AS Consolações DE Boécio PDF

Title AS Consolações DE Boécio
Author Ivanderson Monteiro
Course Filosofia Medieval
Institution Universidade Federal de Rondônia
Pages 2
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Summary

Mânlio Severino Boécio foi um dos Ministros do rei Gótico Teodorico (que reinou entre 493 a 526). Nascido logo após o final do Império do Ocidente romano, perdeu seu pai na infância e foi adotado por um cônsul, casando com a filha deste, logo se tornou cônsul, vendo futuramente seus próprios filhos ...


Description

A CONSOLAÇÃO DE BOÉCIO Mânlio Severino Boécio foi um dos Ministros do rei Gótico Teodorico (que reinou entre 493 a 526). Nascido logo após o final do Império do Ocidente romano, perdeu seu pai na infância e foi adotado por um cônsul, casando com a filha deste, logo se tornou cônsul, vendo futuramente seus próprios filhos se tornarem cônsules em 522, ano em que se transferiu da capital Roma para a cidade de Teodorico, afim de tomar posse da função de “mestre de ofícios”. Quando jovem, Boécio escrevia manuais de música e matemática com base nos gregos, projetou também, embora não concluído, uma tradução latina das obras de Platão e Aristóteles. Demonstrou notório conhecimento de lógica estoica ao comentar sobre alguns tratados de Aristóteles. Escreveu quatro tratados de Teologia abordando a Trindade e Encarnação, mostrando ter a influência de Agostinho e dos debates cristológicos do século. Foi elogiado por vários governantes e figuras à época, dentre eles, Gibbon, que escrevera sobre ele: “Próspero no prestigio e na fortuna, nas honras públicas e nas alianças privadas, no cultivo da ciência e na consciência da virtude ...” Boécio, porém, não se manteve em seu honroso cargo pois se tornou suspeito de estar envolvido, como católico, numa conspiração grandiosa, levando o imperador Justino de Constantinopla a invadir a Itália e dar fim ao governo ariano de Teodorico. Boécio foi encarcerado numa torre em Paiva, e condenado a morte pelo senado de Roma. Foi aprisionado que ele escreveu sua mais influente obra: A consolação da Filosofia. Esse trabalho e admirado pela sua beleza literária e pela perspicácia filosófica. No início da obra, Boécio diz ser visitado por uma mulher alta, já de idade, com vestes bem tecidas porem rasgadas, chamada Filosofia. No livro 1, Boécio se defende de acusações feitas contra ele, com a justificativa de ser caçado por ter ele ingressado na vida pública em obediência à Platão e Aristóteles, que exigiam do filósofo participação nas cidades estados e negócios políticos, fazendo contraste com a injustiça que sofreu Sócrates. No livro 2, desenvolve um tema estoico: A riqueza e a fortuna em contraste com a felicidade e equilíbrio humano. Discorrendo inteligentemente sobre temas éticos e morais a despeito das posses materiais na terra e da boa sorte

No livro 3, compôs um hino, O qui perpetua, objeto de frequente admiração dos cristãos, baseia-se em ideias extraídas do livro Timeu de Platão e de um comentário neoplatônico nesse dialogo, que buscando enfatizar que a felicidade não é encontrada em bens externos. No livro 4. Boécio pergunta à senhora Filosofia “Por que os maus prosperam?”. A Filosofia retira argumentos de Gorgias de Platão, para mostras que a prosperidade dos maus é apenas aparente e que maior é mal é sua impunidade. Assim, neste livro, se discorrem acerca do tema injustiça. No livro 5, se inicia como título a pergunta: “Num mundo governado pela Providência divina, pode haver algo como sorte ou acaso?”. Boécio foi brutalmente espancado até a morte. Muitos cristãos o consideram um mártir e algumas igrejas o veneram como São Severino. Boécio não foi apenas o ultimo filosofo da antiga tradição filosófica latina, sua obra Consolação pode ser lida como uma antologia de tudo o que ele prezava na filosofia grega clássica, tendo como abordagem a presciência divina e a liberdade humana e discussão da relação entre Providencia e Destino....


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