Capítulo 6 TGA - Resumos sobre os temas da disciplina TGA PDF

Title Capítulo 6 TGA - Resumos sobre os temas da disciplina TGA
Course Teoria Geral Da Administração
Institution Universidade Federal de Pernambuco
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Resumos sobre os temas da disciplina TGA...


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CAPÍTULO 6

Teoria dos sistemas abertos e perspectiva sociotécnica : 

Von Bertalanffy (1950, 1956) – um complexo de elementos em interação e em intercâmbio contínuo com o ambiente



Burns e Stalker (1961) – empresa mecânica e empresa orgânica



Organização é um sistema aberto que deve se adaptar ao seu meio ambiente



Contexto: Segunda Guerra Mundial, países mutuamente dependentes, modificações em uma parte do sistema refletiam-se nas outras partes.

Funcionalismo de Talcott Parsons (1902-1979) 

Método de análise dos fenômenos sociais dividido em:



Acionismo social – tipo de análise voltada para a explicação da ação. Na escolha de meios alternativos para atingir um fim, a ação obedece a uma orientação normativa. A norma social influencia a ação humana (controle social). Agir de acordo com a norma corresponde a receber reforços positivos.



Imperativismo funcional – macroabordagem voltada para a explicação do sistema social. A norma social... influenciaria a ação humana.

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A norma social corresponde a uma regra formal ou informal que pressiona o indivíduo ou grupo social a agir de certa forma se quer receber reforços positivos, conseguir legitimação ou recompensa. Agir de acordo com a norma social corresponde a receber reforços positivos. Agir de modo contrário... receber reforços negativos e “punições”. Transgredir a norma tem o seu preço e obedecer a ela, suas recompensas. As normas formais e informais são, pois, mecanismos de controle social para indivíduos e grupos.

Funções do sistema social (Parsons) 

Quatro funções que garantem a sobrevivência do sistema social.



Sistema social: conjuntos formados por partes diferenciadas, que têm funções diversas, mas que são interdependentes.



Modelo Liga: latency, integration, goal attainment, adaptation.

Modelo Liga (Parsons) 

Latência: forma como o sistema se sustenta e se reproduz; como transmite os valores e padrões culturais; garante o processo de socialização; comportamentos “positivos”.



Integração: assegura coordenação e coerência entre indivíduos e grupos; garante que as diversas partes (diferenciadas e isoladas) não fiquem isoladas.



Gerar e atingir objetivos: estabelece metas e objetivos e implementação de meios (sistema burocrático) visando atingi-los.

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Adaptação: organização busca recursos para a sua sobrevivência. Sistema social fornece valores (L) que permitem aos indivíduos integrarem-se na sociedade (I), buscando atingir objetivos (G), e, para tanto, contribuindo para a adaptação dele, produzindo os recursos fundamentais (A)



A análise parsoniana pressupõe que o sistema de valores seja anterior aos outros e praticamente determina as escolhas dos indivíduos e grupos e a ação social . Organizações econômicas: responsáveis pela “adaptação”; pela busca de recursos

 

Organizações governamentais: responsáveis por “gerar e atingir objetivos” pela fixação de políticas públicas



Organizações legais e paralegais (justiça, polícia, ministério público, advogados etc.): responsáveis pela “integração”; pela necessidade de cumprir as regras



Organizações educacionais: responsáveis pela “latência”: transmitem valores e padrões culturais, reforçando-os. Indivíduos internalizam e agem de acordo com esses padrões. Organizações responsáveis pela manutenção da ordem social; funcionalismo reforça a ordem e não analisa o conflito; os valores estão na base da ação social e antecedem as outras funções





Necessitando sobreviver, determinado grupo social desenvolve práticas, padrões de comportamento, valores, os quais são transmitidos às novas gerações pelos mais velhos como os padrões culturais a serem seguidos. Eles são institucionalizados, ensinados como corretos. A obediência é recompensada.



Valores vão sendo mantidos enquanto funcionarem bem; valores, criados e institucionalizados, são internalizados pelos indivíduos mais jovens em sua socialização primária (transmissão de valores pela família) e secundária (escola, comunidade, treinamento profissional), sendo assim reforçados. Os valores oferecem aos indivíduos expectativas de papéis (como devem comportar-se) e objetivos a serem atingidos (o que eles podem esperar ser e como atingir esses objetivos). Ao ingressarem nas organizações, os indivíduos obedecerão às regras do sistema. Assim, a ordem social é mantida.

Imperativismo funcional (Parsons) 

Todo sistema social enfrenta quatro imperativos funcionais (funções descritas), aos quais não pode deixar de satisfazer. Qualquer sistema social deve ser estudado em termos de manutenção, integração, atingimento de objetivos e adaptabilidade, ou melhor, em termos dos meios que utilizam para satisfazer a esses imperativos.

Para Parsons 

Tendo em vista a sua inserção social e as relações de poder às quais está submetido nas diversas instituições que frequenta (família, colégio, igreja), o indivíduo incorpora os valores sociais prescritos e regras de comportamento. Essas regras e valores internalizados por ele regularão sua ação e suas tentativas de atingir seus objetivos individuais, que também são fornecidos pelos valores do sistema social ao qual pertence. A ação individual se basearia em valores preexistentes na sociedade, que seriam percebidos pelo indivíduo como um dado objetivo da realidade e incorporados em sua ação.

Grandes figuras – Eric Trist 

Subsistemas técnico e social. Técnico: corresponde às demandas da tarefa, à implementação física e ao equipamento



Social: refere-se às relações sociais dos envolvidos na execução da tarefa, transformando a eficiência potencial em real



Resumo da teoria sociotécnica: - O trabalho não pode ser considerado um conjunto de tarefas rotineiras e justapostas - O grupo deve ser a unidade de análise principal

- O próprio grupo de trabalho tem de se ajustar de modo informal e organizar o seu trabalho e não o controle burocrático excessivo, que gera reações. -Os papéis sociais do trabalho não devem ser prescritos, pois, tendo autonomia, as pessoas se sentirão mais a vontade. - Os indivíduos não são meras extensões das máquinas , eles as completam. -A padronização excessiva das habilidades dificulta a mudança organizacional. - O redesenho das tarefas em conjunto com os empregados aumenta o comprometimento desses.

Idéias Centrais: o Homem Funcional -Papel: Conjunto de atividades associadas a um ponto específico do espaço organizacional ( cargo). -Organização vista como um conjunto de papéis, mediante as quais as pessoas se mantém inter-relacionadas. -Fatores organizações, de personalidade e interpessoais compõem o contexto. - Métodos utilizados: Descrição de como executar a tarefa e supervisão X Trabalhadores livres. -Conceito de autonomia ou empowerment: Autonomia, interação e estímulo. -Conflito de papéis : Custo para o indivíduo (tensão, menos satisfação) em termos emocionais e interpessoais para a organização.

Características das organizações como sistemas abertos 

Importação de energia – recebe insumos do meio ambiente.



Processamento – processamento de insumos para transformá-los em produtos.



Exportação de energia – a organização coloca produtos no ambiente.



Ciclo de eventos – energia retorna à organização para reprocessamento.

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Entropia negativa – fuga da “morte”. Informação e retroalimentação – permite à organização corrigir os seus desvios em reação ao ambiente.



Estado estável e homeostase dinâmica – estabilidade e expansão.



Diferenciação – multiplicação e elaboração de funções.



Equifinalidade – crítica à one best way. Existem diversas formas de atingir um estado estável.

Teoria Geral dos Sistemas e a Organização 

A organização se distingue dos demais sistemas sociais pelo seu alto nível de planejamento. Ela utiliza também um alto nível de controle, que inclui pressões ambientais e valores e expectativas compartilhados, mas especialmente a aplicação de regras cuja violação implica penalidades.

Papéis e Subsistemas Organizacionais 

Papéis – formas específicas de comportamento associadas com dadas tarefas; padrões de comportamento exigidos. Normas são expectativas gerais para todos que desempenham papéis. Valores – justificações e aspirações ideológicas. Papéis, normas e valores compõem as bases da integração do sistema



Orgs. econômicas – fornecimento de mercadorias e serviços; empresas



Orgs. de manutenção – socialização e treinamento das pessoas; escolas e igrejas



Orgs. adaptativas – criação de conhecimento e desenvolvimento de novas soluções; P e D, universidades



Orgs. político-administrativas – coordenação e controle de recursos humanos e materiais; Estado, órgãos públicos.

Estudos recentes: a tecnologia e os sistemas sociotécnicos (ZUBOFF, 1988) 

Automatização – processos são executados a um custo menor, com mais controle e continuidade; robotização; modelo industrial de produção; permite a melhoria contínua dos processos; single loop learning



Informatização – gera-se e incorpora-se uma informação nova que aperfeiçoa o próprio sistema; modelo informacional de produção; sociedade pós-industrial; double loop learning

A tecnologia (internet, intranet, fax etc.) permitiria o contato entre diferentes mercados e o trabalho a distância  Atualmente, novas tecnologias permitem processar informações melhor e mais rapidamente, sendo fonte de maior produtividade





Embora redefina o horizonte de possibilidades, a tecnologia não pode determinar quais escolhas são feitas pelos indivíduos e com que intenções. É o ser humano que atribui sentido à ferramenta, de acordo com seus objetivos e com os elementos de sua identidade social.

Inovação e tecnologia social 

Para que haja inovação tecnológica deve haver inovação social (ex: normas ISO 9000)

Críticas ao determinismo parsoniano 

Questiona-se o princípio da anterioridade do sistema de valores sobre os outros sistemas sociais



Valores e comportamento não seriam explicados por uma lógica linear de causa-efeito. Os novos comportamentos de um indivíduo poderiam originar novos valores, fazendo-o questionar os valores antigos ou poderiam reforçar ainda mais esses últimos



Os indivíduos não seriam passivos diante da incorporação de valores, mas teriam um nível de controle sobre os seus valores, reajustando-os

Críticas ao determinismo parsoniano -Modelo da “identidade no trabalho”: 

O confronto com seus próprios valores e características de base será mais forte à medida que o indivíduo se sinta oprimido pela nova realidade e busque compreendê-la. Ele reverá então sua lógica de ação e buscará uma nova visão de mundo que integre suas experiências passadas, mas que explique também suas novas percepções e sensações, permitindo encontrar novos meios de ação.



A aptidão de analisar as diversas opções e assumir riscos nas relações interpessoais é fruto de um aprendizado concreto nas relações de trabalho....


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