Capítulo 26 Guyton - O Sistema Urinário: anatomia funcional e formação da urina pelos rins. PDF

Title Capítulo 26 Guyton - O Sistema Urinário: anatomia funcional e formação da urina pelos rins.
Author Nathália Sirena
Course Fisiologia
Institution Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
Pages 5
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Edição de acordo com as Normas ABNT....


Description

CAPÍTULO 26 – O SISTEMA URINÁRIO: ANATOMIA FUNCIONAL E FORMAÇÃO DA URINA PELOS RINS • MÚLTIPLAS FUNÇÕES DOS RINS 1) Eliminar do corpo substâncias indesejadas que são ingeridas ou produzidas pelo metabolismo 2) Controlar o volume e a composição dos eletrólitos 3) Filtração do plasma e remoção de substâncias do filtrado. EXCREÇÃO DE PRODUTOS DEJETADOS DO METABOLISMO, SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ESTRANHAS, FÁRMACOS E METABÓLITOS HORMONAIS. Ureia = provém do metabolismo de aminoácidos Creatinina = provém do metabolismo da creatina muscular Ácido úrico = degradação da hemoglobina. REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO DA ÁGUA E DOS ELETRÓLITOS: Se o ganho de água e eletrólitos for maior que a excreção, a quantidade retida no corpo aumentará. O contrário também é verdadeiro. Os rins têm alta capacidade de se adaptar à quantidade de sódio ingerida, podendo aumentar ou diminuir muito a excreção. REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: O funcionamento dos rins tem papel fundamental na regulação de pressão à longo prazo pela excreção de sódio e água. A curto prazo essa regulação ocorre pela liberação de produtos vasoativos como a renina (vasoativo é a angiotensina II). REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE: Atua junto com os tampões dos líquidos corporais e os pulmões. Mas nessa situação, os rins são de grande importância já que é o único meio que consegue eliminar ácido sulfúrico e fosfórico (do metabolismo de proteínas). REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ERITRÓCITOS: Os rins são responsáveis por produzir e excretar toda a eritropoetina da circulação. OBS: a eritropoetina é um hormônio que controla a produção das hemácias. REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DA 1,5-DI-HIDROXIVITAMINA D 3: Os rins produzem a forma ativa da vitamina D, o calcitrol. O calcitrol é importante para que o trato gastrointestinal consiga absorver o cálcio nos ossos. SÍNTESE DE GLICOSE: Síntese de glicose a partir de aminoácidos (gliconeogênse). •

ANATOMIA FISIOLÓGICA DOS RINS

O rim é um órgão par, e podemos dividi-lo em córtex (região mais periférica) e medula (região mais interna). OBS: as pirâmides, que possuem a base (divide o cótex da medula) e o ápice que também pode ser chamado de papila, pequena abertura direcionada para a pelve renal. Logo abaixo das papilas existe os cálices menores e na sequência os cálices maiores. SUPRIMENTO SANGUÍNEO RENAL: Corresponde à 1.100 mL/min. A artéria renal entra pelo hilo renal e então se divide progressivamente até formar as artérias interlobulares, artérias arqueadas, artérias interlobulares e arteríolas aferentes que terminam nos capilares glomerulares. O NÉFRON É A UNIDADE FUNCIONAL DO RIM: Uma pessoa pode ter até 1 milhão de néfrons, que não podem ser regenerados pelo rim. Com o passar da idade, essa quantidade vai diminuindo, o que não interfere diretamente na saúde ou na funcionalidade do rim como um todo pois os néfrons restantes se adaptam para tal situação.

Cada néfron contém um glomérulo, uma rede de capilares, uma cápsula de bowman que envolve o glomérulo. O líquido que é filtrado e que fica retido na cápsula de bowman vai para o túbulo proximal, alça de henle descendente (delgada) e ascendente (espessa), mácula densa, túbulo distal, túbulo conector e túbulo coletor cortical. DIFERENÇAS REGIONAIS NA ESTRUTURA DO NÉFRON: NÉFRONS CORTICAIS E JUSTAMEDULARES: A única diferença é que para os néfrons corticais, todo o sistema tubular é envolto por extensa malha de capilares peritubulares. Já nos néfrons justaglomedulares, longas arteríolas eferentes se estendem dos glomérulos para a região externa da medula e então se dividem em capilares peritubulares especializados, denominados vasa recta, que se estendem para o interior da medula. •

MICÇÃO

A bexiga se entende até que a tensão superficial na parede interna esteja no limiar essa tensão dá origem ao reflexo de micção, que pode ser inibido ou facilitado por centros no córtex ou tronco cerebrais. ANATOMIA FISIOLÓGICA DA BEXIGA

A parte inferior do colo da bexiga (colo vesical) é chamado de uretra posterior, que juntamente com os dois orifícios dos ureteres formam o trígono. O colo vesical é circundado pelo músculo detrusor e o músculo esfíncter interno. Além disso, a uretra também passa pelo diafragma urogenital que contem uma camada muscular chamada de esfíncter externo da bexiga. INERVAÇÃO DA BEXIGA: Nervos pélvicos que se ligam aos segmentos medulares S2 e S3, além de fibras sensoriais e motoras. As fibras motoras do nervo pélvico são parassimpáticas. No nervo pudendo ainda é possível encontrar fibras motoras esqueléticas e fibras somáticas. Também existe inervação simpática pelos nervos hipogástricos. TRANSPORTE DA URINA A PARTIR DO RIM, ATRAVÉS DOS URETERES E PARA A BEXIGA: A urina expelida pela bexiga tem a mesma composição do líquido que sai dos ductos coletores. As paredes dos ureteres são compostos de músculo liso, fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas, e plexos intramurais de neurônios e fibras nervosas. OBS: o músculo detrusor é responsável pela compressão do ureter inserido na parede vesical, evitando o refluxo de urina. Se esse refluxo ocorrer, o que é chamado de refluxo vesicouretral, pode gerar problemas desde o aumento do calibre dos ureteres até disfunções nos cálices e estruturas da medula renal. A SENSAÇÃO DE DOR NOS URETERES E O REFLEXO URETERO-RENAL: Quando um ureter é obstruído, ocorre reflexo simpático que diminui a produção de urina produzida. REFLEXO DA MICÇÃO: Principalmente quando a bexiga está cheia, as contrações de micção se sobrepõe ao tônus basal. Esse reflexo de micção é autorregenerativo, isto é, a contração inicial da bexiga ativa novos estímulos sensoriais. Reflexo da micção: 1) Aumento rápido e progressivo da micção 2) Período de pressão sustentada 3) Retorno da pressão ao tônus basal. Quando o reflexo da micção é suficiente para esvaziar a bexiga, ele produz um reflexo para relaxar o esfíncter externo através dos nervos pudendos. FACILITAÇÃO OU INIBIÇÃO DA MICÇÃO PELO CÉREBRO: Ocorre no tronco cerebral (principalmente na ponte) e no córtex cerebral. 1) Os centros superiores podem manter o reflexo da micção parcialmente inibido, ou inibir a micção pela contração do esfíncter vesical externo 2) Os centros corticais podem facilitar a micção por estimular os receptores de estiramento e inibir o esfíncter uretral externo. ANORMALIDADES DA MICÇÃO 1) BEXIGA ATÔNICA E INCONTINÊNCIA CAUSADA PELA DESTRUIÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS SENSORIAIS: Nesse caso a transmissão dos impulsos

de estiramento ficam inativadas, então a bexiga se enche até a capacidade máxima, quando algumas gotas saem pela uretra até que ocorra o esvaziamento completo e não periódico. Essa situação é chamada de incontinência de superenchimento. Essa lesão pode ocorrer por esmagamento da região sacral e sífilis (bexiga tabética) 2) BEXIGA AUTOMÁTICA CAUSADA PELA LESÃO DA MEDULA ESPINAL ACIMA DA REGIÃO SACRAL: Os reflexos de micção não são mais controlados pelo encéfalo 3) BEXIGA NEUROGÊNICA NÃO INIBIDA CAUSADA PELA PERDA DOS SINAIS INIBITÓRIOS DO CÉREBRO: Micção frequente e desregulada, causada por lesão parcial da medula espinal ou do tronco cerebral, que interrompe a maior parte dos sinais inibitórios. •

A FORMAÇÃO DA URINA RESULTA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR, REABSORÇÃO TUBULAR E SECREÇÃO TUBULAR.

Como ocorre: 1) Filtração glomerular 2) Reabsorção para o sangue 3) Secreção de substâncias do sangue A proteína é a única substância do plasma sanguíneo que não consegue ser filtrado. FILTRAÇÃO, REABSORÇÃO E SECREÇÃO DE DIFERENTES SUBSTÂNCIAS : A reabsorção é mais ‘importante’ que a secreção, mas é a secreção que determina as quantidades de sódio, hidrogênio e outras substâncias que permanecem no sangue, ou saem pela urina. - Ureia, creatinina, ácido úrico e urados são excretados em grande quantidade na urina. - Sódio, cloreto e bicarbonato são muito reabsorvidos, então aparecem em pequena quantidade na urina. AA e glicose NÃO podem aparecer na urina, porque são completamente reabsorvidos. POR QUE GRANDES QUANTIDADES DE SOLUTOS SÃO FILTRADAS E DEPOIS REABSORVIDAS PELOS RINS? A alta taxa de filtração glomerular permite que os rins rapidamente reabsorvam os produtos desejados....


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