EFEITOS DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA REALIZADO EM CRIANÇAS DO AMBULATÓRIO CARDIOPULMONAR DA CLÍNICA INTEGRADA UNIVAG PDF

Title EFEITOS DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA REALIZADO EM CRIANÇAS DO AMBULATÓRIO CARDIOPULMONAR DA CLÍNICA INTEGRADA UNIVAG
Author sabrina de souza
Course Fisioterapia Em Neonatologia
Institution Centro Universitário de Várzea Grande
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EFEITOS DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA REALIZADO EM CRIANÇAS DO AMBULATÓRIO CARDIOPULMONAR DA CLÍNICA INTEGRADA UNIVAG EFFECTS OF A RESPIRATORY PHYSIOTHERAPY PROGRAM PERFORMED INCHILDREN IN THE CARDIOPULMONARY AMBULATORY OF THEUNIVAG INTEGRATED CLINIC

EDUARDO FORTES DE SOUZA ¹, SABRINA RIBEIRO DE SOUZA ¹, VANESSA MATIAS SOUZA DUARTE ². ¹Discentes do curso de fisioterapia do UNIVAG – Centro Universitário. ²Fisioterapeuta e Docente do curso de Fisioterapia do UNIVAG – Centro Universitário.

RESUMO: Introdução: A fisioterapia respiratória é uma especialidade terapêutica que tem papel fundamental na prevenção e tratamento de complicações pulmonares. Os recursos utilizados para aplicação da fisioterapia na faixa etária pediátrica foram inicialmente adaptados dos métodos utilizados em pacientes adultos, com o tempo foram surgindo técnicas especificas e apropriadas para cada faixa etária. A morbidade e a mortalidade na população pediátrica, ocorrem, em sua maior parte, devido ao comprometimento do sistema respiratório, o tratamento fisioterapêutico proporciona a esses pacientes a condição para que se tenha qualidade de vida. Objetivo: Verificar a efetividade dos tratamentos de fisioterapia respiratória realizados pelos estagiários da clínica integrada do centro universitário do UNIVAG. Método: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e descritivo, composto por prontuários de pacientes de ambos os sexos, de 0 á 15 anos, atendidos no período de março á dezembro de 2019, nas dependências do ambulatório cardiopulmonar da clinica integrada UNIVAG, onde utilizou-se para avaliação física as variáveis: ausculta pulmonar, expansibilidade, tosse e percussão. E como conduta de tratamento, percussão, vibração, compressão torácica, aceleração do fluxo expiratório (AFE), expiração lenta e prolongada e técnicas de expansão e reexpansão. Resultados: A amostra foi constituída por 9 prontuários, no qual, houve um total de 238 atendimentos. Foi observado que a principal patologia que acomete as crianças do ambulatório é a encefalopatia crônica não progressiva da infância. De todas as variáveis analisadas, grande parte obteve resultados positivos. Conclusão: Foi evidenciado que o tratamento fisioterapêutico respiratório em crianças é eficaz. Palavras Chave: fisioterapia respiratória; doenças respiratórias; qualidade de vida.

ABSTRACT: Introduction: Respiratory physiotherapy is a terapeutic specialty that has a fundamental role in the prevention and treatment of pumonary complcations. The resources used for the application of physiotherapy in the pediatric age group were initially adapted from the methods used in adult patients, over time specific and appropriate techniques for each age group have emerged. The morbidity and mortality in the pediatric population occur, for the most part, due to the impairment of the respiratory system, physical therapy treatment provides these patients with the condition to have quality of life. Objective: To verify the effectiveness of respiratory physiotherapy treatments perfomed by interns at the integrated clinico f the UNIVAG university center. Method: This is na observational, retrospective and descriptive study, consisting of medical records of patients of both genders, aged 0 to 15 years, attended from March to December 2019, in the dependence of the cardiopulmonar outpatient clinic of the UNIVAG integrated clinic, where several techniques were used for physical evaluation, such as pulmonar auscultation, expandability and vocal thoracic thrill. And as treatment conduct, tapping, percussion, vibration, chest compression, acceleration of expiratory flow (EFA), slow and prolonged expiration and expansion and reexpansion techniques. Results: The sample consisted of 9 medical records, in which there were a total of 238 visits. It was observed that the mais pathology that affects children in the outpatient clinic is chronic non-progressive childhood encephalopathy. Of all the variables analyzes, mosto f them obtained positive results. Conclusion: It has been shown that respiratory physical therapy treatment in children is effective. Keywords: Respiratory physiotherapy; respiratpry dieases; quality of life.

INTRODUÇÃO

A fisioterapia respiratória é uma especialidade terapêutica que tem papel fundamental na prevenção e tratamento de complicações pulmonares de forma acessível que não exige recursos sofisticados para a sua execução. Seu principal objetivo é melhorar a função respiratória de modo a facilitar as trocas gasosas e adequar a relação ventilação-perfusão, por meio de técnicas de higiene brônquica, ou seja, técnicas que facilitam o clearance mucociliar e a remoção de secreções, mantendo assim a permeabilidade das vias aéreas (SANTOS; NETO; COSTA,2009) (YOKOTA; GODOY; CERIBELLI, 2006). Desde 1970 a fisioterapia respiratória passou a ser estudada, a partir de uma revisão feita por Mellins, que demonstrou que os principais objetivos seriam aumentar o processo de remoção de secreções e melhorar a função pulmonar por

reverter áreas de colapsos, através da drenagem postural, percussão torácica e vibração/vibrocompressão, como por exemplo, em casos de doenças obstrutivas (como asma e fibrose cística), atelectasias, pneumonias ou fraqueza muscular com tosse ineficaz, além de seu emprego em recém-nascidos prematuros que permanecem por períodos longos na ventilação mecânica (MARTINS, 2006 ). Os recursos utilizados para aplicação da fisioterapia na faixa etária pediátrica foram inicialmente adaptados dos métodos utilizados em pacientes adultos, sendo eles a tapotagem, vibrocompressão e drenagem postural. Dessa forma, com o tempo foram surgindo técnicas especificas e apropriadas para cada faixa etária, condizentes com as diferenças anátomo-fisiológicas de cada uma delas (MUCCIOLLO, 2008). A morbidade e a mortalidade em adultos estão relacionadas às doenças cardiovasculares, enquanto que, na população pediátrica, elas ocorrem, em sua maior parte, devido ao comprometimento do sistema respiratório. A insuficiência respiratória aguda- IRA é um evento bastante frequente em pediatria e corresponde a 50% das internações em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTI), sendo uma das principais causas de morbi-mortalidade nesta população. Aproximadamente 2/3 ocorrem em crianças menores de um ano e, destas, 50% no período neonatal (MATSUNO, 2012). São as doenças mais frequentes durante a infância, acometendo um número elevado de crianças, de todos os níveis sócio-econômicos e por diversas vezes. Nas classes sociais mais pobres, as infecções respiratórias agudas ainda se constituem como importante causa de morte de crianças pequenas, principalmente menores de 1 ano de idade. Os fatores de risco para morbidade e mortalidade são baixa idade, precárias condições sócio-econômicas, desnutrição, déficit no nível de escolaridade dos pais, poluição ambiental e assistência de saúde de má qualidade (SIGAUD, 1996). Dentre as doenças respiratórias em crianças destacam-se, a, pneumonia, sinusite, rinite, bronquite e asma (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). A Paralisia Cerebral (PC), ou mais corretamente, a Encefalopatia Crônica não Progressiva (ECNP), ou ainda a Encefalopatia Crônica Infantil (ECI) é uma das patologias neurológicas mais comuns do mundo, cuja incidência vêm se mantendo de forma constante nos últimos anos entre 1,5 e 2,5 por nascidos vivos a

encefalopatia é comumente conceituada nos dias atuais como um grupo não progressivo, mas frequentemente mutável de distúrbios motores (tônus e postura), secundários à lesão do cérebro em desenvolvimento, a presença de doenças associadas à lesão cerebral, podem contribuir para o aumento da ocorrência de complicações respiratórias. A principal afecção respiratória nos portadores de paralisia cerebral é a pneumonia, predominantemente a aspirativa, mas também bacteriana ou viral, caracterizando-se pelo acúmulo de secreção, aumentando a resistência das vias aéreas, diminuição da complacência torácica, comprometimento da ventilação e das trocas gasosas (CLAUDINO, 2012). O tratamento fisioterapêutico proporciona a esses pacientes a condição para que se tenha qualidade de vida, como a prática de atividades físicas, desenvolvimento cognitivo, sem agravos ou qualquer prejuízo na rotina do paciente (ALBUQUERQUE et al., 2016). Desta forma, o objetivo do estudo exposto é verificar a efetividade dos tratamentos de fisioterapia respiratória realizados na clínica integrada do centro universitário do UNIVAG.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e descritivo. Realizado nas dependências da Clínica Integrada da UNIVAG, localizada na Av. Dom Orlando Chaves, 2655 - Cristo Rei, Várzea Grande - MT, 78118-000, no período de janeiro a junho de 2020. O estudo foi constituído por 9 prontuários de pacientes que se encaixavam-se nos critérios de inclusão e exclusão. Incluiu-se os pacientes que foram submetidos a avaliação e tratamento fisioterapêutico no ambulatório de cardiopulmonar da clínica integrada UNIVAG, de ambos os sexos, com idade de 0 a 15 anos, atendidos no período março a dezembro de 2019. E excluídos os pacientes com prontuários com dados incompletos, faltaram aos atendimentos 5 vezes, pacientes maior de 16 anos. Além disso, foi realizado o preenchimento de um Formulário Socioeconômico contendo as seguintes informações: idade, sexo, diagnóstico clínico e fisioterapêutico, bem como

dados da inspeção, palpação, além de analisar as condutas realizadas, no período de março a dezembro/2019. Para avaliação física utilizou-se análise das variáveis: ausculta pulmonar, que é um instrumento utilizado para escutar e interpretar sons pulmonares normais e anormais que indicam alteração no sistema respiratório (LOPES, 2014). Utilizou-se também, na avaliação física, a expansibilidade, que é definida como o movimento observado

no

tórax

durante

uma

incursão

inspiratória

e

expiratória

(AZEREDO,2002). Outra forma de avaliação, é a percussão, ato compreendido em percutir os espaços intercostais para analisar o som emitido através da parede torácica (LOPES,2014) e tosse. Para análise de condutas observou-se para higiene brônquica: percussão, vibração, compressão torácica, aceleração do fluxo expiratório (AFE), expiração lenta e prolongada e aerossol , também sendo utilizadas as técnicas de expansão ou reexpansão. São exemplos de técnicas e instrumentos para reexpansão pulmonar: técnica de insuflação seletiva (TILA), compressão e descompressão e bloqueio. Quanto a análise de estatísticas, os dados coletados foram digitados em planilha do programa Microsoft Excel. Os dados numéricos descritos através de média e frequência absoluta e relativa. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa e aprovado através do parecer nº 4.019.546, conforme determinada a resolução 466/2012.

RESULTADOS

A amostra foi constituída por 9 prontuários de pacientes crianças atendidas no ambulatório de fisioterapia cardiopulmonar da clínica integrada do UNIVAG, durante o período de março a dezembro de 2019 e que encontravam-se

dentro dos critérios de inclusão. Houve um total de 238 atendimentos, com média de 26,4 atendimentos por pacientes. Foi observado que a principal patologia que acomete as crianças do ambulatório é a encefalopatia crônica não progressiva da infância com um total de 5 pacientes, seguido de um paciente asmático, um pós traqueostomia devido parada cardíaca ao nascimento e por fim um paciente de ataxia. A ausculta pulmonar avalia a presença do som pulmonar e dos ruídos adventícios, quanto ao som pulmonar o gráfico 1 demonstra os resultados obtidos, percebe-se que na avaliação inicial 5 (55,6%) pacientes possuíam som pulmonar presente e 4 (44,4%) com som diminuído. Já na avaliação final, 6 (66,7%) pacientes apresentaram som pulmonar presente e apenas 3 (33,3%) diminuídos. Gráfico 1: Comparação da avaliação inicial e final do som pulmonar encontrado dos pacientes crianças no ambulatório de fisioterapia cardiopulmonar da Clínica Integrada UNIVAG, março a dezembro de 2019.

Fonte: Prontuários Clínica Integrada UNIVAG Os ruídos adventícios avaliam os sons pulmonares anormais, a tabela 1 demonstra que inicialmente 3 (33,3%) dos pacientes possuíam roncos, 1 (11,1%) creptações grossas, 3 (33,3%) creptações finas e 2 (22,2%) sem ruídos, já na

avaliação final 4 (44,44%) possuíam roncos,1 (11,1%) creptações grossas, nenhum creptações finas, 4 (44,4%) sem ruídos, e nenhum paciente apresentou sibilos. Tabela 1: Comparação dos ruídos adventícios dos pacientes crianças no ambulatório de fisioterapia cardiopulmonar da Clínica Integrada UNIVAG, março a dezembro de 2019. Ruídos Adventícios

Antes n

%

Depois n

%

Roncos

3

33,3%

4

44,4%

Creptações Grossas

1

11,1%

1

11,1%

Creptações Finas

3

33,3%

0

0%

Sem ruídos

2

22,2%

4

44,4%

Fonte: Prontuários Clínica Integrada UNIVAG.

A expansibilidade avalia os movimentos da caixa torácica, na tabela 2 percebe-se que 6 (66,6%) dos pacientes antes, apresentavam expansibilidade normal,1 (11,1%) diminuída, e 2 (22,2%) assimétrica. Já na avaliação final, 4 (44,4%) pacientes apresentavam expansibilidade normal, 1 (11,1%) diminuída, e 4 (44,4%) assimétrica.

Tabela 2: Comparação da expansibilidade das pacientes crianças no ambulatório de fisioterapia cardiopulmonar da Clínica Integrada UNIVAG, março a dezembro de 2019. Expansibilidade

Antes n

%

Depois n

%

Normal

6

66,6%

4

44,4%

Diminuído

1

11,1%

1

11,1%

Assimétrico

2

22,2%

4

44,4%%

Fonte: Prontuários Clínica Integrada UNIVAG.

Na análise da percussão, observa-se no gráfico 2, que antes 3 (33,3%) pacientes apresentavam percussão atimpânica, 2 (22,2%) timpânica, 1 (11,1%) submaciço, e 3 (33,3%) maciço. Já na avaliação final, 4 (44,4%) pacientes apresentaram percussão atimpânica,1 (11,1%) timpânica, a mesma porcentagem para submaciço, e 3 (33,3%) maciço. Gráfico 2: Comparação da avaliação inicial e final da percussão encontrado dos pacientes crianças no ambulatório de fisioterapia cardiopulmonar da Clínica Integrada UNIVAG, março a dezembro de 2019.

Percussão 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Atimpânica

Timpânica

Submaciço Antes

Maciço

Depois

Fonte: Prontuários Clínica Integrada UNIVAG.

A tosse tem o papel de expelir a secreção através da aceleração do fluxo expiratório, no gráfico 3, observamos que 4 (44,4%) pacientes apresentavam tosse ineficaz antes, e 5 (55,5%) eficaz, já na avaliação final, 3 (33,3%) apresentavam tosse eficaz, e 6 (66,6%) eficaz.

Gráfico 3: Comparação da avaliação inicial e final da tosse encontrado dos pacientes crianças no ambulatório de fisioterapia cardiopulmonar da Clínica Integrada UNIVAG, março a dezembro de 2019.

Tosse 70 60 50 40 30 20 10 0 Ineficaz

Eficaz Antes

Depois

Fonte: Prontuários Clínica Integrada UNIVAG. Na conduta de higiene brônquica, foram utilizadas as seguintes técnicas: aerossol, aumento do fluxo respiratório (AFE), drenagem postural, tapotagem, bag squezzing, compressão torácica, expiração lenta e prolongada, desobstrução rinofaríngea retrógrada, vibrocompressão e tosse. Dessa forma, foi observado que a técnica mais utilizada, entre os atendimentos, foram aerossol e aumento do fluxo respiratório (AFE). Na conduta de reexpansão pulmonar, foram utilizadas as seguintes técnicas: tila, bloqueio torácico, compressão e descompressão, inspiração em tempo, expiração lenta prolongada e exercício de respiração. Dessa forma, foi observado que a técnica mais utilizada, entre os atendimentos, foram tila e bloqueio torácico, presentes em 38% e 31% dos atendimentos.

Gráfico 4: Técnicas de higiene brônquica utilizadas nos atendimentos na Clínica Integrada UNIVAG, março a dezembro de 2019.

TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0

Fonte: Prontuários Clínica Integrada UNIVAG.

Gráfico 5: Técnicas de reexpansão pulmonar utilizadas nos atendimentos na Clínica Integrada UNIVAG, março a dezembro de 2019.

TÉCNICAS DE REEXPANSÃO PULMONAR 8% 8% 8%

38%

7%

31% Tila

Bloqueio torácico

Exerc. De respiração

Inspiração em tempo

Compressão e descompressão

Expiração lenta/prolongada

Fonte: Prontuários Clínica Integrada UNIVAG.

DISCUSSÃO

A fisioterapia respiratória é uma especialidade terapêutica com importante emprego na prevenção e tratamento de complicações pulmonares de maneira acessível que não exige meios aprimorados para sua execução (SANTOS, 2009). Além disso, ela tem como principal função a melhora da função respiratória a fim de facilitar as trocas gasosas e adequar a ventilação-perfusão, por meio das técnicas de higiene brônquica, ou seja, técnicas que facilitam o clearance mucociliar e a remoção de secreções, mantendo assim a permeabilidade das vias aéreas (YOKOTA,2006). A fisioterapia respiratória inclui outras técnicas como exercícios respiratórios, mobilização, manobras de reexpansão pulmonar associadas com o recurso da ventilação otimizando o conforto do paciente e a preservação e restauração dos volumes e capacidades pulmonares (HOUGH,2018). Tais técnicas podem ser divididas como convencionais e atuais. Dessa forma, as técnicas convencionais incluem drenagem postural (DP), percussão e vibração. A percussão e vibração aperfeiçoam os efeitos do tixotropismo por meio da propagação de ondas mecânicas impostas sobre a parede torácica. Assim, a secreção se torna mais fluida para ser mobilizada até brônquios de maior calibre e assim ser expelida ou aspirada (WONG et al. 2003). Dentre as técnicas atuais, destacam-se se o aumento do fluxo expiratório (AFE) por meio da variação do fluxo expiratório, que promove a remoção de secreções distais (lenta) e a expiração lenta prolongada (ELPr) que se trata de uma técnica passiva de auxílio expiratório ao lactente, promovendo depuração da via aérea periférica (POSTIAUX,1992). Faz parte também das técnicas atuais a expiração lenta total com a glote aberta em decúbito lateral ELTGOL e a Drenagem Autógena Assistida (DAA) que são baseadas em princípios fisiológicos dos diferentes níveis do sistema respiratório no qual o tipo de fluxo se altera, atingindo as vias aéreas médias e na periferia pulmonar onde promovem efeitos depurativos (POSTIAUX,2014).

A Paralisia Cerebral, também conhecida como Encefalopatia Crônica não progressiva da infância (ECNP), é definida como desordens motoras causadas por afecções do sistema nervoso central, com sintomas desencadeantes nos primeiros anos de vida. Essas crianças são mais susceptíveis a infecções respiratórias, sequelas motoras e posturais. (MONTEIRO et al, 2011). Inclusive, detectamos que a maior parte das crianças atendidas no ambulatório de fisioterapia cardiopulmonar da Clínica Integrada UNIVAG são portadoras de ECNP. Nunes et al (2017), realizou um estudo analisando prontuários de crianças com ECNP, com até 8 anos de idade em tratamento no NUTEP, com infecções respiratórias. Dos 77 prontuários analisados, observou que 22% haviam prevalência de infecção respiratória, porém somente 64,7% faziam tratamento voltado para esta condição. Diferentemente em nosso trabalho, onde todas as crianças realizavam tratamento de fisioterapia respiratória, porém observamos que a maioria dos pacientes possuíam o diagnóstico de ECNP. Para Moura e Silva (2005), a fisioterapia respiratória deve...


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