Centro Cirúrgico - Resumo Enfermagem cirúrgica PDF

Title Centro Cirúrgico - Resumo Enfermagem cirúrgica
Author Larissa Badim
Course Enfermagem cirúrgica
Institution Universidade Federal de São Paulo
Pages 5
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Summary

Resumo sobre o centro cirúrgico e as especificidades da enfermagem dentro deste ambiente....


Description

Centro Cirúrgico Centro cirúrgico é o conjunto de áreas e instalações destinada à realização de procedimentos anestésico-cirúrgico, recuperação anestésica e pós-operatório imediato (POI), de forma a promover segurança e conforto para o paciente e equipe. ATIVIDADES REALIZADAS NO CC: procedimentos pré-anestésicos, procedimentos anestésicos, procedimentos pós-anestésicos, cirurgias e endoscopias de rotina ou de urgência, garantir apoio diagnóstico necessário. RDC 50 e 307 e SOBECC que “ditam” o que deve compor o CC (copa, farmácia, sala de cirurgia, RX, etc) com o objetivo de garantir a segurança do paciente e a saúde do trabalhador. A estrutura do CC deve seguir 2 salas cirúrgicas para cada 50 leitos não especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos, sendo sala de pequena cirurgia (20m2), sala de média cirurgia (25m2) e sala de grande cirurgia (36m2). Existem 3 áreas delimitadas no CC, aonde devem ser seguidas normas para proteção dos pacientes/profissionais: área não restritiva – é de circulação livre, ou seja, não necessita do uniforme privativo (corredor de entrada, vestiários e copa); área semi-restritiva – circulação de pessoal e equipamentos de modo que não interfira nas normas de assepsia, ou seja, a paramentação básica é exigida (corredores internos, recuperação pós-anestésica, recepção de pacientes, equipamentos, expurgo, conforto); área restrita – tem limites definidos para circulação de pessoal e equipamentos, com normas próprias para o controle e manutenção da assepsia, necessário paramentação completa (sala de cirurgia, área de lavabo e corredor intersalas. Equipamentos da sala cirúrgica – devem ser todos de preferência de aço inox. São divididos em fixos (foco central, negatoscópio, painel de gases medicinais, monitor multiparamétrico), móveis (carro de anestesia, carro de medicação, bisturi elétrico, foco auxiliar, bancos giratórios, mesa cirúrgica e acessórios, mesa auxiliares – mayo, baldes de lixo, suportes de soro, suporte de hamper e aspirador elétrico) e outros (material de videocirurgia, microscópio, raio X, intensificador de imagens – arco cirúrgico). Cuidados com a placa do bisturi elétrico – deve-se aplicar gel condutor na placa neutra e coloca-la sob a panturrilha ou outra região de grande massa muscular. Materiais estéreis do CC – campos simples ou duplos, aventais cirúrgicos ou Lap, impermeável, compressas G ou P, gazes e ataduras, material antissepsia, cuba rim, bacias, cúpulas G ou P, luva estéril, esparadrapo ou micropore, material de corte, sondas e drenos, cabo de bisturi elétrico, cabo de borracha para aspirador, fios de sutura, equipo de soro e sangue, seringas, agulhas, cateteres de punção venosa, material específico a cada cirurgia. Medicamentos normalmente utilizados – analgésicos, antipiréticos, corticosteroides, diuréticos, hipertensores, cardiotônicos, anticoagulantes, anestésicos, antibióticos e eletrólitos (NaCl, KCl, bicarbonato de sódio). Soluções e pomadas – álcool a 70%, PVPI degermante e tópico, clorexidina degermante/aquosa e alcoólica, soros fisiológico/glicosado/glicofisiológico/ringer lactato, xilocaína spray/geleia, etc. Fios de sutura – não absorsível (linho, algodão, seda, aço), sintéticos (poliéster revest, poliéster, nylon e polipropileno) e absorvíveis (categutes, cromado e vycril).

Categut simples – perde a resistência de 7 a 10 dias e é absorvido em 70 dias. Categut cromado – perde a resistência de 21 a 28 dias e é absorvido em 90 dias. Poliglactina – perde a resistência em 35 dias e é absorvido em 56 a 70 dias. Cirurgia é um procedimento terapêutico para uma variedade de distúrbios fisiopatológicos que implicam ameaças reais, tais como risco de vida, perda de órgãos ou parte destes, prejuízos financeiros, além do próprio desconforto decorrente da intervenção cirúrgica. Cirurgia robótica é uma cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia robótica apresenta inúmeros benefícios, tanto para equipe quanto para o paciente. VANTAGENS: a ausência de cortes, pois são feitas apenas pequenas incisões para a passagem dos trocateres, e a diminuição do tempo de internação. ENFERMEIRO NA CIRURGIA ROBÓTICA – montagem e desmontagem do equipamento, colocação das capas estéreis, calibração da ótica seguindo técnica asséptica, posicionamento do paciente. Equipes que atuam no CC- equipe de enfermagem, equipe médica (cirúrgica e anestesiologista), auxiliar de anestesia, equipe da nutrição, farmacêutico, bioquímico, biomédico, perfusionista, técnico do RX, técnico da manutenção, serviço da higiene, auxiliar administrativo, engenharia clínica, aluno de pós graduação, especialização, graduação e residentes. Equipe de enfermagem é composta por: Enfermeiro coordenador -> enfermeiro assistencial (1/3 salas)-> técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e instrumentadores cirúrgicos. Enfermeiro cirúrgico – é o profissional responsável habilitado para coordenar o desenvolvimento do ato anestésico-cirúrgico em todas suas etapas, ou seja, pelos planos assistenciais, previsão e provisão de recursos materiais e humanos, supervisão das ações de enfermagem, acompanhamento sistemático e humanizado do paciente, assistência e registros necessários. As funções e atribuições do enfermeiro são: gerenciamento, coordenação, administração, cuidados de enfermagem e sistematização da assistência da enfermagem perioperatória. “Etiqueta” – hierarquia na equipe, silêncio (falar baixo, somente o necessário; música somente se adequada) e respeito aos pacientes (respeito ao pudor, psíque deste paciente e nunca deixalo só na sala). Desafios dos profissionais do CC – NR 32, importância da roupa privativa, uso de EPIs, comprometimento com a equipe, uso de adornos, roupa de frio, indecisão frente a roupas, bom senso. Infecção do sítio cirúrgico (ISC) – infecção que ocorre até 30 dias após a realização do procedimento. No caso de cirurgias onde foram implantadas próteses, uma ISC pode ser diagnosticada até um ano após a data do implante. O que é importante na rotina pra evitar uma ISC?  

Pré-operatório: tempo de internação, nutrição, infecção remota, banho, tricotomia, descolonização. Centro cirúrgico: ambiente, técnica cirúrgica, antissepsia da pele, material esterilizado e profilaxia.



Pós-operatório: drenos, curativos e alta precoce.

Cuidados com a equipe cirúrgica: troca de roupas, entrada no centro cirúrgico, lavagem das mãos, paramentação e manutenção da cirurgia. Degermação das mãos e dos antebraços é denominada como escovação ou antissepsia cutânea. Objetivo: reduzir o risco de contaminação da ferida cirúrgica. Método: remoção ou destruição dos microrganismos da microbiota transitória e pela redução ou inativação da flora residente. Divisão: 1º território -> mão e punho (área + nobre devido ao contato direto com os órgãos) e 2º território -> parte do antebraço até o cotovelo. Duração: de 3 a 5 minutos para primeira cirurgia, e de 2 a 3 minutos para cirurgias subsequentes. Paramentação cirúrgica é o vestuário específico utilizado de acordo com os procedimentos realizados no centro cirúrgico. Composta por uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro cobrindo totalmente o cabelo, máscara cobrindo boca e nariz, óculos de proteção, luva de procedimento, avental esterilizável com reforço frontal e luvas (substituir a cada 2 horas). FINALIDADE: formação de uma barreira microbiológica contra a penetração de microrganismos no sítio cirúrgico do paciente, oriundo dele mesmo, dos profissionais, materiais, equipamentos e ar ambiente. Aventais cirúrgicos – material de boa qualidade, não alergênico e resistente, proporcionar barreira antimicrobiana efetiva, permitir boa execução de atividades e conforto, proporcionar conforto térmico e possibilidade de esterilização, pode ser de tecido ou não. Campos cirúrgicos – utilizados na cobertura do paciente desde a área próxima a ferida cirúrgica até as regiões mais distantes e cobertura de mesas e instrumentais. FINALIDADE: manter a temperatura do paciente e atuar como barreira microbiológica para o paciente e equipe. Podem ser de tecido de algodão ou não tecido. Cuidado com material descartável: colocar máscara cirúrgica, utilizar técnica asséptica ao abrir o material, manter distância da mesa e dos campos, não passar o braço e não falar sobre o material esterilizado aberto, passar sempre com a frente do corpo voltada para o local que concentre maior quantidade de material esterilizado aberto. Circulação da sala – tem como objetivo prestar assistência ao paciente, equipe cirúrgica e anestesiologista. Manutenção da sala de cirurgia durante o procedimento: SO deve ficar fechada durante o procedimento, com o objetivo de manter – condições de ventilação e trocas de ar dentro das normas estipuladas, a umidade e temperaturas adequadas, a pressão positiva dentro da sala em relação aos corredores, o número mínimo de pessoas dentro da sala, apenas o material necessário para cada cirurgia dentro da SO. Desmontagem da sala: consiste na retirada de materiais e equipamentos utilizados no procedimento e os que não foram utilizados. Tipos de limpeza de sala cirúrgica: limpeza preparatória, limpeza operatória, limpeza concorrente e limpeza terminal. Não se deve fechar a sala ou realizar limpeza especial após cirurgias contaminadas ou infectadas. Instrumentos, roupas sujas e sólidos infectantes

Material que é destinado à esterilização deve ser colocado em recipiente resistente à perfuração, observando os cuidados para evitar acidentes com materiais perfurocortantes. Os resíduos sólidos devem ser descartados em sacos plásticos próprios, sem extravasamento de material ou líquido, mantendo a superfície externa limpa. Os materiais perfurocortantes devem ser desprezados em coletores especiais. O transporte de resíduos sólidos e de roupa suja deve ser feito em carrinhos próprios e fechados. O recolhimento da roupa e dos resíduos sólidos deve ser feito em frequência que não permita o acúmulo excessivo. Tratamento cirúrgico CLASSIFICAÇÃO   

Momento operatório; Finalidade da cirurgia a ser realizada; Potencial de contaminação.

Momento operatório é definido pelo grau de urgência: emergência (necessita de atenção imediata/o distúrbio pode ser ameaçador à vida), urgência (o paciente necessita de atenção imediata dentro de 24-30h), requerida (paciente precisa realizar a cirurgia), eletiva (o paciente pode ser operado e a sua não realização não é catastrófica) e opcional (essa decisão é do paciente). Finalidade: diagnóstica/exploratória (para se visualizar as partes internas e/ou realizar biópsias), curativa (correção de alterações orgânicas – retirada de amígdala inflamada; reparadora, quando dá reparação de múltiplos ferimentos – enxerto de pele), reconstrutora/cosmética (reconstituição – plástica para modelar o nariz) e paliativa (corrigir algum problema, aliviando os sintomas da enfermidade, não havendo cura – abertura de orifício artificial para saída de fezes sem ressecção do tumor intestinal). Potencial de contaminação: segundo a portaria nº 2616 







Cirurgia potencialmente contaminada: sítio cirúrgico entra nos tratos respiratório, genital, gastrintestinal ou urinário em condições controladas e sem contaminação acidental. EX: gastrectomia, nefrectomia. Cirurgia limpa: sítio cirúrgico sem sinais de inflamação, sem contato com trato respiratório, gastrintestinal, urinário e genital. O fechamento deve ser primário com drenagem quando necessária fechada. EX: angioplastia, cirurgias plásticas, neurocirurgias. Cirurgias contaminadas: feridas abertas acidentalmente ou cirurgias com quebra importante da técnica asséptica ou grande contaminação do trato gastrintestinal. Cirurgias que entram no trato urinário com urina infecciosa ou trato biliar com bile infectada ou cirurgias onde é achado tecido inflamatório agudo não purulento. EX: feridas traumáticas recentes, colecistectomia com inflamação. Cirurgias infectadas: lesões traumáticas antigas com tecido desvitalizado, corpo estranho, contaminação fecal, quando há perfuração inesperada de víscera. EX: perfuração intestinal, fratura exposta, presença de secreção purulenta.

Terminologia cirúrgica: conjunto de termos próprios que expressam o segmento corpóreo afetado e a intervenção cirúrgica realizada no tratamento daquele tipo de afecção....


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