DesconstruÇÃo E Esquecimento - Maria Alice GuimarÃes Carneiro PDF

Title DesconstruÇÃo E Esquecimento - Maria Alice GuimarÃes Carneiro
Course Arquitetura e Urbanismo
Institution Universidade FUMEC
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Summary

Habitação social...


Description

MARIA ALICE GUIMARÃES CARNEIRO – PLANEJAMENTO URBANO II

VISITA A EXPOSIÇÃO ‘DESCONSTRUÇÃO E ESQUECIMENTO: GOLPE, ANISTIA E JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO Ao visitar a exposição “Desconstrução e esquecimento” podemos perceber que o seu objetivo é reavivar a memória de parte importante da história mais recente brasileira, quando tivemos grande repressão e censura na estrutura da nossa sociedade. Trata-se de uma discussão atual, pois, mesmo com o início da redemocratização do país, há todo um conjunto de violações, aparatos jurídicos e práticas culturais autoritárias, deixado pelo regime militar, ainda em voga na sociedade. Estruturada em três eixos – golpe, anistia e justiça de transição –, a mostra foi montada em cinco salas do Centro Cultural UFMG. O golpe de 1964, o estado de exceção vivido pelo povo brasileiro, a anistia que se seguiu e a longa construção do processo de reparação da justiça são o foco principal da exposição. Alguns subtemas também integram a exposição, entre eles as estruturas de repressão, o desrespeito aos direitos indígenas, a articulação das mulheres na luta pela anistia e as políticas de reparação, buscando recusar o esquecimento e a cegueira que tendem a recair sobre os fatos históricos e cotidianos. Na exposição podemos ver uma linha do tempo em que momentos importantes da luta pela democracia dialogam com manifestações e expressões artísticoculturais da época, e como estudante de Arquitetura e urbanismo percebemos a importância do nosso papel na construção de uma sociedade mais justa.

Percebemos o quanto é importante manter acesa essa memória e a força da democracia, destacando a importância de levar informações para os cidadãos que, às vezes, desconhecem a luta de tantos pela liberdade democrática Também busca mostrar que existe uma memória política que se manifesta como forma de resistência e luta política fortalecendo a participação e a ação política de movimentos sociais contrapondo-se às "políticas de esquecimento" que foram estabelecidas ao longo da ditadura e do período de redemocratização brasileiro, contribuindo para a desconstrução dos padrões de poder impostos. Ao visitar essa exposição pude perceber a importância da memória social, que faz com que um povo não se esqueça de sua história, e assim, continue lutando sempre pelos seus direitos, pela sua liberdade e democracia. É importante lembrar de tudo o que já aconteceu na história de nosso País, principalmente em um momento político conturbado como o em que nos encontramos. Temos hoje uma grande responsabilidade de tomar as melhores decisões em prol do nosso futuro. Temos, hoje, a oportunidade de lutar contra a corrupção, contra a mídia que omite e manipula informações, e a oportunidade de buscar a verdade, e condenar os que abusam do poder. Hoje, Anos se passaram da ditadura, e pouco sabemos dos tempos sombrios da ditadura. Somente a partir de 16 de maio de 2012, a Comissão Nacional da Verdade criada pela Lei 12528/2011 foi instaurada no país e as mortes e os desaparecimentos começaram a ser investigados. Com esse tipo de ação podemos ter esperança de que um dia faremos parte de uma sociedade onde a democracia realmente existirá. É preciso resgatar nossa história, transformar a memória, transformá-la em algo palpável, para que crise, desemprego, violência policial, perda de direitos e tantas outras histórias não se repitam. É preciso não se calar. “É preciso conhecer o pior de nossas raízes para renascer do novo. ” Palavras de Fabrício Fernandino, curador da exposição: “Só não sintamos indiferença”....


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