Erisipela x Celulite - Larissa Cassemiro PDF

Title Erisipela x Celulite - Larissa Cassemiro
Author Larissa Cassemiro da Silva
Course Clínica Médica
Institution Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Pages 21
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Summary

Apresentação de Seminário de autoria própria....


Description

DEFINIÇÃO ERISIPELA

Popularmente conhecida por “fogo de Santo Antônio”, é um tipo distinto de celulite cutânea superficial, com acometimento proeminente dos vasos linfáticos dérmicos, geralmente causada por estreptococos hemolíticos do grupo A de Lancefield.

Figura 1 Relações anatômicas entre pele, suas estruturas e processos infecciosos mais comuns na região.

CELULITE

Celulite é o processo infeccioso que atinge fundamentalmente derme profunda e hipoderme, com envolvimento linfático importante. Geralmente causada por estreptococos -hemolíticos do grupo A e por S. aureus

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EPIDEMIOLOGIA •

Incidência de 10-100 casos por ano a cada 100000 habitantes.



Afeta ambos os sexos (sem preferência de sexo)



Mais prevalente entre a 5ª e 6ª décadas de vida (apesar de poderem ocorrer em qualquer faixa etária



Membros inferiores são os locais mais acometidos (aproximadamente 85% dos casos), seguidos por face (10% dos casos)



Antigamente a face era o local típico das erisipelas

FATORES DE RISCO FAT O R E S L O C A I S • •

Linfedema crônico Úlcera crônica



Infecções fúngicas

• • •

FAT O R E S G E R A I S • •

Obesidade Insuficiência Venosa Crônica (estase venosa)

Dermatites Lesão traumática prévia

• •

Diabetes Mellitus Imunodepressão



Neoplasias



Intertrigo nos espaços interdigitais Ferida Cirúrgica

• •

Etilismo Quimioterapia



Procedimentos estéticos



Corticoterapia

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CLASSIFICAÇÃO Ambas fazem parte do vasto grupo das i nf nfecções ecções de par artes tes moles ( STIs STIs), que são caracterizadas por achados clínicos que incluem in inflamação flamação ed edemat emat ematosa osa d oloro olorosa sa e di difusa fusa da d erme, su subcutâneo bcutâneo ou te tecidos cidos mu musculares sculares sculares, frequentemente associada a sintomas sistêmicos, como febre, ca calafrios, lafrios, fr fraqueza aqueza e mal al-estar -estar -estar.

Difusas

Superficiais Focais STIs

Profundas

Necrotizantes

•Erisipela •Celulite •Foliculite •Furúnculo •Impetigo •Ectima gangrenoso •Carbúnculo •Fasciíte Necrotizante •Miosite Necrotizante

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QUADRO CLÍNICO - ERISIPELA • Placas eritema-edematosas, de bordos regulares, elevados e bem definidos  claro limite entre pele normal e afetada •Coloração: vermelho vivo e brilhante •Aspecto e textura em “CASCA DE LARANJA” •Linfedema e/ou linfangite •Face  padrão de borboleta •Adenopatia regional •Febre (início súbito e geralmente > 38C) •Fraqueza e mal-estar •Calafrios •Pode evoluir com bolhas e pústulas

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QUADR QUADRO O CLÍN LÍNICO ICO - CE CEL LULITE • Lesões eritema-edematosas de bordos IRREGULARES  limite tênue entre pele normal e afetada •Coloração: rosada (tende ao pink) •Ponto de flutuação •Porta de entrada mais evidente •Linfedema mais endurecido •Febre (mais branda) •Fraqueza e mal-estar •Calafrios

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ASPECTOS DIFERENCIAIS • • • • • • •

ERISIPELA Acomete derme superficial Lesões de bordos bem definidos (placas) e elevados, de cor vermelho brilhante Aspecto “casca de laranja” Linfedema e linfadenopatia comuns Evolução curta Complicações locais raras Estreptococos  -hemolíticos do grupo A

CELULITE • • • • • • • • •

Acomete derme profunda e hipoderme Lesões sem margens bem definidas (sem nítida separação entre tecido afetado e não afetado), de coloração rosada-pink Enduração dolorosa mais firme e profunda Flutuação Ocasionalmente, crepitação na palpação Linfadenopatia nem sempre presente Evolução prolongada Complicações locais comuns S. aureus e estreptococos -hemolíticos do grupo A

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ASPECTOS DIFERENCIAIS ERISIPELA

CELULITE

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 NE NEM M SEMP EMPRE RE SE SERÁ RÁ PO POSSÍ SSÍ SSÍVE VE VEL L DISTINGUIR ER ERISIPELA ISIPELA DE CELULITE! A literatura médica afirma que “são entidades clínicas diferentes por definição, porém os critérios clínicos e bacteriológicos utilizados na diferenciação não são significantes, sendo proposto que ambas as doenças sejam consideradas uma só.”

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FIS FISIOP IOP IOPA ATOL OLOGIA OGIA – FATORE ORES S QU QUE E INFLUE NFLUENCIAM NCIAM Relaciona-se com o equilíbrio entre: Infecções – Erisipela/Celulite

Sem processo infeccioso

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CELULITE LULITE FISIOP ISIOPA ATOLOG OLOGIA IA - CE Perda integridade da pele Agem como Superantígenos

Invasão patógeno

Exotoxinas pirogênicas Agregação plaquetária e quimiotaxia neutrófilos

Interação macrófagos e linf.T-helper Citocinas próinflamatórias

•Proteína M •Ac. Lipoteicoico •Hialuronidades

•Evasão fagocitose e opsonização •Bloqueio do SC •Disseminação hematogênica e linfática

•Placas com edema eritematoso •Edema eritematoso ROSADO (vermelho vivo), quente ruborizada (mais discreto), e e dolorosa, SEM de bordas nítidas doloroso, bordas nítidas •Dor local •Flutuação •Febre (início súbito) •Dor local •Mal-estar e fraqueza •Febre •Adenopatia regional •Mal-estar e fraqueza • Linfangite regional RARA13 •Adenopatia

COMPLIC OMPLICAÇÕES AÇÕES  Áreas de necrose  Gangrena  Abscesso  Fasciíte necrotizante  Glomerulonefrite Aguda  Septicemia  Tromboflebite  Artrite séptica

 Endocardite  Óbito

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DIAGNÓSTICO Essencialmente CLÍNICO!  Considerar sinais e sintomas Exames complementares:  Hemograma  - leucocitose neutrofílica (ausente em metade dos casos) - aumento VHS - aumento PCR

 Hemocultura  falsos negativos (apenas 5% dão positivos)  Cultura de amostras de pele (biópsia de pele, aspiração de bolhas, raspagem...)  baixa sensibilidade

S.pyogenes

S.aureus

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DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS •

TVP



Tromboflebite



Dermatite de contato



Dermatite de estase



Eritema nodoso



Borreliose de Lime (eritema migratório)



Herpes-zóster (fase pré-vesicular)



Celulite eosinofílica



Urticária gigante

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 ER ERIS IS ISIPELA/CELU IPELA/CELU IPELA/CELULIT LIT LITE E X T VP

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 ER ERISIP ISIP ISIPELA ELA X DE DERMA RMA RMATITE TITE D E CO CONT NT NTA ATO

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Tra ratam tam tamento ento :  Antibioticoterapia empírica. Erisipela: • Penicilina

Celulite: • Oxacilina Repouso (se MMII afetados, deixá-los para cima)  Em suspeita de TVP: usar anticoagulantes.

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FONTES •

Dermatologia 3ª Edição. Escrito por. Jean L Bolognia MD. Joseph L. Jorizzo MD Julie V. Schaffer MD.

• • •

Dermatologia 3ªed. Sampaio e Rivitti. Fitzpatrick Tratado de Dermatologia 4ª edição. CAETANO, M. AMORIM, I. Erisipela – Artigo de revisão. Acta Médica Portuguesa 2005; 18: 385-394. Serviço de Dermatovenereologia. Hospital Geral de Santo António, S. A., Porto. OKAJIMA, RMO. Freitas, THP. ZAITZ,C. Estudo clínico de 35 pacientes com diagnóstico de erisipela internados no Hospital Central da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Anais brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, 79(3):295-303, maio/jun. 2004 RODRIGUES, DA., et al. Atlas de dermatologia em povos indígenas [online]. São Paulo: Editora Unifesp, 2010. Doenças causadas por bactérias, p. 45-58. ISBN 978-85-61673-68-0. Available from SciELO Books .

• • •

SOUZA CS. Infecções de tecidos moles - Erisipela. Celulite. Síndromes infecciosas mediadas por toxinas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 351-356,abr./dez.2003.



STEVENS, DL. BRYANT, AE. Impetigo, Erysipelas and Cellulitis. In: Ferretti JJ, Stevens DL, Fischetti VA, editors. Streptococcus pyogenes : Basic Biology to Clinical Manifestations [Internet]. Oklahoma City (OK): University of Oklahoma Health Sciences Center; 2016-. 2016 Feb 10.

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“ O su suce ce cesso sso é a so soma ma do doss pequeno equenoss esforço sforçoss re rep petido etidoss di dia a após di dia.” a.” Ro Rob bert Collier...


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