Economia positiva e normativa PDF

Title Economia positiva e normativa
Author Bruna Laísa Macedo
Course Metodologia Econômica
Institution Universidade Federal de Santa Catarina
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5. Economia positiva e normativa. a. A guilhotina de Hume, Hume declara que “não se pode deduzir o que deveria do que é”. Distinção entre fatos e valores (positivo e normativo): Positivo É Fatos Objetivo Descritivo Ciência Verdadeiro/falso

Normativo Deveria Valores Subjetivo Prescritivo Arte Bom/mau

Um enunciado do tipo é fatual e descritivo é considerado verdadeiro porque concordamos em obedecer certas normas ‘científicas’ que nos levam a considerar aquele enunciado como verdadeiro, embora ele possa ser falso. Existem um consenso social definido que ajuda na aceitação de fatos (é) e valores (deveria). b. Julgamentos metodológicos versus julgamentos de valor, Distinção no julgamento de valores: caracterizadores e avaliadores. Caracterizadores: escolha do assunto, modo de investigação e critério de validação dos resultados.

Avaliadores: ponderações sobre o estado de mundo, vontades de certos tipos de comportamento humano e os resultados sociais. A ciência não pode se liberar dos julgamentos metodológicos, mas pode se liberar dos julgamentos de valores avaliadores e normativos. Exemplo da curva de Phillips: relação inversa entre inflação e desemprego (objetiva). Identificação do economista de que o desemprego é deplorável e não aceitável, mesmo com inflação. Julgamento de valor básico: circunstâncias concebíveis. Julgamento de valor não básico: apelos aos fatos. c. Ciência social livre de valores, Weber prega a wertfreiheit: ciência desprovida de valores (liberdade de valor). Mas os valores podem ser discutidos racionalmente: 1) exames das premissas de valor que originam os julgamentos normativos; 2) dedução das implicações das premissas de valor dadas as suas circunstâncias práticas; 3) estabelecimentos das consequências. Os economistas pregam que a Economia deve ser livre de valores, depois julgam que algumas opiniões são melhores do que outras. d. Ataque à Werfreiheit, O economista não pode ser imparcial e é emocionalmente envolvido com a sociedade a qual

pertence, procurando estabelecer a viabilidade da ordem social que ele defende. Relação entre o valor e o núcleo central lakatiano. Confusão entre julgamento de valor e enunciados emotivos, ideológicos. Problema: o economista sugere políticas baseadas em verdade científicas, com comprovações, mas é na verdade, um julgamento de valores e o repasse de doutrina ideológica. e. Soluções para a impossibilidade de Werfreiheit, Myrdal: expor as avaliações com total clareza, definir claramente as premissas de valores de forma explícita. Impossível separar a Economia positiva da normativa: o economista deve explicar seu julgamento de valor. f. Breve esboço histórico, Problema: como as proposições econômicas se apresentam nas esferas positiva e normativa? Senior e Mill: distinção entre ciência e arte. Na arte aparecem premissas extra científicas e premissas não econômicas de outras áreas para dar valor aos problemas práticos enfrentados. Para os dois autores o economistas nunca deveria aconselhar.

Para Neville: 1) ciência positiva (uniformidade); 2) ciência normativa ou reguladora (ideais); 3) arte ou sistema de normas para a obtenção de objetivos (preceitos). Para Walras e Pareto: economia pura e aplicada. Ótimo de Pareto: pertence a Economia pura, portanto, não serve para resolver qualquer tipo de problema. Hicks e Kaldor colocam apresentam a ideia de melhoria no bem estar. Ideia robbinsiniana: o economista está simplesmente escolhendo entre opções de utilidades e sugerindo a melhor opção (livre de valores). Bergson e Samuelson: a sociedade, por meio da política, escolhe suas preferências e o economista compara as decisões econômicas com as preferências sociais (tornando a economia normativa). g. Economia do Bem Estar positiva paretiana, A economia investiga a eficiência dos arranjos realizados para satisfazer as necessidades dos indivíduos, dados os seus próprios interesses. O indivíduo sabe definir seu mapa de bem estar. A economia apresenta uma pesquisa positiva acerca de como os indivíduos fazem suas escolhas, mas indica recomendações normativas, estabelecendo o que os indivíduos deveriam fazer.

Hennipman (1976): soberania do consumidor (positiva); 2) não padronização (normativa); 3) unanimidade (normativa). A escolha ótima define os melhores cenários e os não recomendáveis, mas eliminar os não recomendáveis, como o monopólio, é outra coisa. h. A teoria da mão invisível, Considerar as escolhas individuais e as sociais (coletivas) como formadas por escolhas individuais é uma questão metodológica e não normativa (política). Obrigar as crianças a frequentarem a escola e proibir o tráfego de drogas são julgamentos de valores. Critérios normativos: eficiente e não eficiente, onde o eficiente é ligado ao lado científico (positivo) da economia. Cada indivíduo é livre para fazer e buscar sua melhor situação. Portanto, a mão invisível é positiva e deveria ser falseável, mas não é. i. A ditadura da economia do Bem Estar paretiana, Os teoremas do bem estar são universais. A intervenção do governo é justificável se melhorar a condição da maioria, ou seja, reparar falhas de mercado e estabelecer os ganhos não verificados se a economia estiver fora do seu ótimo.

j. O economista como um tecnocrata, Visão de que o economista pode definir questões de interesse público sem julgamento de valor. A tarefa do economista é apresentara função de possibilidades: custos e benefícios das alocações alternativas dos meios escassos. Política tecnocrata. O economista não poderia recomendar um curso específico de ação pública. Ele apresenta um menu de alternativas, o gestor público é que escolhe. Quando o gestor procura o economista para definir as alternativas, ele ganha espaço para definir normativamente as alternativas. Problema: o gestor público primeiro escolha a sua função de preferência e depois as políticas que viabilizam os objetivos do político. O assessoramento econômico deve se basear em hipóteses falseáveis, demonstrando empiricamente como as variáveis econômicas se comportam. A amplitude da economia positiva é menor e da economia normativa é maior do que os economistas presumem. k. Tendências na estimativa da evidência empírica, Todas as hipóteses científicas apresentam conotações políticas, filosóficas e sociais. Apelos ideológicos são normais na ciência, o correto é o debate público destes valores.

Recomendação de que o economista deve ter imparcialidade. Mas todos os cientistas são imparciais? O estudo do universo não apresenta emoção, apenas o estudo da sociedade? Exemplo: debate ético sobre questões da biologia, como a esterilização, guerra biológica, etc. O socialismo ou o capitalismo são melhores simplesmente em função da escala na economia? O debate sobre liberdade econômica e liberdade política não é realizado. A liberdade econômica advém do conceito da política....


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