Elaboração de Laudos Psicológicos (Um Guia Descomplicado) - Rockson Costa Pessoa (74 páginas) PDF

Title Elaboração de Laudos Psicológicos (Um Guia Descomplicado) - Rockson Costa Pessoa (74 páginas)
Author Emanuel Oliveira
Course Estrategia Empresarial
Institution Escuela de Negocios Europea de Barcelona
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Psicologia Elaboração de Laudos Psicológicos (Um Guia Descomplicado) - Rockson Costa Pessoa (74 páginas)...


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Elaboração de

Laudos

Psicológicos Um guia descomplicado

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Vetor editora

Elaboração de

Laudos

Psicológicos

Um guia descomplicado

Dados Internacionais de Catalogação na Publica ção (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil )

Pessoa, Rockson Costa Elaboração de laudos psicoló gicos : um guia descomplicado

/ Rockson Costa Pessoa. - 1. ed. - São Paulo : Vetor, 2016.

1. Laudos psicológicos - Elaboração I. Tí tulo.

CDD-150.287

16- 00023

í ndices para catálogo sistemá tico:

1. Laudos psicológicos : Elabora ção : Psicologia 150.287 150.287

ISBN :978-85-7585-834- 9

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CEO Diretor Executivo: Ricardo Mattos Gerente de Livros: Fá bio Camilo Diagramaçã o e capa: Rodrigo Ferreira de Oliveira Revisão: Márcia Nunes

© 2016 - Vetor Editora Psico- Pedag ógica Ltda. É proibida a reprodu ção total ou parcial desta publicação, por qualquer meio existente e para qualquer finalidade, sem autorização por escrito dos editores.

SUMá RIO Pref ácio

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Apresentação

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1 Laudo e interse ções A import â ncia do laudo psicológico O respaldo té cnico do laudo A possibilidade do diagnóstico

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2 Aspectos importantes relacionados ao laudo Parecer versus laudo psicológico

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3 A estrutura do laudo psicoló gico Modelos de laudos inadequados

21 23

4 Três distintossolicitantes: o início do laudo Personagem 1: sra. Beatriz e a queixa de memó ria Personagem 2: A impulsividade do jovem Rubem Personagem 3: A tristeza do sr. Firmino

29 29

30 31

5 Identificação Identifica ção - Caso clí nico 1 Identificaçã o - Caso clínico 2 Identificaçã o - Caso clí nico 3 6 Descrição de demanda Sobre a queixa ou demanda Entrevista cl ínica

Anamnese Observação do comportamento Rapport

,

Informe do teste a ser utilizado Descri ção de demanda- Caso cl ínico 1 Descriçã o de demanda- Caso cl ínico 2, Descrição de demanda - Caso cl ínico 3 , 7 Procedimento

Procedimento - Caso cl ínico 1 Procedimento- Caso clí nico 2 Procedimento- Caso clínico 3

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42 CO

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8 Análise Aná lise - Caso clínico 1 Análise - Caso cl ínico 2 Análise - Caso cl ínico 3

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9 Conclusão dos casos Conclusão - Caso clí nico 1 Conclusã o - Caso clí nico 2 Conclusã o - Caso clí nico 3

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10 Modelos de laudo Laudo psicológico - Caso cl ínico 1 Laudo psicológico - Caso clínico 2 Laudo psicológico - Caso clínico 3

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11 Aspectos éticos, devolutiva e guarda do laudo

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Considera ções

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Referências

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Com amor a Bernardo, Klicyane, Joã o, Maud, Alexandra, Robson, Alda e Francisco... Nomes que compõ em meu universo.

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo . Mudo, mas não mudo muito. A cor das flores não é a mesma ao sol De que quando uma nuvem passa Ou quando entra a noite E as flores são cor da sombra. Mas quem olha bem vê que sã o as mesmas flores. Por isso quando pareço não concordar comigo, Reparem bem para mim: Se estava virado para a direita, Voltei -me agora para a esquerda, Mas sou sempre eu , assente sobre os mesmos pés O mesmo sempre, graças ao céu e à terra E aos meus olhos e ouvidos atentos E à minha clara simplicidade de alma...

Fernando Pessoa ( O guardador de rebanhos, 1918 )

PREFá CIO A elaboração correta e adequada de laudos e pareceres psicol ógicos é tarefa exclusiva do profissional de Psicologia. A aná lise e a síntese de um psicodiagn óstico t êm como pilar o raciocínio clinico do profissional, que o realiza , e o conhecimento referente à s teorias e às técnicas psicológicas utilizadas na avaliação. A publicação deste livro preenche lacunas das refer ências científicas de orienta ção para estudantes de Psicologia e també m para psicólogos. Seu grande mérito é simplificar e unificar conhecimentos teó ricos e téc¬ nicos com a prá tica em Psicologia, na busca da atuaçã o coerente e eficaz, sendo auxílio para professores da á rea e ponto derefer ência para alunos de Psicologia . O estudo do psic ólogo mestre Rockson Pessoa originou-se de sua ativi dade como professor do curso de Psicologia da Faculdade Metropolitana de Manaus ( Fametro) e desenvolveu-se na elaboração de sua dissertação de mestrado para obten çã o do grau de mestre em Psicologia pela Uni¬ versidade Federal do Amazonas (Ufam) . Na certeza de que este livro contribui como instrumental técnico e prático para o dia a dia de alunos e profissionaisda Psicologia, parabenizo o professor Rockson por sua iniciativa e contribuição à Psicologia. ¬

Profa. Ms. Niura Luci Schuch

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APRESENTAçãO O aspecto mais relevante deste livro é sua simplicidade. De fato, ambicionou-se, do in ício ao fim desta obra, elaborar um guia de fácil compreensã o e que, acima de tudo, pudesse ser útil para a prática pro ¬ fissional em Psicologia . Um livro técnico dedicado aos estudantes, psicó ¬ logos recé m -formados, que ainda apresentam certos temores e anseios relacionados à prá tica clínica , professores de Psicologia e profissionais dos mais diversos campos psicológicos. Esta obra é dividida em quatro grandes blocos. O primeiro refere -se a uma breve, porém pertinente discussão, acerca do laudo psicol ógico e suas particularidades, potencialidades e aspectos estruturais relevantes para a prá tica psicológica. O segundo aspecto compreende o objetivo primordial deste livro e envolve a elaboração de cada elemento que compõ e um laudo psicológico, esquematizando e conceituando cada item pelo emprego de casos clí nicos fict ícios no intuito de “diagramar ” cada etapa, que deve ser considerada para a realização de um relató rio psicológico. A terceira questã o discutida nesta obra s ão os aspectos éticos e pro¬ cedimentais pertinentes à entrega do laudo para os indivíduos solicitan ¬ tes e profissionais dos mais diversos campos, bem como a guarda desse documento. No quarto e último bloco, debate-se sobre a necessidade de se ajuizar uma formação adequada, com o propósito de edificar um profissional de Psicologia habilitado e com afinidade e domínio de determinados tópicos da ciência psicológica. Essa discussão dá-se em todoo livro, uma vez que n ão se pode conceber uma prá tica eficaz sem a reflexão adequada sobre a formaçã o profissional , pois é da prática da leitura que desenvolvemos o pensamentocrí tico e concretizamos os primeiros esboços de uma escrita que culminará em relatório psicológico.

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LAUDO E

INTERSEçõ ES

O bom profissional de Psicologia é um exímio leitor, pois o cliente ou paciente nada mais é que uma hist ória ambulante .E muito mais que ler, o exímio leitor domina a interpreta ção, o que, na prática clínica, se revela pela capacidade de enxergar além da queixa. Infelizmente o h ábito de leitura é uma das competê ncias menos observadas nos alunos, tanto de Psicologia quanto dos demais cursos de ensino superior. O exí mio leitor tem facilidade na escrita pela familiaridade com as palavras e habilidade na elaboração de ideias. Tal qual o entusiasta que busca compreender o mundo, o profissional de Psicologia aventura se em desvelar os fen ômenos comuns ao universo humano e somente alcan ça tal objetivo pelo domínio das teorias e t écnicas psicol ógicas. Por esse motivo, muito da dificuldade em elaborar o laudo e demais documentos psicológicos está relacionada ao deficiente comportamen¬ to de leitura e consequentemente inabilidade em aplicar determinado conhecimento teó rico de determinada abordagem psicológica . Logo, é necessá rio avaliar tal deficiência a fim de superá -la. O aprendizado das técnicas do exame psicológico desconexo e pontual não garante essencialmente o estabelecimento das aptidões imprescin ¬ díveis , a expressão de habilidades como a conclusã o de indicativos e a elaboração de laudos psicológicos(GUZZO, 2001 ). O laudo psicol ógico está relacionado à função diagnóstica das técnicas de exame psicológico , de tal forma que seus limites e possibilidades são reflexo do domínio teórico e operacional do profissional de Psicologia ( CRUZ , 2002). A elabora ção de um laudo n ão é algo fortuito, uma vez que evidencia a qualidade da formação do discente. O instrumento primordial para a realização de um exame psicol ógico e, consequentemente, de um laudo

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Rockson Costa Pessoa

adequado nã o é nenhuma té cnica psicoló gica, mas sim o pr óprio profis ¬ sional psicó logo (CRUZ , 2002). Nã o obstante ao percurso acadê mico, vale destacar outro ponto de an álise, aquele relacionado ao fato do laudo psicoló gico ser alvo decr íticas por algumas questões . Alguns fenômenos são frequentemente arrolados quando se busca problematizar sobre o laudo psicol ógico em sua total essência. A necessidade de construí -lo, a sua relev ância e o impacto de sua entrega sã o alguns dos muitos pontos que comumente são discutidos no campo psicológico, por isso é importante problematizá -los antesde aprofundar a discussãosobre laudos .

A importâ ncia do laudo psicoló gico A elaboração de documentos psicológicos é mais uma das muitas res¬ ponsabilidades dos psicó logos, e o laudopsicológico é um desses documen¬ tos . Entre esses documentos , o laudo é o mais complexo (HENRIQUE ; ALCHIERI , 2011; CFR 2005; CFR 2003 ) e pode ser considerado uma demonstra ção da competência profissional (GUZZO, 2001). É pertinente o resgate da etimologia da palavra laudo, quetem sua origem no verbo latino laudo, laudare , que significa elogiar, enaltecer, exaltar. De laudare , dimanamlouvar, em português; lodare , em italiano; louer , em francês, e os contornos discordantes loar e laudar , em espanhol (REZENDE , 2010) . O laudo em sua aproximação do termo “louvar ” expressa a destreza técnica de um profissional especializado em aferir ou informar sobre determinado fenômeno. Na Psicologia, ao investigarmosos fenômenos psicológicos nos é garantida a função de elaboração dos laudos e demais documentos psicológicos, uma vez que nos é assegurado pela classificaçã o brasileira de ocupações tal oficio ( BRASIL , 2002). A relevância e a eficácia do laudo psicoló gicoestã o determinadas não tão somente peladestreza té cnica de quemelabora tal documento, mas também poraspectos polí ticos eideológicos da própria Psicologia. O que exphca a pre terição sofrida por algumas correntes, que desconsideram sua legitimidade. Entretanto, independentemente da forma de como é concebido , o laudo é um instrumento que legitima a prá tica eficaz do profissional de Psicologia. Uma possibilidade de resposta ao questionamento relacionado à ne cessidade de se confeccionarum laudo psicológico é afirmar que eles são elaborados de acordo com a atuaçã o coerente do profissional psicólogo e, ¬

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ELABORAÇÃ O DE LAUDOS PSICOL ÓGICOS - UM GUIA DESCOMPLICADO

por ú ltimo e não menos importante, laudos s ão produzidos pelo respeito à pessoa do paciente ou cliente que nos solicita atendimento.

O respaldo t é cnico do laudo Outro ponto que deve ser observado é o relacionado ao emprego de instrumentos psicológicos . Em uma de suas possibilidadesde análise , o laudo psicoló gico deve representar o consenso sobre determinadoaspecto do sujeito que solicita intervençã o, desse modo, tal conformidade se ex ¬ pressaria pelo emprego de testes projetivos ou psicomé tricos (CFR 2003). Segundo a Resoluçã o n . 007/ 2003, do Conselho Federal de Psicologia (CFP) , que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes deavalia ção psicológica, e revoga a Resolu ção CFP17 /2002 , adverte em artigo 3o e pará grafo ú nico que: Toda e qualquer comunica ção por escrito decorrente de avaliação psicológica dever á seguir as diretrizes descritas neste manual. A não observância da presente norma constitui falta ético -disciplinar, passível de capitula ção nos dispositivos referentes ao exercício profissional do Código de Ética Profissional do Psicólogo, sem prejuí zo de outros que possam ser arguidos (CPF, 2003, p. 11).

Ponderar sobre um laudo que não emprega formas de mensuração, usualmente sinaliza um laudo inconsistente. Na máxima de que o “olhô metro ” n ão é parâ metro algum para a prá tica psicológica , o laudo , para ter relevância, deve estar alinhado aos instrumentos psicológicos. Por esse motivo, o uso de instrumentos e a consequentemente apro ¬ priação de seus resultados para a confecção de documentos psicológicos representam a maneira mais segura de se caucionar o encaminhamento de um paciente para outros profissionais e de assegurar um resultado adequado aos solicitantes.

A possibilidade do diagn óstico O ú ltimo ponto é o relacionado à repercuss ão do laudo elaborado . Sendo uma das críticas mais rotineiras a afirmaçã o de que o laudo pode contribuir para a constru ção de rótulos a ponto de reduzir o indivíduo a uma dificuldade, patologia ou transtorno . 15

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No campoda avaliação psicoló gica, essa críticaé consistente por muitos considerarem que a avaliação em si é uma maneira de rotular pessoas ( ALVES, 2009). Infelizmente muitos profissionais psicó logos, de maneira inadvertida, concebem o diagnóstico como ró tulo e isso é inaceitável. O termo de diagn óstico tem origem na palavra grega diagnostikó s , que significa discernimento, faculdade de conhecer, de ver através de. Na atualidade é visto como o estudo qualificado que tem por objetivo reco nhecer determinado fen ômeno com base no conjunto de procedimentos teó ricos, té cnicos e metodológicos (ARAÚJO, 2007) . O diagnóstico, dessa forma, n ão pode ser encarado como certeza ab ¬ soluta ou pr é-fabricada, mas sim como hip ótese estabelecida com base na realidade objetiva e/ou subjetiva que nos é apresentada, uma vez que ela é avaliada à luz de um aporte teó rico (DAVOGLIO, 2011). Há apenas uma possibilidade de se observar o rótulo. Na elaboração de um diagn óstico inadequado, o que prejudicaria o paciente em vez de ajudá-lo (ARAÚJO, 2007). Ao se atribuir ao sujeito uma condiçã oinexistente, ficaria caracterizado um rótulo e aqui a distinção é clara. O diagnóstico é um par âmetro. Uma forma de estabelecer as fronteiras do fenômeno para, a partir disso, permitir um prognósticoe até mesmo estratégias interventivas quando admissíveis. Na elaboração de um laudo,realiza -se,de alguma maneira, um diagnós¬ tico, pois é de sua natureza suscitar conhecimento especializado (CRUZ, 2002 ). Por mais que nem todo laudo resulte em diagn óstico, a maioria dos diagnósticos está relacionada à elaboração de um laudo psicológico, uma vez que uma de suas finalidades é inform á-lo (CFR 2003). Ajuizar de modo coerente acerca do diagn óstico e suas possibilidades indiscutivelme é nte uma das maneiras de compreender a relevância do laudo psicoló gicoe sua tessitura na prá tica do profissional de Psicologia. Em linhas gerais, sempre haverá impacto com a repercuss ão de um laudo psicoló gico, o que se espera é que ela seja positiva, independente mente da necessidade de informar sobre um diagn óstico face à apreciação do sujeito de maneira holística . Os profissionais psic ólogos devem ser preparados de modo adequado em rela ção à metodologia e à literatura necessárias para a elaboração de um laudo psicológico, para que saibam analisar e interpretar os dados obtidos na avaliaçã o e posterior construçã o do relatório psicol ógico, de modo que reflitam as consequê ncias dos resultados que podem produzir (HUTZ, 2009). ¬

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ASPECTOS

IMPORTANTES

RELACIONADOS AO LAUDO

Há alguns anos, os Conselhos Regionais de Psicologia e até mesmo o Conselho Federal, preocupados com o alto índice de denú ncias contra psicólogos, muitas delas relacionadas à errónea elaboração de laudos psi¬ cológicos , têm reforçado que o profissional de Psicologia seja cauteloso na elaboração de quaisquer documentos psicológicos. Entretanto, conforme salientado por Henrique e Alchieri ( 2011), ainda assim novas denú ncias se avolumam nesses órgãos pela inobserv ância de preceitos técnicos. Em um estudo recente, Noronhacolaboradores (2013) constataram que o ensino da avalia ção psicol ógica no Brasil d á mais ênfase ao ensino das técnicas de avaliação e, em contrapartida, menosimportâ nciaao ensino da elaboração de documentos psicoló gicos. Esses dados ajudam a explicar o cenário atual, em que alunosfinalistas do curso de Psicologia e at é mesmo profissionais demonstram inabilidade em elaborar laudos psicológicos. O CFP instituiu um Manual de Elaboração de Documentos Escritos, em que o psicólogo, na confecção dos documentos, deve adotar como princ ípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos, técnicos e científicos da profissã o ( CPF, 2003 ). Outrossim, esta¬ beleceu uma Resoluçã o que dispõe sobre a obrigatoriedade do registro documental decorrente da prestação deserviços psicológicos (CFR 2009). Por mais que seja oportunizado ao profissional de Psicologia parâme¬ tros para a constru ção de documentos psicol ó gicos e o cuidado com eles, observa-se o quão deficitário e ineficiente tem sido o ensino daelaboraçã o de documentos e laudos psicol ógicos. Por conta dessas problemáticas, constata- se a proliferação de laudos com estruturas diversase inadequadas ( NORONHAet al., 2004 ). E muitasvezes essa falha resultade orienta ção inadequada. Inúmerasvezes ouvi de alunos 17

Rockson Costa Pessoa

que seu orientador, supervisor, professor havia rejeitado o laudoelaborado e lhe orientadoa produzir um novo com layout diferente, e isso é preocupante. Muitas vezes, pelo uso da figura deautoridade, imposição de poder e não cumprimento dos parâmetros estabelecidos pelo CFR grande de psicólogos passa a elaborar seus pró prios documentos e , não satisfeitos , reproduzem equívocos técnicos na supervisão de alunos em estágios diversos. Ao longo de minha breve experiência como docente, recebi uma série de ditos “laudos psicol ógicos” , que em nada se assemelhavam a um do ¬ cumento t écnico. E pela exist ência de laudos pseudotécnicos como esses , que a ci ência Psicológica perde cada vez mais sua credibilidade a ponto de continuamente ser taxada como apêndice místico da ci ência. Nã o obstante aos preceitosestabelecidos no Código de Ética do Pro¬ fissional Psicó logo (CPF, 2005), oriento meus alunos a sempre respeitar os par âmetros já previstos pelo CFP para a elaboração de Manuais de Documentos Escritos ( CFR 2003) . Essa miscelânea documental acaba contribuindo para outra proble ¬ má tica, que também representa risco para o psicólogo que é a rotineira confusã o entre parecer e laudo psicológico.

Parecer versus laudo psicol ógico O parecer e a declaração psicoló gica não são documentos que resultam da avaliação psicológica , embora muitas vezes apareçam dessaforma . Apre ¬ sentam distinções quando comparados aos demaisdocumentos psicológicos . O parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicoló gico, cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo. Tem por finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimentopsicol ógico, por meio da avaliação especializada. Visa dirimir dúvidas que estejam interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige compet ê ncia de quem se habilita a responder sobre determinado assunto (CFR 2003). Diametralmente inverso ao parecer, o laudo psicológico constitui se como instrumento de car á ter científico que descreve circunstâncias , condições psi...


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