Doenças anorretais - Resumo PDF

Title Doenças anorretais - Resumo
Author Pamela Mendonça
Course Clínica Cirurgica
Institution Pontificia Universidade Católica do Paraná
Pages 5
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Summary

Resumo...


Description

FISSURA ANAL  







 

Definição  Ulceração, corte, ruptura no anoderma distal que se estende da borda anal até a linha pectínea Classificação  Aguda (90% dos casos) Estreita, superficial, sem elevação de bordas e com cicatrização espontânea em 6 semanas  Crônica (10% dos casos) Largas, profundas, com elevação de bordas e sem cicatrização espontânea Visualização das fibras musculares do esfíncter anal interno, com tecido de granulação Mais freqüente no sexo feminino Tríade fissuraria 1) Fissura anal 2) Plicoma anal (saliência de pele localizada na porção externa do ânus) 3) Hipertrofia de papilas anais Etiologias  Trauma (esforço evacuatório, constipação crônica, passagem de fezes endurecidas ou diarréicas, uso agressivo de papel higiênico)  Doença intestinal inflamatória  ISTs (Sífilis, HIV) Hipertonia de esfíncter anal  Tuberculose  Neoplasias malignas do canal anal Quadro clínico  Dor evacuatória intensa (‘’rasgando/cortando o ânus”; pode ocorrer durante ou após evacuação)  Sangramento anal  Irritação perianal – pode haver prurido devido a presença de muco em excesso  Constipação intestinal – leva ao uso abusivo de laxativos Complicação  Infecção da fissura  Abscesso perianal (ocorre quando a infecção da fissura atinge as criptas anais, contaminando as glândulas mucos secretoras anais - glândulas de Chiari) Diagnóstico Tratamento MEDIDAS COMPORTAMENTAIS  Dieta rica em fibras e hidratação, para que as fezes sejam macias (uso de sementes de plantago e mucilagens)  Evitar uso de papel higiênico – higiene local deve ser realizada com banhos de assento  Evitar ingestão de alimentos condimentados, bebidas alcoólicas  Evitar uso de laxativos MEDICAMENTOS  Pomada retal: Policresuleno 50 mg/g + Cloridrato de cinchocaína 10 mg/g NÃO USAR CORTCÓIDES ESFINCTEROTOMIA QUÍMICA (relaxamento anal temporário, para alívio da dor e facilitar cicatrização) Fármacos (uso tópico): NO, derivados de NO (isossorbida, nitroglicerina), bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina e diltiazen) e toxina botulínica DILATAÇÃO ANAL MANUAL (inserção de 4 dedos no canal anal, com tração de esfíncter por 2-5 minutos) DESUSO CIRURGIA  Esfincterotomia mediana posterior Complicação: altas taxas de incontinência fecal pós operatória  Esfincterotomia lateral interna (aberta ou fechada) Taxa de cicatrização 95% Complicação: incontinência fecal pós operatória (porém em menores taxas quando comparada à esfincterotomia mediana posterior)







Fissurectomia Excisão/retirada da fissura anal. Em seguida, pode realizar fechamento ou deixar aberta para que haja cicatrização. Pode ser realizada isoladamente ou em associação com fármacos (NO, isossorbida) Avanço do retalho Cobertura da fissura com "flap" dérmico, para aumentar a vascularização regional (que se encontra isquêmica) Utilizado em casos de fissura anal crônica com hipotonia esfincteriana

INFECÇÕES ANORRETAIS PAPILITE  Definição  Inflamação hipertrófica das papilas anais  Quadro clínico  Dor e ardor evacuatórios  Desconforto anal  Complicação  Prolapso anal (se hipertrofia > 1 cm)  Diagnóstico  Toque retal  Anuscopia  Diagnósticos diferenciais  Hemorróida  Pólipo retal prolabado  Tratamento MEDIDAS COMPORTAMENTAIS  Evitar uso de papel higiênico – realizar higiene com banhos de assento  Dieta rica em fibras e hidratação MEDICAMENTOS  Analgésicos de uso tópico (pomada retal): Fluocortona 1 mg/g + Lidocaína 20 mg/g  Agentes cicatrizantes de uso tópico (pomada retal): Dexpantenol 50 mg/g (vitamina B5)  Analgésicos de uso sistêmico: Paracetamol CIRURGIA  Ressecção

CRIPTITE  Definição  Inflamação das criptas anais  Quadro clínico  Dor contínua, que piora com evacuação  Irritação perianal – pode haver prurido, devido a secreção mucosa ou purulenta  Sensação de peso no canal anal e/ou de evacuação incompleta  Diagnóstico  Inspeção anal  Anuscopia (quando possível devido a dor)  Retosigmoidoscopia  Tratamento  Tratamento MEDIDAS COMPORTAMENTAIS  Evitar uso de papel higiênico – realizar higiene com banhos de assento 

Dieta rica em fibras e hidratação

MEDICAMENTOS  Analgésicos de uso tópico (pomada retal): Fluocortona 1 mg/g + Lidocaína 20 mg/g  Agentes cicatrizantes de uso tópico (pomada retal): Dexpantenol 50 mg/g (vitamina B5)  Analgésicos de uso sistêmico: Paracetamol CIRURGIA  Ressecção

ABSCESSO PERIANAL  Definição  Quadro clínico  Dor contínua, com piora ao deambular, sentar e ao evacuar  Febre  Calafrios  Tenesmo retal (sensação constante de necessidade de defecar, apesar do reto vazio)  Tenesmo urinário  Tumoração perianal  Secreção purulenta  Diagnóstico  Inspeção anal (tumoração, hiperemia, dor e calor local)  Palpação anal (abaulamentos dolorosos)  Anuscopia  Retossigmoidoscopia  Diagnósticos diferenciais  Neoplasias malignas do canal anal  Doença de Crohn anorretal  Tuberculose perianal  Tratamento  Drenagem

FÍSTULA ANAL  Definição  Ferida que se forma entre o final do intestino e a pele do ânus, criando um pequeno túnel que comunica canal anal e/ou reto ao períneo  Classificação anatômica  Interesfincteriana  Transesfincteriana  Extraesfincteriana  Supraesfincteriana  Etiologia  Pós abscesso perianal  Doenças intestinais inflamatórias (Crohn, Diverticulite)  Quadro clínico  Secreção purulenta perianal  Dor  Febre  Complicação  Incontinência evacuatória  Diagnóstico  Inspeção anal (1 ou mais orifícios externos com bordas endurecidas)  Toque retal bidigital (identificação de trajeto e de tecido fibroso)  Anuscopia  Fistulografia  RNM (maior especificidade)



Tratamento CLÍNICO 

Preenchimento do trajeto com cola de fibrina (material semi-líquido, que se torna gelatinoso no interior do trajeto fistuloso) Melhores resultados em fístulas interesfíncterianas e transesfincterianas CIRÚRGICO  Fistulotomia Abertura da fístula sem excisão do trajeto  Fistulectomia Abertura da fístula para exposição de todo o túnel entre o intestino e a pele, seguida de remoção do tecido lesionado no interior da fístula (curetagem). Após isso, coloca-se um fio no interior da fístula para promover cicatrização. A ferida fica aberta.

DOENÇA HEMORROIDÁRIA  







Definição  Inflamação e dilatação das veias do plexo venoso hemorroidário causadas por drenagem deficiente Classificação  Interna Acima da linha pectínea Surge a partir do plexo hemorroidário superior Recoberta por epitélio colunar  Externa Abaixo da linha pectínea (anoderma) Surge a partir do plexo hemorroidário inferior Forma abaulamento de consistência mole Recoberta por epitélio escamoso  Mista Surge a partir de ambos os plexos hemorroidários (superior e inferior) Componente interno e externo Classificação de Dennison 1) Sangramento anal ocorre durante a evacuação; não ocorre prolapso à evacuação ou mediante esforços físicos 2) Prolapso durante o esforço evacuatório, com ou sem sangramento, porém retorna espontaneamente quando cessado esse esforço 3) Prolapso espontâneo ou durante o esforço evacuatório, com ou sem sangramento, mas sem retorno, portanto, precisa ser colocada manualmente para o interior do canal anal 4) Prolapso permanente e irredutível, com ou sem sangramento; pode evoluir para isquemia, trombose ou gangrena Etiologia  Esforço evacuatório  Constipação intestinal  Diarréia crônica  Uso abusivo de laxantes  Esforço físico repetitivo  Obesidade  Gravidez Quadro clínico  Sangramento anal indolor (rompimento hemorroidário)  Dor evacuatória  Prurido anal  Prolapso anal  Sujidade perianal (muco/fezes)









Complicação  Trombose hemorroidária Sangramento +dema + necrose + secreção fétida+ dificuldade de evacuação Surgimento abrupto Diagnóstico  Inspeção anal  Toque retal  Anuscopia  Retosigmoidoscopia Diagnósticos diferenciais  Procidência retal  Papila anal hipertrófica  Hemangiomas perianais  Condiloma  Plicoma  Fissura anal  Processos infecciosos (papilites, criptites)  Tumor retal Tratamento MEDIDAS COMPORTAMENTAIS  Evitar uso de papel higiênico – realizar higiene com banhos de assento  Dieta rica em fibras e hidratação MEDICAMENTOS  Analgésicos de uso tópico (pomada retal): Fluocortona 1 mg/g + Lidocaína 20 mg/g CIRURGIA  Escleroterapia  Fotocoagulação  Ligadura elástica  Grampeamento  Hemorroidectomia (técnicas: Milligan-Morgan; Fergusson)...


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