pelo globalismo a um nível mundial na forma dos problemas globais reais que tem suas proporções aumentadas ou são artificiais e inventados, fazem isso sobre uma base de consenso internacional de cooperação. Dessa forma os problemas são tidos como imediatos e de máxima importância e essas organizações globais começam a formar alianças, apoiando umas as outras objetivando expandir suas influencias e poder. O conformismo com o pensamento globalista requer acreditarem que os problemas globais não possam receber outras soluções senão as globais, e que essas, ainda por cima, só poderiam ser direcionadas por instituições internacionais. Mas, como o autor já explanou apesar de todos os esforços dos globalistas os problemas globais reais são raros ou inexistentes, e todos aquelas tendências a ser um problema real devem e podem ser resolvidos no contexto institucional dos Estados. (BERNARDIN, 2015).

Adentrando mais a fundo a questão da teoria dos sistemas e problemas globais, o autor investiga o fato das manipulações ideológicas e como estivera presente nessa dimensão da economia globalista e como eles utilizaram a teoria dos sistemas e deturparam-na, fazendo dela uma abordagem negativa e errônea. A teoria dos sistemas, quando usada dessa forma, “provocou, portanto uma modificação profunda na concepção do homem, que, de ser espiritual, se vê subjugada à escala de um mero cupim” (BERNARDIN, 2015). É por meio desses

problemas

sistêmicos,

reais,

exagerados

ou

imaginários,

fundamentados em ideologias, que o globalismo intervém e dominam o contexto mundial. “Dessa forma será possível, por exemplo, reformar as instituições internacionais sob pretexto de ameaças ecológicas.” (BERNARDIN, 2015). Afirmando assim que instituições com domínios restritos, ou seja as regionais, nacionais, e municipais, não tem poder e força suficiente pra lidar com esse tipo de questões, como o caso dos desastres ambientais que em tese estariam afetando a todo e qualquer ser humano, a solução é a criação de organizações especializadas, influentes, internacionais e encarregada das questões ecológicas. No entanto, a partir de um único aspecto essas organizações começam a interferir em outras instituições colocando em funcionamento o governo mundial ao qual o autor tanto fala. No entanto, Bernardin ressalta que um problema sistêmico em si não seria do interesses dos globalistas. Para que ocorra o que foi discorrido até aqui em relação a manipulação dessas problemas faz-se necessário que ele envolva toda a estrutura internacional, tornando-se assim um problema sistêmico global, que fornecerá um pretexto à intervenção em todos os domínios e por toda parte. Essa noção de problema global foi formulada de acordo com Bernardin por Mustapha Sherif dentro da psicologia, na sua obra intitulada “Tensões intergrupais nos conflitos internacionais”, ele busca as condições que permitam aos grupos antagônicos definir leis e normas comuns que os conduzam à superação dos seus conflitos e promovam a convivência. “Apoiando-se sobre experiências em psicologia social de rigoroso protocolo, mas esquematizando muito grosseiramente as condições políticas e financeiras internacionais, ele mostra que a aparição de um objetivo supremo permitiria que se as alcançassem” (BERNARDIN, 2015).

Em relação às técnicas de controle não-aversivo o autor expõe a perspectiva de Siknner, como vemos a seguir: Skinner parte da noção de reforço positivo ou negativo. Um reforço é, segundo sua própria definição, uma consequência, um efeito decorrente de um comportamento. Certos efeitos são buscados: falase com frequência de reforços positivos ou não-aversivos. Outros são evitados; são os reforços negativos ou aversivos. O pombo colocado num dispositivo experimental que lhe fornece alimento quando ele aperta um botão aprenderá, rapidamente, a realizar essa operação tão logo sinta fome. A aparição do alimento reforçará, de maneira não-aversiva, o vínculo já estabelecido entre o botão e o alimento. O centro das teorias de Skinner não é essa concepção rebaixada que ele aplica ao homem – e defende com ímpeto. É, antes, sua insistência sobre as técnicas não-aversivas. As técnicas aversivas (repressivas) de controle do comportamento humano ferem a demanda por liberdade. Estão, portanto, fadadas ao fracasso, e os controladores devem voltar-se às técnicas não aversivas, que não apresentam esse defeito fundamental. Assim, as técnicas nãoaversivas apresentam duas séries de efeitos: os reforços positivos e imediatos, que provocam o comportamento desejado; e os efeitos colaterais favoráveis aos controladores, e geralmente desfavoráveis aos controlados (BERNARDIN, 2015).

Portanto, a perspectiva de Skinner reforça a utilização das técnicas nãoaversivas. No entanto, essa técnica consta certa manipulação de valores, usada como modo de controle enquanto as pessoas agem achando que estão livres, porém estão programadas pelos controladores. Tais técnicas nãoaversivas se relacionam na mesma medida com à teoria dos sistemas,

Pois a

teoria dos sistemas tem por objetivo modificar a estrutura de algo, por exemplo, a estrutura institucional. “Em outras palavras, ela visa a modificar nosso ambiente de ação e as circunstâncias com as quais nos defrontamos, criando novas circunstâncias sociais para modificar os comportamentos” (BERNARDIN, 2015). A teoria do caos nesse contexto é também é criticada, pois é usada pelo globalismo como arma intelectual e midiática sem embasamento real, ou seja, é algo inventado pelo sistema causando o caos no intuito de manter-se no controle e expansão de poder, além da reafirmação da importância dessas organizações e do seu empenho em deter o inimigo, perigo esse, que nem sequer existe. Portanto “a ideologia ecológica permite criar e fazer com que se aceite as restrições que justificam tais manipulações das regras de funcionamento da sociedade” (BERNARDIN, 2015)....


Similar Free PDFs