Espírito Santo - O Deus Que Vive em Nós - Caio Fábio PDF

Title Espírito Santo - O Deus Que Vive em Nós - Caio Fábio
Author Bruno Marques
Course Introdução à Finanças
Institution Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Pages 96
File Size 1.1 MB
File Type PDF
Total Downloads 7
Total Views 151

Summary

Download Espírito Santo - O Deus Que Vive em Nós - Caio Fábio PDF


Description

Espírito Santo: O Deus que vive em Nós Caio Fábio D’Araújo Filho

CLC – Editora Caixa Postal 700 12201 S. José dos Campos (SP)

Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br

ÍNDICE I

− Quem é o Espírito Santo? 1. O Espírito Santo é Deus 2. O Espírito Santo é Uma Pessoa

11 12 15

II

− Como Age o Espírito Santo? 1. O Espírito Santo em Relação a Jesus 2. O Espírito Santo em Relação à Palavra 3. O Espírito Santo em Relação ao Mundo 4. O Espírito Santo em Relação ao Crente 5. O Espírito Santo em Relação à Igreja

21 21 23 25 27 33

III

− Plenitude do Espírito Santo 1. A Plenitude do Espírito Como Experiência de Crise 2. A Plenitude do Espírito Como Processo na Vida 3. Os Sete Princípios Sobre Como Obter a Plenitude do Espírito Diálogo e Comunhão Nutrição do Amor Ecumenicidade O Ciclo de Efésios Sofrimento e Perseguição A Vida de Oração A Palavra Sinais da Plenitude

37 39 42 44 44 45 46 47 52 54 55 57

IV

− O Batismo Com o Espírito Santo 1. Atos Não Serve à Teologia Sistemática 2. Teologia Sistemática, Somente nas Cartas Doutrinárias 3. O Batismo Com o Espírito Santo Conforme o Novo Testamento 4. Justificativas Quanto à Afirmação Pentecostal de Ser o Batismo Com o Espírito Santo Uma Segunda Bênção 5. Por Que Afirmo Que o Batismo Com o Espírito Santo é a Conversão?

59 61 62 63

− Os Dons do Espírito Santo São Para Hoje? 1. Argumentos Contestadores à Movimentação Acerca do Espírito Santo 2. O Que Aconteceu aos Dons Espirituais Entre os Anos 400 e 1700 3. Os Dons Existem e São Para Hoje

85 86 91 93

− Distinguindo os Dons do Espírito 1. O Dom de Contribuir 2. O Dom de Governo 3. O Dom do Socorro 4. O Dom de Administração 5. O Dom de Misericórdia 6. O Dom de Sabedoria 7. O Dom de Conhecimento

97 98 99 100 100 101 102 103

V

VI

Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br

63 74

8. O Dom de Fé 9. O Dom de Cura 10. O Dom de Operar Milagres 11. O Dom de Discernimento de Espíritos 12. O Dom de Línguas 13. O Dom de Interpretação 14. O Dom de Apostolado 15. O Dom de Evangelista 16. O Dom de Pastor 17. O Dom de Solteiro ou de Celibato 18. O Dom de Pobreza Voluntária 19. O Dom de Martírio 20. O Dom de Profecia 21. O Dom de Mistério 22. O Dom de Ensino 23. O Dom de Exortação 24. O Dom de Hospitalidade 25. O Dom de Missionário

104 105 107 107 109 112 113 115 116 117 118 118 119 121 122 122 123 124

VII

− Obstáculos ao Funcionamento dos Dons no Corpo de Cristo 1. Vencendo os Obstáculos Através de Uma Visão Equilibrada 2. A Que Nos Conduz o Equilíbrio?

125 128 130

VIII

− Como Descobrir Seus Dons Espirituais 1. Dom de Apóstolo 2. Dom de Profeta 3. Dom de Evangelista 4. Dom de Pastor-Mestre 5. Dom de Operação de Milagre e Cura 6. Dom de Socorro 7. Dom de Governo, Administração

133 133 135 136 140 142 144 144

IX

− Mutualidade dos Dons no Corpo de Cristo 1. Mandamentos de Mutualidade Referentes ao Amor Cristão 2. Mandamentos da Mutualidade Referentes ao Serviço 3. Comunhão Espiritual Entre Irmãos 4. Mandamentos da Mutualidade Relacionados ao Uso da Língua

147 149 153 157 161

X

− Fluxo e Refluxo do Espírito Santo no Homem Interior 1. Benção do Fluxo e do Refluxo no Nosso Homem Interior

167 170

Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br

DADOS OBRE O AUTOR Rev. Caio Fábio D‟Araújo Filho Amazonense, casado, quatro filhos. Converteu-se ao evangelho em junho de 1973. O encontro com Jesus Cristo revolucionou a sua existência, resgatando-o de um viver desesperado, e transformando-o num apaixonado pregador do evangelho. Em 1974 iniciou seu ministério de TV através do programa “Jesus, Esperança das Gerações”, que após três anos passou a se chamar “Pare e Pense”, hoje transmitido pela Rede Bandeirantes de Televisão. Este ministério se expande agora com o Projeto VINDESAT. Em janeiro de 1977 foi ordenado pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, à qual pertence. Fundou a VINDE − Visão Nacional de Evangelização, missão que preside desde 1978, e que tem servido de apoio ao seu ministério de evangelização. Tem realizado cruzadas em todo o Brasil e no exterior. Conferencista, tem participado como palestrante convidado de eventos de alcance mundial na Europa, União Soviética, América Latina e Estados Unidos. Além de evangelista e conferencista, dedica-se com entusiasmo a produzir livros, que muito têm contribuído para a edificação da Igreja Evangélica do Brasil. Traduzidos vários deles ao espanhol, alcançam já a América Latina e a América do Norte, tendo sido publicados, até outubro de 1988, 21 títulos, dos quais 7 estão em processo de distribuição em países de língua espanhola. Foi evangelista do Presbitério de Manaus (74-76), pastor da Igreja Presbiteriana Central de Manaus (77-80) e pastor da Igreja Presbiteriana Betânia, em Niterói (81-84). É membro da Fraternidade Teológica Latino-Americana e da Comissão Presbiteriana de Evangelização, como também presidente da VINDE − Visão Nacional de Evangelização, entidade interdenominacional que presta serviços às igrejas evangélicas na área de reflexão teológica, cruzadas de evangelização pelo Brasil e exterior, atuando também na produção de programas de televisão.

Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br

PREFÁCIO O presente texto é resultado de uma série de palestras sobre o tema “Espírito Santo”, que realizei no ano de 1982. Naquele tempo eu era pastor titular da Igreja Presbiteriana Betânia, em Niterói, e sentia, no diaa-dia da minha existência pastoral, como a temática do Espírito Santo era mais que uma doutrina ou um fato abençoador na vida de muitos daqueles irmãos e irmãs. Na realidade este assunto constituía para eles um elemento doutrinário altamente perturbador. Prova disso é que quase todas as semanas eu era abordado por pessoas que traziam consigo frustrações, perplexidades e até enfermidades emocionais pelo fato de terem tido algum tipo de má-relação com grupos chamados carismáticos. Ora, como pastor, o que muito me perturbava era a constatação de que elas acabavam, além de enfermas, um tanto cínicas com respeito ao genuíno poder do Espírito de Deus. Também havia aqueles que não criam nas ações contemporâneas do Espírito, atribuindo quase sempre tais mauscontatos espirituais ao fato de o Espírito já não estar em ação em nossos dias, razão por que as chamadas experiências com ele não passavam de meras experiências psicológicas, sendo vivenciadas com todos os riscos que tais relações trazem em si mesmas. No entanto, como estava e estou convencido de que não há má-relação com o Espírito, o que sobrava para mim a nível de conclusão era a dedução de que tais pessoas haviam se relacionado com uma mera caricatura do Espírito. Eu não negava que houvessem tido alguma experiência com o Espírito. No entanto estava convencido de que a saúde de nossas relações ─ tanto com os homens como Deus ─ depende fundamentalmente do modo como entendemos a pessoa com a qual nos relacionamos. Assim, uma criatura maravilhosa pode se tornar num elemento de promoção de enfermidade emocional, se aquele que lhe devota tal amizade é alguém que a encara numa perspectiva errada, distorcida. Foi por isso que resolvi entregar-me a estes estudos, que lhe chegam agora às mãos na forma de livros. Minha intenção era traçar alguns perfis que pudessem orientar aqueles irmãos no seu discernimento de experiências carismáticas. Alguns autores foram minhas fontes originais de inspiração ou confirmação de pensamento. Entre eles destaco especialmente John Stott (“O Batismo e a Plenitude do Espírito Santo”) e Michael Green (“Creo en el Espíritu Santo”, livro ainda não traduzido para o português). Além desses, houve ainda dezenas de pequenos textos que no curso de minha vida têm não só me influenciado como constituído fontes de inspiração. Digo tudo isso a fim de deixar bem claro que as idéias aqui defendidas não são originais. Original é apenas a maneira de dizê-las, ou seja, meu modo particular de dizer coisas. Além disso, fiz tal tentativa, substanciando o livro, tanto quanto possível, em minhas próprias experiências a fim de tornar evidente que não estou tratando de algo a cujo respeito simplesmente ouvi falar, mas referindo-me a coisas que não só tenho experimentado, como inclusive encontrado vasta fundamentação bíblica. Por ser este um livro cheio de ilustrações relacionadas também à minha própria vida, acredito que me trará alguns problemas. Primeiro, porque alguns amados irmãos de teologia bastante reformada poderão afirmar que fui longe demais na questão dos “dons espirituais”. Certamente muitos ficarão chocados com minhas opiniões pessoais nesta área. Por outro lado, alguns amados irmãos de teologia pentecostal talvez digam que andei para trás no que se refere à minha persuasão do que seja “batismo com o Espírito Santo”. Isso porque minhas idéias sobre a contemporaneidade dos dons espirituais podem ser entendidas como excessivamente carismática, para o sofisticado sabor dos mais tradicionais. Por outro lado, minhas convicções sobre o que seja batismo com o Espírito Santo serão certamente entendidas como excessivamente moderadas e decepcionantes, para o gosto mais picante da fé pentecostal. Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br

Preferi no entanto correr o risco de ser julgado dessa forma, porque estou convencido de que apesar dos riscos e das inevitáveis cons que tais “julgamentos” humanos trazem, haverá um grupo imenso de irmãos e irmãs que se identificarão com a posição aqui advogada. Esses são aqueles que conhecem suficientemente a Bíblia e o Espírito Santo, a ponto de não se atreverem, a afirmar que ele limitou e circunscreveu seu exuberante poder aos dias apostólicos. Esses mesmos também são suficientemente aferrados à compreensão a respeito da imensurável graça de Deus a ponto de se recusarem a aceitar que ele se haja restringido a certas expressões temperamentais ou religiosoevangélico-pentecostal-culturais. Em outras palavras: eles crêem que o Espírito age ainda hoje e age como quer e de diferentes modos em diferentes grupos. Como membro de uma igreja de teologia chamada tradicional, sinto-me perfeitamente à vontade para dizer que muitas vezes, em nossas teologias, reservamos um lugarzinho para o Espírito Santo, sendo amiúde nossa intenção muito mais não ofender o Espírito, através de nosso silêncio a seu respeito, do que realmente conhecê-lo e conviver com ele de forma consciente e profunda. Finalmente, quando você já se prepara para dar início à leitura deste livro, faço-lhe dois pedidos. O primeiro é que o leia com coração de ouvinte. Afinal de contas, o texto foi transcrito de sua forma falada, sendo, portanto, natural que nele apareçam muitas das maneiras usuais desse tipo de comunicação. O segundo pedido é que você tente não ser “reformado” ou “pentecostal” em sua leitura, mas exclusivamente cristão ─ em harmonia com a beleza e a simplicidade neotestamentária do que significava ser um cristão nos primórdios da fé. Dessa forma você irá perceber que não obstante simples e teologicamente leve, pelo menos do ponto de vista dos mais exigentes na matéria, ele irá fazer um grande sentido com a Bíblia e com o bom-senso com os quais a ação de Deus deve ser interpretada na História. Rev. Caio Fábio D‟Araújo Filho

Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br

Capítulo I

QUEM É O ESPÍRITO SANTO? Seguramente o Espírito Santo é a pessoa da Trindade que menos atenção tem recebido no curso da história da Igreja, bem como por parte dos teólogos nestes dois mil anos de reflexão teológica. Muito se fala sobre Deus o Pai e como ele age. Também a Cristologia (doutrinas relacionadas à obra de Cristo) tem recebido atenção especial, e a tal ponto que muitas vezes nem sabemos que fazer com tantas teologias a respeito da natureza e da obra de Jesus. Quanto ao Espírito Santo, aparece em doutrinas mofadas nos pesados livros de teologia sistemática, os quais muito raramente o povo de Deus abre e folheia; só mesmo os teólogos mais meticulosos o fazem. Há também um elemento imensamente contraditório relacionado à doutrina do Espírito Santo. Isso porque não obstante ele seja a Pessoa mais gregária por excelência na Trinda de ─ ele é o supremo edificador, agindo na perspectiva da promoção da Unidade desde a dimensão da matéria física (da qual é o sustentador) até a vida espiritual da Igreja (da qual é o unificador) ─, sua doutrina tem sido pomo da discórdia, o elemento mais significantemente divisor da Igreja de Cristo no curso da história. No entanto, mesmo essa história ─ tão dividida em nome daquele que veio para unir ─ não nos permite negar-lhe a realidade de que o Espírito Santo tem agido. O Espírito também tem sido objeto de compreensões cristãs a mais variadas, na maioria das vezes má compreensão. Pois é essa má compreensão acerca do Espírito Santo que ora faz dele um mero agente especial em pequenas reuniões de oração carismática, ora transforma em “energia” de Deus, uma espécie de força santa que age em nosso favor. Por outro lado, é comum acontecer de não o conseguirmos relacionar de modo claro, específico, a uma pessoa que sente. A maioria de nós não pensa nele como Pessoa e como Deus. Então quem é, de fato, o Espírito Santo? Antes de mais nada faço esta afirmação categórica ─ que aliás talvez à grande maioria pareça redundante: O Espírito Santo é Deus. Ele não é uma emanação secundária da divindade, como pensava o presbítero Ário, de Alexandria, aí por volta do ano 300. Ário propagara a doutrina de que Deus, o Pai, criara Jesus Cristo, o Filho, e o Filho criara o Espírito Santo e o enviara à Terra. Essa doutrina ganhou algum espaço na Igreja Cristã, até que no ano 325, o credo niceno estabeleceu que Deus-Pai, Filho e Espírito Santo, são igualmente Deus; ou seja, um só Deus em três pessoas. Podemos afirmar que o Espírito Santo é Deus em razão de alguns elementos básicos significativos que estabelecem esta sua caracterização. O ESPÍRITO SANTO É DEUS 1. O Espírito Santo é Deus porque Sua natureza é divina; e a natureza básica essencial da divindade é espírito. Em João 4:24 Jesus fala sobre a natureza essencial de Deus, e afirma que Deus é espírito. Ora, se Deus é espírito, e o Espírito Santo é o espírito de Deus, e consequentemente tem a mesma natureza divina, resta-nos afirmar que ele é da mesma substância essencial da divindade. 2. Ele é Deus porque estava presente na criação quando tirou as coisas do nada, do vazio, e do vazio fez o cosmos. É o que diz Gênesis 1:1-2. No princípio “criou Deus”, diz o v. 1 de Gênesis cap. 1. “Criou” vem do verbo hebraico bara, que significa “tirar do nada”. O texto de Gênesis poderia então ser lido assim: “No princípio tirou Deus do nada os céus e a Terra. A Terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br

3. Ele é o mantenedor da vida, por isso é Deus. Em Jó 34:14 e 15 encontramos uma das mais belas e significativas afirmações bíblicas a esse respeito: “Se Deus pensasse apenas em si mesmo e para si recolhesse o seu Espírito e o seu sopro, toda carne juntamente expiraria e o homem voltaria ao pó”. O que o texto está dizendo é que quem energiza, quem sustenta toda vida, os corações latejando, o sangue correndo; quem preserva a fotossíntese dos vegetais; enfim que mantém vivo tudo que tem vida é o Espírito de Deus. No Salmo 104 encontramos também a mesma afirmação de que o Espírito Santo é o mantenedor da vida. Confirme isto lendo o trecho entre os v.5 e 30: “Lançaste os fundamentos da Terra, para que não vacile em tempo nenhum. Tomaste o abismo por vestuário e o cobriste; as águas ficaram acima das montanhas; à tua repreensão fugiram, à voz do teu trovão bateram em retirada. Elevaram-se os montes, desceram os vales, até o lugar que lhes havias preparado. Puseste às águas divisa que não ultrapassarão, para que não tornem a cobrir a Terra. Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas águas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto da tua morada regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais, e as plantas para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão; o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite que lhe dá brilho ao rosto, e o pão que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do Senhor, e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas o refúgio dos arganazes. Fez a lua para marcar o tempo: o sol conhece a hora do seu ocaso. Dispõe as trevas, e vem a noite, na qual vagueiam os animais da selva. Os leõezinhos rugem pela presa, e buscam de Deus o sustento; em vindo o sol, eles se recolhem e se acomodam nos seus covis. Sai o homem para o seu trabalho, e para o seu encargo até a tarde”. E assim o salmista vai passo a passo descrevendo a criação magnificente e grandiosa de Deus, até declarar: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a Terra das tuas riquezas. Eis o mar, vasto imenso, no qual se movem seres sem conta, animais pequenos e grandes. Por ele transitam os navios, e o monstro marinho que formaste para nele folgar. Todos eles esperam em ti, que lhes dês de comer a seu tempo. Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se ocultas o teu rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem, e voltam ao seu pó. Envias o teu Espírito; eles são criados e assim renovas a face da terra”. Esse texto afirma que o Espírito Santo continua atuando hoje na perspectiva de renovação da natureza e do cosmos. Deus não apenas criou, mas continua mantendo, renovando e criando dentro da criação. O texto se refere, pois, à preservação da vida, dizendo que Deus prossegue mantendo-a através do envio do seu Espírito (v.30). Dessa forma poderíamos dizer que vivemos numa Natureza Carismática. Ou seja, poderíamos ver na chegada da primavera uma manifestação de uma espécie de pentecoste natural, uma explosão de graça, uma tremenda renovação da vida, um testemunho da permanente possibilidade de avivamento. Vendo a vida por essa perspectiva, o Cosmos se torna um grande sacramento. O Espírito Santo é uma entidade confinada e guetos carismáticos e aposentos escuros. Ele trabalha em todo o cosmos! 4. Ele é Deus porque é chamado Deus da Bíblia. Em atos 5:3 e 4, passagem que narra o caso da mentira de Ananias e Safira, bem como o juízo que Deus trouxe sobre eles, observe a palavra de Pedro: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração para que mentisses ao Espírito Santo?” E conclui: “Não mentiste aos homens, mas a Deus”. O que Pedro diz é que mentir ao Espírito Santo é o mesmo que mentir a Deus. Ele é deus, pois é chamado de Senhor. II Coríntios 3 faz esta afirmação no v.17 diz: “Ora, o Senhor é o Espírito”; e no v. 18 ele diz; todos nós, “contemplando como por espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Observe que à palavra Senhor segue-se uma vírgula, depois do que está dito: “O Espírito”. Ou seja; Paulo chama o Espírito de o Senhor. 5. O Espírito Santo é Deus porque possui atributos divinos. Em Hebreus 9:14 o apóstolo diz que o Espírito possui eternidade, ao chamá-lo de “Espírito eterno”. O Salmo 139:7 e 10 declara que o Espírito Santo possui onipresença, pois é capaz de estar a um só tempo em todo lugar. O salmista in...


Similar Free PDFs