Title | CAP. 1 - A Política Entre AS Nações - HANS Morgenthau |
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Course | Teoria das Relações Internacionais I |
Institution | Centro Universitário de Brasília |
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Resumo do primeiro capítulo do livro A Política entre as Nações, abordando o Realismo de Hans Morgenthau. ...
LIVRO A POLÍTICA ENTRE AS NAÇÕES - HANS MORGENTHAU PARTE 1 - TEORIA E PRÁTICA DA POLÍTICA INTERNACIONAL Cap. 1 - Uma Teoria Realista da Política Internacional
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Na primeira parte da obra, o autor analisa as teorias como algo que possui pretensão de comandar a realidade e nasce a partir da observação. Para Morgenthau, a teoria deve ser julgada levando em consideração seu empirismo. Ela serve para explicar uma série de conflitos e acontecimentos que sem ela ficariam sem sentido.
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O autor afirma que sua teoria é uma teoria da política como um todo, ou seja, não é uma teoria de um estado, ou uma política internacional, mas A política.
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O autor faz uma reflexão sobre: -
A natureza humana;
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Os limites e as possibilidades da sociedade;
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A essência da política.
Primeiramente o autor apresenta o conceito do Idealismo, como uma escola que pressupõe formas que não podem se encaixar na nossa sociedade real. Para ele, o problema dos ideais é acreditar que o mundo que eles idealizam pode ser alcançado rapidamente se todos o buscarem.
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Morgenthau afirma que se deve compreender o homem como ele é, e não como deseja que ela seja. É preciso compreender a natureza humana tal como ela é, e a partir disso, reformulá-la da melhor forma possível. Ou seja, trabalhar a favor da natureza humana e não contra ela.
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A ordem política e social é um reflexo de nós mesmos. OS SEIS PRINCÍPIOS DO REALISMO 1.
A sociedade está fundamentada em leis objetivas: é necessário entender a natureza humana, pois essas leis se apoiam nela.
2. O interesse é definido em termos de poder: O interesse pelo poder está na base da natureza humana, que advém do medo e do desejo pela preservação. Existe uma padronização: todo homem vai agir de forma a obter poder. 3. O interesse é a moral de nossas ações: nossas ações funcionam em resposta aos interesses e necessidades do povo. Isso é o que gera a ruptura interna e o desejo por mais e a insatisfação. Na base de cada ação há sempre um interesse que nem
sempre responde aos princípios éticos universais. A moralidade para o realismo é a política. 4. Princípios universais não podem ser aplicados na vida das nações em geral: A ética política não é benéfica para as nações. Cada uma possui seu próprio interesse. 5. Para ser justo é necessário reconhecer que todas as entidades políticas possuem interesses, logo, julgarão segundo tais interesses. 6. É necessário fazer uma reflexão sobre o domínio da política, diferente da ética, religião, moral etc. -
O maior critério de um realista é analisar de que modo uma política pode afetar o poder de uma nação.
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O Realismo não ignora padrões de comportamento ou cultura, mas subordina esses campos ao da esfera política.
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O objetivo de Morgenthau ao escrever a obra é redirecionar o pensamento político, separando-o de outros campos.
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O autor tem plena convicção de que não existe apenas um Homem Político, há também um homem moral, pois se fosse apenas o primeiro seria um animal sem princípios morais que o ferem. Contudo, seu objeto de estudo é o homem político.
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A proposta de Morgenthau, assim como a realista, é ver e aceitar o mundo e a natureza humana tal como ela é, ou seja, não se pode fantasiar sobre um mundo perfeito e ignorar o mundo complexo tal como ele é.
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Para se ter uma compreensão de determinados campos é necessário separá-los uns dos outros e estudá-los como se só eles existissem, mas tendo a consciência de que há outras dimensões da vida humana que estão sendo propositalmente ignoradas. Propósitos da obra
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Descobrir e compreender as forças que determinam as relações políticas entre as nações.
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Para Morgenthau o conceito de política internacional é a luta pelo poder. O poder constitui sempre o objeto imediato, seja quais forem as forças.
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Poder é um meio ou instrumento utilizado com o objetivo de alcançar os interesses da nação.
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Nem todas as nações agem em interesse político. Existem ações políticas (objeto de estudo de Morgenthau), humanitárias, culturais, econômicas e legais.
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Conceito de Poder Político: Facultam aqueles que mandam o controle das ações dos que obedecem, ou seja, é o controle (coercitivo, ideológico ou carismático) do homem sobre as mentes e ações de outros homens.
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A obediência advém de três motivos: Benefício, Temor e Respeito.
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Segundo o autor, a violência física não é um recurso do poder político, mas a ameaça do uso da força é. A guerra não é um recurso de poder político, o medo dela é.
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Expressões que a luta pelo poder ganha no cenário internacional: 1. Status Quo: Manter 2. Imperialismo: Mudar 3. 3. Política de prestígio: Cerimonial diplomático, desfile militar.
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Morgenthau procura explicar os mecanismos básicos da política das relações de poder, poder meio de se exercer o controle pela mente.
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As relações internacionais são uma luta perpétua pelo poder, ou seja, pelo controle sobre a verdade e mente das pessoas.
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As relações internacionais possuem um mecanismo muito parecido com o Estado interno.
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A História é representada pela história de homens criativos que inventam nomes e ideias para explicar as relações que ocorrem.
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Somos pela própria natureza competidores e dominadores, então criamos mecanismos institucionais para controlar essas competições e dar limites à elas. Essa privação de controle encontra uma válvula de escape na criação do Estado e nas relações internacionais.
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As Relações Internacionais são relações promovidas pelas autoridades que estão no poder. É necessário entender os mecanismos da alma humana para entendermos as interações das relações internacionais. 1. Primeira parte: Forças básicas de Rel’s de poder 2. Segunda parte: Limitações do exercício natural de poder da natureza humana. a. A própria luta pelo poder constitui uma limitação em si mesmo. b. O comportamento político pode e deve ser moldado pela moral e pela ética. c. O papel da opinião pública mundial: limitar o poder. d. O papel do direito internacional: Controle. 3. Como manter a paz?
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Por intermédio da limitação: Papel do desarmamento, Organizações internacionais e princípios de governança.
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Convergência de interesses.
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Equilíbrio de poder: Limitação.
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A paz é um terrível equilíbrio de sobrevivência que nos limita.
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O externo limita seu comportamento interno.
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O equilíbrio de poder é um meio de limitação natural de uma sociedade que deseja conquistar e ao mesmo tempo sobreviver.
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Para Morgenthau, a moral é um mecanismo de limitação das aspirações naturais humanas de poder. Seu papel é proteger os fracos e limitar o poder dos fortes.
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As leis morais que limitam o jogo cruel de poder reside na consciência (não é porque você detém o poder que deve usá-lo de modo que ele proporcione tudo o que pode dar).
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O homem político que não possui moralidade é bárbaro e não cabe da denominação: humano.
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O fator humanidade entra na concepção de limitação moral. Ele deve se sobrepor aos outros fatores.
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A moral é uma restrição da política de poder. Ela contribui de modo a dar proteção à vida humana na paz e na guerra.
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Em um sistema internacional banhado pela moral, qualquer Estado que ignore suas leis está fadado ao fracasso, pois todos os Países necessitam de reconhecimento advindo da opinião pública internacional.
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Limitações: 1. Moral 2. Opinião pública mundial: Consenso sobre o certo e o errado.
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O papel das relações internacionais é formular, criar e amadurecer a consciência e a psicologia dos países criando um consenso sobre o que é certo e o que é errado (consciência supranacional)....