Erisipela Suína PDF

Title Erisipela Suína
Author Laura Erbes
Course Medicina de Suínos
Institution Universidade Federal de Santa Maria
Pages 2
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Summary

Resumo sobre erisipela suína, agente etiológico, causas da infecção e tratamento. ...


Description

ERISIPELA SUÍNA A erisipela é uma doença infectocontagiosa do tipo hemorrágica, caracterizada por lesões cutâneas, articulares, cardíacas, septicêmicas e aborto. É causada pela bactéria Erysipelothrix rhusiopathiae, um bastonete Gram-positivo, anaeróbio facultativo, não-móvel, não esporulado e que pode ser filamentoso. Estima-se que 30-50% dos suínos são portadores da bactéria que infecta as tonsilas e outros órgãos linfóides sem causar sinais clínicos sistêmicos. A infecção em suínos ocorre frequentemente pela ingestão de alimentos ou água contaminada. É provável que a penetração das bactérias no organismo ocorra através das tonsilas ou tecido linfoide ao longo do aparelho digestivo. A infecção pode ocorrer também através de ferimentos na pele e contato com outros suínos portadores. No entanto, ela depende de fatores como idade do suíno, sendo comum em fêmeas gestantes ou animais de 2 a 12 meses de idade, nível de anticorpos de colostro ou vacinação, intensidade da

contaminação

ambiental,

virulência

da

bactéria

e

fatores

imunossupressores. Há indicações de que a enzima neuroaminidase seja responsável pelas lesões vasculares, pela formação de trombos e pela hemólise. Durante a infecção aguda, o suíno pode eliminá-la nas fezes, urina, saliva e secreções nasais. As bactérias resistem várias semanas na água e no solo em pH alcalino, sobrevivem vários meses em matéria orgânica em putrefação. A sobrevivência é mais longa em temperatura ambiente mais baixa. Na forma aguda, os animais apresentam sintomas nos quais ficam deitados e relutam em levantar. Se forçados a se levantar eles ficam com suas pernas encolhidas sob seu corpo. Os animais afetados deixam de se alimentar, e podem ter febre de até 40,0 a 42,2ºC . Podem, ainda, ocasionar transtornos reprodutivos caracterizados por endometrite, mumificação fetal, aumento da natimortalidade, nascimento de leitegadas reduzidas e aborto. Quando causam o aborto em final de gestação, a bactéria pode invadir o útero via infecção sistêmica. Na grande maioria dos casos, sinais como apatia, febre, anorexia, vômitos e descarga vulvares são frequentemente observados.

Já na fase subaguda, os sinais são os mesmos mas ocorrem de uma forma mais branda, na qual podem passar despercebidos. Na fase crônica os sinais são de artrite, devido a alterações degenerativas nas articulações, as válvulas do coração também podem ser afetadas e, neste caso, os animais podem mostrar sinais de doenças cardíacas, como falta de ar. A identificação na granja é pela observação de manchas de formato geométricas, quase sempre losangulares, com coloração púrpura-escura, acompanhadas dos sintomas. A erradicação da erisipela em um rebanho infectado é difícil em virtude da resistência da bactéria no ambiente. Para isso, é importante adotar medidas de biosseguridade como desinfecção e higienização das instalações, vazio sanitário, isolamento, quarentena para animais de reposição, banho e troca de roupas para funcionários e visitantes. Além disso, existem vacinas disponíveis no mercado, que podem seguir o calendário abaixo: Fêmeas(reposição )

1º dose aos 70 dias de gestação e 2º dose aos 90 dias de gestação,

Porcas

1º dose aos 80 dias de gestação e 2º dose aos 100 dias de gestação.

Machos

Na seleção aplicar duas doses com intervalo de 21 dias. Após, revacinar anualmente 1º dose aos 21 dias de idade e 2º dose aos 42 dias de idade;

Leitões...


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